Ready, Steady, Love escrita por N_blackie


Capítulo 6
Capítulo 6




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Gente, ultimamente ando sem tempo, mas quero que saibam que estou escrevendo sempre, e lendo todas as reviews, embora não consiga responder cada uma com a devida calma (férias chegando, prometo que o farei). Obrigada a todos aqueles que comentaram, quero saber o que estão achando!

Amizade X Amor

- Tem mais alguma coisa que possa ser dita aqui? – Peter jogou o rolo de pergaminho no qual trabalhava na direção de James, e Sirius logo inclinou para dar uma olhada também. A redação que o professor de DCAT passara na semana anterior era de longe a mais complexa, já que pedia uma descrição detalhada dos diferentes tipos de maldições e contramaldições que existiam. James passava os olhos criticamente pelo pergaminho, quando um grupo de garotas chegou dando risada, Lily e Emmeline à frente.

- Eu nunca tinha ouvido isso! – Lily sorria maravilhada. – É de ninar?

- Bom, minha mãe usava para ninar. – Dorcas deu de ombros, voltando seus olhos para Marlene. – Eu gosto daquela parte sobre o sol dançando com a lua, parece tão surreal.

Marlene sorriu, e abrindo a boca de leve, murmurou:

"And whilst the Sun searches the moon, they dance… They dance as if the world would end…" (E enquanto o sol procura pela lua, eles dançam… Dançam como se o mundo fosse acabar)

- E aquela parte da princesa... – Emmeline riu, olhando com ansiedade para Marlene, que abanou a mão com alguma irritação.

- Não sou um rádio, meninas!

- Querida, quantas vezes acha que essa música já tocou no rádio? – Dorcas riu, e Marlene deu de ombros. Sirius, que tinha erguido a cabeça, atraído pela voz, encontrou o olhar dela, e a garota desviou os olhos rapidamente quando percebeu que estavam se encarando, mas não sem antes fazer um sinal de aborrecimento e rir um pouco.

- Eu amei, vou cantar para os meus filhos. – Lily sorriu sonhadora. – Nunca tinha ouvido uma música de ninar de bruxos, é tão fantástico.

- Você já ouviu falar nos Contos de Beedle, o Bardo? – perguntou Alice enquanto passava pelas amigas junto de Frank. – Conte a ela, Em!

- Ah, deles ela já deve ter ouvido falar. – a loura riu, mas diante da expressão de incompreensão da amiga, escancarou a boca. – Não acredito que nunca ouviu!

- Fui criada por trouxas, Emmeline. – Lily revirou os olhos, e Marlene passou as mãos pelos ombros da amiga, consolando.

- Se Emme não tem paciência, eu tenho. Vamos, eu te canto a tal da música.

Aproveitando a disposição da morena, Dorcas e Emmeline também se aconchegaram para ouvir. Sirius, que já não conseguia se concentrar no trabalho, fingiu descansar para poder ouvir também.

- Começa mais ou menos assim...

E enquanto Marlene entoava os primeiros versos da canção de ninar, James também parou para ouvir. Com um sorriso no rosto, fechou os olhos e se apoiou na poltrona, suspirando:

- Ah, adoro quando ela canta.

Subitamente raivoso, Sirius sentou-se, tenso. James parecia confortável ali, desfrutando da voz de Marlene, e isso de alguma forma o irritava. Talvez seja porque ela disse sobre as expectativas da família sobre os dois, pensou. Eles queriam que eles se gostassem, que casassem. Mas ela não gosta de James, pensou com certa satisfação, então pode gostar da voz dela o quanto quiser, Prongs.

A voz dela continuava rondando sua mente, e sentiu aos poucos o coração acalmar. Não seja idiota, James gosta de Lily, repetiu para si mesmo. Deixou-se descansar, só tendo a voz de Marlene para ocupar seus pensamentos. É realmente bom, pensou com satisfação. A canção era conhecida, claro, e a voz dela deixava ainda mais linda.

Fechou os olhos por um segundo, e quando abriu percebeu que olhava para ela. Para os olhos fechados, a boca se movimentando ao som da música, e quis se levantar. Sentiu a mesma adrenalina das noites de lua cheia, o desafio, tomar conta dele. Queria levantar e tomá – la, beijar sua boca, traçar as linhas de seu corpo, decorar as curvas. Faria qualquer coisa para ter isso.

Mas antes que pudesse concretizar, uma voz incômoda soprou em seu ouvido: ela é sua amiga. E qual é a diferença? Retrucou, pronto para ignorar a consciência e partir. Se ela não gostar de você, perde a única garota que não acha você um completo cafajeste nessa escola. Não seja burro, pelo menos agora.

Bufando, Sirius voltou a se sentar. Qual a linha que dividia seus sentimentos, e qual a diferença entre a amizade e companheirismo que sentia por ela e a vontade incontrolável de apertá – la que tinha? Lembrava com nitidez de seu cheiro enquanto passava as mãos pelos seus cabelos naquele fim de tarde na caverna, e conseguia sentir o peso do corpo dela no seu quando se abraçaram naquele dia. A confiança que ela tinha nele, mesmo sabendo da sua péssima fama com garotas.

Balançando a cabeça para espantar os pensamentos, nem tinha percebido que Marlene já havia acabado de cantar. Sentindo-se confuso e cansado, resmungou uma desculpa qualquer e subiu, se jogando na cama sem trocar de roupa.

De repente, no entanto, se viu de volta na sala comunal, mas desta vez só havia ele e ela. Marlene cantava do mesmo jeito que cantara havia poucos minutos, e antes que pudesse recorrer à consciência, os olhos da morena abriram. O azul de seus olhos parecia mais brilhante, quase como se ela estivesse ali para ele. O sorriso de compreensão surgiu no rosto do maroto. Ela estava ali para ele.

Andou lentamente na direção de Marlene, os olhos estreitando com o desejo que sentia por ela. Sem dizer uma palavra, a beijou, sentindo seu gosto entrar como uma droga em sua corrente sanguínea. Tomado rapidamente pela energia, enlaçou sua cintura com os braços, e sentiu as mãos da garota percorrerem a linha de sua coluna, causando arrepios. Respirou forte contra a orelha da morena, e trilhou seu pescoço abaixo de beijos.

Antes que pudesse continuar, mãos começaram a balançar seu corpo, e Sirius se viu acordado, suado, e atrasado.


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