Halo: as asas Caídas de Ivy escrita por GillyM


Capítulo 2
Condenada


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o segundo capitulo, espero que gostem! Boa leitura!



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Não era tão simples assim. Podem acreditar, ir para o inferno não é uma tarefa fácil como eu havia imaginado. Antes de abrir meus olhos esperava estar num lugar horrível, tão horrível que não podia imaginar, deveria haver pessoas sofrendo, ardendo em chamas, sendo castigada por demônios sádicos. Essa era a imagem que tinha do inferno.

- Bom dia! – Ele sorria para mim como se a noite anterior nunca houvesse existido – Seja bem-vinda, Ivy!

Então abri meus olhos, estava com medo novamente, esperava pelo pior, mas fiquei surpresa ao examinar o local onde estava. Era um quarto normal, as janelas exibiam lindas persianas, estava um belo dia de sol lá fora, tudo parecia muito calmo e completamente normal. Ele estava sentado ao lado de minha cama, sorrindo. Estava claro que Luc carregava todo o mau com ele, mas aquele sorriso fazia você querer desejá-lo. Se houvesse um cartão postal do inferno, com certeza seu rosto estaria nele

- Eu não estou morta? – Perguntei em voz baixa, quase que para mim mesmo, corri para a porta do quarto, estava trancada – Meu Deus, o que houve comigo?

- Calma Ivy. Nossa primeira impressão não foi tão boa – Ele se levantou e veio ao meu encontro – Vamos começar tudo de novo!

- Me deixe ir! – Disse enquanto corria para a porta do quarto – Você não me machucará novamente!

- Te machucar novamente? – Ele sorriu – Você está bem confusa, Ivy!

Examinei todo meu corto, não havia cortes, nem vermelhidão ou hematomas, nem mesmo dor. Por um momento duvidei de minha sanidade, eu não me recordava de nada do meu passado, como se eu tivesse começado a viver naquela noite no banco da praça. As chances de eu ser louca eram muitas, então me dei conta de que tudo foi apenas um pesadelo. Então tratei de me acalmar e exigir explicações.

- Não consigo me lembrar de nada – disse levando minhas mãos a cabeça – O que quer de mim?

- Vou te ajudar. Você é Ivy, um lindo serafim que foi expulsa do paraíso! – Ele dizia enquanto andava pelo quarto – Eles te abandonaram, assim como fizeram comigo.

- Você só pode ser maluco mesmo! – Disse em tom de deboche.

- Continue... Já está me convencendo de que seu lugar é ao meu lado! – Ele se sentou na cama e abriu os braços como se me convida-se para juntar-se a ele – Sarcasmo nos dá todo o charme.

- Você acredita nisso mesmo, não é? - Perguntei a ele – Se você não é mais um anjo, então você é o que? Um demônio?

- Sim, muito prazer. Sou Luc – Ele se levantou e estendeu umas das mãos em minha direção, num gesto de cumprimento – Será um prazer acompanhá-la até seu novo lar!

Meu sorriso desapareceu no mesmo instante, as lembranças do ocorrido na noite passada ficaram muito claras em minha mente, eu comecei a me desesperar, então ele se aproximou e tocou meu rosto, acariciou meu cabelo e todo o desespero que se aflorava em mim foi embora, ao sentir sua pele na minha. Uma de suas mãos deslizou até meu pulso, retirando a pulseira com enfeites satânicos, revelou-se então uma tatuagem, minha pele estava marcada por uma serpente dourada.

- O que isso quer dizer? – Perguntei.

- Olhe bem e você saberá – Disse ele, elevando meu pulso para mais perto de meus olhos – Veja... E então não precisarei lhe explicar mais nada!

Olhei fixamente para a tatuagem, me concentrei o máximo que pude, até que algo se revelou em minha mente.

- A queda! – As palavras escaparam de minha boca – Não é possível!

- Sim é possível! – Disse ele tentando confirmar minhas suspeitas – É só analisar os fatos!

- Que fatos? – Minha mente se perdeu a um monte de pensamentos – Não há fatos!

- Tudo de que se lembra é de cair, você não sabe de onde veio, e nem o que fazia no banco da praça – Ele argumentou como se estivesse lendo meus pensamentos – Onde estão seus ferimentos? Eles desapareceram sozinhos? Ou eles desapareceram porque você carrega o dom da cura? Pense!

Naquele momento me lembrei de tudo, desde a queda até o ultimo segundo que se passara. Mas a única coisa da qual não me lembrava, era do que eu fiz para perder minhas asas.

- Por que não me levou para o inferno? – perguntei a ele, desconfiada – Por quê?

- Quando eu caí, Ivy, minha punição foi ir diretamente para o inferno – Ele começou a contar – Quando se é um anjo caído e seu destino é ir direto para o inferno, você não é muito bem-vindo, principalmente pelas criaturas que você ajudou a colocá-las lá.

- O que isso tem haver comigo? – Perguntei a ele, não escondi minha irritação.

- Você não recebeu a mesma punição que eu, sua punição foi ser novamente humana – Ele me examinou com os olhos – Encare isso como uma segunda chance! Se você viver nas leis de Deus, você voltará para cima, quando morrer é claro!

- Se eu fui expulsa de lá, então por que iriam me querer de volta? – O Questionei, já que ele parecia saber de tudo – Meu lugar não é aqui, muito menos com você, criatura nojenta!

- E segundo eles, no paraíso também não é – Ele debochou mais uma vez – Você é um anjo caído, não é tão diferente de mim!

- Nunca fiz mal as pessoas! E nunca farei! – O enfrentei – Volte para o inferno, seu porco sujo!

Ele sorriu, e mais uma vez se mostrou imponente, prepotente e arrogante, irresistivelmente arrogante. Sua arma mais poderosa, sem dúvidas, era o sorriso, ele podia ter qualquer coisa com aquele sorriso, até mesmo a mim, que agora era uma simples humana, cheia de emoções, sentimentos e hormônios. Foi assim que Bethany havia se perdido, e naquele momento tive certeza, eu iria me perder do mesmo jeito. Ele se aproximou ainda mais, sua boca ficou a meio centímetro da minha, e sua mão direita segurou delicadamente meu pescoço.

- Ivy, o que você quer de mim? – Sussurrou em meu ouvido – Me diga Ivy!

Uma idéia surgiu imediatamente na minha cabeça, tentei me livrar dela, mas foi em vão, era mais forte que eu, e sem demoras me entreguei a ela.

- Quero ir para o inferno com você! – Deixei meus lábios encostarem-se aos dele – Me leva?

- Faça o que eu ordenar , então estará lá mais rápido que imaginar – Ele sorriu novamente e se afastou.

A idéia em minha cabeça se desfez imediatamente. Eu o olhei perplexa.

- Então é assim que faz com suas vitimas? – Perguntei.

- Confesso que com você foi mais difícil – Ele respondeu cheio de orgulho – Agora você sabe o que eu posso fazer com você!

- Então por que não me leva para o inferno imediatamente? – tentei confrontá-lo e esconder minha vulnerabilidade – Você não é tão poderoso, não é?

- Você é humana agora e sua alma é pura – Ele se afastou – Ainda não há motivos para você merecer o inferno! Mas não será difícil enviá-la para lá!

- E por que acha isso? – Perguntei intrigada com a certeza de suas palavras.

- Seu coração está ressentido por causa de sua queda, posso senti-lo – Disse ele – Logo esse ressentimento se transformará em raiva, e depois ódio, isso é inevitável quando se é um humano. E é disso que o inferno é feito.

Ele me deixou naquele quarto de hotel, logo tive que abandoná-lo e procurar um abrigo, mas poderia ficar lá apenas por três meses. Aproveitei o tempo para me livrar da maquiagem pesada, do roxo do meu cabelo e esconder as tatuagens com roupas fechadas. Levei muito tempo para me acostumar por definitivo às sensações humanas, e levei mais tempo ainda para fugir delas, tudo ia bem quando Luc não aparecia. Suas tentativas de me levar ao pecado eram inúmeras e confesso que bem tentadoras, mas me mantive firme a cada investida dele, a única coisa que temia era aquele sorriso, me derretia completamente diante dele, mesmo sabendo que aquilo me condenaria.

Por que fizeram isso comigo? Sempre perguntava a mim mesma, tinha esperança de que tudo mudasse, mas nada acontecia. Eles realmente tinham me abandonado, eu que sempre me dediquei ao bem coletivo, minha divindade era inquestionável. Infelizmente, Luc estava certo, os humanos são guiados por suas emoções, que não são nem um pouco controláveis, perdida em pensamentos, com os olhos fechados eu senti algo novo dentro de mim, algo ruim que me consumia, Luc estava certo novamente, meu coração estava sendo tomado pela a raiva.

- Não pense nisso! – disse uma voz, mas não era qualquer voz – Não te abandonei!

Não precisei abrir os olhos para saber quem estava comigo, eu tinha certeza, mas mesmo que  diferente, eu conhecia aquela voz. Ela era única.

- Bethany? – Disse abrindo meus olhos – Por que demorou tanto?

Meu rosto foi recoberto por lágrimas, que não paravam de cair, mesmo com Bethany me consolando num abraço angelical. Não podia ver seu rosto, mas percebi que ela chorava comigo.

- Estou com tanto medo! – lamentava-me – Quero voltar, me leva com você!

- Não posso ficar! – Ela disse enquanto se recompunha – Não estou aqui para te ajudar!

- Então está aqui para que? – Disse tomada pelo pânico – Gabriel não me ajudou e me condenou a isso!

- Minha missão é ajudar Jessica, a menina do hospício, se lembra dela? – Ela segurou minhas mãos tentando confortar-me – Mas não poderia deixar de lhe ver, mesmo sendo proibida!

- Que anjo virá para tentar salvar minha alma de Luc? – Perguntei – Um anjo virá, não virá?

As regras eram claras, no plano dos humanos deveria haver um equilíbrio entre as forças ocultas, para cada demônio entre o homem, deveria haver um anjo. Minha alma deveria ser disputada por eles, mesmo que eu fosse totalmente responsável pela minha escolha.

- Você caiu, Ivy. Nenhum anjo virá – Disse Bethany soltando minhas mãos – Você terá que conviver com sua consciência, e se você conseguir se desviar do pecado por si mesmo, sem ajuda divina, então seu erro será perdoado e serás digna do paraíso novamente!

- O que fiz para merecer isso? – Clamei por respostas – Me diga, por favor, não me lembro de nada.

- Algo tão terrível, que foi banido de sua mente para que você tenha chances de voltar aos céus – Ela alisava meu cabelo com suas mãos – Ninguém sabe o que houve com você, apenas os membros do Sete sagrados!

- Não foi certo o que fizeram comigo – Lamentei – Fui injustiçada!

- Nem tudo é como queremos – Ela argumentou – Temos que encarar as conseqüências de nossos atos.

- Não podem fazer isso comigo! – Finalmente o ódio tomou conta de mim – Sempre fiz tudo certo. Malditos sejam todos eles!

- Como pode dizer isso? – Ela esbravejou – Por isso me proibiram de lhe ver! Sua alma agora é suja!

- Você não sabe nada sobre mim! Você também errou Bethany, eu estava lá e vi com meus próprios olhos – Avancei sobre ela – Você se entregou ao pecado da carne, mas mesmo assim eu não lhe dei as costas!

- Meu pecado não foi nem de longe tão sujo quanto o seu! – Ela se defendeu de meus insultos – E se você caiu foi porque mereceu! Acho que não demorará muito para você ser um deles!

- Ser o que? – A cada palavra que ela me dizia, eu perdia mais o controle – Ser mais uma criatura desprezível das trevas! Talvez você sempre tenha sido e nunca reparamos nisso.

– Maldita seja você também! - A expulsei imediatamente – Um dia você cairá e eu estarei bem aqui esperando por você!

Bethany se afastou de mim no mesmo instante, podia sentir seus olhos me julgando, perplexa e assustada, ela desapareceu diante de meus olhos. Para alguém merecer o inferno, era necessário pecar duas vezes. Um dos pecados é o pecado da alma, não poderia haver espaço para a luz, o coração tinha que estar repleto de fúria, o pecado tinha que nascer do fundo da alma. Naquele instante, eu não tive dúvidas, por amaldiçoar todas as criaturas da luz, estava apenas há um pecado da minha condenação.

Estava andando pela praça naquela noite, tentando tirar todo o ódio que estava dentro de mim, mas ele parecia ter se hospedado por definitivo. Mais um crime havia ocorrido na cidade na manha daquele dia, Jessica havia fugido do sanatório e assassinado uma amiga do colégio. Não me preocupei, Bethany deveria estar ao lado dela.

- Bravo! Brevíssimo! – Ele batia palmas enquanto sorria orgulhoso, sentado no banco da praça – E eu nem precisei lhe convencer de nada!

- Me convencer de que? – Perguntei sentando ao lado dele. Meus hormônios queriam pular para fora de meu corpo quando Luc aparecia. Naquela noite, ele estava radiante, sombriamente radiante.

- Você não sente como se tivesse jogado para o time errado? – Ele me perguntou, enquanto passava seu braço pela minha costa, me puxando para junto dele – Agora você entende o que senti?

- Pode ser, mas não serei como você! – Tentei desapontá-lo – Você pode me induzir, mas quem decidirá o que será de mim, serei eu mesma.

- Olha o que tenho aqui! – Ele sacudiu uma garrafa de vodka – Para você relaxar, afinal, pecar nos deixa muito tenso, não é?

- Não vou beber isso! – Empurrei a garrafa para o lado.

- Você já amaldiçoou todos os anjos, o que tem beber um pouco? – ele tentou me convencer sarcasticamente – Isso traz alegria, acredite! Esse ódio que está aí dentro vai desaparecer num minuto!

Havia tentado de tudo para tirar a aquele sentimento de mim, e nada havia resolvido. Eu era humana, estava na hora de viver como uma, afinal, ninguém vai para o inferno só por beber. O plano era tomar o suficiente para relaxar, depois voltaria para o abrigo, mas as coisas não saíram como o planejado.

Quando dei conta, Luc e eu estávamos dentro de um carro, dirigindo em alta velocidade pelas antigas estradas da pequena cidade, sabia que aquilo era errado, mas o máximo que poderia nos acontecer era a morte, e como eu sabia que não tinha para onde ir depois disso, decidi aproveitar o momento.

- Nossa, isso é muito bom! – Disse a ele enquanto saia do carro – Agora entendo porque era tão difícil manter os humanos na linha!

- Agora você entende por que meu trabalho é tão fácil – Luc dizia enquanto deitava-se na grama, a beira da estrada – Venha até aqui, Ivy. Junte-se a mim!

Deitei-me ao lado dele, ficamos a olhar para as estrelas. Fiquei pensando se havia algum anjo nos vigiando naquele momento, Luc olhou para mim e balançou a cabeça negativamente, me perguntei se ele poderia ouvir meus pensamentos, mas seu olhar ficou misterioso.

- Ivy! – ele segurou minha mão – Você está feliz agora?

- Estou – Foi muito difícil responder aquela pergunta – Acho que o ódio não está mais aqui! Nunca me imaginei bebendo, mas confesso que é muito bom.

- Existe uma coisa humana muito melhor que isso! – Ele disse enquanto se aproximava – Você é especial para mim, nunca tive alguém como você, Ivy!

- Minha alma é especial para você, por que sou um anjo caído – disse.

- Não! – Disse ele já com seu corpo encostado ao meu – não é a sua alma que desejo neste momento.

Então ele deu aquele sorriso que tanto me fascinava, mas diferente das outras vezes, ele não me persuadiu, eu realmente o desejava, ele se deitou sobre mim e me beijou calorosamente enquanto me despia, e então me entreguei por completo, deixei-me levar pelos prazeres da carne e aproveitei cada momento bom que ele me proporcionou. Transar não é pecado, mas transar com um demônio sim. Então dei o ultimo passo para a condenação, me entreguei ao pecado da carne.

Depois que nos recompomos, andamos em meio à floreta, a noite estava iluminada por uma linda lua cheia, chegamos até uma cabana, lá estava um homem, sentado no chão frio, seu olhar estava repleto de tristeza. Luc se abaixou e sussurrou algo no ouvido dele, eu não podia ouvi-lo. O homem se levantou e andou em minha direção, então disse:

- Sempre fui um homem de bem, devoto a Deus, um bom pai – Ele me dizia enxugando as lagrimas – O que eu ganhei? Eles a tiraram de mim, minha filha.

- Alguma semelhança... É pura coincidência! – Luc disse olhando para mim!

- Você tem que fazer algo para se sentir bem – tentei confortá-lo – Isso funcionou comigo.

- Eu sei bem o que fazer para me deixar feliz – Ele respirou profundamente – Mas seria errado.

- Bethany fracassou! – Luc disse olhando para mim – Será que ela será expulsa do céu? Acho que não!

Lembrei-me do que ocorreu entre Bethany e eu, das coisas horríveis que ela disse sobre mim, e de como me senti péssima ao ver que sempre estive ao lado dela, e de como ela havia me crucificado. Ela fracassou, e Jessica matou uma inocente, agora eram dois erros graves que ela tinha cometido. A raiva tomou conta de mim novamente, Bethany não poderia sair impune mais uma vez, então decidi dar a ela minha própria punição.

- Faça o que tem que fazer, senhor – Cheguei mais perto dele e olhei no fundo de seus olhos – Não haverá justiça, se o senhor não a fizer!

O homem seguiu seu caminho, Luc olhou para mim como nunca havia olhado antes, ergueu suas sobrancelhas e deu um belo sorriso, me puxou novamente para perto dele e me beijou, entramos na cabana e lá ficamos até o amanhecer.

Quando voltei ao abrigo, a cidade estava em choque, as noticias se espalhavam de boca em boca dos moradores, Jessica estava morta, as pessoas olhavam para mim e cochichavam entre elas, como seu eu fosse culpada pelos últimos acontecimentos. Uma mulher se aproximou de mim e disse:

- Você é filha do demônio. Vai pagar pelo o que fez a nós! – Ela deu as costas e foi embora. Suas palavras me fizeram estremecer.

Deitei-me em minha cama, fechei meus olhos e comecei a rezar implorando por perdão. Não podia ter deixado acontecer, eu pertencia à luz, mas havia me entregado aos prazeres humanos, cometi o pior dos pecados, mesmo que indiretamente, minha alma tinha que ser salva, mas algo interrompeu minhas orações. Senti algo afiado revirando minhas entranhas, a dor era insuportável.

- Morra! – Uma mulher dizia enquanto aprofundava uma faca cada vez mais em minha barriga – Morra! E leve todo o mau que fez a essa cidade com você!

- O que está fazendo? – Disse, até que senti o gosto do sangue em minha boca – Não! Não posso morrer sem ser liberada de meus pecados!

Tudo ficou escuro, a dor havia ido embora, então caí num sono profundo. Quando abri meus olhos, se é que eu tinha olhos, estava num lugar escuro, não havia luz, mas havia medo, desespero, gritos, e lamentações. Eu podia sentir a inveja, o ódio, a luxuria, então soube exatamente onde eu estava, até ouvir aquela voz bem familiar.

- Seja bem-vinda! – Ele sussurrou em meu ouvido – Eu disse que seria Fácil!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Se quiserem continuar lendo me avisem, assim postarei o terceiro capitulo.
Comentem! Quero saber onde estou acertando e errando também!
Bjos, e obrigada por ler!