- O que quer dizer?

- Acho que fui extremo demais. - dizia ofegante.

- É sério?

- Ponha sua mão aqui. – levou minha mão até seu peito. – Pode sentir meus batimentos? Estão acelerados e fortes...do jeito que estou fraco não era para estarem assim, não é? Mas foi só você chegar perto que meu coração reagiu. – respirou fundo. – Não é que você não tenha errado, é que seu erro não chega nem aos pés do amor que sinto por você, então eu não deveria ter deixado nada interferir entre nós... você foi a melhor coisa que me aconteceu, como pude deixá-lo tão fácil?

     Não consigo descrever como me senti ao ouvir isso, só sei que foi como se algo bom explodisse dentro de mim, meus olhos lacrimejaram, meu sorriso abriu-se instantaneamente, aquele dia de domingo finalmente me devolveu a alegria.  Junho subiu a mão por meu braço, trazendo-me para baixo. Nos beijamos, ele selava tão forte seus lábios nos meus, como se quisesse me prender junto a ele e nunca mais me soltar. Sempre esperei por alguém que me amasse assim, e que me inspirasse reações das mais adversas possíveis, que me fizesse sentir coragem para fazer qualquer coisa, por mais maluca que pudesse ser, esse era Lee Junho, como não percebi antes?

        Junho recebeu alta naquela mesma tarde, o doutor disse que se ele tomasse os antibióticos corretamente e se cuidasse, em uma semana estaria melhor. Voltamos para casa, ele parecia cansado então após dar-lhe o medicamento deixei-o descansar.

- Fique aqui, gosto de quando você espera eu dormir. – bocejou.

- Tudo bem. – sorri e sentei-me ao lado dele. – Durma então, gosto de te ver dormir.

-  Espere só até eu acordar! – riu.

        Ele dormiu mais rápido que o normal, nem estranhei, afinal ele estava realmente exausto. Uma das coisas que mais tranqüiliza um coração é observar quem se ama dormindo, comprovei isso.  Fiquei um longo tempo com ele,  parecia que não iria acordar tão cedo, então quando bateu a fome fui cozinhar algo. No meio da minha refeição, ouço alguém a chamar meu nome, preocupei-me achando que Junho estava passando mal e por isso me chamava, corri para o quarto.

- Por que você nunca está quando eu acordo?

- Não é verdade, hoje de manhã eu estava, e você não gostou muito...

- Essa foi apenas uma ocasião errada.  

- Claro que foi, acho que ninguém gostaria de acordar com uma mão alheia no bumbum  sem saber como isso aconteceu, não é? –ri.

- Pois é. –riu de volta. – Ei, recuperei minhas energias depois de dormir tanto, e tem uma recompensa que lhe devo,  acho que estou pronto pra pagá-la.

- Bem lembrado, ainda me deve minha recompensa. – sorri.

- Mas você também me deve algo: contar o que era sua missão.

- Ah, devo contar mesmo? Sempre me encrenco quando conto alguma coisa.

- Se quiser sua recompensa deve sim. Como vou saber se 00Junsu foi mesmo bem sucedido se você não me contar os detalhes?

- Sabe que sou um agente excepcional. Bem, naquele dia eu estava espionando Nichkhun e Wooyoung pois achei o comportamento deles muito estranho.

- Estranho como?

- Naquele dia que fiquei no banheiro e Wooyoung entrou, ele estava falando sozinho e acabou dizendo algo sobre Nichkhun levá-lo a toalha. Depois disso comecei a reparar que os olhares de Wooyoung eram diferentes para Nichkhun ,então certo dia, alguém muito esperto me sugeriu olhar pela fechadura deles. Vi  os dois se beijando, mas estavam discutindo, depois  Wooyoung saiu bravo do quarto e quase fui pego. Segui as pistas e fui atrás de Nichkhun, conversei com ele com o intuito de descobrir o que estava havendo, e descobri  e de quebra consegui aconselhá-lo para que ficasse junto com Wooyoung. Pode dizer, sou um ótimo agente não é mesmo?

- Quer dizer que Wooyoung e Nichkhun...? Bem que achei estranho Nichkhun só convidar à ele pra viajar. Ou eles são apressados demais ou seu conselho foi mais eficaz do que pensava, mal começaram um caso e já viajam a sós.

- Olha quem fala, senhor brigadeiro. –ri

-  É melhor que eu te recompense logo. – riu desviando o assunto.

- Você está doente hoje, pode adiar se quiser.

- Não, vai ser difícil encontrar ocasião melhor, vai demorar para que tenhamos a casa só para nós novamente.

       Lançou-me aquele olhar desejador, levantou o lençol como gesto para que eu me deitasse ao seu lado, e logicamente foi o que fiz. Subiu em cima de mim como um animal feroz, nem parecia que estava doente, tomou o controle da situação beijando-me como se fosse me devorar vivo. E eu, como de costume, pegava em seu bumbum, mas não tão delicado como das outras vezes, dessa vez tínhamos um fogo que impedia que as coisas ocorressem calmas.  Ele tirava minhas roupas e  as dele, fez isso com tanta rapidez que me surpreendi. Junho se transformava entre quatro paredes, era uma caixinha de surpresas, e cada surpresa boa! Ele acariciava meu órgão genital, como se estivesse deixando o melhor para o final. Em meio a leves mordiscadas seguiu até minha orelha, onde pôs-se a cantar sussurrando partes da música Nice and Slow.

- I wanna do something freaky to you…