A Garota da Capa Vermelha escrita por GillyM


Capítulo 5
Corações partidos


Notas iniciais do capítulo

Traições e revelações podem mudar o rumo da história e pessoas podem não ser quem realmente parecem ser. Valerie terá que decidir em quem confiar!No lobo ou no vampiro?
Boa leitura!



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Peter, Valerie, Roxanne e Claude se esconderam na floresta por dias, não poderiam voltar a Daggerhorn sem um plano, a final, sua explicação sobre os fatos que ocorreram, deveria ser inquestionável, se não quisessem acabar na fogueira.

- Moradores de Daggerhorn! – Proclamou Roxanne do centro do vilarejo, local que servira para tantos shows de horrores – Vocês foram enganados!

- Como se atreve a voltar aqui? – Prudence gritou – Bruxa! Você os ajudou a fugir!

- Não, você o ajudou! – Roxanne disse sem rodeios – Você estava cega assim como todos!

- Deixe-a falar! – Gritou Lucen, uma das moradoras de Daggerhorn, que conhecia há tempos Roxanne – Eu quero ouvir!

- Peter não é o lobo! E Valerie não é uma bruxa! – Roxanne se esforçou para sua voz sair firme para não deixar duvidas – Peter voltou para nos proteger... Eu era para ser a próxima vitima, mas por sorte, Peter apareceu e me salvou das garras do lobo!

- Mentira!  – Gritou Tina – O lobo voltou a atacar, quando Peter chegou ao vilarejo!

- Não! O lobo só parou de atacar porque ele voltou! – Roxanne insistiu – Eu estava lá, vi com meus próprios olhos, a criatura morrer pelas mãos de Henry!

- Então quem é o lobo? – Sr. Albert perguntou desconfiado.

- Damon! Ele os cegou com sua riqueza e beleza – Roxanne gritou ainda mais alto – Henry é nosso herói, ele viu o que ninguém conseguiu perceber, Damon os enganou com sua simpatia, se aproveitou de sua sede por vingança!

- Esta bruxa está nos enganando, não de ouvidos a ela! – Prudence tentou tirar o lugar de Roxanne do centro do vilarejo para ter mais atenção.

- Onde está Henry para dizer a verdade? – Lucen gritou novamente.

- Henry se perdeu na floresta, nós o procuramos, mas fracassamos em encontrá-lo!

- Mentira! – Tina se pronunciou novamente.

- Você duvida da nobreza de Henry? – Valerie surgiu junto a Peter e Claude – Estamos entre vocês desde quando nascemos. Nossos pais cresceram aqui também, assim como nossos avós. Não somos inimigos... Vocês são injustos e mancham a memória de nossos antepassados!

- Meu filho não será lembrado como traidor – Disse a mãe de Henry toda fragilizada – Meu Henry era um bom filho, e jamais escolheria uma feiticeira para casar-se!

Valerie não entendeu a atitude da mãe de Henry, mas de qualquer forma, foi uma grande ajuda, ela era muito respeitada no vilarejo.

- A desgraça começou a cair sobre nossas vidas, depois que começamos a julgar nossos irmãos, quando passamos a creditar em forasteiros. Nós nascemos e nos alimentamos da mesma terra, e se nos unirmos teremos forças para enfrentar nossos destinos!

As palavras daquela velha senhora comoveu a todos, os moradores começaram a pensar no que ocorrera nos últimos anos, e ninguém teve coragem de erguer uma só pedra contra Peter, Valerie, Roxanne e Claude. Tina e Prudence tiveram que engolir secamente suas palavras, Damon havia feito quase que uma lavagem cerebral em suas cabeças, e levaria um tempo para recuperarem sua autoconsciência.

- O que acha? – Claude perguntou a Valerie.

 – Acho que agora tudo ficará bem – Ela o confortou.

Valerie não voltou a morar na antiga cabana, por questão de segurança preferiu viver no vilarejo, na casa que pertencera a sua mãe, desta forma estaria segura, e haveria menos desconfianças dos moradores. Peter se apoderou da antiga casa de Damon, ele não gostava de morar ali, mas era melhor que se expor na floresta ao seu maior inimigo. Os quatro amigos temiam e esperavam pela volta de Damon, mas fizeram um pacto de não falarem neste assunto até que não tivessem escolha.

- As coisas estão melhores, Valerie – Peter disse ao se deitar com ela na cama.

- Até quando? – Ela sussurrou com a  cabeça grudada ao travesseiro.

- Eu não sei... Só sei que enquanto a tiver do meu lado, as coisas estarão bem para mim.

Valerie e Peter haviam brigado muito durante os dias que passaram escondidos na floresta, embora ela tenha o perdoado, ainda se incomodava com as coisas que ele escondia dela, mas evitava falar sobre isso, pois seu coração também escondia um segredo, o de ter duvida sobre seu amor por ele.  Henry realmente havia mexido com ela e sua morte a abalou visivelmente.

- O que vamos fazer quando a lua cheia chegar? – Ela perguntou – Se você se afastar, eles perceberam que há algo de errado.

- Eu sei! – Ele concordou – Já pensei nisso. Quando o sol se puser, vou para floresta, como fazia seu pai.

- E o que fará com sua sede por sangue? – Ela o questionou.

- Vou para outros vilarejos!

- Você vai matar outras pessoas? – Valerie indagou indignada.

- Claro que não. Existem animais lá também – Ele sorriu – Os animais de Daggerhorn não podem desaparecer!

- Está bem! – Ela respirou profundamente e se aconchegou nos braços dele.

Mesmo que o ressentimento e a duvida estar presente, ela ainda sentia seu coração acelerar ao se aproximar dele. Peter também podia sentir que a relação entre eles não era mais como antes, mas ele estava disposto a perdoá-la pelo seu envolvimento com Henry, seu amor por ela ainda era maior que sua decepção.

Dias se passaram, Roxanne e Valerie estavam ainda mais unidas, e Claude virou o ajudante numero um de Peter na coleta de lenha. Tudo ia bem, se não fosse pela presença de Tina e Prudene, que não perdiam tempo de provocá-las com suas insinuações maldosas.

- Oi Peter! – Prudence disse ao encontrar Peter na floresta – O tempo fez bem a você, está cada vez mais bonito!

- Obrigado Prudence! – Ele tentou se esquivar das insinuações dela – Não é seguro para você ficar aqui.

- Você está aqui comigo, não preciso me preocupar – Ela disse ao pegar num dos facões que Peter usara para quebrar a lenha – Como vai a Valerie?

- Ela está bem! – Ele respondeu desconfiado de suas intenções.

- Fez bem em voltar para ficar com ela, ainda mais depois do jeito que ela perdeu Henry, nossa... Coitadinha!

- Prudence! É melhor ir para casa – Peter respondeu sério.

Prudence tinha como maior defeito a inveja, mas era uma garota bonita e esperta, e usava de todas as artimanhas para seduzir os homens, como fez com Henry, mas ele não caiu em suas armadilhas. Com Peter era diferente, mesmo sabendo das reais intenções de Prudence, ele se deixava levar pelas as investidas da garota, no fundo ele somente queria se distrair com ela, pois a única mulher que o interessava era Valerie.

- Encontrei Lucen na plantação de trigo, hoje a tarde – Roxanne disse enquanto preparava o jantar – Ela é muito curiosa.

- Queira ou não, ela nos ajudou naquele dia em que voltamos para a vila – Valerie respondeu enquanto a ajudava – A inocência dessas pessoas, atrai muitas desgraças.

Um breve silencio pairou na cozinha. Roxanne ficou pensativa, e começou a procurar as palavras certas para dizer a Valerie.

- Valerie eu devo te contar uma coisa – Roxanne disse. Ela não poderia esconder tal coisa de sua melhor amiga – Pensa bem antes de qualquer atitude, está bem?

- Acho melhor começar a falar logo ou te fatio com esta faca! – Brincou Valeire.

- Claude me contou que Prudence anda dando em cima de Peter - Ela disse de uma só vez.

- É por isso que ele está diferente – Valerie disse quase que para si mesmo – Quando a noite caia, ele ficava aqui comigo, mas agora...

- Você acha que talvez ele esteja com ela? – Roxanne perguntou, mas tinha medo de saber a resposta.

- Não sei, mas vou descobrir! – Valerie prometeu.

Na mesma noite, todos jantara juntos, em alguns momentos pareciam terem se esquecido do mau que se aproximava, eles passaram a noite entre risos e piadas que Claude contava, até que chegou a hora de dormir. Roxanne e Claude se despediram e foram caminhando a passos largos de volta para casa, Peter ficava até tarde com Valerie, como era de costume, mas naquela noite foi diferente, ele passara apenas mais alguns minutos após a saída de Roxanne e Claude.

- Eu vou embora! – Disse ele – Estou cansado, Claude e eu tivemos um dia difícil na floresta hoje!

- Mas você sempre fica! – Valerie disse irritada – E você sempre esteve cansado.

- Eu não quero brigar! – Peter disse pegando seu casaco e caminhando em direção a porta – Gostaria de ficar, mas realmente estou cansado.

- Você nunca se importou com seu cansaço antes! – Ela contestou – Peter me diga logo, do que realmente está cansado?

- Estou cansado de ficar com você – Suas palavras foram ríspidas – Estou cansado de ficar acordado e de vê-la dormir, enquanto você sonha com o outro!

- Peter eu... – Ela tentou se explicar.

- Por favor, não negue! – Ele disse já do lado de fora da cabana – Às vezes você chama por ele.

- Eu sonho com várias pessoas, isso não significa que não o amo. Peter!- Ela gritou, mas ele já estava distante.

Valerie ficou sem palavras, mesmo sendo verdade que Henry habitava seus sonhos, jamais permitiria que Peter soubesse disso. Ela passou a noite em claro, sua consciência pesada não a deixara dormir. Depois de muito pensar, ela foi tomada por um sentimento de remorso, Peter havia salvado sua vida, e estava disposto a morrer por ela, e se ela tivesse esperado por ele por mais um dia, sua história seria diferente, eles se amariam da mesma forma que antes, e ficariam juntos como sonhavam desde crianças.

Obstinada Valerie se levantou da cama, estava disposta a sair no meio da noite e acertar suas contas com Peter, tudo estava errado e por sua culpa. Ela andou por entre as casas a fim de encurtar o caminho que a separava dele, e quando passou por de trás da igreja, ouviu um barulho que ecoava por entre as arvores que rodeava o vilarejo.  Cautelosa, ela ficou parada enquanto só observava.

- Valerie? – Disse Prudence ao sair da floresta – O que faz aqui?

- O que você faz aí? – Ela replicou – O que faz na floresta sozinha?

Prudence não respondeu, apenas olhou para trás como se aguardasse algo, em seguida lançou um olhar vingativo sobre ela. Valerie estremeceu quando imaginou quem estaria com ela, pois aquele olhar era o mesmo que ela havia lançado, quando foi jogada aos pés de Damon, pelos moradores da vila. Ela estava preste a correr quando ele surgiu por de trás de Prudence.

- Não! – Valerie caiu de joelhos – Por favor, não faça isso comigo!

- Tarde demais Valerie – Prudence não conseguia esconder sua satisfação – Você perdeu!

Num ataque de fúria, Valerie se levantou e avançou em direção a ela, as duas se atracaram em meio à noite escura, mas antes que pudessem se ferir gravemente, ele as separou.

- Não toque em mim! – Gritou Valerie enraivecida e descontrolada – Nunca mais me toque, nunca mais se aproxime de mim!  

- Espere Valerie! – Ele disse enquanto Prudence assistia a tudo – Você me fez fazer isso!

- Pode ser – Ela respondeu – Mas a partir de agora vocês não precisam mais se esconder!

- Do que está falando? – Prudence disse se intrometendo na discussão.

- Está tudo acabado entre nós, te odeio Peter! – Valerie disse e voltou correndo para casa.

Na manha seguinte, Peter bateu na porta de Valerie, mas ela não abriu. Roxanne e Claude também tentaram sem sucesso, mas para não chateá-la ainda mais e piorar sua situação, Peter desistiu e resolveu dar um tempo a ela para que se acalmasse. Ele realmente estava arrependido e temia perde-la para sempre.

Valerie havia saído mais cedo de sua casa, caminhou até a antiga cabana de sua avó. Levou com ela um pedaço de pão, pois nunca se esquecera do velho ditado que sua avó sempre dizia: “Qualquer aflição diminui após de comer”. Ela subiu numa das arvores que ficava ao lado da cabana, como fazia quando era criança, ficou observando tudo de cima, se lembrando dos bons momentos que vivera naquele local. No meio da tarde pode avistar Peter e Claude a procurando na cabana, mas preferiu não descer, eles não a viram e foram embora preocupados.

A noite já estava chegando quando ela caminhava em direção a vila, suas lembranças a acompanhava, mas no meio do caminho decidiu voltar à cabana para pegar algo e lhe era muito importante. Ela entrou e do baú tirou uma capa vermelha, a mesma capa que ganhara de sua avó, ela a vestiu e se lembrou da ultima vez que a havia usado, foi no dia em que seu pai lhe revelou seu maior segredo, o mesmo dia que perdeu Peter para ele.

Quando olhou para a janela, a escuridão já havia tomado conta da floresta, então logo se apressou a voltar para casa. Quando abriu a porta, seu corpo estremeceu, seu coração acelerou com o que estava a esperando do lado de fora.

- Henry? Você não deveria... – Valerie recuou.

-Não irei te machucar – Henry disse.

Seu olhar era penetrante e seu sorriso envolvente, suas roupas eram finas, vestia um belo casaco preto, longo até os pés, sua postura era imponente, e ele estava calmo como se nada pudesse lhe atingir. Sua pele estava pálida como nunca fora e seus olhos de tão castanhos, estavam quase vermelhos.

- Achei que estivesse morto – Valerie disse desconfiada – O que houve com você?

- Eu estou morto, mas também estou vivo – Ele sorriu ironicamente, mas logo voltou a seriedade – Não se preocupe, ele não está aqui!

Ela não podia acreditar em que seus olhos estavam vendo, não podia acreditar que o encantador Henry tinha se tornado aquela criatura sem alma e inescrupulosa. Mesmo diferente, ela conhecia as várias facetas do olhar de Henry, e ao perceber o perigo, fechou a porta rapidamente, sem saber qual seria seu próximo passo para fugir dele.

- Me deixa entrar! – Ele disse ao bater na porta – Sou eu, o velho Henry.

- Vai embora! – Valerie gritou desesperada – Me deixa em paz!

- Abra a porta! – Ele replicou – Ou não poderei te defender!

- Não vou te convidar! Vai embora! – Ela gritou através da janela.

- Valerie, me escute com atenção! Não estou mais com Damon – Disse ele tentando convencê-la – Mas Damon pode entrar em sua casa, e seu eu não puder... Não poderei protegê-la dele!

- Não acredito em você – Ela rebateu – Por que acreditaria?

- Porque morri para te defender – Ele prosseguiu – Nunca fui embora daqui, sempre fiquei a te espreitar, e quase matei Peter ao vê-lo com Prudence na noite passada!

- Então porque não o matou? – Valerie o questionou – Você deveria o matar, pois ele pode matar você!

- Sei que pode, poderia tê-lo matado se quisesse – A voz de Henry era suave e acolhedora – Mas não poderia lhe ver sofrer novamente, sei que o ama!

Ambos permaneceram em silencio por um tempo, o coração de Valerie estava machucado e dividido, não podia acreditar na criatura que Henry havia se transformado, mas também não podia acreditar que ele seria capaz de fazer algo contra ela. Decidida, Valerie abriu a porta e o convidou para entrar.

- Obrigado por confiar em mim! – As palavras de Henry eram cheias de tristeza – Olhe para mim, Valerie!

- Eu sinto muito – Valerie ergueu os olhos e o olhou diretamente, triste com o que viu, começou a chorar.

- Não chore. É mais bonita sorrindo – Ele disse enquanto erguia seu rosto com as pontas de seus dedos.

Henry a abraçou, um abraço forte, mas delicado, ele tinha medo de machucá-la, ainda não havia se acostumado com sua força anormal. Ela se perdeu em seu abraço, se sentia protegida, ela pode sentir seu peito duro como o aço, mesmo que seu coração não batesse como entes, ela sabia que ele estava falando a verdade.

- Eu te amo Valerie!  – Ele sussurrou – Não vou permitir que mais ninguém faça mal a você.

A ternura do momento foi quebrada quando Henry sentiu a presença de alguém se aproximando da cabana. Ele ergue a cabeça para sentir melhor o cheiro que ficava mais intenso a cada instante.

- Peter se apróxima com mais alguns homens, estão a sua procura – Ele ponderou.

- Você tem que ir! Agora! – Valerie começou a se desesperar.

- Não se preocupe! – Ele rebateu – Nada podem fazer contra mim!

- Nós mentimos para eles – Ela explicou – Se o virem aqui estaremos perdidos! Como iremos explicar sua presença aqui?

- Eu só quero voltar. Voltar para minha vida e ficar com você – Disse ele ao segurar as mãos dela – Vamos levar uma vida normal!

- Não! Isso não é possível – Ela rebateu – Você é um vampiro agora, não pode andar entre nós, como irá andar a luz do dia? Logo eles perceberiam e Peter não permitira isso.

- Eu sei como... Me de o anel de Damon – Henry a incitou – Me de o anel!

- Não posso – Valerie se afastou – Não posso fazer isso!

- Este é o único jeito – Ele se aproximou dela novamente – Preciso que confie em mim!

- É melhor ir embora, depois conversaremos! – Valerie tentou colocar um fim nos pedidos dele.

- Você não confia em mim? – Ele se afastou – Me de o anel e saberei que confia em mim, como confiei meu segredo a você!

Naquele momento Valerie começou a desconfiar das intenções de Henry, Damon poderia tê-lo obrigado a fazer aquele papel, vampiros eram criaturas inescrupulosas, de natureza duvidosa, ela confiou nele no inicio, mas depois daquele pedido, como saber se ele ainda era o rapaz por quem ela se apaixonara.

- Preciso de uma prova. Eu confio em você...  – Valerie disse o encarando – Mas não confio em Damon. Preciso saber se ele não está te usando.

- Depois daquele amanhecer, nunca mais o vi – Ele se explicou – Mas se quer uma prova de minha lealdade a você, vou dar!

Eles ouviram a maçaneta da porta se abrir, Valerie congelou ao imaginar no que estaria por vir, então ela olhou fixamente para Henry, que retribuiu o olhar.

- Há um vampiro entre vocês! – Henry sussurrou- Tome cuidado!

No mesmo instante a porta se abriu e todos entraram, quando Valerie voltou seu olhar a Henry, ele já havia desparecido a deixando sem saber a resposta.


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Notas finais do capítulo

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