Quando a lua cheia caiu, ambos seguiram seu caminho, lado a lado como o combinado, entretanto mantendo uma distancia segura. Eles não sabiam o que iria acontecer, ou se aquela união tão inesperada ou inapropriada daria certo, mas eles estavam disposto a passar por qualquer dificuldade e a encarar qualquer obstáculo para viverem sua grande paixão.

Valerie em sua forma de lobo olhou para trás e viu Daggerhorn desaparecer no horizonte, naquele momento ela aceitou definitivamente seu destino, que ao lado de Henry não era nada ruim. Seus instintos ainda pediam para que ela o matasse, e ela sabia que o mesmo ocorria com ele.

Eles correrão juntos durante a noite toda, passaram por alguns vilarejos, em determinados momentos Henry teve que ajudá-la a controlar seu instinto assassino de lobo recém nascido, quando o sol reinou no céu novamente, Henry também protegeu Valerie em sua forma humana frágil, ele usava suas habilidades de persuasão para conseguir alimento e água, e devido a ela. Eles eram bem recebidos em todos os vilarejos por onde passavam.

A lua cheia se foi, e Valerie ficaria em sua forma humana por um longo período, Henry a carregava no colo durante as longas viagens que faziam floresta adentro, em determinados momentos paravam para que ela pudesse se alimentar e ele pudesse sair a procura de sangue, ele apenas se alimentava e nunca matava suas vitimas. Eles viajarão por muitos dias, e estavam muito distante do vilarejo em que nascerão, dele só restarão lembranças.

Liverthon era um vilarejo ao estilo de Daggerhorn, era cercado por árvores altas e parecia ser um lugar muito pacifico, Valerie se encantou a primeira vista por uma casinha que ficava ao lado de um sereno riacho, ela achava a pequena casa parecida com a cabana que de sua avó. As pessoas também eram hospitaleiras, Henry nem precisou manipulá-las, ele s foram bem recebidos.

- Se teremos uma nova vida, quero que seja aqui – Valerie disse ao abaixar-se a beira do riacho e molhar as pontas dos dedos na água que corria calmamente rio abaixo.

- Não acho que seja uma boa idéia ficarmos num lugar por definitivo – Henry disse ao observá-la em pé ao lado do rio.

- Não quero me mudar para sempre – Ela argumentou – Este lugar é ótimo para nós.

Henry se manteve sério e pareceu não querer ceder.

- Há grandes vilas bem próximas daqui, você poderá se alimentar sem problemas – Ela argumentou – Quando me transformar, eu só preciso correr para as montanhas que também estão próximas, lá existem muitos animais, poderei caçar sem problemas.

Henry ainda se manteve em silencio.

- Estas pessoas nos querem bem e ainda acham que somos recém casados a procura de um lar – Ela insistiu – Por onde passamos você teve que manipulá-los, aqui foi diferente, este é nosso lugar. Por favor!

Henry se aproximou com o semblante ainda sério, afastou o cabelo de Valerie do rosto e a beijou ternamente a beira do lago.

- Então? – Ela perguntou ansiosa – Ficamos?

- Sim, ficamos! – Ele respondeu e sorriu.

FIM!