Selena não acreditava que Nick tinha lhe dito. Era como uma facada em seu coração e não tinha mais como viver. Dor, lágrimas, sofrimento. Sentimentos tudo misturado. Ela se sentia como se tivesse tirado algo dela, algo muito importante. E fora isso mesmo, Nick tinha lhe tirado de sua vida, ela tinha o perdido. 

Sel: Não... não faça isso. _pediu em meio das lágrimas. 

Nick: Eu queria que você confiasse em mim, contasse essas coisas que você fala de não ser importante, mas são. 

Sel: Não tenho mais nada escondido, Nick. Eu só não te contei porque achava mesmo que não era importante e não é. _disse novamente_ Eu não quero te perder, quero você para mim. Por favor, não faz isso... 

Nick: Já está feito, me desculpe. _saiu da sala de jantar. 

Selena não queria mais saber o que os outros pensariam ou se preocupariam ou não, apenas ajoelhou no chão, encostando suas mãos em seu rosto, deixando as lágrimas caissem. A dor era insuportável e parecia que não tinha cura. Cada lágrima, cada dor. Ela perdera Nick, mas não se inconformava. 

Sentiu uma mão em seu ombro, mas nem ligou. Achou que seria Denise, afinal, ela via-a como uma segunda mãe. Mas logo sentiu que abraça-a fortemente, como se lhe transmitisse a confiança. Selena nada fez, ficou apenas chorando no abraço da pessoa. Logo, a pessoa começou a acariciar seus cabelos em forma de poder desabafar tudo que pudesse desabafar. 

XxX: Não fica assim. 

Selena rapidamente levantou a cabeça, vendo o rosto da menina. Aquela presença lhe fez ficar confusa. Mitchie não tinha brigado com ela? Por que estaria ajudando-a?

Sel: O que está fazendo aqui, Mitchie? _perguntou entre as lágrimas. 

Mitchie: Eu sei o que meu pai fez, eu sei o quanto estava errada em não aceitar o amor de vocês... _interrompida. 

Sel: Não era isso que você queria? Você não queria que seu pai fosse só seu pai, que ele completasse sua família? Pronto, ele está sozinho. Se quiser juntar sua mãe com ele, eu não me importo. Faça isso. E pode ter certeza que, o que você me falou de sumir da sua vida, ainda está valendo. Eu vou sumir para deixar vocês em paz. Satisfeita?

Mitchie: Na verdade, não. _Selena a olhou confusa_ Eu sei que eu errei em não ser uma filha correta, sabe? Mas quem não erra? Errar é humano. Sei que não faço as coisas certas, mas é que eu sentia... 

Sel: Sozinha? Com medo de que seu pai não quisesse mais você como filha? _perguntou, completando a frase. 

Mitchie: É... e como você sabe?

Sel: Eu já me senti assim. Achei que tinha pegado a discussão inteira. _comentou

Mitchie: Eu peguei da parte que ele falou que você tinha escondido algo dele em diante. O que você escondeu do meu pai?

Sel: Um segredo, que só a sua mãe sabia. É um sofrimento aquela lembrança, aquele segredo, sabe? 

Mitchie: Quer compartilhar?

Sel: Eu... acho melhor não, Mitchie. Um dia eu te conto quando você for... maiorzinha. Você não vai entender. Desculpe, tá?

Mitchie: Tudo bem... mas olha, eu vou ajudar você e meu pai a voltarem... _interrompida

Sel: Não precisa, Mitchie. Eu não quero isso. Se ele quiser voltar, se ele me ama de verdade e me quer na vida dele, ele tem que vir aqui. Eu não quero que ele venha só porque a filha dele mandou ou algo do tipo. Tem que vir com boa vontade. Posso até ser exigente, mas... é assim. _deu de ombros. 

Mitchie: Tudo bem... Tia. _chamou-a_ quer voltar para a missão? _perguntou envergonhada. 

Sel: Você me quer de volta na missão? _perguntou sorrindo

Mitchie: Muito. Você precisa, porque vai dar a cobertura. Eu já tenho o plano montado e seu que você deve estar imaginando o que seria. Afinal, pedi para meu pai deixar eu ir dormir na casa do tio Joe. 

Sel: É... Mas então, vai ser no dia que você vai dormir na casa do Joe, né? _Mitchie assentiu_ Ótimo, vai ser fácil. É só dar cobertura. Mas e a Bonnie?

Mitchie: Ela já sabe do plano. E vou fazer com que ela vá comigo até a casa dele, vou tentar levar ela para dormir lá também. Só vai ter um problema... 

Sel: Qual? _perguntou olhando-a curiosa

Mitchie: Ashley. _Selena revirou os olhos_ Eu sei que você não gosta dela. Mas o problema é que se ela estiver na casa, vai ser difícil, porque nem ela sabe o que tem lá. 

Sel: Não sabe? Como não sabe? _perguntou toda confusa. 

Mitchie: Não sabe, eu não sei por que, mas ela não sabe. 

Sel: Hm.... vamos esquecer agora e vamos curtir o último dia em Los Angeles? _perguntou com a voz alegre e com um sorriso

Mitchie: Vamos! _pulou. 

_(***)_

A noite havia chegado e Demi estava em sua casa, ensinando Lucas a tocar rapído. Lá fora estava com um tempo nada bom, mas eles não ligavam. Afinal, poderia ser uma chuva passageira. 

Lucas era um velho aluno de Demi, porém, ele tinha apenas 10 anos. Começara cedo à ter aulas de piano. Sua apresentação estava quase chegando e por isso, teria que ter aulas extras para isso. Ele era um aluno que aprendia devagar, mas aprendia. Ele era amigo de Mitchie, conversava com ela quando ia ter as aulas na casa de Demi. Os dois treinavam juntos, sempre na brincadeira.

A chuva que caia lá fora estava ficando cada vez mais forte, fazendo com que os dois ficassem com um pouco de medo. Demi sempre tivera medo de tempestade, porém, hoje estava muito forte. O medo a tomava, mas não mostraria para a criança em sua frente. Os relâmpagos iluminavam a casa e os trovões estavam fortes.

Lucas: Demi, eu estou com medo... _disse com a cara assustada. 

Demi: Calma, Lucas. Olha, vai lá para a sala que já estou indo. Só vou arrumar isso. 

Lucas: Está bem. _saiu. 

Demi terminou de arrumar as coisas do quartinho, que usava para das as aulas particulares de piano, assim como Nick usava para dar as mesmas aulas, só que de bateria ou de violão. Lá havia vários instrumentos que compraram juntos, tudo pertencia à ambos.

Ela estava arrumando o piano, quando ouvira um grito da sala. Com certeza, seria de Lucas. Se assustou na hora e desceu as escadas correndo, deixando seu piano desarrumado. Ela se preocupava em primeiro lugar na criança, seus instrumentos ficariam para depois. Ao terminar de descer as escadas, vira um corpo de uma pessoa, mas não deu tempo para ver a cara, porque acabara a luz na casa. 

Demi gritava, assim como Lucas. Mas uma voz, fazia um barulho falando para se acalmarem. Aquela voz fez com que o coração de Demi batesse mais forte, como se tivesse mais alegre e segura. Ela parara de gritar na hora, mas ainda ouvia o grito de Lucas. 

Demi: Lucas, fique calmo. 

Lucas: Eu to calmo, eu acho. Eu quero minha mãe. _pediu. 

Demi: Daqui a pouco ela está aqui. Agora, Joe cadê você?

Joe: Atrás de você. _sussurrou em seu ouvido, fazendo-a se arrepiar. 

Demi não sabia o que fazer, mas sentira seu coração pular em seu peito, como se fosse sair dela. Pude sentir mãos em seus braços, que logo foram para um abraço confortante. Demi queria sair logo daquele abraço, assim como queria continuar ali. Respirou fundo, tentando pensar em algo para se desfazer do abraço. Mas ele se desfez rapidamente. 

Joe: Bem que achei que acabaria a luz e não deixaria você sozinha. Sabe, cavalherismo. _disse se gabando

Demi: Vou pegar uma vela, esperem ai. 

Demi se direcionou para a cozinha, mas sempre tropeçava. Até escutar uma voz, atrás dela novamente, dizendo que ajudaria. Demi acendeu uma vela e Joe foi pegar um pratinho para colocar a vela. Após colocarem, sairam da cozinha e foram para sala, onde viram Lucas todo encolhido no sofá, tremendo de medo. 

Lucas: Ainda bem que chegaram. Não me deixe mais sozinho. _reclamou

Demi: Lucas, nós estavamos a no cômodo ao lado.

Lucas: Eu sei, mas estava com medo. _fez bico_ Você deve ser o namorado da Demi, não é? _perguntou curioso, enquanto Joe colocava a vela numa estante, sorrindo.

Demi: Lógico que não, Lucas. Ele é só... meu amigo. 

Lucas: Se você diz... _deu de ombros_ Que horas minha mãe vai vir me buscar? _choramingou. 

Demi: Que que isso, Lucas? Você nunca teve medo de tempestade ou de chuva. O que está acontecendo com você?

Lucas: Depois que visitamos uma mulher lá, ela falou umas coisas muito estranhas e tinha a ver com a chuva. E a partir disso, comecei a ter medo. 

Joe: Quer que eu leve você embora? Mas vai ter que esperar um pouco, porque está chovendo de mais e não estamos a fim de enfretar a tempestade. _disse deitando no sofá. 

Lucas: Não precisa, minha mãe deve estar aqui daqui a pouco. Obrigado de qualquer forma. 

Joe: Educado você. Gostei de te conhecer. _disse por fim

Demi: Lucas sempre foi desse jeito, educado e um ótimo garoto. _sorriu para Lucas, que retribuiu na hora_ Joe, senta ai, que eu quero sentar, seu folgado _disse batendo no ombro dele. 

Joe: Ah, deita em cima de mim, não tem importância _disse nem ligar. 

Demi: Ah vai catar coquinhos. Vai, senta ai. 

Joe desistiu de ficar insistindo e sentou. Logo Demi se sentou ao lado dele. Eles ficaram conversando, até finalmente a luz voltar. Joe gostara de Lucas, apesar de ele ser um medroso, mas era um ótimo rapaz. 

_(***)_

Nick, Selena e Mitchie estavam esperando o vôo chegar, que deveria ter chegado à duas horas atrás. Infelizmente se atrasara por causa da chuva, o que fizeram eles ficarem sentados no banco, quase dormindo. Estavam cansados, pois aproveitaram o último dia. 

Selena e Mitchie foram no shopping novamente, onde compraram presentes para a mãe da menina e para o tio Joe. Selena não podia negar que seu coração doia, ao ver que Nick estava num canto sozinho, pensando. Ela percebia o jeito que ele ficava quando estava magoado, mas ela não podia faze nada. Ele que quis daquele jeito, pelo menos era o que ela pensava. 

Sel: Mitchie, vai lá do lado do seu pai. Ele está sozinho. 

Mitchie: Tá tia. Você fica bem sozinha?

Sel: Fico sim. _sorriu

Assim, Mitchie saiu, indo ao lado de seu pai, que a recebeu com um abraço apertado. Selena sentia que era ela que estava impedindo que Mitchie e Nick se aproximassem, que só estavam se afastando cada vez mais. Então, decidiu que não faria mais isso, não intrometeria na vida de nenhum deles. Apenas olharia a sua vida, cuidaria de si mesma.

Mitchie e Nick ficaram conversando e rindo durante um bom tempo, pois fazia tempo que eles não faziam isso... ter o momento pai e filha. Até que Mitchie percebera que Selena estava dormindo. Achou que seu pai ia gostar de ve-la dormindo. Sorriu com uma idéia. 

Mitchie: Pai, olha a tia Sel, ela está dormindo. _comentou

Nick rapidamente virou seu rosto e viu como Selena dormia. De um jeito desajeitado, mas delicado, profundo. Deveria estar sonhando com coisas boas, pensou ele, que podia muito bem estar sem ele próprio. As vezes, ele achara que Selena não gostava dele, mas algo dentro de si, falava que era coisa de sua mente. Respirou fundo, deixando de lado seus pensamentos. 

Nick: É... _apenas falou isso. 

Mitchie: Olha ela enquanto vou ao banheiro. 

Nick: O que? Mitchie está louca de ir no banheiro sozinha em LAX? Não vou deixar você ir sozinha. 

Mitchie: Então, vai fazer o que? Acordar a minha tia linda que está dormindo tão bem, que deve estar sonhando com você? Nem, hein. 

Nick: Que sonhando comigo o que. Eu não vou deixar, se tiver que acordar a Selena, eu acordo. Mas deixar você ir sozinha, nunca. 

Mitchie: Qual é, pai? Eu sei me cuidar, tá legal?

Nick: Você? _perguntou, quase rindo_ Você só tem seis anos, como pode se cuidar? Mitchie, se quiser ir ao banheiro, eu acordo sua tia, mas ir sozinha... nunca. 

Nick se levantou da cadeira, indo na diração da Selena. Uma parte de si, falava para não acorda-la. Ele observou-a por um momento. Viu que ela estava sorrindo enquanto sonhava, viu-a como se tivesse sonhando algo bom, verdadeiro. Pensou em desistir de acorda-la, mas teria que fazer isso. Sua filha era mais importante naquele momento. 

Nick: Selena... _chagualhou-a_ Selena... _chamou mais uma vez_ Selena...

Ele já estava desistindo. Parecia que nada fazia Selena acordar, mas teria que fazer algo. Até que uns segundos depois viu ela abrindo os olhos lentamente e cansada. 

Após Selena se expreguiçar, sentira dor em seu corpo. Percebera que dormira toda desajeitada na cadeira, que isso não seria nada bom depois. Respirou fundo e xingou mentalmente quem a acordou do sonho maravilhoso que estava tendo. Ela virou o rosto, quando encarou Nick a encarando. Ela percebera que ele que a acordara. Mesmo gostando muito dele, queria mata-lo naquele momento. 

Sel: O que você está fazendo aqui? _perguntou brava. 

Nick: Te acordando. _disse num tom de obvio.

Sel: Eu sei, seu tonto. To querendo dizer, por que me acordou? Sabia que estava tendo sonhos maravilhosos e acordo com uma cara dessas me assusta. 

Nick sentiu como se ela não tivesse sonhado com si próprio. Até achou melhor, mas seu coração doía com o pensamento. 

Nick: Mitchie quer ir no banheiro. E eu não posso deixar ela ir sozinha, só tem seis anos. Você pode ir com ela?

Sel: Claro. Ér... _pensou antes de falar_ Mas, cadê ela? _perguntou observando o ambiente. 

Nick imediatamente virou para trás e viu que ela não se encontrava ali. Ele se desesperou, ficou nervoso e com medo. Selena se levantou da cadeira, procurando ela. Ela tentava acalmar Nick, mas não conseguia. A vontade dele era entrar no banheiro feminino para ver se sua filha se encontrava lá, mas não iria fazer isso. Ele se culpava por ela ter sumido, mas se sentiria mais culpado, caso algo acontecesse com a pequena. 

Selena foi à uma lanchote por lá perto, comprando água para Nick. Talvez acalma-lo primeiro seria a melhor forma, ou talvez não. Voltou logo para onde ele estava e lhe deu a garrafinha de água. Ele, primeiramente, recusou, mas logo pegou e bebeu um pouco, achando melhor a se fazer. Ele estava sentado, tremendo e isso deixava Selena tensa. 

Nick: Eu vou entrar no banheiro feminino! _disse determinado, se levantando da cadeira. 

Sel: Que nada, _disse, fazendo-o se sentar novamente_ tá louco? Entrar no banheir feminino vão achar que você é gay ou é tarado, né? Acorda. Deixa, eu vou lá. E vê se não faz nenhuma loucura. 

Nick: Eu não vou sair daqui até você não voltar com a minha filha. Pode ficar tranquila, caso seja eu com que você está preocupada, e não com uma criança. 

Sel: Idiota. A Mitchie é como uma filha para mim... 

Nick: Não parece. Você fica sempre se preocupando comigo e não com ela. 

Sel: Acha que se fosse você que eu me preocupasse eu não teria continuado te namorando? Acha que se eu não preocupasse com ela, eu estaria indo no banheiro feminino para ve-la? Eu não sou tão idiota quanto você. _disse se virando_ E quer saber? _disse se virando, olhando para ele_ Eu to pouco me lixando para o que você pensa, para o que você faz ou o que você não faz ou deixa de pensar. Eu preciso me preocupar com pessoas que realmente se preocupam comigo. Preciso retribuir tudo que elas me dão. Você me deu muito amor, muito carinho, eu retribui verdadeiramente, com o coração. Agora, se você não entende nada disso, tudo bem. Tchau, to indo atrás da Mitchie. _disse, seguindo para o banheiro.

Selena havia desabafado uma parte e precisava fazer isso. Talvez, dizendo isso ele se tocasse do que estava fazendo ou que já havia feito. Ela pelo menos achava que ele poderia melhorar ou entende-la melhor. Revirou os olhos, ao pensar que ela fora tola em falar tudo, pois ele com certeza não entenderia nada. 

Ao chegar no banheiro, encontrou Mitchie em pé, se olhando no espelho e falando sozinha. Selena fez uma careta de não estar entendendo nada, mas logo desfez. Sabia que pessoas falavam sozinhas, assim como ela mesma, que as vezes falava. 

Se aproximou da menina, que depois que a viu, parou de falar. Ficou surpresa, achara que seu pai ou ela mesma teria que sair do banheiro. Mas não, sua tia estava ali, na sua frente. Sua vontade era de pergunta-la se rolou alguma coisa, pois estava tentando ajudar, consertar uma coisa que ela mesma destruiu, que no qual, machucara pessoas que ela ama tanto e até si mesma. 

Mitchie: O que tá fazendo aqui, tia? 

Sel: Eu vim te buscar. Vamos logo lá fora, antes que seu pai tenha uma ataque. Ah, e já vou logo avisando, seu pai está mais chato do que antes. Então, se prepara para levar uma bronca dele. 

Mitchie: Você vai me defender, né tia? Sabia que eu te amo tanto? _disse manhosa, tentando fazer com que sua tia ajudasse ela. 

Sel: Me desculpe Mitchie, mas dessa vez você merece uma bronca. Você é uma menina esperta e inteligente, mas não pode fazer isso com ele. Você, praticamente, desobedeceu ele. Só para que? Para me deixar sozinha com ele. 

Mitchie: O que? Como... como descobriu meu plano? _perguntou inconformada. 

Sel: Querida, eu sei o jeito que você é. Eu te conheço muito bem. Sei que quando você se sente culpada por alguma coisa que você mesma destriu, você vai até o fim do mundo para conseguir consertar. E você está fazendo isso agora. Você está se sentindo culpada com o que aconteceu entre mim e Nick. Mas não precisa se sentir assim, você não é a culpada. Foi... eu e ele. Nós que somos duas crianças e brigamos por coisas idiotas. 

Mitchie: É... isso eu tenho que concordar. Mas não posso tirar essa culpa de mim. É difícil e parece que ela não vai me deixar até eu não fazer alguma coisa para vocês ficarem novamente juntos. Me desculpe tia, sei que você está pedindo para eu não fazer nada, mas... não vou fazer o que você quer. _disse determinada. 

Sel: Mitchie, é melhor... _interrompida

Mitchie: Me deixe ajudar, tia. Eu sei o que estou fazendo e vai dar tudo certo. Você confia em mim, não confia?

Sel: Ah... _suspirou derrotada_ Tudo bem, querida. Eu to confiando em você, tá bem? Só não apronte muito. Agora, vamos, antes que seu pai morra com um ataque de preocupação. _Mitchie riu

Mitchie: Preocupação?

Sel: É... sabe, ele anda muito preocupado com algumas coisas, né Mitchie? _disse como uma indireta para a menina. 

Mitchie: Né... _riu

Assim, as duas sairam do banheiro, indo para aonde Nick se encontrava. Enquanto caminhava, as duas conversava e ria, como duas amigas. Mesmo com alguns problemas, as duas sempre foram grudadas em algumas coisas e quando estavam sozinhas, as duas se sentiam como se fossem apenas amigas. Nada de tia e sobrinha, e nem filha e mãe. Apenas, amigas. 

Logo que Nick viu sua filha se aproximando, correu até a menina, onde abraçou fortemente. Ele chorava e acariciava o cabelo da garotinha. Ela já estava meia que se sentindo culpada por ter feito seu pai chorar daquela forma. Não gostava de ve-lo daquele jeito. Depois que se separaram do abraço, Nick estava mais calmo e talvez, um pouco bravo. 

Nick: Não faz mais isso comigo, Mitchie Lovato Jonas. Quer me matar? 

Mitchie: Pode deixar pai, eu nunca mais vou fazer isso.. a culpa foi minha. E... me desculpe. 

Nick: Claro querida. _a abraçou novamente. 

O vôo deles fora anunicado, fazendo eles indo para a sala de embarque e logo, entrando no avião. 

_(***)_

Lucas acabara de ir embora, deixando apenas Demi e Joe na casa. A chuva lá fora já estava menos forte, mas ainda chovia. Joe ainda se encontrara deitado no sofá, todo jogado. Demi estava em outro sofá, assistindo TV junto com ele. Fazia tempo que eles não assistiam sem alguma discussão. 

Estava passando 'The Last Song', o filme na qual, Demi sempre chorava e adorava assistir junto com sua melhor amiga, que chorava junto com ela ou com sua filha, que sempre a olhava com indignação por chorar em um filme. 

Demi estava quase chorando. Ela não queria chorar sozinha, então, se levantou do sofá, indo na direção do sofá onde Joe estava deitado. A vontade dela era pular em cima e chorar no peito dele, mas não faria isso. Quando Joe a viu na sua frente, quase chorando, se sentou. 

Joe: O que foi Demi?

Demi: Eu não quero chorar sozinha. Chora comigo?

Joe: O que? Chorar com você? Tá maluca? Eu não vou chorar por um filme não. 

Demi: Ah Joe, qual é?! É só derramar algumas lágrimas, só algumas. Não precisa, chorar, chorar. É só... derramar algumas lágrimas. 

Joe: Ah, eu não vou chorar nada. 

Demi: Então... posso deitar ai com você? Eu... não gosto de assistir esse filme sozinha. Sempre que assisto com a Sel, ela chora junto comigo. Quando assisto com minha filha, ela fica me perguntando como eu consigo chorar em um filme como esse. Ou quando assisto com Nick, ele fica rindo da minha cara. _Joe riu

Joe: Me desculpe, mas acho que vou fazer igual o Nick. _disse rindo. 

Demi: Ah, vai cagar. Posso deitar ai? 

Joe: Vem cá. 

Ele se deitou, encostando as costas nas almofadas do sofá e Demi deitou ao seu lado. Joe não aguentou, teve que passar suas mãos na cintura dela, onde ela se sentiu mais segura. Ela sentiu uma cabeça na curva de seu pescoço, deduzindo que era Joe. Demi colocou sua mão sob a mão de Joe, onde ela acariciou. Imediatamente, Joe sorriu, assim como ela. Ela se lembrava da época quando eram namorados ou quando era apenas melhores amigos e assistiam filmes aquele jeito. Era uma ótima forma de carinho. 

Continua...