Our Awesome Stories! escrita por nathyouko


Capítulo 6
Az utolsó felvonás


Notas iniciais do capítulo

Lol, último capítulo! Não sei dizer se gostei do resultado, mas foi o único jeito que encontrei de encerrar esta série. Acho que não dá pra entender, mas o evento se passa em um certo casório que houve há algumas semanas -q



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O castelo estava cheio. Pessoas elegantes – e outras nem tanto- transitavam pelos corredores e cômodos, conversando, sorrindo e cumprimentando umas as outras.

Elisabeta conversava com Natalia e Mei sobre assuntos banais e descontraídos. Não era momento de assuntos enfadonhos, aquela era uma noite para se divertir.

-Com licença, senhoritas – interrompeu Alfred, sorridente e com farelos de quitutes nos cantos da boca – Mas nossa bela Mei está sendo solicitada.

O loiro apontou e as moças seguiram a direção, a taiwanesa corando levemente ao ver Li a encarando. Murmurou um pedido de desculpas e se aproximou do asiático.

-Mas então – continuou o estadunidense – do que falávamos?

-Alfred!

Arthur se aproximava olhando severamente para sua ex-colônia.

-Espero que não as esteja incomodando no mesmo nível em que está sendo deselegante! É mal-educado apontar! E, meu Deus, está com a boca toda suja! É mesmo um yanke!

-Aww, Arthie – o americano fez um bico infantil enquanto limpava o rosto com as costas da mão– Não seja tão severo comigo, não estou acostumado com essas coisas de realeza e frescuras afins, você sabe.

E começaram a discutir, como sempre. Elisabeta riu e pediu licença à amiga para ir ao banheiro retocar a maquiagem. A bielo-russa assentiu, mais preocupada em procurar o irmão com o olhar.

A morena se afastou, procurando pelo cômodo, quando sentiu um toque leve em seu braço.

-Roderich!

O austríaco sorriu cordial para a ex-esposa.

-Faz muito tempo que não conversamos, não é, Elisabeta?

Começaram uma conversa agradável que durou por vários minutos até caírem no assunto do lugar onde estavam.

-É um casamento muito bonito – comentou a húngara, olhando para a decoração – Como esperado do Arthur.

-Sim, sim – riu-se Roderich - Está tudo muito bem planejado. Chega... – o moreno receou nesta parte e completou a frase com a voz mais baixa -... A trazer lembranças.

Elisabeta titubeou, também se lembrando do próprio casamento há muito tempo.

-Sim, traz bastante – sorriu, tentando deixar o ex-marido –e a si mesma- menos desconfortável.

-Você estava deslumbrante.

Roderich estava sério neste momento e a húngara teve receios de onde ele queria chegar.

-Obrigada.

-Elisa... Sabe, estes tempos...

-Roderich!

O ex-casal se sobressaltou quando um ruivo correu até eles, nada discreto.

-Feliciano – riu-se a moça – Seja mais calmo ou Arthur terá um infarto ao te ver correndo.

-Mas eu estava com saudades do Roderich! Venha conversar com o Ludwig e comigo, vee~

O austríaco tentou dizer algo, mas foi rapidamente arrastado para o meio da multidão.

Elisabeta riu baixo, mas se assustou ao sentir uma mão tocar-lhe a cintura. Virou-se rápida, mas logo relaxou e sorriu novamente.

-Onde estava, Gilbert?

-Ah... Com Francis e Antonio.

O albino sorria, mas algo na expressão dele a incomodava.

-O que houve?

-Nada, não. Só estávamos relembrando o passado, foi um tanto melancólico.

Ele mentia e Elisabeta sabia disso.

-Gil, preciso ir ao banheiro, me espera aqui?

-Sim, claro.

“Ele está definitivamente estranho” era o que a morena pensava enquanto se afastava. Logo encontrou o banheiro, onde várias outras mulheres também retocavam seus batons, sombras, rímeis e afins.

Buscou seu celular na pequena bolsa de mão que carregava consigo, discando um número rapidamente.

-Arthur? Posso lhe pedir um favor?

Falava baixo e ninguém se incomodou em deixar suas atividades –e fofocas- de lado para prestar atenção na húngara. Logo a ligação terminou, Elisabeta também retocou sua maquiagem e partiu de encontro ao prussiano.

O encontrou no mesmo lugar onde o deixara. Ele estava sozinho, quieto enquanto segurava uma taça de champagne e brincava com a cruz de ferro que levava no colar, por cima do smoking. Na verdade, a olhava aparentemente bem pensativo. Aproximou-se e tocou-lhe o braço.

-Quero ir a um lugar, me acompanha?

O albino a olhou confuso, mas assentiu, bebendo o champagne e entregando a taça para um garçom. Seguiram por entre as pessoas até chegarem a uma parte do palácio que não estava aberta para os convidados e seguranças faziam a escolta.

Entretanto, Elisabeta apenas murmurou algo em húngaro e eles assentiram com a cabeça, discretamente abrindo passagem para o casal. Gilbert estava definitivamente confuso.

-Hey, como fez isso?

-Tenho meus contatos – piscou, enquanto puxava o rapaz pela mão – Venha, é por aqui.

Passaram por vários corredores até Elisabeta abrir uma das portas. Era um quarto amplo, com uma grande janela que visava a entrada do palácio. Ela se aproximou e se debruçou sobre o parapeito.

-Londres está inteira comemorando – murmurou, admirando as luzes da cidade.

Gilbert se aproximou até ficar ao lado dela, também olhando a paisagem.

-Agora que estamos sozinhos – começou a moça – pode me dizer o que está te incomodando?

-Já disse, estava relembrando o passado. Sinto falta das glórias e de todo o...

-Gilbert. Por favor.

Houve silêncio, eles não se encaravam.

-Foi por eu estar conversando com o Roderich?

Mais uma pausa antes de um grande suspiro do prussiano.

-Talvez.

-Está com ciúmes?

O tom de voz da moça era claramente divertido, embora sentisse que a situação não era apropriada.

-Você sente falta de ser casada com ele?

Elisabeta fora pega de surpresa, não conseguindo responder de imediato. Endireitou a coluna para encarar o germânico.

-Mas que pergunta é essa, neste momento?

-Sim ou não?

-É por estarmos em um casamento, é isso?

-... Você sente.

Foi a vez da húngara suspirar, passando os dedos por entre os cabelos – um gesto que fazia quando estava nervosa.

-Não posso dizer que não foi uma época boa, porque estaria mentindo. Mas acabou. Há muito tempo. Estou com você agora, não estou?

Gilbert mantinha silêncio e ainda olhava para Londres.

-Olhe para mim, ao menos.

Ele obedeceu e a encarou, mas logo desviou o olhar.

-Então você não se arrepende de ter se casado?

Elisabeta sentia-se contra a parede e por um momento se arrependeu de ter iniciado aquilo. Uma hora ou outra teriam aquela conversa, mas não deveria ser em meio a uma festa.

-Não. Não me arrependo.

Aproximou-se e virou o rosto de Gilbert, fazendo-o a encarar nos olhos.

-Da mesma forma com que não me arrependo de ter escolhido você a continuar correndo atrás de Roderich.

Longos momentos se passaram até que o rapaz tocou a face da húngara, a puxando pra um beijo. Fora apenas um colar de lábios, mas ainda assim fora reconfortante para ambos.

-Sabe – Gilbert murmurou, após se afastar minimamente – Eu não sei se é a escolha correta.

-Gil, é passado!

-Digo, o lugar, a situação... Você sabe que é livre para tomar qualquer decisão, não é?

-O que você bebeu, homem?

O prussiano riu e se afastou minimamente, segurando uma das mãos da moça, a outra em seu próprio bolso.

-Você sabe que nunca fui bom para enrolar – comentou, olhando-a nos olhos – e espero que você não pense que estou copiando o West, mas...

Tirou a mão do bolso, mostrando-lhe uma caixinha de veludo vermelho-escuro. Sua mão tremia tanto que era visível.

-... Acho anéis tão sem graça...

Elisabeta sentiu o coração falhar uma batida, ofegando. Olhava da caixinha para os olhos vermelhos, como se perguntasse se deveria pegá-la.

-... Embora algo assim seja algo explícito...

Resolveu apanhá-la.  Abriu-a lentamente, ela mesma não sabendo o por que. Seus olhos verdes abriram consideravelmente ao ver o que havia dentro.

-... E você não seja obrigada a aceitar...

Com a mão direita, a húngara levantou um fino e delicado cordão de prata. Mas o que lhe interessava era o pingente.

Uma elegante cruz de ferro feita também de prata, com a parte negra esmaltada. No centro da cruz, havia uma águia prussiana gravada em ricos detalhes, formando um desenho prateado em meio ao esmalte negro.

Era lindo.

-Gilbert – interrompeu-o, a voz baixa – Isto aqui...

-Eu... Eu tenho consciência de que não sou mais uma nação. Então... – desviou o olhar, corado, mas logo reuniu valor para encará-la novamente – Não é uma proposta de aliança com a Hungria. Quero um compromisso com você, Elisabeta Héderváry.

A face albina estava extremamente corada, quase se mesclando com os olhos do germânico. O coração dele batia a uma intensidade quase preocupante.

Elisabeta, por outro lado, abriu e fechou a boca diversas vezes, sua voz não encontrando o caminho para se manifestar. Então, apenas puxou o rosto do rapaz para si, tomando os lábios - gelados, provavelmente pelo nervosismo – para si.

-Ja – murmurou quando sua voz voltou, o alemão saindo inconscientemente – Com você. Não com a Prússia, mas com você, Gilbert Beilschmidt.

O rapaz a puxou fortemente pela cintura, seus braços ainda tremendo, enquanto escondia seu rosto na curva do pescoço dela.

-Eu vou me esforçar! Para ser ainda mais incrível do que já sou, assim você nunca irá se arrepender disto, também!

A húngara riu e o beijou novamente, um beijo de verdade desta vez embora logo tenha sido apartado por Gilbert.

-Deixe-me colocar em você.

A moça entregou-o o colar e puxou seus cabelos para cima, expondo o colo e o pescoço. E em segundos, a cruz de ferro prussiana era exibida orgulhosamente, não prejudicando em nada a aparência formal do vestido.

Mais um beijo longo, intercalado com inúmeros beijos pelos rostos e risadas. Sentiam que estavam mais felizes do que os noivos oficiais da noite.

-Vamos voltar – murmurou Elisabeta.

Gilbert assentiu e, com um último beijo nos lábios da sua húngara, a puxou delicadamente pela mão, conduzindo-a novamente para o salão onde a festa ainda acontecia, alheia aos dois.

Não se importavam com o olhar curioso que iriam receber quando notassem o colar em Elisabeta. O importante era que estavam mais próximos que nunca.

Próximos de um jeito que tratado algum poderia superar.


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Notas finais do capítulo

That's All, Folks!



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