Ready, Steady, Love escrita por N_blackie
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- Erm, Padfoot? – chamou Peter, e Sirius desviou o olhar da bolinha que atirava contra a parede pela primeira vez naquela noite. – Eu marquei de ir, er, estudar.
- Ótimo, pode ir também. – deu de ombros, revoltado. James estava com Lily tentando salvar sua cara em poções e Remus na Ala Hospitalar, deixando ele e Peter sozinhos. Agora, Peter também iria.
Enquanto o gordinho se afastava, Sirius parou de brincar. Fazia quase uma semana que não conversava com Marlene, e isso o estava deixando irritado ao extremo. A garota estava sempre ocupada demais para ele, nervosa demais com provas ou com pressa, e Sirius estava começando a suspeitar que ela na verdade estava evitando sua companhia.
Perdido em pensamentos, não reparou que Marlene se aproximava, mordendo o lábio de nervosismo. Quando sentiu o perfume da garota por perto, Sirius fechou os olhos e riu.
- Ora, ora, quem veio me visitar.
- Engraçadinho. Preciso conversar com você.
Sirius se sentou, sorrindo convidativo. Marlene foi até ele, e quando estavam juntos no sofá ela limpou a garganta.
- Preciso sair da aposta.
O sorriso de Sirius se alargou, e ele já estava imaginando o que iria acontecer. Marlene começaria a chorar, dizendo o quão confusa estava se sentindo por ele e toda a situação, e que não poderia apenas fingir que o amava. Sirius se preparou para beijá-la quando Marlene suspirou com pesar e pegou suas mãos.
- Você sabe que é meu melhor amigo, certo? Eu faria qualquer coisa para te ajudar.
- Claro. – Sirius sorriu, colocando uma mecha dos cabelos da morena atrás de sua orelha. – Você também é minha melhor amiga, Leninha.
- Mas não posso fingir estar com você.
Preciso estar com você de verdade, ecoou dentro da cabeça de Sirius, que sorriu. A qualquer momento agora, pensou. Ela vai confessar que me quer.
- Estou gostando de outro. – confessou Marlene, baixando a cabeça e corando. O ânimo de Sirius murchou como um balão sendo esvaziado; e seu sorriso sumiu.
- Que? – gaguejou, tentando manter o controle. Não estava entendendo o que estava sentindo diante daquilo, e nunca tinha experimentado uma reação tão incomoda. Era como levar um soco no estômago, de dentro para fora. Marlene sorriu tristemente, e deu duas batidinhas em suas mãos.
- Sinto muito pelo seu distintivo. – desculpou-se, e Sirius ficou encarando enquanto ela o esperava dizer algo. – Eu sei que você queria, e eu até gostaria de poder ajudar mais, mas sabe eu... Sirius?
- Quem? – perguntou o maroto, olhando em volta. Cada rosto que via parecia uma ameaça maior, cada garoto que o olhava era o inimigo.
- Michael Hyde, da Lufa Lufa. – Marlene corou. – Sabe, aquele louro.
Sirius sentiu uma chama acender dentro de si, se lembrando do rosto do jovem alto e magro que jogava como goleiro pelos amarelos. Era patético jogando, pensou, e mais de uma vez havia sido nocauteado por um de seus balaços. Mas Marlene gostava dele, dava para ver.
- Ele é um cara legal. – mentiu, engolindo o orgulho um pouco. – Vocês, er, conversam?
- Ah, mais ou menos. Ele tem me ajudado em História da Magia.
Idiota, idiota, pensou Sirius. A única matéria que Marlene fazia e ele não, justamente essa.
- Deve ser inteligente. – comentou o garoto friamente. – Bom, boa sorte com ele.
- Não ficou bravo? – perguntou a garota, preocupada.
- Eu nunca ficaria bravo com você, Leninha. – Sirius sorriu. – Vou dormir, boa noite.
E subiu, tentando descobrir como colar os pedaços de seu coração.
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