Meu Nome não é Katherine escrita por Flanela


Capítulo 4
O que é um pontinho vermelho na floresta?


Notas iniciais do capítulo

Bom, esse capítulo vai ser meio que uma 'porta' para o que vem por aí, porque a nossa personagem misteriosa encontra com outros personagens e, além disso, descobrimos seu nome.
E o mistério do anel continua.
Espero que gostem!
Gostaria de agradecer MUITO a Marimag que fez uma ótima recomendação para esta fic!
Obrigada e boa leitura.



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     - Katherine? – exclamaram Stefan e Damon no mesmo segundo. Ela estava lá, vestindo um vestido velho e vermelho meio vinho na altura dos joelhos que parecia pertencer a alguém bem mais velha do que ela ( no quesito de aparência lógico ). Seu cabelo estava preso em um coque e ela parecia muito formal ao lado de Klaus que observava ao espanto e terror mútuo começar a aparecer nas faces de Damon Stefan e, alguns segundos após, em Elena.

     - Boa noite Stefan – disse Katherine sorrindo de maneira maliciosa com a ponta dos lábios

Então ela tentou entrar, porém foi barrada pela ‘barreira’. Ela não entendeu. Aquela casa não pertencia a Zach? O tio morto de Damon e Stefan? Se não havia nenhum morador, humano, permanente a casa não deveria ter esta barreira....

Mas parecia que Klaus estava bem calmo.

     - Serei indelicado de pedir para entrar Elena? Quer dizer, sei que ainda não fomos devidamente apresentados, mas acho que podemos resolver isso agora, não acha?

Elena estava parada, estática. Se para ela ver Katherine já era estranho e difícil então ver Klaus & ela era impossível.

Mas, como sempre, Stefan tomou sua frente

     - Klaus, onde está Alaric?

     -Oh, vejo que não o encontraram ainda! Uma pena. Eu adoraria saber de como vocês iriam matá-lo se ele aparecesse. Mas parece que ele ainda deve estar lá. Porém não fiquem aflitos. Pela manhã, no máximo, ele deve correr até aqui, como sempre faz. Não importa.

     - K-Klaus – começou Elena, tentando não gaguejar – o que você quer?

     - Vejo que um convite para entrar será impossível. Mas eu sempre soube que teria uma chance de vocês fazerem. Bem, isso. – ele pousou uma das mãos sobre a barreira que o impedia de passar para dentro da casa – Porém acho que minha visita já valeu. Quero que saiba, Elena, que fico feliz que esteja colaborando até agora. E que acharia extremamente agradável se não fugisse, como certas pessoas – ele apertou o braço de Katherine com tamanha brutalidade que a fizera arfar e gemer de dor, mesmo que não o quisesse fazer na frente de Stefan. E, bom, de Damon também.

E então, sem que Elena tivesse nem tempo de dizer que não, não fugiria dali, eles desapareceram. Um rasante branco e outro vermelho zuniram em questões de segundos para muito longe, até que não se podia nem mais ver nenhum rastro deles.

Damon, que havia permanecido quieto até então, ao lado de Elena, manifestou-se

     - Viu, Elena, porque você não pode sair daqui? Viu porque você não pode ir pra escola nem pra casa da Bonnie ou para qualquer outro lugar encontrá-la que não seja aqui?

Ele mais parecia um pai naquela hora. Mas Elena estava tensa demais para sequer registrar o que ele havia dito.

Ela pediu licença aos dois e correu para o banheiro enorme e luxuoso da casa, onde se apoiou na bancada e começou a fitar seu próprio reflexo.

“Certo” pensou, “ Alaric está a salvo. Bem, pelo menos por enquanto. Mas isso não pode continuar. Tenho que pensar em alguma coisa para...”

Nesse momento ela estava esmagando sua cintura contra a bancada e então percebeu que havia algo em um dos bolsos de sua calça jeans surrada.

E, de lá, ela retirou um lindo anel prata.

     - Mas, mas... Como vocês fazem isso? Quer dizer, é como se eu só pudesse comer chocolate e o visse em todo o lugar, como se estivessem esfregando na minha cara. Porém eu simplesmente não posso comê-lo? Quero mais do que qualquer coisa, mas não posso? Porque se o fizer alguém termina morto?

Ela assentiu lentamente, um pouco entediada, e sentou-se na ponta da cama. Ela já ouvira aquele discurso diversas vezes, vindo até de sua própria boca, aliás, porém, com o tempo, era cansativo ter que ficar esclarecendo tudo para todo mundo. Afinal o que eles achavam que ela? Um guia de sobrevivência?

     - Eu sei que pode parecer difícil no início. Mas, como todas as coisas da vida, há um lado bom, e outro ruim. Você já sabe muito bem do lado ruim. Mas e do lado bom? Quer dizer, você nunca vai envelhecer. Nunca vai ter rugas nem ficar cheia de pelancas. Nunca. Você sabe quanta gente daria a vida por isso? Além disso, você é, digamos, superior a todos os humanos agora. Você pode entrar em competições e ganhá-las. Sentir-se bem. Pode até virar presidente se quiser. Afinal, você tem a eternidade toda para tentar ganhar...

Ela tentava ser o máximo clara e prestativa e o mínimo filosófica, para que parecesse real, e não somente algo figurativo.  E também queria sair logo dali. Estava chegando a época de um festival super maravilhoso na França. Era um festival em que os humanos faziam shows durante os dias quase inteiros e por isso raramente saiam à noite, para poder descansar. E ai os vampiros aproveitavam para aproveitar a noite em boates específicas onde ficavam até o sol raiar. Bem, pelo menos alguns. Os outros preferiam ficar de tocaia nos idiotas que saiam à noite para, bem, jantá-los.

Jane fungou um pouco, mas tentou ao máximo escutá-la.

Elizabeth, sua prima, estava ali perto, acompanhando tudo com muita expectativa. Ela queria muito poder ajudar Jane, mas não era experiente o bastante e quando fora transformada a encontrara. E ela a ajudara. Por isso a chamara para, naquele momento, ajudar sua prima.

     - Jane – começou Elizabeth – Vai dar tudo certo. Quer dizer, olhe só para mim. Eu estou ótima. Você vai superar. Você é muito forte e bonita. Tem é sorte de ficar assim, bonitona, para sempre.

     - Jane. Acabou de me ocorrer uma coisa. Você já pensou em dar uma volta pela floresta em, digamos, 50 segundos?

Jane pareceu desconcertada. Ela assentiu furtivamente. O comentário de Elizabeth havia sido muito bondoso, e agora aquela sua amiga, a que viera lhe ajudar, lhe fazia uma pergunta dessas? É, talvez ser vampira não fosse tão ruim. Ela poderia se inscrever na competição de corrida da escola e se vingar de todas as idiotas que a haviam dito que ela não sabia. Correr.

Em questão de minutos Jane trocou a camisola folgada por um vestido florido e encontrou-as na soleira da casa. Ela estava muito animada.

    - Bom – ela começou  - é muito simples. Eu quero que você corra até aquela primeira árvore ali – ela apontou para uma árvore de folhas meio amarronzadas que estava razoavelmente perto da casa – o mais rápido que puder. Corra como se lá você pudesse encontrar, hum, todo o chocolate do mundo.

Jane respirou fundo e, ao ver que Elizabeth a olhava com expectativa ela foi. Foi. Ela teria levado pelo menos dois minutos para chegar lá. E chegara em dois segundos. Era como se agora fizesse parte de um filme a alguém tivesse apertado aquele botão que faz as coisas irem super rápidas.... Era maravilhoso. Ela adorara.

     - É maravilhoso! Katerina é maravilhoso! – comentara, voltando para o encontro das duas – Será que podemos correr mais?

     - Claro! Você pode dar a volta ao mundo se quiser. Eu só recomendaria que você fizesse, bem, as coisas aos poucos. Hoje uma pequena corrida, amanhã uma corrida pela cidade.Acho que por hoje está bom. Aliás, vou voltar para a cidade, meu hotel me espera.

Depois de receber inúmeros agradecimentos por parte das duas Katerina correu para a floresta em direção ao centro da cidade.

Ela corria distraidamente, porém, de repente, avistou um ponto vermelho e um branco. Eles passaram por ela por um segundo.

“Interessante”  - pensou – “ Companhia”.

E então ela os seguiu. Não foram para muito longe, um prédio meio velho no centro onde os pontos finalmente se transformaram em pessoas.  Uma mulher e um homem. A mulher estava de vermelho e o homem,  de branco. Ela se aproximou, porém sem deixar que eles a vissem. Estava observando-os quando o homem virou. E, em seguida a mulher.

E aquilo fora o bastante para ela sentir. Sentir como se tivessem enfiado uma estaca bem na sua barriga.

Não podia ser.

Se ela não tivesse passado anos treinando, estaria chorando até não poder mais.

E então, por instinto, ela passou a mão pelo dedo indicador da mão direita. Só para saber o que ela já sabia. Ele não estava mais lá .


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Notas finais do capítulo

Bom, como sempre espero que tenham gostado. A partir de agora as 'três mulheres' irão começar a interagir entre si. Primeiro só duas delas, e depois a terceira. Acho que vocês vão gostar. É pagar pra ver não é mesmo?
haha, obrigada e espero o comentário de vocês !



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