A Garota da Capa Vermelha escrita por GillyM


Capítulo 4
Acerto de contas


Notas iniciais do capítulo

Neste capitulo, parte das intenções de Damon será revelada, a rivalidade entre o lobo e o vampiro estará ainda mais presente, e o coração de Valerie ainda mais dividido!
Segredos viram a tona e o perigo estará mais eminente.
Divirtam-se! Boa leitura.



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Quando Valerie abriu os olhos, tudo estava escuro, ela só podia sentir a terra por entre seus dedos, o chão onde estava deitada era áspero, pequenas pedras machucavam suas costas, no ar pairava um cheiro de minério, tudo era silencioso.

Na tentativa de se levantar em meio ao breu, caiu de joelhos, se sentia fraca e confusa, passou a examinar seu corpo com a ponta dos dedos, logo abaixo da orelha esquerda, ela tateou um pequeno ferimento, então encontrou o que estava a procurar. Passaram-se horas até que Damon apareceu.

- Onde está Henry? – Ela perguntou olhando para todos os lados, não podia enxergá-lo – Você o matou?

Damon a levantou lentamente, ela estava fraca demais para reagir, e mesmo que pudesse, sabia que não haveria chance de fuga, ele não só era um vampiro, era um caçador nato. Damon a segurou pela cintura e afastou seu cabelo, deixando seu pescoço à mostra, então inspirou profundamente, como se farejasse seu medo, sua boca se abriu revelando duas grandes presas, afiadas e pontiagudas, que facilmente perfuraram seu pescoço.

Minutos depois algo aconteceu, Valerie sentiu seu corpo chocar-se contra o chão, a confusão de sua mente a impossibilitava de orquestrar qualquer ação. Rosnados raivosos ecoavam pela antiga mina, corpos arremessados nas paredes faziam o chão tremer, podia-se ouvir o atrito dos ossos chocando-se nas paredes e ao chão. Ela não podia ver o que se passava, mas os gritos, gemidos e sussurros a apavoravam.

Era uma briga sem precedentes, Peter estava em sua forma de lobo, e estava furioso, sua fúria era canalizada e transformada em força, suas presas eram enormes e suas garras eram como lâminas que laceravam a pele de seu adversário, que se esquivava de seus ataques. Do outro lado estava Damon, um assassino nato e experiente, ele era destemido assim como Peter, sua força era inimaginável, seu corpo era duro como pedra que resistia às pancadas como uma armadura, ele enfrentava Peter com a mesma fúria e imponência.

Quando a luta acabou não havia ganhador, Damon havia recuado e fugido da mina, fugir talvez não fosse a palavra certa, uma de suas melhores qualidades era o autocontrole, matar Peter não estava em seus planos, mesmo que sua natureza vampiresca clama-se por isso.

Quando Valerie abriu os olhos já estava em sua cabana, estava faminta e só conseguiu se recuperar após comer toda a comida que havia em sua casa.

- Valerie? – Peter apareceu repentinamente sem que ela pudesse o ouvir chegar.

- Sinto muito! – Ela começou a chorar – Não duvide de meu amor!

 - Não estou aqui para isso – Ele disse, estava frio e alheio aos sentimentos dela – Muita coisa aconteceu na sua ausência.

- Que ausência? – Valerie parou de chorar.

- Você está desaparecida há alguns dias – Peter começou a explicar – Todos acham que você é o lobo!

- Henry contou! – Ela se sentiu traída ao saber que Henry lhe entregara.

Peter ficou pensativo, e preferiu que ela tira-se suas próprias conclusões, ele se sentia traído por ela, pois ouvira a ultima conversar entre ela e Henry, e quando se lembrava de como ela havia se entregado aos toques dele, acreditava nunca poder perdoá-la. O tempo que passou afastado foi difícil para ele, ele viveu muitas coisas, conheceu lindas mulheres, mas o amor que nutria por Valerie o manteve firme diante das tentações, Peter era tão perfeito quanto uma estátua esculpida, ele sabia que poderia ter qualquer mulher, e exatamente isso o deixava tão amargurado.

- Por que foi embora? – Valerie havia aguardado muito tempo sua volta, então se achava no direito de ter explicações.

- A cada forasteiro que aparecia por aqui, tudo ficava mais perigoso – Peter a explicou – Não temia pela minha vida, mas pela sua. Você seria condenada por bruxaria.

- Então você fez por mim? – Valerie se sentiu injustiçada – Esperei por você noite após noite!

- Mas parece que eu esperei mais por você! – Completou Peter.

- A escolha de partir foi sua – Ela o acusou – Você poderia voltar quando quisesse, mas não voltou, portanto, não me julgue! 

Ambos sentiram como se algo houvesse se quebrado dentro do peito, estavam ressentidos e amargurados, cada um com sua dor e suas razões. Na tentativa de ainda recuperar algo, Valerie disse:

- Eu sabia dos riscos que corria por estar ao seu lado, sabia que meu destino seria esse. Não se esqueça de uma coisa Peter... O fardo que você carrega era para ser meu, e parte do sangue que agora corre em suas veias, corre na minha também.

O silencio pairou sobre a sala, mas logo ele foi quebrado com a chegada de Roxanne. Antes de ir embora, Peter a olhou desapontado e saiu pela janela. Roxanne entrou sem bater na porta e tomou um susto quando a viu.

- Roxanne! – Valerie correu para abraçá-la – Algo horrível vai acontecer a todos nós!

- Eu sei... Por onde andou? – Roxanne a examinou – Você tem que partir, eles podem vir aqui a qualquer momento.

- Não! Roxanne! – Valerie não conseguia organizar seus pensamentos – Temos que conversar, nós estamos em perigo, todos nós, temos que sair, pegar Claude e minha mãe! Vamos embora de Daggerhorn.

Roxanne parou e a olhou, depois desviou seu olhar para o chão procurando as palavras certas para dizer a Valerie o que tinha se passado na vila durante sua ausência.

- O que aconteceu? – Valerie perguntou ao perceber que Roxanne tinha algo a dizer.

- Sua mãe foi encontrada morta, estava mordida e sua pele lacerada – Disse pausadamente – Agora eles acham que foi você.

A última vez que Valerie havia sentido aquela dor no peito, foi quando perdeu sua irmã Lucy.

- Ela foi encontrada aqui, por Prudence e Tina – Roxanne continuou – Quando soube, fui falar com Henry.

- Henry? – Valerie perguntou temerosa.

- Ele disse que você era o lobo, mas que não teve coragem para te denunciar. Ele me falou das marcas de mordida que viu em você.

- Disse? – Ela suspirou – O que mais ele disse?

- Disse que naquela noite os homens da vila armaram uma arapuca para pegar o lobo, mas seu coração não conseguiria vê-la morrer, então ele cavalgou floresta adentro, para longe de Daggerhorn, mas você o interceptou e por pouco não o matou.

Valerie respirou fundo, seu coração desacelerou, estava mais calma ao saber que ele estava bem, pelo menos por enquanto. Sentiu uma ponta de raiva de Peter, por deixá-la acreditar que Henry pudesse entregá-la.

Ela contou tudo o que lhe ocorrera nos últimos dias, mostrou as marcas que Damon havia deixado em seu corpo, contou todos os detalhes minuciosamente, sem deixar nada para trás. Após ouvir as novas revelações, Roxanne parou, ficou pensativa por um instante e perplexa disparou:

- O que vamos fazer? O único que pode matá-lo é Peter.

- Podia... A lua cheia se foi, e sem estar na forma de lobo, Peter é tão frágil quanto nós – Explicou Valerie.

- Me responde uma pergunta! – Roxanne disse pensativa – Se ele é um vampiro, como consegue ficar ao sol? E como ele entrou aqui sem ser convidado?

Peter interrompeu a conversa, entrando na sala de supetão, e começou a falar tudo o que sabia.

- Damon leva um anel em sua mão, ele o protege do sol. Ele seduziu a mãe de Valerie, e ela o convidou a entrar na cabana no dia em que Letice discutiu com Valerie no vilarejo.

- Como sabe de tudo isso? – Valerie perguntou.

- Eu voltei a Daggerhorn no mesmo dia que Damon – Se explicou – Eu o conheci um pouco antes de vocês, em Mystic Falls, uma cidade americana.

- Você esteve na América? – Roxanne perguntou ansiosa.

- Sim. Lá aprendi muito sobre vampiros e enfrentei Damon pela primeira vez!

- Por quê? Por que o enfrentou? – Valerie estava incomodada com as revelações de Peter, ela se sentia totalmente fora da vida dele.

Peter se manteve quieto e não respondeu a pergunta de Valerie. Havia algo que ele não queria contar, então ambiente ficou pesado, a ligação entre eles estava claramente desfeita.

- Tenho um plano! – Roxanne disparou – A próxima lua cheia será a lua de sangue! Vamos nos esconder de Damon até lá, assim Peter estará mais forte que nunca!

- E o que fazemos enquanto isso? – Valerie perguntou – Se sumirmos, ele acabará com a vila!

- A vila já está condenada Valerie. Por que salva-los? – Peter estava inquieto e parecia gostar da idéia de Roxanne.

Valerie não conseguiu esconder sua inquietação, não podia deixar Henry para morrer, ela se calou, mas seus olhos a denunciava.

- Na noite em que ataquei Henry, ele achou que fosse você. Ele estava determinado a te matar, ele não hesitará em fazê-lo – Peter foi frio ao dizer aquelas palavras, mas ao ver a tristeza nos olhos de Valerie, seu coração apertou ainda mais.

Roxanne voltou ao vilarejo para buscar seu irmão, eles iriam partir naquela tarde, ao chegar a sua casa, seu corpo estremeceu com o que viu. Claude e Damon conversavam, pareciam amigos de longa data, Damon fez uma pausa na conversa e olhou para ela, ele podia farejar seu medo.

Valerie e Peter esperavam no campo de milho como era o planejado, mas apenas Claude apareceu, ele estava assustado e trazia no bolso um bilhete.

“Caro Peter! Tudo o que proponho é uma troca justa. Você me devolve o que agora pertence a mim, e em troca lhe ofereço todo o vilarejo. Espero por vocês no centro da vila, assim que o sol se pôr. Se não aparecerem, saberei que sua resposta foi negativa, então terás muito sangue em suas mãos. Obs: Roxanne diz oi!”

Valerie se desesperou, olhava para Peter esperando por uma resposta, o chão despareceu abaixo de seus pés, Claude a agarrou impedindo que caísse. Peter andava para um lado e para o outro, olhava pára chão como se esperasse que a resposta brota-se do solo, ele estava temeroso. Claude temia por sua irmã, ele já havia feito sua escolha, se sua irmã também não pudesse fugir, ele morreria ao seu lado, então ele soltou Valerie, a olhou bem nos olhos e correu de volta ao vilarejo.

- Não posso! – Disse Peter decididamente, ajoelhando-se aos pés de Valerie – Não a deixarei ir!

- Não! – Ela implorou – Roxanne está lá, e não a abandonarei!

- Damon a matará de qualquer jeito! Ele não poupará ninguém! – Argumentou Peter, segurando-a pelo braço, tentando impedi-la de voltar ao vilarejo – Se voltarmos ele matará todos nós!

- Como pode saber? – Ela dizia enquanto andava em meio à plantação de trigo.

- O conheço bem, ele usará você para se vingar de... – Peter percebeu que falou mais que deveria.

- Que vingança? Agora não é hora de segredos Peter – Valerie o encurralou – O que aconteceu para Damon ter tanto ódio de você, aponto de trazer a desgraça para nós?

Peter engoliu suas palavras, sabia que se conta-se o que havia acontecido entre Damon e ele, ela jamais o perdoaria. Ele sabia que Valerie não deixaria Daggerhorn, e obrigá-la fugir não resolveria as coisas, ela estaria em perigo constantemente, Damon os farejaria até encontrá-los, e mais sangue seria derramado, e ele não poderia conviver com a idéia de perdê-la a qualquer momento, estava na hora do acerto de contas.

- Eu acertarei minhas contas com Damon! – Peter estava decidido – Você ficará na antiga cabana de meu pai, na floresta. Ele não poderá entrar se você não o convidar.

- Não! – Valerie se irritou – Você está vulnerável, se eu for até lá, você terá chances de fugir para voltar na próxima lua cheia.

- Ele te transformará antes disso! – Peter fugiu dos olhos dela – Meu coração não suportaria isso.

O coração de Valerie bateu mais forte ao ouvir aquelas palavras, embora magoado ele ainda a amava. Peter sempre foi seu companheiro, estava certa de que foram destinados um para o outro, mas seu coração estava inquieto e seus sentimentos embaralhados. Ela nem teve chances de opinar, ele a carregou para dentro da floresta e a trancou na velha cabana, depois seguiu para Doggerhorn, ele sabia o que o esperava, temia por sua vida, mas temia ainda mais pela de Valerie, ele iria matar Damon aquela noite, mesmo que isso lhe custa-se a vida.

Quando anoiteceu Damon estava parado no centro do vilarejo, ele segurava Roxanne pelo o pescoço, Prudence e Tina estavam paradas ao seu lado, os moradores estavam parados formando um circulo ao seu redor, como se estivessem preste a mandar alguém para forca. Henry não estava lá, olhava tudo da janela de sua casa, ele deixou a liderança do vilarejo, e Damon induziu a todos a lhe concede – lá. Henry pensou muito no que ocorrera nos últimos dias, e seu coração dizia que algo estava errado.

- Estou aqui Damon! – Os moradores abriram espaço para a passagem de Peter – Vamos resolver tudo isso!

- Você é durão! Mas também é tolo! – Damon abriu um de seus sorrisos sarcásticos – Onde ela está?

- ela não virá! Vamos acabar com isso, aqui e agora! – Disse ele.

Peter não ligava para a vida daquelas pessoas, nem pára sua própria vida, apenas para de Valerie. Ele sabia que não podia vencê-lo, pelo menos enquanto não estivesse na sua forma de lobo, mas ele tinha um plano, não sabia se daria certo, mas era a única coisa que poderia fazer.

- Fui bem claro no meu recado – Enfatizou Damon – Onde está Valerie?

- Estou aqui! – Valerie surgiu por de trás das casas.

Peter a olhou perplexo, havia se esquecido de como ela era astuta desde criança, se constrangeu ao pensar que ele fora realmente um tolo, por achar que uma corrente a impediria de fugir.

- Vejam! – Damon apontou para Valerie – Lá está ela!

Os moradores a arrastaram para dentro do circulo, e a jogou nos pés de Damon. Prudence se abaixou e sussurrou em seu ouvido:

- Queimem a bruxa!

Peter tentou impedir, mas foi contido pelos moradores. Damon jogou Roxanne violentamente no chão, que correu para perto de seu irmão, que estava parado próximo a Peter.

- Estou aqui! – Valerie disse a Damon – Agora cumpra sua promessa.

- Trato é trato! – Ele sorriu – Moradores de Daggerhorn está na hora de fazer justiça. Vou prender a bruxa e vocês mataram o lobo!

Todos os moradores olharam para Peter, mas antes que pudessem fazer algo, ele olhou para Valerie e gritou:

- Eu te amo e nunca te abandonarei!

Peter fugiu para dentro da floresta, Roxanne e Claude o seguiu. Depois de alguns quilômetros, os moradores já haviam os perdidos de vista e retornaram para o vilarejo. Os três fugitivos só pararam quando tiveram certeza que estavam longe da vila, eles ficaram perdidos na floresta a noite toda, o sol estava preste a nascer quando entraram numa clareira. Damon os aguardava no meio do campo, Valerie estava presa a ele pelo o braço.

- Você não poderia perder isso! – Disse a Peter – Você a tirou de mim, então atirarei de você!

- Não! Espere! – Peter avançou, Roxanne e Claude permaneceram onde estavam – Mate-me! É o que você quer!

- Você deve ama - lá muito, não é Peter? A ponto de oferecer sua vida por ela! – As palavras de Damon eram provocativas – Será que ela faria o mesmo por você?

- Você não vai conseguir nada com isso! – Peter retrucou.

- O bom de ser um vampiro é que pode-se ouvir o coração batendo dentro do peito das pessoas – Damon era irônico – O coração dela esta pulsando mais forte com sua presença, mas quando Henry aparece nossa... Parece que ele vai arrebentar o peito!

Peter avançou sobre ele, mas com apenas uma mão, Damon o jogou longe.

- Você tem razão, vamos acabar com isso... Chegamos ao ápice da nossa história amigo – Damon gritava e sua voz mordaz ecoava em meio à arvores – Olhe bem Peter! Não quero que peque nada!

Damon puxou o pescoço de Valerie para trás, um vento sombrio tocou a pele de todos, a sua vida passou diante de seus olhos, ela havia renunciado seu destino, quando seu pai tentou a transformar numa abominação, naquele momento ela se convenceu de que não dava para mudar seu destino, se tornaria um monstro de um jeito ou de outro, ela fechou os olhos com toda força e esperou pelo seu fim, então Damon mostrou suas presas afiadas, e quando elas tocaram a pele de Valerie, Henry surgiu e o atingiu com sua espada no peito. Valerie conseguiu escapar e correr para os braços de Peter.

- Seu tolo! Isso não pode me matar! – Damon gritou, retirando a espada de seu peito. Ele avançou na direção de Henry que não teve chances de fugir.

Um raio de sol iluminou a clareira, Damon sentiu seu calor de forma diferente, o calor estava mais intenso que o normal, ele olhou para Peter, mas ele não estava a entender o que se passava. Valerie olhou para Damon e deu um sorriso irônico, ela levantou uma das mãos e a sacudiu, o anel de Damon estava preso entre seus dedos.  

- Está acabado Damon! – Valerie gritou para ele – Vá embora para nunca mais voltar!

- Está enganada! – Damon sorriu novamente – Nós vamos voltar!

Damon exibiu suas presas num sorriso aterrorizante, ele agarrou Henry com ambas as mãos e o levantou no ar, ele olhou mais uma vez para Valerie e finalmente cravou suas presas no pescoço de Henry. Damon sumiu antes que o sol tocasse diretamente sua pele, arrastando junto a ele, Henry.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? então postem seus comentários, para que eu possa saber quando devo postar o próximo capitulo!



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