Junho levantou-se, ficando em pé na cama, andou até ficar paralelo a minha cabeça. Subitamente abaixou-se sobre mim, encaixou seu pênis em minha boca, e inclinou-se em meu corpo de forma a chegar até o meu, também tomou-o com seus lábios. Nos apreciamos o máximo que podíamos, até que no mesmo súbito ele parou, saindo de cima de mim e deitando-se ao meu lado. Pegou carinhosamente minha mão, entrelaçando seus dedos nos meus. Levantou seu tronco virando-se de bruços, com sua outra mão agarrou respectivamente a minha outra mão, puxando-me para cima dele. Estávamos na posição, era a hora h, mas eu paralisei-me por alguns instantes, além da visão daquele bumbum ser muito melhor daquele ângulo, eu não sabia direito como fazer aquilo, mas Junho estava decidido e mais uma vez tomou a iniciativa, agarrou-me as pernas com a ponta das digitais contatando-me imediatamente com seu corpo. Daquele jeito era inevitável que eu não o fizesse, fluiu naturalmente. Ao penetrá-lo senti uma sensação prazerosa percorrer minha espinha e se espalhar pelo meu corpo. Aquilo me satisfazia tanto, que não desejava parar, o que eu queria era aumentar a intensidade dos movimentos, mas tinha medo que pudesse machucá-lo, e se eu me empolgasse mais seria difícil parar, mesmo que nele doesse, então fui o mais cuidadoso possível. Afinal era nossa primeira vez juntos, não tinha por que eu me animar tão depressa, viriam outras vezes em que poderíamos extrapolar os limites.

           Quando finalmente não tínhamos mais energia para continuar, nos separamos. Deitados lado a lado, suspiramos com um sorriso no rosto. Junho lançou seu olhar para mim, transpassava muito carinho. Então deitei sua cabeça em meu peito, de forma que ele pudesse apoiar-se e se quisesse até dormir.  Podia sentir o ar quente que ele soltava a cada respiro, era bem assim que eu sempre quis estar com ele, tê-lo em meus braços, senti-lo em mim.

- Eu te amo. – eu disse.

- Eu também te amo. – ele disse ofegante, abrindo um sorriso.

           Junho pegou no sono logo, como sempre, e eu pra variar a contemplar a serenidade de sua face enquanto dormia. Ah, como eu gosto quando ele dorme em meus braços, é como se ele se confiasse a mim, não trocaria esse momento por nada. Me sentia tão bem que dali a pouco acabei adormecendo também.

            Na outra manhã eu ainda estava meio anestesiado, fiquei na cama por um tempo mesmo depois de acordado, quando escutei lentos passos dentro do quarto. Não era Junho pois sentia-o sobre mim, abri meus olhos num estalar de dedos, acabava de me lembrar que nem tínhamos pensado em trancar a porta noite passada, qualquer um teria acesso a visão de nós dois naquela cama.

 - Junsu, o que faz aqui quando se havia tantos quartos vagos na casa? – cochichou.

- Eu é que lhe pergunto o que faz aqui tão silenciosamente Taecyeon?

- Estou procurando pelo leite condensado que comprei daquela vez para fazer brigadeiro.

- E por que estaria aqui?

- Talvez Junho quisesse comer no quarto.

- Se fosse assim ele já teria comido mesmo, não haveria necessidade de procurar. Aliás, eu é que usei-o.

- Usou para que?

- Para comer né.

- Então tá. – disse conformado.

- Não faça essa cara, só comi porque só restava ele.

- Junho?

- Não – disse pasmo. - o seu leite condensado bobão.  

      Nesse instante Junho remexeu-se, despertava lentamente. Dei-lhe leves tapas no cotovelo para que fechasse aquele sorriso ingênuo e percebesse que havia alguém além de nós presente. Quando ele olhou para trás e viu Taecyeon lá em pé, arregalou os olhos e afastou-se de mim.

- O que foi Taec? – disse Junho.

- Nada não, só vim procurar meu leite condensado, mas o Junsu já me explicou tudo.

- Te explicou tudo? –encarou-me.

- É, ele comeu porque não havia mais comida aqui.

- Ah. –aliviou-se. - De qualquer forma não se preocupe, te compro tudo de novo.

- Por que você compra, se foi ele que comeu? – atrapalhou-se. – Mas não precisa não, estamos tão ocupados que eu nem teria tempo de preparar a receita mesmo.  –sorriu.

          Logo após dizer isso, Taecyeon saiu do quarto.

- Foi por pouco...ele não percebeu nada não é?

- Ah, não sei não viu.

- Era só o que me faltava...mas sabe, você tinha razão quando me disse que uma hora os outros vão descobrir, afinal vivemos juntos.

- O que está querendo dizer?

- É melhor que saibam da nossa boca, do que nos peguem no flagra. Aliás se avisarmos antes, não vamos ter que correr o risco de nos pegarem no flagra.

- Você tem certeza que quer contar? Quer dizer, quando eu contei pro Nichkhun você não aprovou nada.

-É, mas eu estou pedindo sua permissão para contar.

- Você a tem, só que você conta.

- Nem vem, vamos contar juntos.

- Por que? A ideia de contar foi sua.

- E o que isso tem haver? Por acaso só eu namoro com  você, e você não namora comigo? Assuma seus atos.

- Namoramos? –sorri.

- É, ou você chama isso de outra coisa?

       Beijei-o, era muito reconfortante ouvir isso, depois de tanto medo que tive de perdê-lo.

       Todos os sete estavam reunidos na sala, nosso manager também estava lá, veio buscar-nos para nos levar para um trabalho.

- Junho não pode, ainda está se recuperando.  

- Damos um jeito sem ele, mas se apressem e vamos. – disse o manager.

- Alguém tem que ficar com ele, e se ele passar mal? – disse Taec.

- Junsu fica! – disse Khun.

- Não podemos deixar Junsu também, como deixar a voz mais potente do grupo?

- Se deixar outra pessoa, provavelmente Junsu não sobreviverá, ele é o único que sabe o que fazer e tem cuidado. –retrucou Khun.

- Ah, tudo bem, Junsu e Junho ficam, os outros já pra van.

            Khun dessa vez se saiu melhor que nunca na sua desculpa. Não achei que ele daria uma bola dentro, mas ele enfim conseguiu. Eu e Junho teríamos mais uma semana à sós, mas cá entre nós ele já estava bem recuperado viu. Nós decidimos que íamos contar naquela noite, no jantar quando todos voltassem, e prepararíamos brigadeiro pro Taec de sobremesa, estávamos devendo essa para ele.

            Todos voltaram exaustos, mas ao verem a mesa de jantar preparada não hesitaram em sentar-se, o primeiro, claro, foi Chansung. Jantamos, Taec comeu seu brigadeiro e aí chegava a hora de revelarmos que estávamos juntos, ficamos nervosos, mas ao nos olharmos tomamos coragem. Era isso o melhor a fazer, não queríamos mais negar que nos amávamos e nem esconder isso de nossos melhores amigos.

             Achei que a reação deles poderia ser um pouco estranha no inicio, mas até que aceitaram bem. Prometeram guardar segredo e de fato guardaram, até hoje isso nunca saiu de nós sete. Tenho orgulho de sermos tão amigos. Nichkhun e Wooyoung ainda não contaram, mas estão firmes e fortes. É realmente estranho, achei que eles contariam antes, mas acabo de ver que não são os mais rápidos em tudo. O que posso fazer se esses dois adoram viver perigosamente.

         Agradeço todos os dias por ter Junho, depois que meus sentimentos por ele começaram, por mais que no começo eu não tenha gostado, aprendi muitas coisas, aprendi a me aceitar, a acreditar no amor, a lutar pelo que queremos. Junho me livrou da monotonia da rotina, me fez perceber que a vida é muito mais interessante se a gente deixar de planejar. Lee Junho é quem até hoje me faz perder a cabeça e fazer loucuras.