Além da Amizade escrita por Nani_sama


Capítulo 1
Capítulo 1 - The Beginning


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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- Querida, por favor, acorde. – Escutava, mas meu sono era maior que isso e por isso, eu apenas me revirei na cama. 
  Na noite anterior, eu havia estudado até tarde para física e acabei dormindo em cima do livro. Mas de algum modo, eu acordei de manhã em minha cama.
- Por favor, acorde. Não vai querer se atrasar, não é? – Escutei mais uma vez, ao longe, á voz de minha mãe. Tentei mais uma vez abrir meus olhos que insistiam em ficar fechados. Senti meu corpo se virar automaticamente para o outro lado.
- Querida, acorde. Tem certeza de que quer que o Daniel te veja assim? – Escutei sua voz ao fundo. Não, claro que não queria. Abri meus olhos imediatamente. Foi um grande erro, pois minha mãe abria ás janelas do meu quarto e a luz do sol veio diretamente em meus olhos. Fechei os olhos rapidamente, virei para o lado oposto e coloquei um travesseiro tampando meu rosto para me proteger da luz. Segundos depois, me virei e encarei minha mãe.
- Mãe, você é maluca? Quer me deixar mais cega do que já sou? – Questionei-a. Ela colocou suas mãos na própria cintura, arqueou uma das sobrancelhas numa expressão não muito legal e por fim disse:
- Era o único jeito de te acordar, paciência. – Disse dando de ombros. Enquanto eu me revirava na cama, ela se virou de costa para mim e entrou no meu banheiro.
- Querida, eu devo ir depois do trabalho no supermercado. Se quiser pode ficar na casa do Daniel enquanto não chego aqui em casa.
- Tanto faz mãe. – Disse-me levantando e sentando na beirada da cama. Esfreguei o olho esquerdo enquanto começava a mexer minhas pernas para frente e para trás.
- Qualquer coisa, se você for para lá, fale com a Tia Rosa que eu não vou demorar! – Exclamou ela dentro do meu banheiro ainda. Levantei-me da cama sem nenhuma vontade de sair da mesma.
  Lembro-me como se fosse hoje daqueles anos de metamorfose. É incrível como a gente vai mudando com o tempo. Em uns, a vaidade está desde pequena, em outros a vaidade surge da adolescência e poucos, como eu, surge no fim do segundo grau ou até mais velho.
   Naquela época, eu tinha mais ou menos dezessete anos, estava no segundo ano do segundo grau. Eu estava um ano atrasada. Minha mãe tinha me colocado um ano atrasada no maternal.  Minhas notas eram orgulho de qualquer pai e mãe. No meu caso era orgulho apenas de mãe. Meu pai? Bem, meu pai tinha saído de casa quando fiz onze anos. Ele foi embora ao lado de outra mulher bem mais nova que minha mãe e nunca mais falou comigo depois daquele dia. Lembro-me das duras e ultimas palavras dele a mim:
- Você só foi um estorvo em minha vida. Você tirou onze anos de mim. Tive que casar com sua mãe obrigatoriamente por causa de você. Mereço um descanso de você. Esquece que um dia teve pai. – Disse com um sorriso cínico no rosto. Meu coração apertou por dentro e meus olhos se encheram de lágrimas. Ele se virou, jogou seu chapéu que sempre usara e saiu pela porta. Senti braços me apertarem por trás e me darem um colo para me confortar. Eram os braços de minha mãe. Virei automaticamente para ela e abracei. Comecei a chorar como nunca tinha chorado antes e tudo foi em seu colo. Ela me dizia palavras de conforto, mas nada podia me ajudar ou me acalmar.
- Thayná, você é uma garota inteligente. Aposto que vai achar um homem que vai te amar do jeito que você é e que irá te amar para sempre. – Dizia ela enquanto chorava. Eu não entendia o significado daquelas palavras, eu só tinha onze anos e eu tinha mentalidade de uma criança de cinco. Ela passava sua mão em meu cabelo num gesto carinhoso enquanto chorava muito em seus braços.
- Mãe, você tem como sair daí? Tenho que tomar banho, né? – Falei enquanto abria meu guarda roupa. Inclinei-me para frente e comecei a procurar pelo meu uniforme escolar.
- Desculpa querida. Já estou saindo. Só estou checando algumas coisas. - Respondeu. Escutei alguns ruídos, mas não estava com a mínima vontade de ver o que era.
- Querida, coloquei a chave reserva dentro da sua mochila. Qualquer coisa é só vim aqui em casa.
- Tá bem mãe. – Respondi.
  Durante a noite, sonhei de novo com o Daniel. Era incrível o que passei a sentir por ele. Daniel era meu melhor amigo desde pequeno. Minha mãe e tia Rosa eram amigas desde o ensino médio. Minha mãe, naquela época, era uma garota linda, tinha cabelos loiros e olhos claros. Sua pele era de uma cor que parecia que pegava bronzeado todos os dias. Ela vivia dizendo que quando era adolescente, pegava muitos garotos e entre eles tinha meu pai. Ela o amou desde o primeiro beijo que tiveram e diz, infelizmente, que até hoje o ama.  Apesar de tudo que ele fez conosco, ela tinha esperanças de que um dia ele voltasse. Já eu? Bem . . . não era mais criança e não acreditava mais em contos de fadas e nem em sonhos. Desde que ele tinha saído de minha vida, eu parei de acreditar em muitas coisas, pois era ele que me fazia acreditar. Ele dizia que me amava e depois foi embora dizendo que eu era um estorvo em sua vida. Como um pai pode fazer isso com seu filho?
  Na noite anterior, eu tinha ficado até tarde estudando por que o professor de física só falou  para mim que teria uma prova surpresa e que seria no dia seguinte. Eu tinha dois tempos dele por semana. Eu era muito amiga dos professores. Eu era a nerd da sala e por isso eu era a isolada. Parece que todos tinham preconceito comigo e isso me irrita até hoje. Tinha gente que se salvava como os professores e o coordenador Jojo que na verdade se chama Jonathan, mas que gostava que o chamassem pelo o apelido e também tinha a coordenadora Paula que era uma ótima amiga. Fora a diretora que também era mega legal. Ah e claro, o único aluno que falava comigo, o Daniel. . . Ah, o Daniel. . . Como já disse, ele era meu melhor amigo, mas fazia algum tempo que eu não o via como amigo e aceitava que jamais poderia ter algo com ele, mas no fundo eu tinha muitas esperanças. Ele tinha olhos claros, pele branca, cabelo liso e preto. Acho que todo mestiço é assim. Sim, ele é um mestiço. O pai dele veio do Japão e se estabilizou aqui quando era criança. Nunca quis sair do Brasil. Daniel, era um dos populares do colégio, mas nunca me abandonou e quando ele está por perto ninguém mexe comigo.
- Filha, eu peguei as roupas sujas do seu cesto de roupa. Vou ligar a máquina, tem mais alguma coisa para eu levar para máquina? – Perguntou. Inclinei meu rosto para o lado e dei alguns passos para trás. Olhei ao redor do quarto e depois olhei para ela.
- Bem . . . Acho que não tem nada. Cadê me uniforme mãe?
- Vou passá-lo para você. Vai tomando banho querida, que logo o trarei para você. – Disse. Escutei a porta do quarto se fechando.
- Hum . . . Estou indo mãe. – Falei desviando meu olhar do dela quando ela fechou totalmente a porta. Fechei a porta do guarda roupa. Abri uma das gavetas e peguei uma roupa intima. Depois caminhei até o banheiro.
  Depois que sai do banho e coloquei o meu uniforme que já estava em cima da cama, peguei meu brinco preferido que claro cada um foi parar em um lugar. Como posso dizer, meio que separados. Um foi achado debaixo da minha cama, já o outro estava em cima do meu criado mudo. Dei uma limpada no brinco e depois o coloquei. Olhei-me no espelho e estava ótima, como todos os outros dias do ano. Alias, ás aulas tinham começado apenas há dois meses.
- Filha, por favor, desce. Seu café da manha está pronto. Não vai querer se atrasar pela primeira vez, não é? – Berrou do andar de baixo. Suspirei. Coloquei o meu tênis velho rapidamente nos meus pés. Eu sempre fui compromissada com tudo que tenho que fazer e se eu me atrasasse me sentiria mal com isso. Coloquei minha mochila nas costas e sai batendo a porta do meu quarto. Desci rapidamente ás escadas e comecei a escutar minha mãe conversando com alguém. Entrei na sala e dei de cara com o Daniel sentando no sofá. Ele parecia estar rindo do que minha mãe falava.
- Desculpa a demora, Daniel. – Disse ao entrar na sala sem olhá-lo. Eu senti que ele me olhava, mas fazia algum tempo que não conseguia encará-lo. Apressei meus passos e sentei-me à mesa para comer. Assim que sentei, puxei a cadeira para frente e comecei a comer.
- Tudo bem. – Respondeu enquanto eu já mordia o primeiro pedaço do meu pão.
- Querida, acabe logo com isso. – Falou minha mãe indo para a cozinha. Daniel e eu ficamos sozinhos.
- Já comeu alguma coisa? – Perguntei. Depois que mordi mais um pedaço do pão, escutei-o falando:
- Já sim. Sua mãe já tinha me oferecido, mas eu já comi lá em casa. – Respondeu educadamente.
- Você é maluco. – Disse de boca cheia. Engoli o que restava em minha boca e continuei a falar:
- Você não come direito. Tem que comer bem. – Disse e mais uma vez coloquei outro pedaço na boca.
- Se eu não fazer isso à academia não vai me ajudar em nada. – Falou. Eu virei meu rosto para a direção dele e disse:
- Se você não comer pode se adoentar. – Disse. Ele ficou quieto e eu continuei a comer. Passado algum tempo, ele disse:
- Não se preocupe, eu estou bem. – Disse enquanto eu terminava de beber meu chocolate. Eu nunca gostei de café, para mim a melhor coisa num café da manhã é um chocolate geladinho.
- Daniel, eu sou sua amiga e só quero te ajudar. Só isso. Você tem que se alimentar bem, se não você nunca vai conseguir ficar do jeito que você quer. – Falei. Bebi o restinho do chocolate e me levantei.
 Na verdade, ele era magro sim, mas tinha um corpo bonito apesar disso. Ele fazia academia para ganhar alguns músculos só para pressionar ás garotas e daquela vez era a Renata.
- Valeu pela preocupação, Thayná, mas eu não preciso mesmo. – Disse ele me olhando. Depois viu meu olhar angustiado e voltou a falar:
- É sério. Eu estou bem. – Disse.
- Isso tudo para pressionar a Renata, não é? – Questionei-o.
   Renata era uma garota linda. Tinha olhos cor acinzentados e cabelo loiro natural. Sua pela era clara e tinha o sorriso perfeito. Era ela legal e popular. Não era o centro das atenções, mas falava com a maioria dos alunos. De vez em quando falava comigo. Eu não era muito de falar com ninguém como já falei antes, mas a Renata sempre tentava puxar assunto comigo enquanto as amiguinhas dela ficavam fazendo cara de nojo e me mostrando essas carinhas. Era ela legal e ela era uma boa garota pro Daniel. O problema era comigo. Não conseguia parar de sentir ciúmes dele com ela. Ela tinha entrado nesse ano no colégio.
- Aposto que ela vai gostar.
- Eu aposto que ela não gosta de garotos magrelos, alias, você está ótimo assim. – Argumentei pegando a minha bolsa.
- Está parecendo a minha mãe. – Disse ele andando atrás de mim enquanto encaminhava ao banheiro. Ficamos em silêncio enquanto escovava meus dentes. Depois que escovei os meus dentes, peguei o anti-séptico bucal, enchi a tampinha e disse:
- Eu não quero te mandar fazer nada, Daniel. Só estou te dando um conselho. Sou sua amiga e quero o melhor pra você. – Disse. Coloquei o liquido na minha boca e comecei a fazer o meu gargarejo de trinta segundos.
- Eu sei, mas. . . pô , ela é linda e ela esta começado a falar comigo. – Disse enquanto eu gargarejava olhando para cima. Abaixei meu rosto, olhei para ele e comecei a mexer com o liquido na boca.
- Quem sabe ela finalmente olha pra mim? – Perguntou. Seus olhos brilhavam e abriu um sorriso de esperança.
   Ele nunca tinha ficado desse jeito com as outras garotas. Era uma atração diferente e forte.
   
  Parei de mexer com o liquido e fiquei o fitando. Ele era tão lindo quando sorria, ás suas covinhas sobressaltavam no seu rosto e o fazia ficar mais bonito ainda. Fiquei o fitando e enquanto estava em meus pensamentos, esquecei-me totalmente do liquido em minha boca.
- Ei? Vai ficar me olhando? Sou muito feio? – Perguntou rindo de si mesmo. Despertei-me dos meus pensamentos e voltei para pia. Depois cuspir o liquido de minha boca na pia. Abri a torneira e lavei minha boca. Depois voltei para ele e disse:
- Ér. . . Vamos? – Perguntei ignorando a pergunta que ele tinha feito.
- Seu óculos. .  . Não acha que está sujo? – Perguntou. Óculos sujam o tempo todo e estava cansada de ficar limpando.
- Não, está ótimo e se eu for limpar a gente vai acabar chegando atrasado ao colégio. – Argumentei. Ele assentiu. Passei por ele e fui até porta. Abri a porta e esperei ele passar para depois passar atrás dele.
 Começamos a andar para o colégio. A gente andava por trintas minutos até chegar ao colégio. Era obvio que tinha outros colégios mais perto de nossas casas, mas não eram tão competentes como a que estudávamos. Era distante, mas era um ótimo colégio.
- Por que você não gosta da Renata? – Perguntou. Estávamos em silêncio desde que começamos a andar.
- Eu gosto dela, eu só não quero que você se sacrifique por ela. Isso é besteira. Ela tem que gostar de você pelo que você é.
- E como eu faço isso?
- Não sei. Eu só acho isso.
- Você ajudou muito, viu? – Falou. Eu parei de andar e ele continuou a andar. Quando notou que eu não estava ao seu lado, parou e virou para mim.
- Escute, eu só estou tentando te ajudar de alguma maneira. – Disse.
- Pois não está dando certo. – Disse ele parado no mesmo lugar. Suspirei e voltei a andar. Passei por ele falando:
- Vamos logo, não quero me atrasar.
- Ei, tha. – Chamou-me pelo apelido me fazendo derreter. Ele sabia que toda vez que me chamava desse jeito, eu ficava nas mãos dele.
- O que? – Perguntei sem parar de andar. Ele correu até mim e começou a andar do meu lado.
- Foi mal. É que essa garota chama a minha atenção, sabe?
- Entendo. Vou tentar não me meter mais nisso. A vida é sua e eu só posso te aconselhar. – Disse sinceramente.
- Obrigada. Pô, você é a melhor amiga que um cara pode ter. – Disse sorrindo.
- De nada. – Agradeci secamente. Comecei a andar em passos rápidos. Ele tentava me acompanhar e sentia isso. Eu estava mal á cada dia que passava. Ele só pensava na Renata desde o inicio do ano, ou seja, desde que a viu pela primeira vez. Estava cansada de escutar ele falando da Renata.
- Ei, você vai dormi lá em casa hoje? – Perguntou.
- Não sei, acho que só vou esperar minha mãe mesmo. Odeio ficar sozinha. – Respondi.
- Você não vai cumpri sua promessa? – Perguntou.
- Qual promessa, Dan? – Perguntei o olhando confusa.
- De assisti o exorcista um e dois comigo?
- Você sabe que não suporto filme de terror.
- E daí? Você prometeu. . .
- Isso por que se eu não prometesse você não devolveria meu diário e aquilo foi chantagem.
- Você saiu ganhado, pois eu nem li. – Reclamou.
- Isso foi sorte minha.
- O que você tem nesse diário que eu não sei? – Perguntou curioso.
   “ Bem, no meu diário diz o que sinto por você e o quanto você é importante para mim. Claro, que para mim você é mais do que um amigo e sim um amor platônico e louco que comecei a sentir do nada ou por que ando me sentindo sozinha e você está sempre me ajudando. “, Pensei.
- Coisas de meninas. – Respondi alguns segundos depois.
   Meu cabelo era cacheado e rebelde. Sempre o prendia numa enorme trança. Meus olhos verdes eram a única coisa bonita em mim. A franja que eu tinha, tinha ficado horrorosa em mim e todos mostraram isso no colégio com belas risadas da minha cara. Por isso, eu a prendia com clips de cabelo.
- Coisas de meninas? – Perguntou ele a si mesmo.
- É sim. Sou menina e tenho coisas de menina que não posso falar para você. – Respondi.
- Ainda vou ler seu diário.
- Para que ler o meu diário? – Perguntei já ficando nervosa com aquele assunto.
- Para não haver nenhum segredo entre nós. Somos amigos e não devíamos ter isso.
- Ah, Dan. Duvido que você não tenha um segredo que eu não sei o que é.
- Mas não tenho mesmo. – Respondeu ajeitando a mochila nas costas. Nessa hora, fiquei com medo e fingir que tropecei para mudarmos de assunto. Sabia interpretar bem. Cai de bunda no chão e ele começou a rir de mim. Minha mochila tinha caído do lado ao contrario.
- Não fique aí rindo. Ajuda-me a levantar, por favor. – Critiquei-o. Ele estendeu a mão e eu a segurei. Ele me puxou para cima enquanto continuava a rir.
- Do que está rindo, bobão. – Disse enquanto ele ainda ria. Não agüentei e comecei a rir com ele. Ele pegou minha mochila, entregou-a em minha mão, coloquei-a novamente nas costas e voltamos a andar. Para minha sorte, o assunto mudou e começamos a falar de algumas matérias que estavam um pouco complicadas.
  Ele fazia  técnico em informática enquanto eu fazia eletrônica.  Alguns professores eram iguais outros eram diferentes. Alguns trabalhos eram parecidos e então fazíamos trabalhos de casa em conjunto. Trabalhos em grupos, um ajudava o outro quando podia e sabia qual era matéria.
  Quando vi, estávamos já na rua do colégio. Ele entrou na minha frente, mas antes de qualquer coisa se despediu de mim.
- A gente se vê no intervalo? – Perguntou
- É. A gente se vê. – Respondi. Ele beijou-me na bochecha e corei. Ele nunca percebeu isso para  a minha sorte.
- Ora, ora, se não é a bety a feia. – Escutei alguém atrás de mim falando sobre eu assim que ele se distanciou. Eu virei, revirei os olhos ao ver quem era e disse:
- Me erra Fábio. Esquece que eu existo.
- Não tem como esquecer que você existe, afinal, esse seu jeito de se arrumar é inesquecível. – Disse cinicamente fazendo o amiguinho dele ri. Era um tal aí que se chamava  Taynã.
- E você acha que é o que? O gostoso do colégio? Ó coitado. – Respondi na mesma lata.
- Olha o que você diz de mim, em? – Falou num tom bravo e se aproximando de mim. Eu o encarei.
- Vai fazer o que? Bater em mim? – Perguntei.
- Olha que ele faz isso mesmo. – Disse o amiguinho dele pela primeira vez.
- Então você seria covarde. – Alertei.
- Quem aqui vai falar com a diretora? Você não é nada. – Disse Fabio caçoando de mim.
- Sou amiga da diretora. Ela vai acreditar em mim. – Revelei.
- Então vamos ver. – Disse se aproximando cada vez mais de mim.
- Fabio se tu tentar algo com ela, eu vou falar com a Diretora. – Disse Renata que estava bem atrás dele. Ele se virou para ela. Ela estava uniformizada, seu cabelo estava com cacheados longos e aberto. Seu cabelo estava com mexas pretas é varias partes. Ela devia ter os pintado no fim de semana. Ela tinha o peso ideal, o cabelo perfeito e os olhos eram tão claro que tinha se tornado uma mistura de verde com castanho claro, se tornando acinzentados.  
  Ela cruzou os braços, veio andando até perto dele e depois disse:
- Cai fora! – Exclamou. Ele virou o seu rosto para mim e disse:
- Vai vê só da próxima vez. Vai ter uma hora que ninguém vai poder te ajudar. – Disse passando pela Renata e trombando o ombro no dela sem nem parar. Ela quase caiu, mas se equilibrou. Ela sorriu para mim e veio até perto de mim.
- Você está bem? – Perguntou preocupada comigo.
- Sim. – Falei secamente.
- Que bom. Essa tal de Fabio é um ridículo.
- É sim. – Concordei.
- Quer sentar do meu lado hoje? – Perguntou.
- Mas a ás suas amigas? – Perguntei. Depois abaixei o rosto e continuei a falar:
- Elas não gostam muito de mim.
- Bem. . . eu não falo mais com elas desde de sexta. – Respondeu.
- Nossa.
- É sim. Elas não são amigas confiáveis. – Falou o motivo sem eu sequer perguntar a ela.
- Por que diz isso? – Perguntei. Decidi puxar papo com ela. Eu não gostava de ser solitária e imagino que ninguém gosta de ser assim também.
 - Elas só falam mal dos outros e eu não consigo fazer isso. – Respondeu. Eu olhei por trás da Renata e vi os olhos do Daniel em cima dela. Comecei a fitar o chão e umedeci os lábios ao mesmo tempo.
“ Se eu me tornar amiga dela, posso ajudar o Daniel e com isso vai ser mais fácil esquecê-lo”, pensei.
-  Ei, Está ai Thayná? O sinal tocou. – Alertou. Isso me fez despertar de meus pensamentos. Voltei a olhá-la e sorrir para ela. Era a primeira vez que sorria para ela.
- É mesmo.
- Que bom que somos da mesma sala.
- Como sabe meu nome? – Perguntei curiosa. Eu lembrei-me que nunca tinha dito a ela meu nome. A gente começou a andar para a sala que estava bem perto.
- Perguntei ao seu amigo. – Respondeu e ao mesmo tempo andava ao meu lado.
- Ao Daniel? - Perguntei. Ele nunca falou que ela tinha chegado e conversado com ele.
- É esse o nome dele?É que eu só queria saber seu nome. Você parece ser uma boa pessoa. – Disse entrando na sala pouco antes de mim. Entrei bem atrás dela.
- Nunca pensei que alguém poderia perguntar de mim para alguém. – Falei sinceramente.
- Então eu fui à primeira da lista. – Brincou. Ela sentava no meio da sala. Eu sempre sentei na frente, mas decidi, naquele momento, sentar na frente dela.
- Quem vai da aula agora mesmo Thayná? – Perguntou ele para mim enquanto colocava a mochila na carteira para eu me sentar.
- Hum. . .É a Alice, a professora de português. Ah, tenho que te conta.
- Diz aí.
- Mas você tem que prometer que não vai contar para ninguém. – Pedi a ela. Ela apenas assentiu.
- Bem. . .O professor de física vai aplicar uma prova surpresa. – Murmurei bem baixo perto de seu ouvido.
- Sério? Mas como você sabe? – Perguntou curiosa.
- Não posso falar.
- Ah, e agora? Como faço? Não entendi ainda a matéria dele. – Falou cabisbaixa.
- Se quiser. . .Eu posso te explicar o que você está em duvida?
- Ain, sério que você faria isso por mim?
- Sim.
- Então na hora do recreio a gente estuda, pode ser?
- Sim, claro que sim.
- Bom dia, aluno. – Anunciou sua entrada na sala a Alice, professora de português. Ela piscou para mim e eu apenas sorri em resposta.
  Ás aulas voaram naquela manhã. Era tão bom estudar e eu gostava. Quando chegou no terceiro tempo, a coordenadora Paula, entrou na sala e anunciou:
- O professor de Educação física, perdeu um ente querido e está em seu enterro nesse momento. Por isso, vocês tem um tempo vago. Esvaziem a sala e fiquem lá fora até depois do recreio. Vocês peguem tudo que vão necessita desde já, pois o inspetor vai trancar a porta.
- Sim senhora. – Falamos em uníssono. Ela saiu de sala assim que respondemos. Comecei a arrumar minha mochila. Não gostava de deixar mochila na sala.
- Isso vai ser ótimo. Você pode começar a me explicar algumas coisas que estou em duvida.
- É, vai ser legal. – Comentei. Ela só pegou um estojo e um caderno.
  Assim que pegamos tudo que seria necessário, caminhamos até a porta e saímos por ela.
Sentamos num banco que era de frente pro banheiro masculino e do lado dele ficava o feminino.
- Espera ai, Thayná. Vou ali ao banheiro e volto já.
- Está bem. – Respondi. Esperei-a entra no banheiro para abrir minha mochila e pegar meu diário. Peguei uma de minhas duas canetas pretas no estojo e guardei o estojo novamente. Coloquei a data e depois comecei a escreve:
                                                                   “ Rio de Janeiro, 12/04/1998.

 Querido diário, de ontem para hoje tive mais um sonho com o Daniel. É tão estranho, mas desde que ele começou a falar de garotas, pouco a pouco, percebi que minhas reações não era normais como de uma amiga devia reagir. Cada dia que passa, meu amor por ele fortalece e em vez de diminuir ás esperanças, elas crescem mais. Deus, o que faço?
 

 - Hum. . .O que está fazendo aqui, em? Já sei está escrevendo nesse seu diário.  – Escutei a voz que tanto conhecia. Levei um susto, na mesma hora fechei o diário e pressionei contra o meu peito. 
- Calma, eu não queria te assustar. – Falou novamente. Revirei os olhos.
- Você adora me assustar, Daniel.  – Disse mostrando um sorriso para deixa que ele notasse a minha aflição.
- Já falei que tem um sorriso sexy? – Comentou se agachando em minha frente e se apoiando em minhas coxas.
- Já falei quanto você mente por dia? – Perguntei ironicamente.
- Também te amo, Tha. – Disse ironicamente me chamando pelo meu apelido. Mostrei a língua e ele riu.
- Está fazendo o que aqui? – Perguntou.
- Estamos com um tempo vago. O professor de educação física faltou. – Respondi. Então o olhei e perguntei:
- E você?
- Bem, eu só vim no banheiro mesmo. – Respondeu. Depois bufou e comentou:
- Estou tendo aula de física. Você sabe o quanto gosto de física, não é? – Ironizou.
- Ô, como eu sei que você gosta. – Zombei dando algumas risadas baixas.
- Você sabia que a prova dele está bem fácil? – Falou. Ele sabia sobre a prova surpresa. Eu tinha contado no dia anterior.
- Que bom. – Disse. Depois que notei que o silêncio estava surgindo e perguntei.
- Já foi ao banheiro? – Perguntei. Ele mexeu a boca para dizer algo, mas foi interrompido.
- Thayná, você não vai acreditar! Você sabia que a minha me . .  . – Disse Renata se aproximando, mas parou de falar ao ver Daniel. Ele virou o rosto e ficou a olhando. Aquela cena me deixou tão enciumada. Como a Renata fazia a cabeça dele mesmo sem querer.
- Ah, desculpa. . . Atrapalho vocês? – Perguntou sem graça. Seu rosto mudou de cor e tornou um avermelhado.
- N . . . – Comecei a tentar falar, mas interrompida.
- Não que isso Renata. Você nunca interrompe nada. – Disse se levantando. Ele colocou sua mão em sua própria nuca e começou a coçar. Era um tique nervoso dele no qual me fazia rir. Ele nunca tinha feito isso para mim. Sei que não devia, mas senti uma enorme inveja de Renata. Enquanto ele a olhava que nem um bobo, ela o correspondia com um sorriso. Eu simplesmente abri minha mochila e joguei meu diário ali dentro junto com a minha caneta. Depois coloquei minha mochila nas costas e me levantei.    
- Ei, a onde você vai? – Perguntou Renata. Virei meu rosto para ela, joguei um sorriso e disse:
- Vou dá uma volta, preciso ficar sozinha para pensar em algumas coisas. - Disse olhando pros dois. Daniel sabia que eu estava mentindo, mas ele, com certeza, não iria discordar daquilo, afinal, iria ficar sozinho com a Renata. Seria uma chance para ele se aproximar dela. Homens quando sente algo por alguma garota e são tímidos, não sabem como chegar nela e essa era a situação dele.
 Andei por algum tempo até que avistei uma porta. Virei de frente para ela e olhei mais uma vez. Cocei meus olhos, pisquei varias vezes e depois olhei novamente para a porta. Nunca tinha visto aquela porta e olha que já tinha andado pelo colégio inteiro naqueles dois últimos anos. Aproximei-me da porta e olhei para a maçaneta. Ela parecia está gasta.
- Como pode está gasta se essa porta nunca esteve aqui? – Perguntei a mim mesmo num pensamento alto. Neguei com a cabeça.
“ Devo te esquecido dessa porta”, pensei. Ri de mim mesma e voltei a olhar a porta. Parecia tão convidativa. Olhei mais uma vez para a maçaneta velha. Olhei pros lados para ver se tinha alguém por perto e por sorte não tinha ninguém. Minha curiosidade seria saciada. Coloquei a mão em cima e comecei senti uma sensação boa. Girei a maçaneta e porta se abriu. Afastei um pouco quando vi que estava bem escuro do lado de dentro da sala. Senti um calafrio percorrer meu corpo todo. Tomei coragem e entrei dentro daquele lugar. Achei o interruptor e percebi que tinha apenas roupas bem velhas. Fechei a porta e decidi curti o que tinha ali. Eu não era uma garota sociável e sempre ficava na minha. Estava na hora de curti. Foi então que vi, entre ás roupas, uma porta. Automaticamente a abri. Quando vi, era apenas um lado do colégio. Tinha uma única árvore, mas era tão bonita. Em volta tinha alguns matinhos e parecia bem cuidado. Abri um imenso sorriso e senti-me como voltasse a ser criança. Caminhei até a árvore, sentei nela e encostei minhas costas na árvore. Fechei os olhos e respirei fundo. Coloquei a mochila do lado. Suspirei. Peguei novamente meu diário e logo achei a caneta jogada num canto da mochila.
Abri o diário novamente e voltei a escrever em outro parágrafo:

Achei um lugar lindo que nunca tinha reparado antes no colégio. É uma Pena que só o encontrei agora que faltam dois semestres para me formar, ah e claro, estou no começo do segundo semestre. Tem flores bonitas e parecem bem cuidadas. Alguém deve vim aqui. Que bom que achei esse lugar, não quero me meter no rolo do Daniel com a Renata. Se ele conseguir, talvez seja mais fácil para eu esquecê-lo. Sei que vai ser difícil de qualquer modo.
Sabe? O céu está perfeito hoje, ás nuvens que estão são poucas e o ar que tem ao redor daqui, do lugar que achei, parece tão puro.  ”

   Parei para olhar meu relógio e assustei-me ao ver que faltava apenas dez minutos pro recreio. A Renata pediu ajuda em física e eu não ia deixá-la na mão. Arrumei minhas coisas, levantei-me e coloquei a mochila nas costas.
   Depois de alguns minutos, lá estava eu, voltando para o lugar a onde está o garoto que eu amo com a garota que queria ser minha amiga. Era tudo o que eu queria, sabe? Inda mais daquele momento. 
  Quando cheguei lá, Renata estava sentada e sozinha.  Daniel deve ter voltado para a sala. Sentei ao seu lado com um sorriso no rosto.
- Escuta Thayná, eu sei o que você quer tentar fazer. – Disse virando o rosto para mim. Parecia está sem graça. Algo devia ter acontecido enquanto eu estava fora. Tive uma imensa vontade de chorar mesmo não sabendo que era. Senti um vazio no estomago e o chão se abrir.
- O que houve? – Perguntei tentando ser o mais natural possível.
- Ele é um fofo, mas não rola, não sinto nada por ele. – Disse ignorando a minha pergunta sem nem me olhar na cara. Parecia ter ficado com vergonha.
- Ei, o que houve? – Perguntei mais uma vez. Ela me olhou, colocou sua franja para trás da orelha e murmurou:
- Ele roubou um selinho meu, mas não gosto de garotos assim.
- Assim como?
- Atirados. Gosto de homens românticos, carinhosos e tímidos. Acho tão fofo. Gosto de dar iniciativa quando gosto do cara.
- Ah. . . Entendo. Eu não sabia que ele estava gostando de você. – Menti. Comecei roçar meu dedo do meio no meu indicador. Esse sempre foi meu tique nervoso.
   Todo mundo tem um tique nervoso. Sabe aquele momento que você se senti bem ansiosa e ao mesmo tempo nervosa? Eis que surge seu tique nervoso. É bem difícil alguém que não tenha um tique nervoso. Ás pessoas se sente melhor fazer isso ou tentam se distrair para não pensar que está num momento constrangedor ou vai passa por um momento assim.
- Então por que você foi da uma “saidinha”? – Perguntou ironizando fazendo-me voltar a realidade.
- Para escrever no meu diário. – Revelei.
- Um diário? Não acha que é muito velha para isso? – Perguntou arqueando uma de suas sobrancelhas e apoiando suas mãos no banco.
- Não, não acho. Esse papo de idade não pode interferir em nossa vida. – Filosofei. Ela apenas riu.
- Então . . . vamos estudar? – Perguntei. Ela assentiu. Foi nessa hora que o sinal do recreio tocou. Acabou que só tinha meia hora para explicar a matéria a ela e tirar suas duvidas.
Olhei para a sala de Daniel ao longe. A porta se abriu e muitos alunos saíram. Ele não saiu.
   Tirei todo o material, depois comecei a explicar a ela e ao mesmo tempo ficava olhando para a sala de Daniel para ver ele saindo. Ele não saiu de sala o recreio todo naquele.
     No meio da explicação, um menino da minha turma chegou até a gente. Começou a falar com a Renata e com isso interrompeu a explicação.
- Você é a Thayná, não é? – Perguntou interessado. Ela olhou para mim com uma expressão maliciosa no rosto. Revirei os olhos em resposta.
 Como se um garoto lindo daqueles poderia se interessar por uma garota como eu era ou poderia? Ele tinha entrado no colégio no ultimo ano do técnico. Pelo que sabia, ele tinha sido expulso do ultimo colégio por ter ajudado em algum tipo de greve.
- Sim, sou sim. – Respondi mostrando um sorriso simpático nos lábios.
- Ah, legal. Meu nome é Fabrício.
- Nome bonito. – Comentei. Ele deu uma piscadela simpática e sem malicia.
 Dá para notar quando um cara te joga uma piscadela brincalhona ou quando é uma piscadinha de “ quero você”.
 Olhei pro dois meio sem graça. Senti que atrapalhava alguma coisa, mesmo que tenha sido que ele que tenha atrapalhado algo, né?
- Estou atrapalhando vocês?  - Perguntei olhando para cada um de uma vez.
- Não, claro que não. Eu que devo está incomodando vocês. Foi mal.
- Eu o conheci no primeiro dia, Thayná. Como você sabe, somos os únicos lá da sala que entramos este ano. – Explicou.
- Eu sei. – Respondi.
- Hum. . . Por que estão estudando para física? – Perguntou curioso olhando pro livro que eu segurava na mão. Olhei para a Renata. Ela olhou para mim como se perguntasse se podia ou não falar para ele.  Voltei a olhar para ele e murmurei:
- Não posso dizer.
- Ue! E por que não?
- É que. . .  – Parei de falar quando não sabia o que inventar de desculpa para dizer a ele.
- É que o professor a obrigou copiar essa parte por que ela o xingou. – Falou apressadamente. Por sorte, seu caderno estava fechado, mas mesmo assim ele pareceu está duvidoso.
- Thayná? Chingando um professor? – Perguntou como se fosse para si mesmo. Como ele poderia me conhecer tão bem, se ainda estávamos em março e ele tinha acabado de entra no colégio?
- Como pode saber disso? – Perguntou Renata confusa. Ela tinha pensado no mesmo que eu.
- Ah, bem. . . Já deu para notar. – Argumentou. Nem a Renata tinha notado isso. Por mais que eu não conversasse com ninguém de minha sala, a não ser, agora a Renata, ninguém notaria tão rápido, até por que, de vez em quando rolava de eu falar com alguém, mas sei lá, achei aquilo bem estranho.
- Hum. . .
- Bem. . .Preciso estudar. – Falei educadamente.
- Opa, não queria atrapalhar. – Desculpou-se. 
- Não, está tudo bem.
- Qualquer coisa. . .Pode contar comigo Thayná. – Disse me olhando nos olhos. Saiu andando. Quando já estava um pouco longe, escutei a Renata perguntando:
- Tem alguma coisa com ele?
- Ahn? – Perguntei desligada olhando para ele se distanciando. Eu fiquei pensando no que ele queria e também por que sabia tanto de mim. Foi então que percebi a pergunta de Renata e berrei:
- NÃO! – Exclamei.
  Muitas pessoas pararam de conversar e me olharam confusas. Devia estar se perguntando o motivo de eu está berrando.

“ Por que gritar? “ , pensei.  Sinceramente eu tinha surtado e é claro, depois daquele jogo de palavras que aquele cara estava fazendo comigo. Alias como um garoto daqueles podia algo comigo? Eu era garota mais estranha do colégio todo. Uma anti-social, uma garota conservada para a minha idade. Garotos daquela idade só pensam em pegar ás mais gatas e futebol. Pelo menos, o Daniel era assim.

   Ele mal tinha cabeça para estudos e tinha sorte de que eu o ajudava por que tinha alguns anos, alias no final do ano que ele acabava indo para a recuperação. Apesar disso tudo, Daniel era um garoto doce, bem. . .Pelo menos comigo. Era um grande amigo.  Deve ser por isso que comecei a gostar dele e achei que poderia ir além da amizade com ele. Por que é assim. 


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Notas finais do capítulo

E ai? Como foi? Está ruim?rs.



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