Meu Nome não é Katherine escrita por Flanela


Capítulo 3
Humanos levam tiros, Vampiros vão ao sol


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo é o que eu mais gosto até agora porque ele começa a mostrar a história de uma das ' 3 mulheres ' de quem falei no capítulo anterior e, mesmo tendo por base a série acrescentei coisas minhas e tenho muitas ideias para o próximo capítulo. pensei em por nesse mesmo, mas acho que ficaria muito grande e cansativo. Bem, boa leitura e, como sempre espero os comentários de vocês!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/140009/chapter/3

Como pode alguém sentir tanta dor em algo que é, para outros, sinônimo de vida? Ela não sabia. Mas havia muita coisa que ela não sabia e, deitada em um sofá velho e desfiado ela passava de leve os pés pelo chão para ver se ainda restava algum caco de vidro muito grande por ali. Mas, mesmo se houvesse, não haveria nem o porquê de tirá-lo dali. Ele sempre encontraria uma maneira de fazê-la sofrer e, pensando bem, pedaços pequenos de vidro eram como um soco na cara de um humano. Dói? Sim, mas comparado a um tiro, por exemplo, não é nada.

Ela se levantou devagar e foi para a cozinha, seu lugar preferido daquela casa pequena e desgastada aonde estava sendo obrigada a ficar. Pegou outra garrafa de vinho, sem se importar que acabassem e ela ficasse lá sem nada para beber e começou a engolir aquilo, tentando fazer ‘parecer’ sangue. E não era qualquer sangue. Ela imaginou que aquele fosse o sangue de Klaus que, por ser um original devia ter um gosto diferente mesmo. E então ela acabou, involuntariamente, bebendo a garrafa toda em dois minutos. E foi só então que ela percebeu, sobre a mesa, um cartão branco meio bege com uma letra de imprensa terrivelmente bonita escrita. Ela pegou e leu, devagar

 Minha querida, espero que nossa noite não a tenha cansado demais, porque tenho planos para nós dois hoje. Quero comemorar a volta à meu corpo original dando uma visitinha a seus conhecidos, Elena, Stefan, Damon, e quem quer que sejam seus aliados no momento. Aliás será uma boa oportunidade para ver se já mataram aquele tal de Alaric, achando que era eu. Esta casa pertencia a uma mulher, então vista algo diferente. Procure no armário do quarto, na terceira gaveta.

Esteja pronta as nove.

Klaus

Eram aproximadamente seis da tarde quando ela se arrumou. Não acreditava que, finalmente, iria poder sair dali. Como estava sendo hipnotizada, seus passos eram totalmente controlados por Klaus. Mas só de pensar em pisar na grama, olhar para o céu escuro sem ter um vidro na frente, já a fazia se sentir muito melhor. Além disso, a escolha de Klaus de quem eles iriam visitar não poderia ser melhor. Visitando Damon e Stefan, ela poderia, se tentasse, conseguir persuadilos de modo que a ajudassem a sair do controle dele. O dia havia sido muito chuvoso e nublado, por isso escurecera cedo e Katherine estava sentada em uma cadeira junto a janela que dava para os fundos de um prédio bege completamente sujo e feio. Ela observava os vizinhos por suas janelas, a fim de conseguir ter alguma diversão. O prédio não possuía muitos habitantes, ou pelo menos a maioria deles não aparecia nunca perto das janelas, mas, a uns dois ou três andares acima do onde ela estava, Katherine exaltou ou perceber que um lindo rapaz moreno e alto, de uns vinte, vinte e poucos anos, apareceu na janela em seu telefone celular. Pelos seus gestos, parecia irritado com quem quer que estivesse do outro lado da linha porém, mesmo assim, Katherine não precisou de muito para chamar sua atenção. Foi só uma piscadinha aqui, uma mexidinha de cabelo ali, e um biquinho com os lábios para que o rapaz esquecesse aparentemente de seu aparelho e tivesse sua atenção completamente voltada para ela. Ela sorriu da maneira mais jovial que conseguiu e, com os dedos no vidro que estava totalmente embaçado por causa da chuva daquele dia, escreveu "301". O rapaz pareceu ficar confuso por alguns segundos, porém logo saiu da janela onde, como Katherine percebeu alegremente, deixara seu aparelho celular largado. Foram então questões de minutos antes que aparecesse em sua porta. O "301". Ela abriu a porta e o fez entrar. Estando dentro, ela poderia fazer o que quisesse com ele, o que a teria deixado mais animada não fossem as circunstâncias. Quer dizer, aquele humano tinha mais liberdade do que ela. E ela era uma vampira.

     - Qual seu nome?- perguntou, chegando perto do rapaz

     - Ei, você não é casada não é? Bem, de qualquer forma, meu nome é Joe - respondeu um pouco atrapalhado e apressado.

E então pronto. Puf. Em menos de uma fração de segundo os lábios de katherine estavam traçando o sangue do vulnerável e influenciável... Qual era mesmo o nome? Oh sim, Joe. Mas Katherine não seria burra a ponto de matá-lo porque não queria que Klaus soube-se de nada que ali se seguia. Assim, talvez, pudesse repetir... 

Então ela o soltou e, segurando as maças de seu rosto de uma maneira bruta e insensível, fez uso do sangue que acabara de ingerir para conseguir hipnotizar o rapaz. Disse-lhe para esquecer completamente o que acabara de acontecer e voltar para seu apartamento e dizer, caso lhe perguntassem que havia ido espairecer por causa de um telefonema que recebera. Aliás, quem seria? Uma namorada? Um chefe? Ela bem que gostaria de saber. Quer dizer, normalmente não daria a menor bola, mas agora era como se ela tivesse que ficar presa numa casa de barbie e o Ken era seu único atrativo. Mas não importava. Logo o rapaz se fora, e ela jogou-se no sofá rasgado e ficou mexendo em seus longos fios pensando, lembrando de Damon, Stefan, e de como seria maravilhoso se ela não estivesse fugindo de Klaus quando os conheceu. Assim ela poderia ter ficado com os dois. Aliás, se ela não estivesse fugindo de Klaus, raciocinou, talvez... Talvez tivesse ficado com outra pessoa...

____

Fazia um sol escaldante, porém ela não tinha escolha, tinha que usar aqueles vestidos bufantes para sair. Lord NiKlaus, que vinha-a cortejando desde que haviam se conhecido em um baile, a convidara para uma caminhada nos limites da propriedade de sua família. Ela estava acabando de arrumar o cabelo em um coque quando sua mãe bateu em sua porta anunciando a chegada de seu acompanhante

"Katerina, Lord NiKlaus está aqui para vê-la. Vosmecê pode por favor descer?"

ao que ela respondeu

" Claro, já irei."

Ela então acabou o trabalho com os cabelos e conferiu cada centímetro de si em seu reflexo. Queria estar perfeita para Lord NiKlaus. Ele era um homem importante, porém, mesmo cortejando-a, ela percebia um certo descaso dele em relação a ela. E ela, ingênua como era, achava que talvez fosse por causa de algo de errado que havia com sua aparência. E estava fazendo de tudo para ficar perfeita. Porém ela sabia que fazê-lo esperar não adiantaria de nada também, então ela logo chegou a sala de sua casa onde se deparou com, nada mais nada menos do que Elijah. O irmão de Klaus.

" Mas..." começou, achando que, talvez, sua mãe tivesse confundido os dois, mesmo que não fossem lá tão parecidos " Klaus....?"

 Elijah era igualmente alto e igualmente bonito como seu irmão. Porém se Klaus parecia exalar uma sensação de conforto, de que ela estaria segura a seu lado -porque ninguém ousaria mexer com ele- Elijah exalava algo que ela não poderia identificar com palavras, mas algo parecido com companheirismo. 

Na maioria das vezes que Klaus a deixava, como parecia ser aquele caso, Elijah estava sempre pronto para entretê-la com seus elogios e confirmações a quase tudo que Katherine dizia.

" Sinto informar-lhe, Katerina, mas seu acompanhante, Klaus, não pôde esperar-lhe pois tinha um compromisso. Acabou de sair e, encontrando-me no meio do caminho para a cidade, pediu que a acompanhasse. Ele diz que se juntará a nós mais tarde e prefere que esteja já em nossa propriedade, pois chegará cansado."

Ela entristeceu-se, porém, ao ver aquele homem, cobiçado por muitas outras mulheres, oferecendo-se para acompanhá-la, logo se sentiu um pouco melhor. Até porque, no final das contas, era com ele, não com Klaus, que ela realmente conversava. Que ela falava sobre suas ideias idiotas sobre a sociedade e amor, sendo ela uma jovem ingênua e sonhadora em ter um verdadeiro amor.

____

Sim, ela se lembrava daquele dia com perfeição. Se lembrava da maioria de seus dias com perfeição, sendo ela uma vampira. Mas, os dias a partir de quando conheceu Klaus, acontecimento que mudara sua vida, eram muito mais fortes em detalhes e lembranças em sua mente. Ela se lembrava de que, naquele dia, havia ido com Elijah e caminhado com ele por algum tempo, antes de, devido a uma chuva que se aproximava, irem para dentro da casa. Eles corriam como duas crianças da chuva, como se essa fosse-lhes derreter. E, naquele dia em especial, Katherine se lembrava de ter dito a Elijah tudo. Ela havia feito dele seu diário pessoal e contado o que achava de Klaus, e como achava que ele a ignorava, contou do que achava do amor, da vida, de tudo. E, diferentemente de todos os que conhecia, ele a ouviu. Não concordou com algumas coisas, mas a ouviu. E ela não era idiota na época, nem naquele momento. Ela sabia o que aquilo significava. 

Mas lá estava, 500 anos fugindo de Klaus para afinal ser capturada e mantida de "refém", se é que poderia por desta maneira. E, como se estivesse lendo seus pensamentos Klaus irrompeu no aposento fazendo Katherine quase pular de susto. Se é que aquilo ainda seria possível.

Porém o que a fizera pular não era o fato de ele tê-la pego de surpresa, ela já esperava por isso sendo que ele nunca anunciava sua entrada. Porém o que a assustou foi vê-lo. Vê-lo como quando o conheceu, porém com o cabelo mais aparado e reto. Vendo-o como Alaric parecia que a ficha de que ele KLAUS estava ali com ela. Mas, naquele momento, não havia mais como negar.

     - Eu lavo a louça – anunciou Elena, já dirigindo-se para a cozinha. Naquele dia ela havia visto Bonnie e as duas haviam conversado sobre a situação de Elena. Conversaram, sobre a amizade das duas, que nem uma nem outra queria acabar. Elas fariam o que pudessem uma pela outra. Porém ela sentia-se de certa forma como uma formiga perto de enormes pés humanos. Seu namorado e seu irmão eram vampiros. Sua melhor amiga era uma bruxa? E ela? Ela era só uma humana que estava pondo a vida te todos eles em jogo. Mas ela bem que havia se distraído naquele dia. Afinal, mesmo antes de conhecer Stefan e Damon, ela já sabia que Bonnie era uma bruxa, então não se sentia mal falando de coisas místicas com ela.

Ela já estava no quarto ou quinto prato quando sentiu uma leve brisa gelada. E ela, obviamente, já sabia o que aquilo significava. Um vampiro chegando.

     - Damon – começou afastando seu corpo para que não ficasse colada a ele.

     - Elena – ele revidou, usando seu sorriso sarcástico, com a ponta dos lábios.

Ela iria perguntar o que ele queria, se achasse que fosse fazer qualquer diferença. Afinal era Damon, se ele foi até ali iria dar seu recado.

     - Só para o caso de você não estar lembrada, o seu ilustre amigo, o confiável Elijah, não dá as caras a dois dias. Ele provavelmente já está longe daqui. E isso, sinto dizer, foi culpa sua. Então se você não parar de tentar interferir, ficará difícil te ajudar.

  E então se daria sequência uma enorme discussão. Mas, milagrosamente não se deve. Porque, nesse instante ouviram uma batida na porta.

Stefan estava com Bonnie, discutindo sobre os problemas de sempre na sala de visitas então Elena aproveitou e foi até a porta. Damon, achando ser Jenna ou qualquer pessoa sem importância continuou na cozinha.

Elena então abriu a porta

     - Boa noite Elena – disse uma voz que, não foram necessários nem meio segundo, fez com que Damon E Stefan corressem até a porta só de ouvir.

Mas foi Elena quem falou primeiro

     -Katherine? E... – ela começou a ligar os pontos mas foi interrompida

     - Lord NiKlaus querida Elena.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Buén ' por hoje é só pessoal! '
Esperem um quarto capítulo com muita informação sobre as ' duas outras' e, nos próximos capítulos um reencontro surpreendente que vai abalar os corações de muita gente ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Nome não é Katherine" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.