Ele não sabia muito bem como haviam chegado naquele ponto. Como as brigas e xingamentos haviam se transformado em beijos e carícias.

Mas havia acontecido. E Gilbert sentia seu peito se aquecer toda vez que a húngara sorria para ele como havia feito tantas e tantas vezes para aquele austríaco almofadinha.

Afastou os cabelos castanhos dos olhos verdes que tanto gostava de olhar. Estavam brilhantes e tão profundos que parecia que olhava para as copas das árvores de uma grande floresta tropical.

Ofegou com aquele olhar.

E não soube dizer quando começara a ficar daquele jeito “babaca”, como definiria antigamente. Quando começara a sentir a necessidade de estar perto de Elisabeta, sentir aquele suave perfume de tulipas, ver que o sorriso dela era para si e ele era o motivo dela estar sorrindo.

E ela era o motivo dele sentir seu coração falhar batidas em inúmeros momentos.

“Fraqueza”, diria o antigo guerreiro prussiano. Mas era Elisabeta, ali. E nada pagava o beijo molhado com o qual era frequentemente presenteado, junto do murmúrio de seu nome – SEU nome! Gilbert! Nenhum outro, apenas o seu e gostava de pensar isso.

Sim, tudo valeria a pena por ela. Apenas ela.

Inclinou-se e a beijou mais uma vez.