Anyway, The Darkness Is Coming... escrita por Zchan
Notas iniciais do capítulo
AEEE!!! Vamo lá, to com o maior tédio aqui então mais um cap!!!
Tenho uma coisa pra avisar no final...
Mas depois!
Agora leiam o cap!!
Espero que gostem!!
Acordei quarenta minutos depois com gritos.
O lugar estava um pandemônio. Fora eu, o quarto estava vazio, mas era possível ouvir o barulho infernal que vinha do andar de baixo.
Desci as escadas correndo.
O que eu vi realmente resumia o que era a palavra inferno.
As pessoas estavam insanas. Havia sangue espalhado por todo canto. Elas pulavam uma em cima das outras, se golpeando até a morte.
-- O que está acontecendo? - perguntei para Heiko, que tentava impedir dois homens de matarem um garotinho pequeno.
-- Não sei! - ela estava ofegando, ferida em vários pontos - Eles se rebelaram do nada! Simplesmente querem se matar!
Eu posso cuidar disso. - disse minha outra personalidade, de dentro da mina cabeça.
Você vai matar todo mundo?, perguntei.
Não. Só vou convencêlos a ficar quietos. Tem a minha palavra.
Hunf. Certo. Assuma o controle, mas só por um minuto!
-- CALEM A BOCA, MALDITOS! - minha voz saiu meio rouca e aterrorizante. Parecia algo que falava direto das trevas mais profundas - QUEREM MORRER? VENHAM ENCARAR A MORTE NA SUA FORMA PURA!
-- Yuuko? - chamou Heiko, assustada. Senti meus olhos girando nas órbitas. Um sorriso sádico se repuxou em meu rosto. Eu estava com a face dela.
Os pobres humanos pararam de gritar e lutar e olharam para mim. Pareciam presas que viam um caçador infalível, seus olhos mostravam que já viam a morte certa.
Não vai matá-los!, tentei gritar, mas não estava no controle.
Não, não vou matá-los. Observe.
-- Seres impuros que contaminam suas posses com sangue inocente. Caso mais algum tipo de sofrimento seja causado por vocês, sentirão o terror da tortura eterna. - Nisso, senti que voltava ao normal. Meu rosto não se contorcia mais. Ergui as mãos, e o ato funcionou. Eu tinha o controle novamente.
-- O que houve? - perguntei, fingindo. Era melhor assim, ninguém desconfiando que o responsável fora eu.
-- Você... - sussurrou Shiori - Estava horrível... Como fez isso?
-- Fiz o quê? - insisti.
-- Ela não deve se lembrar - cortou Heiko, me olhando de esguelha - Você estava aterrorizante. Disse umas coisas... Horríveis. Acho que essas pessoas vão ficar encolhidas de medo por um bom tempo.
O pandemônio acabara. Haviam alguns corpos destruídos na sala, mas a maior parte dos humanos estavam nos cantos, encolhidos e tremendo. Ops. Chamei eles de humanos. Acho que minha consiência já entendia que eu era de outra espécie.
-- Hum, desculpe, então - murmurei.
-- Não se desculpe - disse Mieko, vindo na nossa direção. Seus olhos estavam meio molhados... Como se ela estivesse chorando - Quem devia se desculpar era eu... Venham aqui...
Seguimos ela e vimos uma cena chocante. Umeko estava caída no chão, com um ferimento grave na barriga. Izanagi parecia estar tentando acalmá-la.
-- Eu estava... Separando uma briga... Ela estava cuidando de uma criança... Um homem apareceu do nada... Matou a criança... E feriu ela... Foi tudo culpa minha... Eu me distraí - ela tentava falar em meio a soluços.
-- Não foi culpa sua - repreendeu Umeko, ofegando.
-- Foi sim! Eu estava cuidando da retaguarda! - Mieko parecia muito abalada, como se tivesse certeza que Umeko ia morrer.
-- Ela não vai morrer - eu afirmei, e minha voz não falhou. Ela não ia morrer. Eu não ia deixar.
-- Como você sabe? - desdenhou Izanagi.
Cheguei perto de Umeko e examinei o ferimento. Realmente, não era grave. Era mais superficial do que parecia, não havia cortado nada importante. Mas estava perdendo muito sangue.
-- O corte não é grave, o único problema é a perda de sangue - disse maquinalmente. Senti que nunca perceberia isso se minha outra personalidade nãao estivesse acordada - Com o que ela foi ferida?
-- Não tenho certeza... Acho que foi um pedaço de abajur - respondeu Umeko.
-- Fique quieta, você. Tem alguma faixa ou gaze por aqui? - perguntei para os outros.
-- Não, já revistamos tudo procurando coisas úteis. - Heiko não estava tão desesperada quanto Mieko - Podemos usar algumas roupas velhas...
-- Sim, isso serve... Precisamos de água, também, para lavar o corte. - instruí, pressionando um ponto onde deveria estar uma artéria importante.
Izanagi e Heiko saíram para buscar o que precisávamos. Mieko só olhava para a amiga, desesperada. Balbuciava coisas como "minha culpa".
-- Calma, Mieko. Está tudo sob controle. - assegurei.
-- Não! E se não der certo? O que eu faço? Argh! Eu quero bater em alguém! - choramingou a garota.
-- Não seja pessimista... - murmurou Umeko, meio sonolenta.
-- Não durma - sacudi a cabeça dela - Vai ser pior se você dormir.
Izanagi chegou, carregando uma bacia cheia de água e um pano. Peguei um pouco com a mão e joguei na cara da menina ferida, que soltou um gritinho de protesto.
-- Não precisa fazer isso! - reclamou - Estou acordada!
-- Sim, sim. - retruquei, limpando o ferimento com cuidado.
-- Ai - Umeko gemeu.
-- Fique quieta - repeti. Rasgamos a camiseta onde estava o corte, para não atrapalhar. Depois de um tempo, restava apenas o ferimento, que já havia parado de sangrar.
Heiko chegou com tiras de pano.
-- Peguei um lençol velho - ela disse - Acho que Umeko não ia gostar se rasgássemos suas roupas.
-- Nem pense nisso - remungou Umeko. Enfaixamos sua barriga, e lentamente conseguimos colocá-la de pé.
-- Você não vai poder lutar - suspirei - fique aqui, e descanse. Os outros venham comigo. Precisamos de um plano.
Izanagi chamou os outros três que ainda cuidavam de retirar os corpos do quarto. Deixamos uma Umeko protestante deitada em seu quarto, e nos dirigimos para uma sala menor do andar de cima.
Arrumamos o lugar para que todos pudessem se ver, e nos sentamos.
-- Já anoiteceu - começou Hotaru - Não acho que ainda tenham pessoas vivas lá fora.
-- Isso é um fato - cortou Hiroko - Precisamos decidir o que vamos fazer!
-- Eles não vão invadir isso aqui - disse Heiko - Sabem que não ficaremos mais chocados caso matem essas pessoas.
-- Olhe, alguém vai ter que ficar aqui com Umeko. Ela está ferida, não vai poder ficar sozinha. - disse Mieko - Eu posso ficar...
-- Não. Você está abalada demais com isso. Um pouco de ação vai lhe fazer bem. - eu insisti.
-- Bom, então eu fico - disse Izanagi - Acho que nem seria muito útil na luta mesmo. Só tentem voltar vivos.
-- Então é o seguinte: Daiki vai ficar aqui com Umeko. E o resto de nós? - perguntou Hotaru.
-- Vocês sabem o objetivo deles. Sabem o que eles querem. Precisamos simplesmente impedi-los. - eu respondi.
-- Certo, mas como faremos isso? - questionou Shiori.
-- Invadindo a base deles. - sugeriu Heiko.
-- Não vamos conseguir invadir sorrateiramente - resmungou Hiroko - Eles conseguem seguir nossos movimentos.
-- Isso é uma baita desvantagem - reclamou Mieko - Eles tem mais guerreiros, mais poder, e ainda sabem exatamente onde estamos e o que estamos fazendo! Nunca vamos vencer assim.
-- Mas nós temos algo que eles não têm... Nós fomos criados para destruí-los... Somos especialistas em combatê-los... - disse, mesmo não sabendo o que falava.
Ei! Pensei que você só pudesse assumir o controle quando eu deixasse!, protestei.
Eu não assumi o controle, ela riu. Apenas te dei ideias.
-- Quê?! - Hiroko pareceu assustado.
-- Ãhn, esquece - desviei - É só que nossas armas são melhores contra eles do que as deles contra nós.
-- Eles já mataram Juno - disse Heiko.
-- E não vão matar mais nenhum de nós! - eu gritei.
-- Acalmem-se. - sussurrou Hotaru - Tem algo vindo, devagar.
-- A janela - disse Mieko - Olhe lá.
Hiroko se levantou e andou até a janela, a espada já em punho.
-- Que estranho - murmurou - A noite parece, sei lá... Sólida.
-- É o começo do fim. - eu me levantei - Eles começaram a operação. Vamos agora. Eu, Hiroko e Mieko vamos na frente, os outros vem depois, e avançamos em direção à base. Não pretendemos tomá-la, apenas entrar lá, examinar e sair.
-- Por que vocês? - reclamou Heiko.
-- Mieko fazia kendo, logo deve lutar bem - Mieko corou levemente - Eu... Bem, eu não sou humana, e como eles querem me matar um pouco mais do que querem matar vocês, devo ter algo em especial.
-- E eu? - disse Hiroko.
-- Sei lá. Eu precisava escolher mais alguém para vir na frente. - dei de ombros - Você tem bastante força física. Deve servir.
-- Isso foi um elogio? - Hiroko levantou uma sobrancelha.
-- Certo, mudei de ideia. Você vai atrás. Shiori, venha na frente conosco. Assim você não me enche o saco. - retruquei.
Izanagi soltou uma gargalhada e atirou uma almofada na cara de Hiroko, que ficara meio vermelho.
-- Ei - ele começou - Eu não vou atrapalhar no meio de uma lu...
-- Certo, estamos indo! - chamei - Queremos voltar antes do amanhecer. Izanagi - me virei para ele - certifique-se de manter a ordem lá em baixo. Qualquer coisa, caso eles enlouqueçam de novo, não tente pará-los. Abra a porta, deixe que saiam, e fique aqui em cima com Umeko.
-- Hein? Está me dizendo para deixá-los morrer? - Izanagi pareceu ultrajado.
-- Sim. Eles já morreram mentalmente, na verdade. Não vai nos fazer diferença. - suspirei - Vamos.
Descemos as escadas e saímos para a rua já em formação.
As sombras se retraíram, preparando para atacar.
Ergui minha espada e senti que a outra eu tomava o controle.
Dei um passo à frente.
Não havia espelho, mas pude sentir que já assumia totalmente a aparência dela.
Agora eu era apenas algo perdido na minha mente. Já não possuía o controle. A porta da casa se fechou às nossas costas.
-- Isso... É guerra! - gritamos, as duas "eu" em conjunto, e atacamos.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Mwhawhawha...
Que saco.
Ficou chata essa bagaça.
Eu tinha alguma coisa pra falar?
Aaah, é, sobre o final disso aqui...
Ãhn, esqueçam. Depois eu conto.
Se não gostaram da outra personalidade da Yuuko, é porque não viram quando eu assumo o controle total, mwhawhawha...
Deixem reviews, e esperem por mais sangue nos próximos capítulos da Anyway.