Sombras de Uma Conspiração escrita por Fox, kurosaki nunes, Knight Beast X


Capítulo 1
Conspiração


Notas iniciais do capítulo

Essa fic começa exatamente após a aparição de Shujinko em Dimension Hina e depois da primeira fase da Saga Shinmei com algumas alterações.Junichi por exemplo, não é o mestre supremo do clã Leikô.



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     Genzo Tsurugi, o mestre lendário do estilo Leikô, um metro e setenta e cinco de altura, cabelos brancos vestindo uma calça social preta e uma camisa social de manga curta está com um cajado na mão em posição de combate, num campo aberto perto de uma montanha pra ser mais preciso. O velho mestre está olhando em volta tentando achar alguém no meio do nada tentando localizar o seu adversário. Parece que esta lutando com um fantasma já que a única alma viva humana por perto é de seu próprio ser, mas se levar em consideração duas mochilas que estão no canto julga que não está sozinho.

 

     Nesse exato momento o mestre Leikô está lutando com um grande mestre das artes marciais o mestre do clã Mishima, Jubei Mishima, um metro e quarenta e nove de altura, olhos amarelos, cabelos brancos meio bagunçados, e um cavanhaque bem feito, está vestindo calça e camisa social. Porem parece que Genzo está lutando com nada já que nem a presença do Ki é detectada.

 

     O primeiro ataque de Jubei sobre Genzo começa, literalmente aparece de trás de Genzo e concentra uma quantidade de Ki que tenta acertar seu adversário pelas costas. Genzo já com muita afinidade com seu eterno rival escapa do golpe do adversário deixando uma ilusão. Para contra-acatar aparece no lado direito de Jubei para atacá-lo com o cajado. Jubei da um pulo para o lado esquerdo para não só desviar mais também pegar distancia.

 

     Genzo sabe se deixar o seu adversário pegar distancia vai ser difícil de encontrá-lo novamente então arrasta a sua arma no chão para jogar algumas pequenas pedrinhas nas pernas. Claro que o acerto das pedrinhas sobre as pernas não tem nenhum dano para o mestre Mishima, mas tira a concentração de seus passos já que o seu estilo de arte se encontra nas pernas.

 

     O mestre Leikô avança mais uma vez no seu adversário para um ataque lateral, porem o mestre Mishima da um mortal para o lado e depois parte para o ataque com socos rápidos. Genzo agora recua pelos ataques ofensivos. Jubei pula em direção do adversário gira o corpo em pleno ar para aumenta a eficaz do chute aéreo. Genzo usa o cajado para defender o chute tendo sucesso nessa ação.

 

     Os dois rivais estão cara a cara, olho por olho em uma luta amistosa que mais parece à decisão do destino de ambos. O mestre Mishima da um sorriso e após isso literalmente some no ar. Genzo só pode ver (ou tenta ver) alguém de alta velocidade o circulando parecendo que vai se forma um furacão em torno do velho mestre. De repente o mestre Mishima parte para um ataque frontal parecendo que é uma bala em direção ao ancião. Graças a experiência de Genzo sabe muito bem calcular o momento que seu adversário vai está perto dele, mesmo que humanamente seja impossível.

 

     - Estilo Leikô: Dança da Espada da Luz – Genzo diz o nome do golpe que acerta o adversário, mas por diferença de segundos o mestre Mishima teve tempo de aplicar um golpe e dizer ao mesmo tempo o nome do golpe entrando em conflito sonoro com a voz do Leikô.

 

     - Arte Mishima: Reikou –dan – acerta um golpe na barriga do velho, porem como foi acertado é arremessado uns dois metros e cai de costas. O mestre Leikô é jogado um metro de distancia e cai de costas também.

 

     O mestre Mishima se levanta e percebe que sua camisa foi destruída completamente alem de está com dores no corpo inteiro pelo golpe. O mestre Leikô se levanta aparentemente só com a marca vermelha do soco, mas concentra uma quantidade de Ki nas mãos e acerta no lugar onde foi acertado concentrando o corpo dentro do seu corpo. Isso é necessário porque com o golpe Mishima uma esfera de Ki foi introduzida dentro de seu corpo com o soco do seu adversário então Genzo está eliminando a esfera de Ki antes que o golpe tenha o seu verdadeiro efeito: induzir uma liberação de seu próprio Ki fazendo ter um desgaste tanto físico como mental. Graças ao excelente controle de Ki consegue eliminar esfera de energia, mas um pouco de desgaste físico foi inevitável fazendo que seu corpo está tão cansado que não agüenta mais lutar. Pelo menos o seu adversário está nas mesmas condições.

 

     - Foi uma bela luta – disse Genzo com um sorriso de satisfação nos lábios – não esperava que você se movesse em pleno ar, o seu golpe me pegou de surpresa.

 

     - Mesmo assim não foi suficiente – diz Jubei – você ainda contra atacou bonito. Era de se esperar do Lendário Samurai Invencível.

 

     - Também tive trabalho de me livrar dessa técnica sua. Mesmo conseguindo escapar da técnica não sou muito bem de domar o Ki como o clã Mishima. Era de se esperar do Guerreiro Fantasma. Será que seu filho primogênito tem esse mesmo dom? – puxando conversa enquanto uma toalha na mochila .

 

     - E como tem. Aquele moleque tem um bom potencial. Lutar com ele praticamente é lutar com uma maquina. Ele está bem perto de já liderar o clã.

 

     - E o que falta?

 

     - Ele se casar.

 

     - Ué? Que isso tem haver?

 

     - São tradições da família, digamos é a frescuragem que obrigatoriamente não tem como escapar.

 

     - Isso deve ser divertido – disse Genzo rindo – no meu clã não tem essas tradições, mas seria interessante se tivesse, queria ver o meu neto se escabelando para arranjar uma noiva – disse rindo e pensando.-na verdade ele está é fugindo de uma...

 

     - Falando nele como ele é? Tem futuro para suceder o clã Leikô?

 

     - E como. Aquele meu neto tem muito potencial. Tem dons que eu mesmo não possuo.

 

     - Como qual, por exemplo?

 

     - Dom de desvendar os segredos dos golpes de seus oponentes,chegando até a copiá-los.

 

     - Será que um dia eles vão se encontrar?

 

     - Presumo que sim, o mais estranho é que isso ainda não tenha acontecido. Já que ele estuda na mesma faculdade de seu filho.

 

     - Isso é estranho mesmo!

 

     - Como dois seres tão fortes estão no mesmo ambiente e nunca se encontram – dizem os dois mestres ao mesmo tempo com cara de duvida.

 

     

       - Bem tenho que ir, vou me encontrar com a minha mulher.

  

    

  -Eu vou fazer uma visita surpresa ao meu neto.Vai na fé, Ju –chan!

 

     - Igualmente Gez –sempai.

 

     Os dois mestres se despedem. Cada um pega o seu rumo. Jubei depois de caminhar dez minutos vê uma densa nevoa.

 

     - Hum? Nevoa em pleno verão? – diz olhando para em volta. Mas cada vez mais a nevoa fica mais densa até tragar inteiramente o mestre Mishima.

 

     Genzo depois de andar quinze minutos ver diversas pessoas com quimonos negros encapuzadas praticamente o esperando.

 

     - O que significa isso? – diz tentando achar uma resposta, porem tudo que acha são golpes de Ki em suas costas que o derrubam. Em circunstâncias normais teria chance, mesmo estando desgastado com a luta com Mishima.Mas dessa vez nada restou ao mestre Leikô senão perder a consciência pelos ataques

 

{Titulo da Fic}

Capítulo 01: Conspiração

 

Mais um dia na Toudai...um dia comum como todos os outros.Pelos corredores da faculdade se ouviam os passos de alguém que corria até a sala da biblioteca.

 

Lá estava um jovem de cabelos negros usando uma camisa de manga curta e uma calça jeans, um aluno normal para qualquer um que o visse. Ele estava lendo um livro que acabara de pegar falando sobre um país muito estimado por ele mas que ainda não teve a chance de ir.

 

-O Brasil é realmente um país interessante.-pensava o rapaz.

 

-Junichi-senpai!Junichi-senpai!-gritava a pessoa que corria pelo corredor até entrar pela porta da biblioteca levando um baita tombo na entrada

 

-Sheshsh!-repreendeu a bibliotecária.

 

-Desculpe...-respondeu levantando-se a moça de cabelos alaranjados que iam até um pouco abaixo dos ombros, olhos cor de mel e que usava um óculos tipo o de Naru Narusegawa e um quimono de kendô.

 

-Não acredito que você ainda cai mesmo usando os óculos.-comentou Junichi.

 

-Você não vai começar a implicar comigo vai?-perguntou ela que se aproximou dele.

 

-Claro que não Kotori.-respondeu o rapaz.-Me repreenderiam aqui.

 

-O que está lendo afinal?-perguntou ela.

 

-Estou lendo um livro sobre o Brasil.-respondeu ele.

 

-Por que o interesse repentino no Brasil?-perguntou a moça.

 

-Bom é que...-Junichi não queria entregar o fato de que era um espadachim de um estilo samurai ensinado em Kyoto o estilo Leikô,e que uma das novas integrantes de sua escola era brasileira.Já bastava Kotori ter visto ele mostrar as suas habilidades.

 

-É que eu assisti uma entrevista com o criador dos Guardiões Dimensionais ontem e fiquei sabendo que ele é brasileiro.-disse ele usando o fato como desculpa.-Então eu fiquei curioso...

 

-Os Guardiões Dimensionais?É um bom anime eu sempre assisto!-disse ela.-Qual o seu personagem favorito?

 

-Bom o meu é....

 

-Não precisa nem dizer.-interrompeu ela.-È a Ero-Mestra certo?Você tem uma cara de que gosta dela...pervertido...

 

-O que você quer dizer com isso afinal?-perguntou ele falando um pouco alto já que de fato essa era a sua personagem favorita no anime.O tom fez ele ser repreendido pela bibliotecária.

 

-Você me paga. -respondeu ele.

 

-He,he,he,agora estamos quites.E falando nisso...

 

-O que foi?-perguntou o rapaz.

 

-Quando você vai ir até o clube?-disse ela aproximando o rosto ao dele.

 

-Mas eu sempre estou no clube de Kendô.-disse ele se afastando um pouco dela meio corado.-Quer dizer...já tem um tempo que eu não vou mas...

 

-Eu não falo do clube de Kendô.-respondeu ela.-Falo do clube de artes marciais.

 

-Você ainda quer que entre pra ele né?

 

-Claro!E eu quero ver você lutando contra o meu senpai.-disse ela animada.

 

-Eu não acho que eu seria capaz de derrotar o capitão do clube de artes marciais.-respondeu ele modestamente.-Eu não tenho nenhum talento e aquilo foi pura sorte...

.

-Como assim não tem?!-respondeu ela ganhando outra repreensão e continuando em tom mais baixo.-Eu vi o que você fez com aqueles arruaceiros.Ou melhor nem vi direito!Ninguém faz aquilo com “sorte”! Se tem alguém que pode lutar de igual pra igual com meu senpai esse alguém é você!E ontem ele estava se queixando de que já faz um tempo que não tem uma boa luta...

 

-Droga por que eu fui lutar com tudo contra aqueles caras?-pensou Junichi.

 

Ele lembrou-se do que aconteceu há um mês atrás.Era noite e depois de uma maratona de estudos a jovem Kotori voltava por uma rua que naquela hora estava pouco movimentada.Chovia muito e a jovem se viu perante três jovens arruaceiros que traziam um porrete e facas consigo.Estava chovendo naquele dia e estes queriam roubar a moça além de “aprontar” outras coisas com ela.Junichi vinha pela mesma rua e ao ver o ocorrido se aproximou do lugar por trás deles,fechando o guarda chuva que trazia.

 

-Ei vocês!Não deviam tratar uma jovem assim.-respondeu ele.

 

-Ora,ora o que temos aqui?-disse um rapaz de cabeça raspada.-Um nerd?

 

Ele disse isso por que Junichi trazia consigo alguns livros embaixo do braço esquerdo, cuidadosamente protegidos da chuva.

 

-Aquele é o Junichi Tsurugi.-pensou ela.-Mas ele não é grande coisa no kendô e esses caras estão armados.

 

-É eu sou um nerd.-respondeu ele.-E esse nerd vai te dar uma aula sobre como lidar com idiotas que ameaçam mulheres.

 

-A quem está chamando de idiota!-respondeu um outro rapaz com um corte estilo Paul de Tekken.

 

-Deixa eu ver...um,dois,três.-retrucou ele tirando um sarro.-É, acho que são três mesmo.Cara,vocês nem sabem contar?Com razão dizem que o sistema escolar é ruim...

 

-Seu miserável,vamos acabar com você!-gritou um outro de cabelos negros.Ambos partiram para cima de Junichi e assim que partiram contra ele algo os derrubou desacordando-os instantaneamente.Quando a jovem viu Junichi estava ao lado dela.

 

-Você está bem?-perguntou ele que ainda não tinha visto que era uma colega do clube de kendô.A verdade é que ele só ia lá de vez em quando para treinar o básico do kendô,um dos ensinamentos de seu estilo era nunca deixar de praticar os princípios básicos de cada técnica ou arte.

 

-Sim eu estou,muito obrigada-respondeu ela.

 

-Precisa de companhia?-perguntou ele.

 

-Não tudo bem.

 

-Ok,então,tenha cuidado.

 

Junichi continuou seu caminho e a jovem o observou com os olhos brilhando.Ela não havia conseguido ver muita coisa a não ser que com certeza o rapaz havia atacado com o guarda-chuva.

 

No dia seguinte ao fato relatado Junichi estava em uma área do campus lanchando até que uma jovem chegou até ele de forma bem energética.

 

-Junichi-senpai!-gritou ela.

 

-Hurf!-O jovem engangou.

 

-Você está bem senpai?-perguntou ela preocupada ao vê-lo bater no tórax para desengasgar.

 

-S-sim eu estou.-respondeu ele.-Hã?Você é a Kotori Hayashibara certo?E por que está me chamando de senpai?

 

-Junichi-senpai!Muito obrigada por me salvar ontem!-disse ela feliz sem dar atenção a sua pergunta.-Quem poderia imaginar que você fosse tão forte?

 

Agora sim o Leikô havia percebido que a jovem que ele havia salvado era a mesma Kotori que ele via treinando no clube de Kendô.-E desde então.-pensava ele voltando de seu flash-back.-Kotori vem me procurando todos os dias para que eu entre para o clube de artes marciais...

 

-E então senpai?-disse ela.-Você não está fazendo nada e seria muito bom se exercitar não é?Pelo menos faça uma visita ao clube...

 

-Eu já disse que fui lá uma vez.-respondeu ele.

 

-Mas quando você foi o meu senpai não estava lá.-retrucou ela.-E hoje ele tem um tempo livre nesse horário!

 

-Hm...e ele é muito forte.-disse ele.

 

-Sim!

 

-E se eu for lá e não quiser entrar pro clube?

 

-Eu tenho certeza que você vai querer entrar!

 

-Parece que não tenho escolha...-respondeu ele fechando o livro,estava querendo saber quem era esse tal cara de quem Kotori falava tanto.Junichi não conhecia muitos lutadores de talento elevado no local a não ser uma certa samurai de um estilo digamos que “rival”,que vivia em uma pensão e um professor de arqueologia.Ele até ouvirá falar de outros lutadores talentosos,mas ultimamente ele estava mais apegado aos estudos e a um exame anual da escola Leikô,que era um tipo de prova para ver como seus adeptos iam ao longo de um ano de treinamento.Os samurais eram divididos em dois grupos que faziam o exame em datas diferentes e como futuro mestre ele fazia parte do primeiro grupo.É claro que isso não o mantinha fora de procurar alguns desafios.Kotori não havia contado a ninguém sobre seu feito a não ser para o tal presidente do clube de artes marciais.Talvez fosse hora de testar suas habilidades contra alguém.

 

A jovem ia sorrindo pelo caminho em direção ao clube.

 

-Por que tanto sorriso?-perguntou Tsurugi.

 

-Por que eu estou feliz.-respondeu ela.-Finalmente poderei ver a luta dos meus sonhos!Ei, ei!O que acha de fazermos uma aposta?

 

-Aposta?

 

-Sim!Se você perder a luta,você irá me ensinar como derrotou aqueles caras.E se você vencer,eu irei aprender com você como conseguiu vencer aqueles arruaceiros.O que acha?

 

-Eu acho que pode ser...-Peraí!De um jeito ou de outro você ganha!-disse ele.

 

-Exatamente!-respondeu ela sorrindo.-Você ainda vai me ensinar esse estilo!

 

-De fato eu não precisaria fazer um teste com ela.-pensou ele enquanto caminhavam.-Eu já a vi treinar e ela tem talento...

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Mishima chega à faculdade de Tóquio de moto vestindo uma calça social, sapato, jaqueta e capacete ambos todos pretos. Estaciona no estacionamento onde tira a jaqueta e o capacete revelando que está usando uma digna roupa de um executivo. Até o seu cabelo está penteado socialmente. Ele volta de um trabalho de sua própria empresa como executivo chefe, cargo conseguido com muito esforço mesmo sendo da família Mishima.

 

Tranquilamente caminha para o clube de artes marciais para trocar de roupa e colocar uma de mais conforto. Durante esse caminhar lembra dos comentários da integrante do seu clube, Kotori, onde ela descreve um grande lutador que a salvou de um bando de arruaceiros. Ela não entrou com detalhes, mas descreveu que o misterioso lutador é bastante forte.

 

Uma certa curiosidade nasce dentro do brasileiro. Será que esse lutador misterioso é verdadeiramente forte? Tudo é provável que sim, mas nesse caso tem que ‘ver para crer’. Há muito tempo Guilherme não encontra alguém que der trabalho para ele em uma luta. Claro que ele não despreza nenhum lutador, a menos se for um lutador orgulhoso, esses sim ele não tem nenhuma piedade. Praticamente a um passo a suceder o clã o Mishima chegou a um nível de força que são poucos que fazem suar em uma luta.

Um dia ele encontra esse ser, ou não. Tudo é um mistério. Então chegando ao clube de artes marciais encontra dois elementos parados com espadas na cintura parados praticamente esperando alguma coisa.

 

- Em que posso ajudá-los? – disse Mishima se dirigindo à palavra para os dois.

 

- Estamos procurando um integrante do clã Mishima. Sabe quem é? – disse um samurai que está no lado direito.

 

- Está falando com o próprio. Sou Guilherme Mishima.

 

- Então você tem comparecer ao dojo do nosso clã – disse o outro samurai.

 

- E se eu não quiser?

 

- Seremos obrigado a usar a força – disse o da direita sacando uma espada.

 

De repente o telefone toca do Mishima.

 

- Esperem um pouco senhores – disse pegando o telefone para atender.

 

- Ei! Nós estamos com pressa – disse o outro samurai.

 

- Façam o que quiserem, mas não me atrapalhe ao atender ao telefone... Alou – disse virando de costas.

 

- Vamos ensinar uma lição – disse da direita.

 

- Concordo. Ele precisa ter mais respeito para o nosso clã.

 

O samurai da direita ataca em um ataque frontal, porem instintivamente Mishima esquiva assim evitando o ataque.

 

- Ola mãe – disse o brasileiro atendendo ao telefone e se esquivando para os lados para desviar dos ataques dos dois samurais -...estou bem e a senhora?... que é que tou fazendo?... bem nada de importante... – disse agachando para esquivar em um ataque – e o que a senhora quer? – da um mortal para trás para evitar um ataque – o que tem meu pai? Espera um pouco – joga o telefone para cima e pega nas duas nucas dos dois e os joga no chão fazendo que os dois fiquem inconscientes. Depois disso pega o celular em pleno ar – agora sim pode falar – disse ajeitando a gravata – O QUE? Meu pai sumiu? Como é possível? E ainda possível o nosso clã recebeu a culpa do mestre do clã Leikô ter sumido? Bem já vou resolver isso... então tchau mãe – desliga o telefone.

 

Mishima agora reparar em um detalhe nos samurais. Não faz a mínima idéia a origem daqueles samurais e como os dois estão inconsciente não da para perguntar. Não lhe cabe se preocupar com isso. O importante que seu terno italiano não teve nenhum dano. Ainda mais tem uma importante missão a ser feita: encontrar o mestre do clã dos Mishima, seu pai.

 

- Ola Gui –chan – disse um ser de pele branca aparentando ter uns 17 anos, face é suave com alguns traços femininos dando uma beleza exótica, lábios com tonalidade rosa naturalmente, porte físico até que trabalhado – nem ausente e nem muito trabalho -, olhos parece duas perolas vivas, cabelo é curto tendo uma franja que cobre levemente o olho direito cuja cor é um laranja com branco parecido com uma calda de raposa. Está todo de preto com botas, calça, camisa, gravata e sobretudo – ué? Que são esses caras desmaiados? – o ser repara nos dois samurais derrotados.

 

- Ola Fox –chan – cumprimenta o amigo – não faço a mínima idéia da origem deles.

 

- Me chama de Shujinko, já que agora é o meu nome original.

 

- Compreendo. Mas mudando de assunto que veio fazer aqui?

 

- Tava na biblioteca e depois resolvi passa aqui para dar um oi. Vejo que você estava se divertindo antes de eu chegar.

 

- Para falar a verdade estava atendendo o celular quando nocauteei os dois.

 

- Se eu não conhecesse você diria que está mentindo, mas como sei que você é forte.

 

- E ainda preciso achar meu pai que sumiu.

 

- O senhor Mishima? Isso parece ser um caso muito interessante. Vou participar dessa investigação.

 

- Ué? Por que?

 

- Não dispenso de uma aventura – disse com um sorriso – mas antes tenho uma coisa a comentar.

 

- E o que é?

 

- Você fica estranho de terno.

 

Mishima teve uma gota atrás da nuca

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Na pensão Hinata tudo parecia calmo para o lado de fora, mas para o lado de dentro as coisas mudam de conversa. O que poderia está acontecendo de tão confuso? Keitarô sendo espancado pela maioria das moradoras? Não, ele está apenas correndo. Kaolla testando sua nova experiência. Sim e não, já que o Keitarô não coopera ficando parado. Sara está explorando a pensão? Não, apenas está jogando videogame. Tem uma coisa mais escandalosa do que isso tudo. São duas moradoras que não se dão bem de jeito nenhum. Elas estão nesse exato momento na fonte as duas rivais se encontram se encarando que chega a criar faíscas que poderiam incendiar uma floresta inteirinha.

 

- Ora, ora, veja que está aqui. Uma vampira tomando um banho em plena a luz do dia. Isso não é comum. Qualquer dia eu descubro o seu segredo – disse Anne em um canto da fonte falando com um tom provocativo para a sua rival.

 

- O mais misterioso é saber como uma mulher que é mais velha do que eu não possuir cérebro. Será que você é um zumbi? Pouco provável, pelo menos zumbi tem cérebros – disse Motoko que está no outro canto da fonte em um tom semelhante a de Anne.

 

- Sua pálida sem vida – respondeu Anne.

 

- Bobona – respondeu Motoko.

 

- Idiota.

 

- Insana.

 

De repente a porta da fonte se abre revelando o Keitarô que ainda nem percebeu a presença das duas.

 

- Acho que aqui vou está mais seguro – disse continuando olhando para trás. Depois olha para frente ver duas perigosas ameaças – ou não – engole seco já que meio que sentindo as dores das pancadas que estão por vir.

 

- Esse tarado – disse Anne se levantando.

 

- Precisa ser eliminado – completou Motoko.

 

As duas atacam com os seus ataques mais poderosos, Motoko com arte Shinmei e Anne com seus chutes fazendo que novamente Keitarô desafia as leis da gravidade.

 

- Preciso ir – disse Motoko pegando as suas roupas e se vestindo.

 

- Vai deixar que um só inconveniente estrague seu banho? – perguntou Anne voltando na fonte.

 

Motoko não respondeu. Apenas se vestiu e saiu rapidamente da fonte.

 

- Ué? O que deu na vampira? – pergunta Anne com cara de confusão – deve ser por não ter capacidade de ficar tanto tempo no sol. Hum isso ta parecendo Vampire Hunter D.

 

Motoko está se dirigindo rapidamente para a entrada da pensão com uma expressão séria. Não foi pela rivalidade de Anne e nem o inconveniente com o Keitarô, mas foi por sentir uma presença de alguém do estilo Shinmei. E normalmente quando isso acontece significa que é uma noticia urgente. E estava certa, justamente quando chega à entrada encontra uma samurai do estilo Shinmei.

 

 - Aoyama –sama que bom que está presente tenho um comunicado urgente – disse a samurai secundaria.

 

- Diga o que é tão urgente assim.

 

- O clã Mishima e o clã Leikô vão entrar em guerra.

 

- NANI? Como isso é possível? – Motoko mal acredita que ouviu, já que conhece os dois clãs e seus melhores lutadores tanto dos Leikôs como recentemente dos Mishimas.

 

- Parece que tem uma acusação que os Mishimas seqüestraram o mestre dos Leikôs.

 

- Meio difícil de acreditar que os Mishimas fariam isso.

 

- Aoyama –sama, por acaso conhece o clã Mishima?

 

- Bem – Motoko fica vermelha – já tive certos contatos com esse clã. Mas continua que estava dizendo.

 

- Ah sim. A sua irmã está passando a missão de investigar o fato.

 

- Entendo. É melhor resolver isso antes que os dois clãs partem para guerra mesmo, seria um desastre.

 

- Aqui estão à documentação de todos os detalhes – a samurai passa os documentos para Motoko – Aoyama –sama! Boa sorte – disse se despedindo.

 

Enquanto via a samurai partir Motoko se lembrou de como conheceu Junichi Tsurugi.Foi no dojo Leikô em uma confraternização das duas escolas quando foram apresentados formalmente os dois sucessores do estilo Leikô e Shinmei,ou seja Junichi e Motoko.

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Flashback

 

  -Ei!O que acham de uma luta amistosa entre os dois futuros mestres?-sugeriu um Leikô.

 

       -Uma esplendida idéia!-concordou uma shinmei seguida do apoio de outros que estavam no recinto.

 

      -E então jovem mestre?-perguntou o mesmo Leikô.-Não quer desafiar a jovem mestra Shinmei?

 

       Junichi olhou para ela e apenas concordou.A luta foi até digna de dois samurais e Motoko venceu pra alegria dos Shinmei.Junichi apenas cumprimentou a jovem pela sua vitória e retirou-se para seu quarto alegando que queria descansar.

 

       E um pouco depois alguém batia na porta de seu quarto:

 

      -Está aberta.-disse ele enquanto lia um mangá dos Gaurdiões Dimensionais,o primeiro número da época.

 

Motoko entrou pelo recinto.

 

      -Deseja alguma coisa senhorita Aoyama?

 

      -Por que...por que lutou daquele jeito?Todos falam no quanto você é forte mas a sua luta foi patética!Essa é a força dos Leikô?

 

      -Não havia necessidade de lutar a sério com você.-respondeu Junichi.-E na verdade eu não estava nem um pouco afim.

 

     -Como é que é?!

 

     -Você é tão forte quanto dizem, mas não tão forte quanto poderia ser. Ainda lhe falta uma coisa para ser uma verdadeira samurai e pelo jeito você ainda não sabe o que é.

 

     -Do que está falando?-perguntou ela.

 

     -Isso eu não vou te dizer.Você tem que descobrir por si mesma.Do contrário não duraria muito comigo lutando a sério.

 

Motoko levou as mãos a sua espada para desafiar o rapaz e se surpreendeu ao ver que apenas o mangá estava a sua frente deixado no mesmo lugar onde este estava .Tsurugi apareceu naquele instante ao lado dela dirigindo-se a porta.O laço que ela usava para prender seu rabo de cavalo foi parar na mão esquerda de Junichi e ela ficou com os cabelos soltos.

 

    -Quando foi que você...fez isso?-disse ela surpresa.

 

    -É melhor nós voltarmos pra confraternização.-respondeu ele lhe entregando o laço.-Se alguém ver você no meu quarto podem acabar pensando besteiras.

 

     Motoko não entendeu nada.O que ele quis dizer com “ainda faltava uma coisa para ela”?Como mestre Leikô ou como um rival, Junichi era o tipo de cara que ensinava muito bem mas sempre deixava certas coisas sem muita explicação propositalmente só para ver se a pessoa se esforçaria por si só para achar a resposta.E agora ele fizera o mesmo com a  Motoko.

 

     Aquela vitória lhe havia pesado mais do que se tivesse perdido. Ela levou um bom tempo pensando sobre o assunto até o dia em que enfrentou Mishima e compreendeu o que Junichi queria dizer.Depois disso a própria samurai o procurou para um novo desafio e o próprio garoto aceitou antes dela falar.É claro que Motoko perdeu aquela luta mas dessa vez estava feliz por ter tido uma luta digna.

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     -Mishima e Tsurugi foram importantes no meu crescimento como samurai.-pensou ela.-Tenho que ajuda-los de alguma forma.

 

Motoko retorna para o seu quarto para se preparar para a missão que foi passada.

 

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  Já se passavam uns trinta minutos desde que Mishima havia saído a procura de seus pai.Nesse meio tempo Junichi, acompanhado de Kotori chegava ao clube de artes marciais.Não levava menos de quinze minutos para se chegar ao clube mas a jovem havia parado para fazer um lanchinho (por conta de Junichi).Quando os jovens chegaram ao lugar encontraram um certo movimento na frente do clube.

-O que está havendo ali afinal?-perguntou Junichi.

-Acho que já imagino o que seja.-disse ela ao ver alguns dos lutadores do clube.-Vem,vem senpai,vamos ver!

-Não precisa me puxar.-reclamou ele.

Quando eles chegaram encontraram os dois samurais que Mishima havia derrotado ainda desacordados.

-Por que esses caras estão aqui?-perguntava um lutador de caratê que havia entrado a pouco tempo para o clube.

-O que você acha?-respondeu Yu,um dos maiores fãs de Mishima.-Com certeza eles vieram desafiar o senpai e levaram uma boa lição!

-Mas quem são eles afinal?-perguntou um outro.

Nesse instante Tsurugi e Kotori se aproximaram do local.

-He,he,he, parece que o senpai já derrotou seus primeiros oponentes do dia.-disse Kotori.-O que acha disso Junichi-senpai?Junichi senpai?

Junichi se aproximou dos dois que estavam caídos.Ele os havia reconhecido.Ele fez com que ficassem sentados e deu um golpe nas costas para acorda-los.

-Hã?-disse um deles.-O que aconteceu?

-Eu é que pergunto.-respondeu Junichi sério.

-Mestre Tsurugi?!-responderam os dois que rapidamente se curvaram na frente dele.

-Ei!Ei!Ei!Não estamos no dojo e mesmo que estivéssemos todos sabem que eu odeio essas formalidades.-disse ele.

Todos estranharam aquilo.Alguns conheciam Junichi até o viram praticando algumas vezes no clube de kendô mas ele não fazia nada de especial só lutava de forma mediana.

-Junichi senpai?Do que eles estão falando?-perguntou Kotori.

-Bom é que...

-Mestre Tsurugi!-disse um deles.-Que bom que o senhor está aqui!Agora nós poderemos fazer o clã Mishima pagar por terem seqüestrado o Mestre Genzo.

-Opa,opa,opa!-disse ele.-Que história é essa de clã Mishima e seqüestro do meu avô?-perguntou ele.

-Acho que eu posso explicar.-respondeu uma voz já conhecida de Junichi.

-Sawada?

Todos olharam e ficaram estupefados com a bela jovem que se chegara ao local.Miriam Sawada uma Leikô brasileira que estava no Japão para o exame anual(assim como Junichi ela estava no primeiro grupo).Morena, tinha uns 15 anos e já tinha um corpo bem atraente,mas o que mais chamava atenção era seus belos olhos azuis.Uma bela estrangeira chegava ali.

Tsurugi então pediu licença a Kotori e chamou Sawada e os dois samurais para conversarem em um lugar mais afastado dali.

-O que você faz aqui Sawada?-perguntou ele.-E o que esses estão querendo dizer com o clã Mishima seqüestrar o Mestre Genzo?

-Bom acontece que ontem o mestre saiu para encontrar um velho amigo.Ele não voltou desde ontem.-explicou ela.

-Isso é normal do vovô.-respondeu Junichi.-Ainda mais quando revê velhos amigos ele perde a noção do tempo conversando e tal...

-Isso é verdade.-concordou Sawada.-Mas hoje de manhã na entrada do dojo Leikô,nos encontramos isso.

A jovem tirou de dentro do protetor uma espada em uma bainha.

-Essa é a Hikari!-exclamou ele.-Mesmo não a usando o vovô nunca se separa dela!

(Hikari era a espada lendária do estilo Leikô,passada de geração em geração desde o surgimento da escola samurai.Além de poderosa a espada era o símbolo de liderança do estilo e apenas o mestre supremo podia usá-la)

-Nós não vimos quem deixou a espada na frente do dojo,mas junto com ela estava isso.-disse a jovem tirando um quimono de dentro da mochila que trazia.Ela mostrou a parte de trás do quimono que estava escrito Mishima em japonês.

-Um quimono do clã Mishima?-perguntou ele.

-Sim.-respondeu Sawada.

-Entendo...então por isso o clã Mishima está sendo acusado de seqüestrar o Mestre?-perguntou ele a Sawada.

-É isso mesmo!-respondeu um dos samurais antes que Sawada  explicasse.-Nós ouvimos que esse clã maldito seqüestrou nosso mestre e viemos até aqui para por um fim nisso!

-Isso é mentira!O senpai jamais faria algo assim!

Todos olharam para e viram Kotori sair de seu esconderijo em uma moita.Ela estava intrigada com tudo o que estava acontecendo e resolveu espionar a conversa.

-Kotori?O que você faz ai?-perguntou Junichi.

-Por favor senpai acredite em mim!-disse ela.-Guilherme-senpai é um lutador honrado!Ele jamais seqüestraria alguém!

-Guilherme...senpai?Este é o nome do seu senpai?-perguntou ele chegando logo a uma conclusão.-Está dizendo que o seu senpai,presidente do clube de artes marciais é um Mishima?!

-Sim.-respondeu ela.

-E por que você não disse isso antes?-perguntou ele meio chateado.-Droga,um bom oponente praticamente na minha cara e eu nem sabia...

-É que eu queria fazer uma surpresa.-explicou ela.-Nem ele sabe quem você é...

-É claro que ele não sabe!-disse um dos samurais.-Por que se soubesse quem é o Mestre Tsurugi,o único Leikô digno de suceder o Mestre Genzo,não faria tal idiotice!

-Eu já disse que o senpai não é esse tipo de pessoa!-protestou Kotori.

-Então por que ele não está aqui para provar sua inocência?-perguntou o outro.

-Eu não sei...

-Nós queremos o Mishima aqui e agora!-ordenou o primeiro.-Agora que o nosso Mestre está aqui ele terá uma lição que jamais irá esquecer!

-Calem a boca vocês dois!-disse Junichi.

-Mestre Tsurugi?

-Pra começo de conversa se eu precisasse de puxa-sacos eu já teria dito.E depois é como ela disse,os Mishima são um clã honrado.-respondeu ele.-E se eles fossem um clã maligno,a escola Leikô já estaria ciente dos seus movimentos.

-Mas mestre...

-Não há “mas” aqui!-interrompeu ele.-Vocês vieram aqui causaram confusão e ainda acham que estão com a razão?No mínimo vocês ouviram o mestre interino falar algo e saíram sem as ordens dele,estou certo?E nem devem ter avaliado a força de seu oponente ou se ele era realmente culpado e partiram pra cima dele com tudo.

Os dois engoliram em seco o sermão.De fato Tsurugi havia acertado em cheio.E o Leikô concluiu o sermão:

-Se o Mishima que os derrotou fosse mesmo um mal caráter,vocês não estariam vivos agora.O clã deles é muito poderoso.Apenas um Leikô bem treinado poderia se equiparar.E vocês...ainda estão longe de poder vence-los.

-Mestre...nos desculpe.-respondeu um deles.-Nós só queríamos punir aqueles que seqüestraram Mestre Genzo.

-Isso ficará por minha conta.-respondeu Junichi.-Sawada!Quem está no comando agora?

-Mestra Imamori.-respondeu ela.-Mas como o senhor é o mestre sucessor,de acordo com as regras,caso o Mestre Supremo do Estilo Leikô esteja impossibilitado de exercer suas funções,o senhor deverá assumir interinamente.Sendo assim cabe ao senhor a Hikari.

-Entendo...-disse ele pegando a espada.-Então um dos motivos para você ter vindo era pra me entregar a Hikari.

-Sim, e eu também queria perguntar ao Guilherme se ele saiba algo a respeito.

-Você conhece ele?-perguntou Tsurugi.

-Sim a irmã dele é a minha melhor amiga.-respondeu ela.-Eu tentei ligar pra ela e não consegui,mas como ela vive em Mahora é bem provável que esteja alheia aos acontecimentos.

-Por que você não pediu ao Sagara pra falar com ela?

-Eu também não consegui falar com ele,provavelmente está em alguma missão.

-O que nos deixa sem opções já que pelo jeito o Mishima não está aqui.-disse Tsurugi.-O jeito é procurarmos por nós mesmos.Ligue para o senhor Konoemon e diga para ele pedir ao Sagara para nos ligar assim que ele voltar da missão.

Depois ele se virou aos dois samurais e disse:

-Vocês dois voltem ao dojo imediatamente.Só saíam de lá se receberem ordens entenderam?

-S-sim,Mestre Tsurugi.-responderam eles se retirando.

-Teremos um problema bem grande se membros mais fortes do nosso grupo decidirem fazer justiça com as mãos.-disse Junichi.

-Mestra Imamori ordenou a todos que não façam nada até que o senhor ou ela mandem.-comentou Sawada com o celular na mão.-E o conselho dos Mestres está dividido entre os que defendem ou acusam o clã Mishima.

-É bem provável que os Mishima tenham sido envolvidos nisso de certa forma.-comentou Tsurugi.-Eu só queria entender o por que.

Kotori permanecia parada surpresa.Afinal descobrira que seu senpai que a salvara de arruaceiros era um mestre de um estilo samurai.

-Junichi-senpai você na verdade é...

Junichi voltou-se para ela e disse:

-Desculpe Kotori por não ter dito nada pra você antes.Mas eu prefiro guardar segredo sobre isso...espero que não fique brava...

A jovem ficou em silencio por uns instantes.Seu corpo tremia muito.

-Kotori?-perguntou Junichi meio preocupado.

-B-brava eu?-respondeu ela.-Eu estou... SUPER FELIZ!-Quem iria imaginar que o meu senpai é um mestre samurai?Eu sabia que você escondia alguma coisa eu sabia!

-É parece que o senhor conseguiu uma fã!-comentou Sawada em um tom meio zombeteiro.

Junichi deu um sorriso meio sem graça e pediu a Kotori:

-Kotori quando o Mishima chegar você poderia dizer a ele o que está acontecendo?Conte tudo o que você ouviu aqui.Talvez ele tenha uma pista de quem poderia ter feito isso.E de o meu numero a ele e peça para me contatar.

-Não.-disse ela.-Senpai eu vou com você.

-Ir comigo?-perguntou Tsurugi.-Não é muito perigoso.Ainda mais se tratando de caras que seqüestraram o meu avô

-Eu prometo que não vou atrapalhar!-disse ela.-Por favor senpai.

-Lamento,mas eu não ficaria feliz se algo acontecesse com você.-respondeu ele o que a fez um leve corar aparecer na moça.

-Mestre eu já avisei ao Senhor Konoe.-avisou Sawada.

-Certo.-respondeu ele.-Vamos.

E assim saíram os dois jovens a procura de Genzo Tsurugi.Muitas perguntas passavam na mente de Junichi,desde a como o Lendário Samurai  havia sido seqüestrado e por que o clã Mishima foi incriminado.Aquilo não fazia sentido.Teria acontecido alguma coisa no clã Mishima?Era o que ele pensava só não sabia que estava certo.

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Começava o dia em Mahora.Era um pouco antes de Sawada entrar em contato(ou tentar falar)com a jovem Mishima ou com Sagara.E o próprio Takuya Sagara,usando sua típica roupa,(casaco,boné e calça pretas e óculos escuros) caminhava em direção ao colégio Mahora, para ser mais preciso a sala da diretoria.Ele estava passando uns tempos em Mahora cuidando de certas missões para o diretor-geral,e como estava no segundo grupo do exame Leikô,não seria necessário que voltasse ao dojo tão cedo.

-E ae Takuya!-cumprimentou uma moça de cabelos ruivos.

-Asuna,bom dia.-respondeu ele.-Entregando os jornais?

-Não eu já terminei.-respondeu ela.-Agora eu vou correndo pra república me arrumar  e voltar para a escola.

-Uma grande correria,não?

-Sim, mas já estou acostumada.E você vai pra outra missão?

-É o diretor me chamou ontem.

-Que estranho ele chamou a Setsuna também.-comentou a baka red.-Será que é a mesma missão?

-Sinceramente eu não sei.-respondeu ele.

-Bom é melhor eu ir ou vou me atrasar.-disse ela.

-Tudo bem.Até outra hora.-despediu-se ele.

-Até!E não esqueça do que me prometeu!-alertou Asuna.

-Eu preciso mesmo fazer isso?-perguntou Takuya.

-Você quase não sai pra lugar nenhum.-respondeu a jovem.-E o fliperama tá com uns jogos novos.

-Ok,ok,eu vou então.

-Beleza!Até lá!

Asuna se despediu e foi correndo para a república.De fato ela fazia de tudo para que o rapaz se tornasse mais sociável,afinal ele já havia ajudado muito a ela e o Negi em situações difíceis.

-Acho que não posso recusar o convite de Asuna afinal.-pensou o rapaz.-Mas que tipo de missão o diretor-geral tem pra mim agora?

Ao entrar na sala do diretor-geral, uma jovem samurai já o aguardava vestindo seu típico uniforme do colégio Mahora.

-Ho,ho,ho, Takuya bom dia.-cumprimentou o diretor-geral.

-Bom dia senhor Konoe.-cumprimentou ele.

-Bom dia Sagara.-cumprimentou a jovem samurai.

-Bom dia Sakurazaki.Você também foi chamada?-perguntou ele.

-Sim parece que estamos juntos nessa missão.-respondeu ela.

-Pelo jeito não vai ser uma missão comum.-pensou Takuya.

-Bom agora estamos aqui.-disse Setsuna.-Que missão o senhor tem para nós?

-Esperem ainda falta uma pessoa.-disse o diretor-geral.

-Mais uma pessoa?-perguntou o Leikô.

-Fala da Tatsumya?-indagou a Shinmei.

-Não.-respondeu o Konoe que naquele instante ouviu uma batida na porta.-Oh parece que ela chegou.Entre!

A porta se abriu e uma bela jovem entrou no recinto.Morena de olhos verdes, cabelos meio longos e lisos e um corpo bastante atraente, idade aparente de 15 anos, aparência ocidental (lembra a Angel de KOF).

-Por que eu também tenho que estar nessa missão?-perguntou ela com um ar de preguiça.

-Ho,ho,ho não diga isso.-respondeu o diretor-geral.-Essa é uma missão de suma importância e estou contando com você.Ah, é claro vocês ainda não foram apresentados.Essa jovem é filha de um velho conhecido meu,ela se chama Camila Mishima.

-Mishima?Do clã Mishima?-perguntou Setsuna.

-Sim exatamente.-respondeu o diretor-geral.

-Hum...pelo jeito ela não é japonesa.-pensou Sagara dando uma “rápida conferida” no corpo da moça.Não que ela fosse uma Chizuru da vida,e beleza é o que tinha de sobra na turma de Setsuna o 3-A, mas o seu belo corpo mostrava sua origem.-Ela de certa forma lembra a Mirian Sawada,seria compatriota dela?-perguntava-se ele.

E o diretor continuou com as apresentações:

-Camila,esses aqui são Setsuna Sakurazaki do estilo Shinmei,e Takuya Sagara da Unidade Especial.

-Um Unidade Especial Leikô.-pensou Camila enquanto os cumprimentava.-Isso explica eu não ter sentido a sua presença quando cheguei aqui.Mirian realmente tinha razão no que disse sobre eles.E já deu pra perceber que essa shinmei não é uma espadachim qualquer. Mas se bem que daria um trabalho se me esforçasse para sentir a sua presença. É muito cansativo – disse se espreguiçando fazendo que Sagara tenha uma gota atrás da nuca.

-Bom agora que vocês já se conhecem eu vou explicar a vocês a missão.-disse o diretor-geral.

E começou a contar:

-O que vocês sabem do tesouro de Suzaku?-perguntou ele.

-O tesouro de Suzaku é uma antiga relíquia que foi protegida pela lendária Mestra Shinmei Mayumi Tomoe.-respondeu Setsuna.-Dizem que ele pode anular os poderes mágicos ou o ki de quem for alvejado pelo seu brilho.

-Sim,sim.-confirmou o diretor.-Com a morte de Mayumi Tomoe,esse artefato lendário ficou as guardas da associação mágica de Kanto durante todos esses anos.Mas ontem a noite o mesmo foi roubado por essa pessoa.

O diretor mostrou a foto de uma mulher que usava um manto de mago.

-Não sabemos como essa mulher entrou no recinto e roubou o artefato.Mas conseguimos descobrir sua identidade.Ela se chama Tenko Banner,ou pelo menos se identifica assim.Entrou a pouco tempo para a nossa associação.

-Então ela entrou para Mahora visando roubar o tesouro de Suzaku.-comentou Sagara.

-Sim.Mas isso não é tudo o que ela roubou.Um pergaminho selado também foi roubado.

-E o que tinha de especial nesse pergaminho?-perguntou Camila.

-Esse pergaminho contem os segredos de uma arte selada há muito tempo atrás,-explicou o velho Konoe.-além do segredo sobre como usar o verdadeiro poder do tesouro de Suzaku.Tudo isso foi selado nesse pergaminho com uma magia antiga para que ninguém mais o abrisse.O estranho é que poucos sabem de sua existência

-Então quem o roubou sabia que não era um pergaminho qualquer.-respondeu Sagara.

-Ela poderia estar trabalhando para mais alguém?-perguntou Setsuna.

-É bem provável.-respondeu o diretor-geral.-E se ela conseguir usar todo o poder desse artefato nós teremos sérios problemas.

E concluiu dizendo:

-Por isso eu preciso de um time de guerreiros fortes para tal missão e resolvi chamar vocês.É claro que é meio inusitado ter uma Shinmei,um Leikô e uma Mishima trabalhando na mesma equipe,mas vocês são pessoas de minha maior confiança e acredito que juntos serão capazes de realizar essa missão com sucesso,ho,ho,ho.

-Por que eu tenho a impressão de que ele só queria ver nós três trabalhando juntos?-pensava Sagara com uma pequena “gota”,até que ouviu o diretor o chamar tirando-o de seus pensamentos.

-Sim diretor.

-Você será o líder dessa missão.

-Eu?!

-Essa missão pode ter situações em que suas habilidades de infiltração e espionagem sejam altamente requisitadas.-explicou o diretor-geral.-Então será melhor que você seja o líder.

-Entendo.Muito bem eu não o desapontarei senhor!-respondeu Sagara.

-Muito bem então.Estou contando com vocês.

-Sim!-responderam Sagara e Setsuna.

- Tenho uma pergunta – perguntou Camila.

- Diga – falou o diretor.

- Não da pra começar a missão amanhã? Porque estou – boceja – com sono.-fazendo uma gota aparecer em Sagara e Setsuna.

-Pra uma guerreira de um clã famoso ela é bem...diferente.-pensou Sagara achando que liderar essa missão não ia ser nada fácil e ao mesmo tempo interessante.

 

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Mishima e Shujinko estão se dirigindo para fora do seio da civilização para chegar aos recantos onde o braço do homem não ousou a tocar. Os dois estão indos de moto, Guilherme está como motorista e Shujinko está como passageiro. Até em uma estrada bem conversava que atravessa uma paisagem natural.

 

         - Aqui que vamos descer – disse o brasileiro estacionando a moto praticamente no meio do nada aquele cenário. Mishima está usando uma calça azul escuro com manchas claras para da um toque mais fashion, preta, tênis, jaqueta de couro preta.

 

         - Hum... – expressou Shujinko ao descer da moto e tira o capacete – onde vamos? – disse arrumando o sobretudo.

 

         - Vamos para um local de treinamento selvagem há quarenta minutos daqui – disse descendo da moto e tirando o capacete.

 

         - Tenho uma duvida: onde você vai guardar a moto?

 

         - Simples! – com grande habilidade de controle de Ki Mishima realiza uma grande façanha. Nem precisou de um intervalo de tempo para concentrar o seu Ki em seus músculos e braços para fazer o incrível façanha de erguer a moto com um braço só e arremessa o veiculo em cima de uma arvore fazendo o veiculo ficar pendurado. Consegue fazer isso graças ao perfeito domínio do Ki chegando ao nível do Ki avançado onde poucos lutadores conseguem ter esse controle. Ainda mais o seu clã é especialista a esse tipo de controle – agora quero ver se alguém rouba a minha moto.

 

         Shujinko fica de boca aberta espantado pela força sobrenatural de seu amigo brasileiro e diz:

 

         - O problema não é nem subir e buscar, mas sim carregar, mas... – seu rosto aparece um sorriso -... pelo menos a carteira eu consigo roubar – mostra a carteira do Mishima.

 

         Desta vez quem fica de boca aberta foi o Mishima. Já sabia que as habilidades de roubar se seu amigo era sobrenatural. Nem mesmo com sua fantástica habilidade de percepção Mishima não consegue sentir a presença de Fox quando ele rouba. O brasileiro teria trabalho se seu amigo japonês tivesse interesse por artes marciais.

 

         - Vamos deixar de distrações e vamos logo – expressou Mishima.

 

         - Hai – devolveu a carteira do brasileiro.

 

         Ambos caminham silenciosamente na densa mata indo para o local destinado. O Sol de meio dia ilumina a trilha natural e esquenta os corpos mortais. Seria um problema se o vento não compensasse com uma brisa fresca que refresca a pele daqueles dois rapazes. Para contemplar a paz daquele momento a paisagem verde estimula a mansidão de seus espíritos fazendo que a missão quase passa despercebida. Talvez para melhorar a situação uma companhia feminina seria agradável. As companhias idéias de cada um rapidamente podem vir em suas mentes. Mishima pode até fingir que não está pensando em alguém, mas seu coração deseja a companhia de uma certa rounin de Kyoto. Shujinko não tem nada a esconder apenas aprecia sua vida tranquilamente.

 

         O caminho trás recordações para Mishima. Lembra que muitas vezes em sua adolescência que seus pais o levaram para esse caminho para treiná-lo. E como eram puxados os treinamentos. Exercícios que no mínimo exigia o máximo de seu corpo. Pesos extremamente pesados eram colocados em diversas partes de seu corpo para fortalecer os seus músculos, parecia que estava coberto de concreto de tão pesado que ficava. Ainda tinha que submeter a um treinamento rígido de flexibilidade  – por sorte a capoeira ajudou esse serviço - e também os desumanos impactos que treinava a resistência. Se não fosse o controle rígido do Ki já estaria morto. Claro que seus pais faziam esses treinamentos de propósito para forçá-lo a aprender a dominação de Ki.

 

         - Chegamos – disse Guilherme ao chegar no campo aberto onde sua família gosta de treinar aparentemente nada de anormal – Fox, tem idéia de que aconteceu aqui?

 

         - Deixa eu ver – dise cruzando os braços tentando usar sua apurada percepção – parece que teve duas pessoas que estavam lutando aqui. Finalizaram a luta e depois se separaram. Para que um sentou naquele canto da grama, mas não sei que aconteceu, misteriosamente subiu do lugar. O outro foi naquela direção, andou uns vintes minutos daqui... espere – disse Shujinko ficando com uma expressão séria - ... parece que tem alguém se aproximando.

 

         - Não se preocupe, já faz um tempo que sinto essa presença – disse Mishima na maior calma até chegar um jovem com uma espada na cintura.

 

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Junichi e Sawada estão caminhando até a área onde seu avô teria sido visto pela ultima vez.O rapaz ainda mudou a camisa,usando uma branca esporte e um jaqueta no estilo Yusuke Urameshi.A brasileira ainda mantinha seu visual da chegada.

 

-A vegetação é bem densa por aqui.-comentou Junichi.

 

-E pelo jeito temos um local bem grande pra explorar.-comentou Miriam.-Será que o mestre Genzo realmente esteve por aqui?

 

-Quanto a isso não há dúvidas.-respondeu ele.-O vovô é o tipo do cara que adora treinar em lugares desse tipo.

 

-O senhor também foi treinado em um lugar assim?-comentou ela.

 

-Sim. Depois que eu fiquei envergonhado da surra levei na infância, o vovô passou a me treinar diariamente. Foi muito puxado, mas pelo menos hoje se eu cheguei nesse nível eu devo muito a ele.

 

-Entendo...se a Mestra Ayane não tivesse te derrotado talvez hoje o senhor fosse um mestre arrogante e muito mais fraco.

 

-Verdade.-concordou ele.-Mas não foi a Ayane que me derrotou.

 

-Não foi?Mas não foi ela que o desafiou?

-Sim,mas não foi ela que eu enfrentei.

 

-Então quem o senhor enfrentou?

 

-Isso é conversa pra outra hora.-respondeu ele.-No momento temos que descobrir o paradeiro do vovô.

 

-É tem razão.Ainda consigo sentir traços do ki dele por aqui mas está muito espalhado.

 

-Não temos escolha a não ser nos dividir e procurarmos por pistas.

 

         -E se nós acharmos algo aumentaremos o ki para avisar ao outro?-perguntou Sawada já certa de que essa seria a resposta.

 

-Não a gente usa o celular oras!-resposta que fez uma gota aparecer na cabeça da brasileira.

 

-Seja como for se não acharmos nada em trinta minutos a gente se encontra aqui.-disse Junichi.-Daí partimos para outro lugar.

 

-Espero que não percamos muito tempo e achemos logo boas pistas.-respondeu ela.-Se ao menos tivéssemos um veículo...

 

-Podemos usar essa moto aqui.-disse ele apontando para a moto de Mishima que estava na árvore

.

-U-u-uma moto na árvore!?-Sawada ficou surpresa.-Como ela foi parar ai!?

 

-É realmente estranho.-respondeu Junichi de forma calma.-Será que é um novo tipo de estacionamento?

 

Tombo de Sawada.

 

-Que tipo de estacionamento é esse mestre?!-gritou ela.

 

-Então é uma forma de evitar um roubo...-respondeu ele com a mão no queixo pensando.

 

-Um roubo?-perguntou Sawada.(“gota”).

 

-Ou então o dono é um sovina que não quer pagar o estacionamento!-disse ele batendo a mão direita na palma da esquerda,reação que fez a Sawada levar um outro tombo cômico.

 

-Que tipo de pessoa faria isso?!-gritou ela novamente.

 

-De qualquer forma não temos tempo para pensar nisso agora.-respondeu ele calmamente.-Vamos procurar o Mestre Genzo.

 

-Está bem.-concordou a brasileira meio que surpresa com a moto estar na árvore ou com o Junichi estar fazendo tanta piada numa hora dessas.

 

-Como o senhor consegue ficar tão tranqüilo mediante a tudo que está acontecendo hoje?-perguntou ela e Junichi respondeu:

 

-Se eu ficar nervoso pelo rapto do vovô nunca poderei salvá-lo,e muito menos impedir um conflito entre o nosso clã e o Mishima.Se não puder me acalmar mediante a tudo que eu ver nunca serei digno de suceder o meu avô como Mestre Supremo do Estilo Leikô.

 

E terminou dizendo:

 

-E quanto a moto...bom se ela for de um conhecido meu que mora na pensão Hinata isso já explicaria tudo.Se bem que ele não deve ter dinheiro pra uma dessas...

 

Outra gota apareceu na cabeça de Sawada.Depois desse comentário ela e Tsurugi saíram em direções opostas.A brasileira estava surpresa,era sua primeira missão com o futuro mestre Leikô e ainda não conhecia aquele lado de tranqüilo e cômico de Junichi.Mas por outro lado ficou feliz ao ver que Genzo sem dúvida tinha um bom sucessor.

 

Quinze minutos depois Junichi caminhava pelo local até que resolveu subir em uma árvore mais a frente.Dali ele viu que tinha dois locais descampados adiante.Ciente de que poderia encontrar tanto pistas quanto pessoas ele decidiu dirigir-se ao local.Com certeza se houve uma luta ali seria um bom lugar.

 

-Hum...não tem nada aqui.-pensou ele.-Nem uma boa pista nem sinais de luta...

 

O rapaz olhou para o próximo local. Tinha algo que lhe incomodava desde que chegara ali.Havia sentido por várias vezes duas presenças na área ,seria de aventureiros ou de lutadores ocultando o seu ki?Era bem provável que fosse a segunda opção,ainda mais se tratando de uma das presenças.Como futuro mestre supremo do estilo Junichi também recebeu o treinamento da Unidade Especial o que lhe permitia identificar  um ki de lutador ainda que este o ocultasse,mas é claro que nem sempre isso era confiável.Se existe uma forma eficaz de achar também existe uma de esconder ou mesmo de disfarçar a presença,era isso o que lhe fora ensinado.Sendo assim o jeito era pagar pra ver.Entrou por mata adentro até chegar a segunda área.O local era bem maior que o primeiro e assim que chegou nele Junichi já sentiu resquícios fortes da presença de seu avô.Sem dúvida ele havia lutado ali com um poderoso oponente.Mas isso não era tudo.A tal presença que o incomodava desde que chegou ainda estava ali e revelou-se ser um ki muito poderoso.Fazia tempos que não sentia um ki daquele nível.O rapaz correu um pouco na direção daquele ki até que encontrou uma pessoa parada em pé que o esperava.

 

-Hum...então os resquícios de ki que eu senti naquela moto eram...-pensou o Leikô.

 

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A terra é testemunha do encontro dos mais poderosos representantes de seus clãs. Um tem o sangue dos poderosos samurais, outro tem a linhagem de guerreiros antigos e de varias etnias. Ambos estavam calmos mesmo sabendo que ali estava em jogo as vidas importantes dos seus famílias mais queridos.

 

- Quem é você? – perguntou o representante do clã Leikô olhando nos olhos do representante do clã Mishima que pareciam duas esmeraldas.

 

- Essa pergunta cabe a ti responder, mas melhor ainda: que veio fazer aqui? – disse o estrangeiro na maior calma.

 

- Vim em busca de alguém. É muito suspeito alguém estar aqui no meio no nada – disse Junichi também na calma, mas mantém um pouco de seriedade.

 

- Mais suspeito ainda é alguém no meio do nada carregando uma espada – Mishima foca com o olhar a espada que o misterioso ser carrega.

 

- Quero respostas e eu não sairei sem elas. Não pretendo medir esforços para consegui-las.

 

Guilherme da uma longa tragada no ar e solta lentamente para aquecer os seus pulmões de um fato que pode acontecer.

 

- Tudo tem o seu preço está disposto a pagar por ele? – disse Mishima movendo a sua cabeça

 

- Pode apostar que sim.-respondeu Tsurugi.

 

- Neste caso – as mãos do brasileiro estão quentes fazendo que Mishima tenha a necessidade de tirá-las. A jaqueta o sufoca por dentro (como as luvas) é tirada e jogada no canto revelando uma camisa amarela de mangas longas de cor preta – não resta outra opção.

 

- Concordo – disse Junichi tirando lentamente Hikari da bainha.

 

Guilherme rasga as mangas pretas de sua blusa só ficando com a parte amarela. Isso revela os seus braços definidos. Junichi mantém uma postura com a Hikari na horizontal enquanto seu adversário levanta um pouco os braços e abre um pouco as pernas. Começará literalmente o duelo dos titãs.

 

[CONTINUA]

 

 

 

 


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