Sombras de Uma Conspiração escrita por Fox, kurosaki nunes, Knight Beast X


Capítulo 6
Capitulo 6: A roupa faz o guerreiro




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Uma hora antes

–Por que vocês têm que ir falar com o diretor geral agora?

Era a pergunta que Asuna Kagurazaka fazia a Negi e Konoka.As aulas tinham encerrado e os três caminhavam pelos corredores de Mahora em direção ao escritório do diretor.Kamo, uma fuinha mágica, como sempre ia no ombro do garoto.

–Não sabemos Asuna,o vovô apenas mandou um recado que precisava falar conosco imediatamente. –respondeuKonoka.

–Sinceramente eu preferia ir para casa,tomar um banho relaxar,jogar um pouco...

–Mas Asuna, você não precisa vir com a gente. –comentouNegi.

–Com o diretor-geral chamando vocês dois?Da ultima vez que ele fez isso,conhecemos o Takuya e enfrentamos uma encrenca das grandes com o tal Grupo Fantasma!Por que agora seria diferente?

–Isso é meio difícil mana Asuna-respondeu Kamo –o mano Takuya está em missão com a mana Setsuna dessa vez não deve ser algo que envolva vocês.

Nessa pequena conversa o trio chega à sala do diretor-geral.A professora Shizuna os esperava na entrada,informando ao diretor que o pessoal já tinha chegado.

–Bom Asuna já vamos.–informouNegi

–Certo vou esperar vocês aqui.

–Asuna,acho que seria melhor se você entrasse também. –recomendou Shizuna.

–Por que professora?

–Por que conhecendo você, com certeza irá obrigar o Professor Negi a falar do que se trata e também irá se envolver.

Asuna:*gota*

Com isso,seguidos da professora, todos entram na sala do diretor-geral.

–Sejam bem vindos Negi,Konoka e Kamo.Asuna foi bom você ter vindo também.

Todos imediatamente perceberam algo de errado no tom de voz do diretor-geral.Mas antes que pudessem perguntar o que houve uma voz já conhecida deles se fez audível.

–Vocês demoraram um bocado hein?

–Kotarô?Você também foi chamado?-perguntou Negi.

–Sim, recebi a convocação do diretor mais cedo.

–Bom agora que todos estão aqui vou explicar porque os chamei -diz o diretor respirando fundo e começando a explicação:

–O Negi já está ciente de todo o ocorrido,mas vou contar a vocês.Eu passei a Setsuna e ao Takuya uma missão que consentia em recuperar um artefato sagrado conhecido como o Tesouro de Suzaku.Esse artefato foi roubado por uma mulher de nome Tenko Banner, recém chegada a nossa associação.Como essa é uma missão de alta importância pedi que mais uma pessoa auxiliasse os dois.

–E quem é essa pessoa?-perguntou Konoka.

–Você a conhece minha neta.É a Camila Mishima.

–A Camila-chan?

–Espera um pouco. –perguntou Kotarô.-O senhor está falando de Mishima? Do clã Mishima?

–Exatamente Kotarô.

–Você conhece esse tal de clã Mishima?-perguntou Asuna.

É um clã antigo de artes marciais considerados linha de frente realizando missões que podem ser considerados suicidas. Dizem às lendas que um Mishima consegue enfrentar um exercito sozinho. Eles foram os únicos japoneses que lutaram de forma intensa na Primeira Guerra Mundial apoiando a famosa Legião Estrangeira da França.

– E na Segunda Guerra? – pergunta Konoka.

– A reputação deles foi meio que manchada, afinal quando a França começou brigar com Alemanha o clã Mishima deu seu total apoio. Só que literalmente o clã Mishima foi meio que considerados traidores do Império Japonês por causa dessa aliança. O clã só conquistou o respeito do governo porque ao final da guerra foi um dos clãs que mais ajudou para reestruturação do Japão. Infelizmente até hoje o clã é visto maus olhos pelos alguns clãs antigos por causa desse fato e também pelo fato que a maioria das famílias do clã tem dupla nacionalidade.

– Isso é triste – disse Konoka.

– Apesar disso o clã tem respeitáveis lutadores. Foram os primeiros japoneses a participarem no UFC, sem contar que seus lutadores são muito habilidosos. Eu sempre quis ter a chance de lutar com esses caras... -lamenta-se.

–E o senhor tem notícias da missão deles?-perguntou Negi.

–Eles estão investigando o paradeiro da Tenko Banner ainda. Entretanto uma notícia muito perturbadora me foi contada mais cedo por uma jovem mestra do clã leikô.

O diretor então respira fundo e diz:

–Hoje bem cedo alguém seqüestrou meus dois estimados amigos: Genzo Tsurugi e Jubei Mishima.

–O que?!Os mestres leikô e Mishima?-exclamou Kotarô.

Todos ali ficaram surpresos porque já tinham ouvido falar da força de pelo menos um dos mestres seqüestrados.

–Mas como isso pode ser possível?-perguntou o meio youkai. –Genzo Tsurugi o “Samurai Invencível”e Jubei Mishima o “Guerreiro Fantasma” juntos foram heróis de inúmeras batalhas!Dizem que quando eles agiam juntos eram invencíveis em combate!

–Infelizmente não sabemos como isso aconteceu.- explicou a professora Shizuna. –Além disso, Takuya nos informou que houve uma tentativa de seqüestro a Camila Mishima,bem como provas de que os dois eventos podem estar interligados.E considerando que o roubo foi horas antes da ultima vez em que os dois mestres foram vistos juntos, eu não ficaria surpreso com isso.

–Então o senhor quer que auxiliemos o grupo da Setsuna na investigação e com isso ajudar a encontrar Tenko Banner e os mestres seqüestrados?-perguntou Negi.

–Também.Normalmente eu deixaria isso apenas a cargo de Takuya,Setsuna e Camila.Entretanto...

O diretor então se levanta e caminha em direção a janela.

–Segundo informações que recebi, os dois clãs estão se acusando pelo seqüestro e estão se preparando para a guerra.Se isso acontecer será uma tragédia sem precedentes.Fiquei sabendo que a mestra Motoko Aoyama também se mobilizou para investigar a situação o que indica que a escola shinmei está de olho no ocorrido.Eles são mais que capazes de remediar esse problema,porém nós como magos não podemos ignorar essa situação.

E olhando para a neta disse:

–Konoka eu discuti o assunto com seu pai e chegamos a uma conclusão. Queremos que você vá nessa missão como representante das Associações de Magia de Kanto e Kansai.Eishun também solicitou que você Negi,esteja com ela nessa missão.E na ausência de Setsuna e Takuya confiarei a você e ao Kotarô a guarda de minha neta. Precisamos resgatar os mestres Leikô e Mishima o quanto antes e recuperar o Tesouro de Suzaku antes que ele seja usado para propósitos malignos.

–Certo pode deixar conosco diretor!-respondeu Negi.

–Se é o caso também pode contar comigo!-disse Asuna.

–Asuna?Mas você...

–Você ouviu a professora Shizuna mais cedo,ainda que me diga que é muito perigoso eu não vou deixar você ir sozinho para lá.

–Mas eu também vou com ele Asuna!-respondeu Kotarô.

–E é exatamente por isso que eu vou!Com dois moleques maníacos por luta quem vai proteger a Konoka?E depois estamos falando de um perigo que pode envolver o clã do Takuya não podemos deixar ele na mão.

–Mana Asuna toda preocupada com Takuya...-comenta Kamo tirando um sarro.-Ou é medo dele se engraçar com a tal Mishima?

–É claro que eu to preocupada com ele Fuinha Safada!-diz a jovem meio corada dando um tremendo soco no arminho que o fazacertar a parede esquerda do local.-Takuya passou por muita coisa na vida e o clã leikô foi o único que esteve do lado dele nesses momentos. Imagina o que aconteceria se e o clã fosse destruído na luta contra esses Mishimas?

–Mishimas e Leikôs são bem equilibrados em poder.–comenta Kotarô.-Poucos sabem disso mas na Primeira e Segunda Guerra Mundial as habilidades da Unidade Especial Leikô foram altamente requisitadas na espionagem.O clã leikô possui em sua linhagem samurais,magos e guerreiros especialistas em combate sem armas,cujas técnicas são cobiçadas por inúmeros clãs rivais.

–Um detalhe é que os Leikôs sempre foram conhecidos por terem uma opinião decidida ainda que isso colocassem todos contra eles.Foi o único clã que abrigou os samurais cristãos perseguidos na Era Tokugawa,se recusaram a ajudar a Alemanha Nazista e foi o clã que ficou do lado dos Mishimas quando estes foram injustiçados. Por ficarem em oculto sua verdadeira força é desconhecida de todos.

–Sem dúvida teríamos uma destruição dos dois clãs se não houver interferência de fora.-complementa Negi.

–Então minha neta... aceita essa responsabilidade?-pergunta Konoemon.

–Eu aceito. -respondeu ela decidida. -Camila é uma grande amiga que tenho e devo minha vida ao Takuya. Vou ajudá-los não importa como.

–Conto com vocês. -disse o diretor geral.


–Sim!-responderam todos.

Capitulo 6: A roupa faz o guerreiro

Ao mesmo tempo, Setsuna,Takuya e Camila se dirigiam ao local indicado por Mini-Setsuna.

Por ordem de Takuya os três seguiam ao destino em fila.Setsuna ia à frente guiando o trio enquanto mantinha o contato com sua shikigami.Camila ia no meio do grupo enquanto Takuya logo em seguida.

– Não pode ser mais rápida não? – Takuya se irrita mais uma vez com sua colega de missão que devido a sua “velocidade” nos passos Takuya quase dava um encontrão com ela.

– Estou indo mais rápido o possível ...– disse Camila boquejando – Ir nesse ritmo é muito cansativo.

– Será que você fica cansada o tempo todo?-pergunta o rapaz.

– Hum... – Camila para e se vira para responder ao leikô, mas de repente o toque do celular chama a sua atenção. A brasileira pega o aparelho e vendo que era apenas um alarme, desliga-o e o guarda no seu bolso – bem meus momentos de descanso já acabaram – disse a brasileira se espreguiçando.A jovem começa a fazer um alongamento para trás e logo em seguida estica as pernas deixando sua calcinha aparecer.Ao ver isso Takuya fica imediatamente corado e desvia o seu olhar.

–Mas isso lá é hora de você se alongar?

–Porque você reclama tanto hein?-pergunta ela fazendo um alongamento com as mãos na cintura.-E por que está vermelho?

–Isso não é dá sua conta!-responde ele.

–Gente vocês podem parar, por favor?-diz Setsuna incomodada.-Temos coisas a resolver e...

A shinmei vira para trás e depara-se com Camila de costas para ela.

–Milady...-Setsuna tem um leve corar ao falar isso.A verdade é que de costas Camila lembrava muito Konoka.

–Ei Setsuna!Por que o Takuya ficou desse jeito hein? – volta-se ela e depara com uma Setsuna corada.

–Do que você falava?-pergunta Setsuna como se tivesse saindo de um transe.

–O que houve com vocês?Estão com febre por acaso?Ou tá rolando um clima entre vocês e eu não to sabendo?

–Clima?!-respondem ambos.

–Sim.Afinal vocês já foram companheiros de várias missões né?

–Pra começar...-Takuya iria explicar, mas se detém ao ver Setsuna agir de forma diferente.

–O que foi Sakurazaki?

–É o professor Negi.-responde a shinmei pegando sua carta de pacto e colocando na altura da testa para estranheza da brasileira.–Professor pode falar!

–Setsuna!Está tudo bem com vocês?

–Sim professor,no momento estamos cuidando da missão.

–Certo.Eu estou com Konoka,Asuna,Kotarô e Kamo.Em breve estaremos com vocês.

–Em breve?Como assim o senhor foi designado para essa missão?E a Lady Konoka também?

Takuya e Camila estranham quando escutam isso.

–Sim.Foram ordens do diretor-geral e de Eishun.A situação está mais séria do que pensávamos.Eu explico quando nos encontrarmos.Até mais.

–Certo professor, tenha cuidado.

–O que houve Sakurazaki?-perguntou Takuya.

A shinmei conta a eles tudo o que o professor Negi tinha lhe dito.

–Entendi.As coisas devem estar bem sérias para enviarem a Konoka para a linha de frente.-pensa o rapaz.

–Eu tenho uma pergunta.Que espécie de carta é essa?-pergunta Camila.

–Ah essa é uma carta de pacto. –explica Setsuna. -Todo minister magi tem um.

–Carta de pacto?Minister Magi?-pergunta à brasileira reparando que na carta aparece uma imagem de Setsuna com asas brancas.

–Você está ciente da existência de magos em Mahora certo?-pergunta a shinmei.

–Sim embora eu nunca tenha visto um mago em ação.

–Ministers Magi são parceiros que auxiliam um mago em combate, dando-lhe apoio. Através do ritual de pacto, surge uma carta que é a prova do contrato entre mago e minister. Essa carta, além de servir para comunicação,como você viu agora a pouco também gera um artefato mágico.

–Artefato mágico?

–Sim.Adeat!-ao dizer isso a carta de Setsuna vira uma adaga.-Esse é meu item mágico.Cada minister recebe um de acordo com suas habilidades.

–Interessante.-Camila percebe que não é uma adaga comum.-E como se faz esse pacto?

–Bom um círculo de magia é feito no chão,e você e o mago ficam no meio dele e aí o pacto é firmado com...-Setsuna fica corada.

–Firmado com?

–Com um beijo...

–Com um beijo?Com um beijo na boca?

–Sim...

–Se eu não me engano o professor Negi é uma criança maga. Então você beijou um garoto de dez anos para conseguir essa carta?-pergunta a Camila.-Isso é meio...

–Eu não tinha escolha!-respondeu a shinmei se explicando meio agitada.-Se eu não tivesse feito isso não teríamos conseguido salvar a Milady e eu tive que sacrificar o primeiro beijo que eu tinha guardado para...-cala-se imediatamente.

–Hum... bom pelo menos você ainda tem a virgindade guardada para seja lá quem for...

–Hã?!-Setsuna fica totalmente corada e a brasileira pergunta ao leikô.

–E você Takuya?Tem uma carta dessas?

–Tenho sim. -responde ele mostrando a carta de pacto que tinha.

–Não me diga que você também beijou o Negi?

–Claro que não!-responde irritado. -Essa carta é do pacto que eu fiz com Lady Konoka.

–Com a Konoka?

–Sim.

–Acho que só assim para você beijar alguém... -comenta a brasileira querendo tirar um sarro.

–Na verdade não foi meu primeiro beijo...-retruca de forma rápida.

–Não foi?Então quem foi à azarada?-pergunta tentando tirar um sarro, mas deixando uma pontinha de ciúmes escapar, que não é percebida pelos demais.

–Para ser honesto....-comenta o leikô ignorando a pergunta da brasileira. -eu devo a minha vida a Lady Konoka por ter feito esse pacto comigo... Pode-se dizer que minha vida pertence a ela agora.

Camila não entende a declaração do rapaz. Setsuna apenas sorri.

– Mais uma pergunta: essas cartas tem função de mp3? – pergunta Camila.

– MP3?!? – os dois caem no chão.

– Camila ...– disse Setsuna – essas cartas só tem função mágica e não tecnológica. – explica com toda paciência possível.

–Bom...já perdemos tempo demais com tudo isso. -diz o leikô guardando a carta no bolso interno do casaco. -Vamos logo!

–Certo. -diz Setsuna.

Camila concorda e seguem eles pensando:“Magos,cartas que viram itens mágicos....só falta aparecer tartaruga voadora agora”.

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– Eu sei, mas o animo dos anciãos e das anciãs não estão bons, mas não se preocupe. Eles não começaram uma ofensiva. Então como líder substituta temporária declaro que essa missão pra você será de grande urgência, portanto – ela estala os dedos fazendo que duas mulheres aparecerem atrás de Guilherme e estavam carregando um objeto – a partir aqui estão os preparativos para Seppuku.

Junichi, Mirian e Kotori estão muitos assustados com as palavras de Vanessa Mishima.Eles sabem que Seppuku é uma pratica suicida japonesa em que o praticante corta sua barriga enquanto uma segunda pessoa corta a cabeça do suicida para acelerar o processo. Realmente não estão entendendo nada.

E quando as mulheres que apareceram (provavelmente do clã Mishima)e entregaram um objeto enrolado em uma seda vermelha para Guilherme que pegou e ergueu-o no ar fitando o mesmo,aí que a cena que eles presenciavam perdeu totalmente o nexo.

Os três ficam aliviados ao saber que o termo Seppuku é para nomear uma espada. Um nome incomum que atiça a curiosidade de todos.

– Filho essa é a espada Seppuku passada a nossa família a gerações. Quando um Mishima a maneja os nossos inimigos temem sua voracidade. Quero que os responsáveis dos sumiços dos mestres dos clãs Mishima e Leikô temam sua espada.

– Sim – responde o brasileiro com determinação.

– Sua missão é saber o que aconteceu com os mestres dos dois clãs e punir seus responsáveis. Compreendido?

– Sim senhora.

– Assegurar a segurança do intrigante da família Sohma.

– Sim senhora.

– Se os nossos inimigos tiverem tirado a vida de seu pai sua ordem é fazer justiça com suas próprias mãos.

– Sim senhora.

– E também se casará com a atual líder do clã dos Mishima se não trazer vivo o mestre Mishima de volta.

– Sim senh... mas heim? – arregala os olhos – Mas a atual líder do clã éa senhora...

– Exatamente – fazendo um charminho para o filho.

– Mãe. Você não toma jeito – Guilherme suspira. Shujinko e Mirian caem na risada e Junichi e Kotori ficam com uma gota na nuca.

– Tenho que ir meu filho. O clã Mishima precisa de minha liderança – abraça seu filho e o da um selo dos lábios (pratica muito comum do reino de Mori Moru que Vanessa adotou).

– Espero que todos cuidem do meu filho e tenham sucesso em suas missões – Vanessa abraça a todos um por um e logo se despede.

– Uma espada? Pensava que os Mishima só lutassem com as mãos limpas. – comenta Junichi.

– Usamos armas para alguns eventos especiais. O nível da arma vai decidir qual é a importância da missão – Guilherme fala enquanto tira a seda em torno do objeto – para missões muitos especiais é dada a arma suprema dos Mishima dos dias antigos – tira toda a seda e revela uma espada de um metro que está em uma bainha de coro preta, contendo diversos caracteres que Junichi e Mirian não conseguem ler, um cabo cujos negritos tem diversas serpente e um símbolo de sol acima do cabo que mais parece com as setas dos pontos cardeais flamejantes – essa é a Seppuku uma espada sanguinária que colocará terror nos nossos inimigos.

– Você não está sendo muito dramático? – disse Junichi.

– Não estou – Guilherme tira a espada da bainha que revela uma lâmina retorcida estilo serpente de uma cor avermelhado escuro com uma linha negra no centro. Tanto Junichi como Mirian sentem o terror que essa espada pode causar, mas uma coisa chama mais atenção que não é comum essa espada ser japonesa.

– Uma espada amaldiçoada? – Junichi repara a aura estranha da espada. -Mas não parece uma espada amaldiçoada qualquer...

– Correto. Seppuku é uma espada sanguinária que se alimenta dos sangues das vitimas.Seu uso é apenas para missões de alta periculosidade.

– Guilherme –sempai. Essa espada não é japonesa, por quê? – pergunta Kotori.

– Boa pergunta. Essa espada a família Mishima ganhou séculos atrás na Era Meiji. Isso foi graças a um casamento entre um Mishima com alguém pertencente da linhagem de Judá.

– Judá. Está falando dos judeus?

– Sim. Eram descendentes diretos da tribo de Judá e mais precisamente de guerreiros formidáveis. Nesse casamento a família Mishima ganhou a posse dessa espada que segundos relatos deles essa espada foi criado pelo Sem, filho de Noé, para matar Ninrode, o rei da Babilônia. Dizem que o próprio rei Davi manejou essa espada séculos depois. Essa espada teve sucesso em sua criação, mas ficou amaldiçoada porque ainda conter o sangue de Ninrode. Meu clã não é muito de usar armas, mas quando usa principalmente essa espada precisa estar ciente da responsabilidade.

– Que responsabilidade? – pergunta Mirian.

– A responsabilidade de não falhar em uma missão quando usa essa espada. A espada é chamada de Seppuku ou Espada da Palavra porque ou você cumpra o que foi determinado ou a espada matará o portador.

Todos, exceto Shujinko (que já sabia de toda história da arma), se espantam.

– Não. Guilherme –sempai! Não quero que você se arrisque a vida assim! – disse Kotori se aproximando do brasileiro – Não quero que você morra se não conseguir cumprir a missão! – fala em um nível de desespero.

– Kotori... – sussurra Junichi para si mesmo. Por algum motivo desconhecido ele se sente bastante desconfortável com a preocupação de sua fã e amiga.

– Não se preocupe Kotori –san. Eu não falharei. – responde o brasileiro com bastante convicção – Essa não é a primeira vez que me arrisco minha vida. Pra falar a verdade quando se é um empresário da grande empresa como de minha família os riscos são literalmente diários. Ficaria surpresa de eu falar dos inimigos externos e internos que tenho para manter e crescer minha fortuna. Ao mesmo tempo tenho diversos inimigos tanto dentro como fora do meu clã que querem a minha cabeça. Tente entender que quando a minha mãe me deu a espada não foi por questão de querer que a missão seja com sucesso, mas essa é realmente uma situação muito delicada.

– Como assim?

– Nessa missão não está sendo envolvido o regaste dos mestres dos Mishima e dos Leikôs, mas sim a preservação de todo o Japão.

– Guilherme –san. Você não está sendo muito exagerado? – expressa o Shujinko.

– Infelizmente não Shujinko –san. Pense bem. Imagine se o clã Mishima e o clã Leikô, dois clãs antigos e influentes resolverem entrar em conflito. Já pensou nos aliados que cada um tem? Imagino que são muitos. Pouco a pouco os clãs neutros, os que não aliados tantos dos leikôs como dos mishimas, se envolveriam. Então na pior das hipóteses se não conseguimos no mínimo provar a inocência que nenhum dos dois clãs teve culpa dos sumiços dos mestres pode ser iniciado uma guerra civil em todo o Japão.

– Ou o extermínio de um dos clãs ou de ambos.

– Correto.

– Senpai,deixe-me ajudá-los nessa missão! – pede Kotori com determinação.

– Kotori,– disse Junichi chamando atenção da lutadora de kendô – essa missão é muito perigosa para você.Será melhor que volte para casa.

– Mas eu quero ajudar!

– Tente entender Kotori,eu não quero que se arrisque tanto.

– Mas,Junichi –sempai eu preocupo muito com você e com o Guilherme –sempai.

– Kotori... – Junichi fica envergonhado pela declaração da Kotori.

– Tudo bem Kotori, – responde Guilherme – pode ir com a gente.

– VIVA! – comemora a garota.

– Guilherme,eu sei que Kotori tem um grande potencial de luta, mas acha prudente envolve-la nessa missão?- contesta Junichi–É muito perigoso para ela!

– Junichi –sempai! – Kotori cora.

– Ela tem muito costume de cair à toa no chão. Isso pode deixar ser um alvo fácil para os inimigos, sem falar que ela precisa de mais treinamento – disse Junichi calmamente.

Kotori leva um tombo no estilo de anime.Miriam e Shujinko ficam com uma gota na nuca ao ver a cena.

– Bem eu já pensei nisso – disse Guilherme se dirigindo para van,de onde tira um tipo de caixa retangular que estava carregando dede quando estava com a moto. Depois se aproxima da lutadora de kendô e diz:

– Kotori quando comecei a missão eu imaginei que me seguiria e que pediria para ajudar. Então fiz meus preparativos para você lutar com todo seu potencial.

Junichi encara o brasileiro com dúvida. Shujinko fica curioso. Mirian só observa. Kotori o encara com curiosidade.

– Sei que você sonha em se tornar uma samurai um dia. Para mim você já é uma, mas essa missão existirá inimigos poderosos e cabe todos nós usar a nossa total força.

– Vou me esforçar sempai! – disse a jovem determinada.

– Disso não tenho duvidas, mas precisa de trocar de roupas.

– Que? – Kotori não entende nada.

– Vamos ser sinceros. Você não combina com as roupas folgadas dos samurais. Você tropeça sempre no quimono.

– Hehehehehehhe – Kotori fica um pouco sem graça com a declaração.

– Por isso já antecipei uma roupa mais apropriada para você combater os adversários. Considere meu presente.

– Sempai. Você é um amor – disse abraçando o brasileiro.

– Também não precisa de tudo isso... – disse Junichi meio indignado em um tom baixo, mas suficiente para Shujinko e Mirian escutarem e rirem.

– Agora vá se trocar.-pede desfazendo com carinho o abraço e dando um beijo na testa da amiga – ah Mirian. Pode ajudá-la a trocar de roupa?

– Sim Guilherme.– responde a brasileira que aproxima de Kotori – me acompanhe – dirige a palavra para a lutadora.

– Hai – responde com convicção e as duas entram no mato.

– Posso te perguntar uma coisa? – Junichi dirige a palavra para o brasileiro enquanto que ele se dirige novamente para a van.

–Hai?

–Você tem algum fetiche em trazer roupas novas para ela?

–Fetiche? Do que você está falando?

–Ah sei lá...trazer uma roupa assim do nada para que ela lute...

–Apenas quis presenteá-la com algo que a permita lutar de forma mais apropriada. -explica o Mishima - E depois essa não é a primeira roupa que eu dou a ela. -responde de forma tranqüila, mas ainda assim querendo ver qual a reação do leikô.

–Você já deu roupas a ela antes?- o comentário de Junichi não deixa de demonstrar um pouco de ciúmes, o que faz o brasileiro sorrir.

– Ainda sim acho que é muito imprudente envolver a Kotori nessa missão – disse o leikô querendo se livrar do constrangimento.

– Por quê?

– Porque ela ainda está desenvolvendo sua perícia com a espada...e não conhecemos o nível dos nossos oponentes.

– Entendo.

– E alias por que está trocando de roupa também? – repara que o brasileiro também está trocando seus trajes. Agora tem uma calça azul que de longe parece social de cor azul, botas negras, uma camisa preta justa no corpo e um terno azul.

– Quando você disparou aquele golpe de múltiplos ataques minha camisa ficou toda rasgada.

Junichi sorri com uma satisfação que seu golpe de origem assassina de certa forma afetou o brasileiro assim como sente umas fisgadas no corpo pelo fato de receber golpes poderosos dele.

–Bom meu objetivo não era causar danos em sua roupa.-responde ele.- E essa espada japonesa? - Repara que o brasileiro guarda sua espada e pega uma outra aparentando ser uma espada simples com bainha e cabo todo preto – outra espada. Pra que ela?

– É meu segundo presente para Kotori.

– O QUE? – Junichi se descontrola – por acaso você tem intenções de conquistar a Kotori?

– Não tenho essas intenções com ela. Mas esse presente é mais que justo. Afinal é meio ilógico trazer uma samurai e não dar uma espada pra ela.

– Ainda acho que você tem umas roupas diferentes escondidas em algum compartimento secreto nessa van.

– Eu vi de moto pra cá, então não tem como eu ter trazido mais roupas – respondeGuilherme com segurança.

– Exceto se sua mãe colocasse roupas escondidas para você presentear mais – salientou Shujinko.

– Como? – o brasileiro arregala os olhos e entra dentro da van. É então que descobre que na parte de trás tem diversos modelos de vestidos, lingerie, roupas femininas de diversos modelos,... todas de grife. Pode dizer que o numero total de roupas é em torno de vinte. Uma cuidadosamente guardada em cima da outra sendo que a primeira é uma calcinha solitária branca que provavelmente uma brincadeira erótica de sua mãe dando sua própria calcinha – ah não... mãe! Olha onde me meteu.

– Isso tudo é para Kotori? – pergunta o Leikô tentando ao máximo não transparecer um ciúme.

– Deixa eu ver – pega uma das roupas – pelo tamanho elas são muito grandes para Kotori. Não tá fazendo sentido. Essas roupas são para uma mulher alta, quem que eu conheço que é... – Mishima para de falar ao lembrar de uma certa samurai dos shimmeis e fica bastante vermelho.

– Por acaso você tem uma empresa de moda ou coisa parecida? – pergunta o Leikô.Shujinko sorri.

– Chegamos!- disse Mirian interrompendo a resposta do brasileiro e fazendo que toda atenção masculina caía nelas.

–Desculpem a demora. -Kotori chega com um visual totalmente diferente. A calça é preta em um coro grosso (parecendo que saiu do traje da Mulher Gato do jogo do Batman) e colocada no corpo que realça muito as curvas (principalmente o quadril) da moça. A camisa também é justa no corpo, sem mangas, tem um generoso decote e algumas linhas verticais no lado direito do tronco que dão um design especial para a roupa. As botas são também negras. Até tem novos óculos de um modelo mais suave com aros quase transparente e lentes com uma leve tonalidade preta (dando a impressão que é óculos de sol).

–Ficou linda, não acham?-pergunta Mirian aos rapazes.

Junichi fica admirado com a beleza de sua kouhai, principalmente por saber que o físico dela é bastante desenvolvido, enquanto Mishima está mais tranqüilo não era a primeira vez que ele a via com uma roupa diferente da deuma samurai. Shujinko também admira a beleza da moça e é o primeiro a comentar.

–Esplêndido! Esta roupa realçou a sua beleza de forma inigualável!

–Obrigada. -responde a jovem corada e sem graça.

Um fato que passou despercebido por todos foi que Mirian aproximou discretamente de Shujinko e deu uma cotovelada nele

–Eu queria colocar a blusa, mas achei ela um pouco apertada e optei pelo decote. Não está muito chamativo, não né? – comenta a Kotori.

–De maneira alguma. -responde Mishima. -E você o que acha Tsurugi?

–Hã?- Junichi tinha ficado meio paralisado.

–Ficou babando pela Kotori que nem prestou atenção na pergunta?- pergunta tirando um sarro.

–Na verdade eu estava calculando o grau de fetiche que você tem por ter escolhido uma calça desse tipo e uma blusa com um decote desses... ainda bem que não estamos indo para a praia ou sabe-se lá que roupas você teria aí...


–Eu já disse que não foi...- Mishima ia terminar a frase, mas Junichi o interrompe caminhando um pouco na direção da kouhai.

–Realmente ficou muito bonita. Você está linda Kotori. -diz ele com um sorriso.

–Obrigada senpai.-a jovem sorri e tem um forte corar ao ouvir os elogios do leikô. Por trás dele ela enxerga um Mishima, observando a atitude de Tsurugi ainda querendo responder a zoação do rapaz, mas que sorri assim que seus olhos cruzam dom os de Kotori.

– Kotori pense rápido – Mishima joga a espada japonesa em direção da lutadora de kendô que rapidamente a pega– esse é o meu segundo presente pra você.

– Obrigada senpai – disse Kotori bastante animada. Ela tira a espada da bainha e repara algo diferente dela. Junichi e Mirian também reparam – essa espada é diferente.

– Ela é uma espada antiga e bastante rara. Mais precisamente é a espada irmã da lendária espada Masamune, então ela é igualmente poderosa – disse o Mishima - Kotori para mim você é uma samurai. Meu clã é especializado a arte com mãos limpas, portanto não conseguir passar muitos ensinamentos de técnicas secretas de uso da espada. Mais que justo que você tenha uma espada lendária para criar sua própria lenda

– Sempai... – Kotori cora de felicidade.

– Prestem atenção a todos – Mishima fica com uma postura séria – temos uma missão importante para cumprir. Não só as vidas de meu pai e do Mestre Genzo estão em perigo. Conto com todos vocês.

– Hai! – todos respondem para o brasileiro.

–Hum?-Junichi sente algo de diferente.

–O que foi mestre?-perguntou Sawada.

–O leikô tira Hikari da bainha e fita a espada por uns instantes.

–O que houve Tsurugi?Problemas com a espada?-perguntou o brasileiro.

–Não...não é nada.-responde ele.-Vamos.

“Tenho quase certeza que senti algo vindo de Hikari...mas isso seria impossível...ou não?”pensava o leikô antes de entrar na van.

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Setsuna,Takuya e Camila seguiam o seu trajeto em direção ao local onde a Mini-Setsuna tinha indicado.No meio do trajeto a Mishima aumenta a velocidade começando a passar a frente da shinmei.

–Ei!Mishima!Não se adiante demais!-advertiu o leikô.

–Mas não era você que estava reclamando por eu estar atrasando vocês?-perguntoua brasileira.

–Setsuna está indo a frente guiando o nosso caminho bem como nos alertando de alguma provável armadilha.Se você for a frente dela poderá nos colocar em sério risco.

–Ah mas você reclama demais!Até parece um velho ranzinza!

–Não é questão de reclamar é apenas...

–Ei vocês dois!-chama Setsuna.

–Hã?

–Já chegamos.-responde ela apontando para um talismã de papel uma árvore.

–Isso é um...-diz o leikô.

–Exatamente responde a shinmei. Ele possui um encantamento usado para afastar pessoas ou animais do local.-explica a shinmei.-Devem ter feito isso porque essa floresta costuma ser usada para acampamentos.

–Tem uma cabana mais a frente.-diz a Mishima.

–Sim.A partir de agora teremos que ser mais cautelosos.Portanto sugiro que deixem essas briguinhas de lado e sejam mais focados.Vamos seguir conforme o plano de Takuya.

–Mestra!-chama a mini-Setsuna vindo até ela.

–Mini-Setsuna!E então?

–Ela está dentro daquela cabana e sozinha.

–Bom trabalho Mini-Setsuna pode descansar agora.-responde a shinmei desfazendo o encanto e fazendo a shikigami desaparecer.

A cabana tinha apenas uma porta de entrada e duas janelas uma ao lado da porta e outra do lado esquerdo.Ocultando seus kis os três se aproximaram da mesma.Takuya se aproximou da porta com Camila cuidando da janela,enquanto Setsuna guardava a janela restante.Com a mão ele fez um sinal para a brasileira avisando que entrariam juntos.Setsuna por sua vez já tinha realizado várias missões com Takuya desde o incidente do Grupo Fantasma então já tinha uma sincronia com ele nesse tipo de abordagem.

O leikô faz um sinal e mantém a mão direita na altura do cabo da espada pronto para retirá-la da bainha.Quando seria a hora de invadir a cabana, eles escutam um barulho vindo do alto.Era o telhado que quebrava com um vulto que o atravessara.Nessa hora a expressão do rapaz muda e suas únicas palavras são:

–PROTEJAM-SE!

A cabana explode logo em seguida,com os três conseguindo escapar da mesma por fração de segundos.

–Tudo bem Camila?-pergunta o leikô.

–Já tive dias melhores. -responde ela, um pouco mais a esquerda do leikô.

–E você Sakurazaki?

–Estou bem.-responde a shinmei indo até eles.-Mas essa explosão...ela foi feita por...

–Por magia. -responde uma voz de mulher madura.

Os três olham em direção a um galho de uma árvore próxima e avistam uma mulher parada em cima dele, de cabelos loiros curtos até o pescoço, olhos verdes que apresentavam um leve traço oriental, usando um short curto marrom, tênis branco, camisa apertada que deixa a barriga a mostra,trazendo um báculo consigo.

–Era de se esperar que aquele velho de Kansai não pouparia esforços para recuperar o tesouro de Suzaku, mas tudo o que vejo a minha frente são crianças...apesar de ser raro um leikô,uma shinmei e uma mishima trabalharem em equipe.Acho que vou brincar um pouco com vocês.

–Então você é...-diz o leikô.

A mulher salta da árvore dá um mortal e cai próxima a eles. Setsuna e Takuya assumem imediatamente uma postura de luta com as mãos firmes as espadas e Camila aparentemente desapareceu.

–Sou Tenko Banner.Aquela que vocês procuram.



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