Universo quase Secreto escrita por kayjoy


Capítulo 2
Uma Princesinha Perdida




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Enquanto o moreno desconhecido continuava encostado na parede da quadra, sendo observado pela maioria dos garotos e principalmente garotas que passavam, outros dois forasteiros, um garoto e uma garota mais nova, se aproximaram. Eles pareciam se conhecer, pois mal eles se encostaram na parede ao lado do moreno, começaram a conversar. A conversa não foi entendida pela maioria. Embora estudassem numa escola respeitada, o inglês não era o forte da maior parte dos alunos.

Quando o sinal avisando que já eram uma hora da tarde tocou, os alunos devidamente vestidos com seus uniformes de escola católica, foram em bando para o corredor principal, onde ficavam todas as salas de aula. A maioria, se não todos, desrespeitavam as regras de vestimenta. As meninas tinham saias tão curtas quanto a das prostitutas de elite que costumavam freqüentar os bares chiques em procura de clientes. Os meninos usavam a blusa para fora da calça, que normalmente era acompanhada por um sapato caro ou um simples all-star. Mas ninguém se importava... a mensalidade da escola era cara demais, os alunos tinham direito de se vestir do jeito que quisessem. No meio da multidão os três forasteiros foram encaminhados, cada um para sua sala.

A primeira a chamar atenção durante a aula foi a menina, provavelmente a caçula. Mal ela tinha sentado na primeira carteira do canto direito, Ju foi até ela. Se engana quem pensa que Ju foi cumprimentar a recém chegada.

- Olha, não sei quem você é, de onde vem. Não me interessa se você veio dos States ou de Nova Iguaçu e muito menos me interessa se você está entendo o que eu estou falando agora. O negócio é... esse é meu lugar... get it?

Era assim que July Terranova, uma garota alta, loura e de olhos azuis que parecia ter sido tirada de uma revista, agia o tempo todo. Um doce de pessoa, desde que você não mexesse com ela, ou sentasse no lugar dela.

- Ahn... eu... desculpe? – a garota parecia mais confusa do que peru, ou seja lá qual for a ave medonha, sem cabeça.

- Era só que me faltava. – Ju continuou, levantando a voz – No primeiro dia de aula!

- Relaxa Ju, vai ficar com rugas. – Mimi novamente se meteu na conversa alheia. – Oi menina estranha, fala português?

- Um pouco. – a menina enganava que era tímida. – Minha mãe é brasileira.

A “conversa” foi interrompida pela professora de Ciências da 5ª série, Sra. Tábua-de-Passar-Roupa (vulgo Tábua), que entrou na sala. Depois do mesmo blábláblá de sempre sobre o seu mundialmente famoso método de ensino, a professora reparou na garota nova, que conseguiu continuar sentada na carteira da frente.

- A senhorita... quem é? – perguntou a professora, com a cara amarrada de sempre.

- Ana Rich. – respondeu a garota se levantando da cadeira de uma forma bem formal, que arrancou risadas da maioria.

Se teve alguém que não riu, foi certamente um menino. Era impossível não achar a menina no mínimo atraente. Apesar de ter somente 11 anos, ela parecia ser mais velha. A puberdade tinha chegado cedo e a natureza tinha sido generosa, principalmente com seus peitos. Enquanto a maior parte das garotas da sala tinham apenas caroços de azeitona, a garota tinha seios... e tudo proporcional a seus poucos metros de altura.

- Senhorita Rich, pode se sentar. Preste atenção na aula e se por acaso sentir-se perdida peça ajuda.

Ela voltou a se sentar, ajeitando a saia para cobrir suas coxas musculosas. Ao contrário das outras garotas da turma, que sempre compravam a saia pelo menos dois números menores, ela tinha uma saia do tamanho certo. Insistência de sua mãe, que exigiu que a saia cobrisse pelo menos os joelhos da filha. Afinal de contas, que mãe quer ver sua filha com as pernas expostas?


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