POV Edward

Estou ansioso pela chegada do meu filho, agora sem a influência do outro, posso finalmente conquistá-lo. Claro que para completar a minha alegria ainda ia poder ver o meu amor e as minhas filhas. Ela estava a demorar, não que estivesse muito atrasada, mas para quem está ansioso qualquer segundo a mais é uma tortura.

Quando finalmente ouvi o carro chegar, senti que a tortura tinha terminado, mas não, essa ainda só tinha começado. A minha irmã, que há alguns minutos esperava que a Bella chegasse, estava na porta. Eu só estava de ouvido bem ligado na conversa que lá ia fora.

- Porque demoraram tanto? Estamos muito atrasadas. – disse a minha irmã, quase tendo um ataque.

- Alice, respira fundo. Não estamos atrasadas, temos tempo – disse o meu amor, que parecia muito bem humorada.

- Nós chegamos a esta hora, pois a Bella decidiu ficar a namorar a manhã toda. – como é que é? Que história é essa?

- Namorar é bom para quem não sabe. Acho que deviam fazer isso mais vezes para ver se ficam menos stressadas. – então era verdade.

A dor que me preencheu naquele momento, e junto com ela veio um rugido que não consegui segurar. Ela é minha, ela não pode ficar com ele, este era o pensamento que mais me preenchia, eu tinha que urgentemente fazer algo.

- Maninho, porque estás com cara de enterro? Quase que dizia pior, mas agora vou falar com a Bellinha – disse o Emmett passando por mim.

O meu irmão às vezes dava-me uns nervos. Depois de uns minutos, a Bella e todas as outras foram embora, ficando o Lucas connosco. Era altura de conquistar o meu filho, eu não podia perder esta hipótese.

POV Lucas

Minha mãe é a mãe mais perfeita de todo o mundo. Ela é linda, carinhosa e fantástica. Eu a amo mais do que tudo no mundo. O papá é o meu herói, só ele merece a mamã. Por isso o tal do Edward não venha armado em paizinho, pois eu já tenho o meu.

Dos outros Cullen eu até que gostei. O avô Carlisle e a avó Esme são muito simpáticos, eu gostei muito deles. A tia Rose é muito linda, mas a mamã é mais. O tio Emmett é mais criança que nós, eu gostei muito de brincar com ele, espero repetir. A tia Alice parece meio doida, mas é uma fadinha do bem. O avô Jasper travou batalhas ao lado do papá, por isso deve ser boa pessoa, e prometeu-me contar histórias.

Quando o avô Jazz e o tio Emm me levaram para dentro, dei logo de caras com o Edward. Eu não gosto dele, tenho a certeza que ele nos quer tirar do papá, e eu não vou deixar.

- Lucas, o que queres fazer? – perguntou o vô Jazz.

- Posso brincar um bocadinho com o tio Emm? – disse.

- SIM. Posso, Jasper? Diz que sim. Diz que sim – implorou o meu tio.

- Vão lá – disse o vô a rir.

Eu e o tio Emmett, fomos para uma sala de jogos que eles tinham. Jogamos muitos jogos bem legais. Eu venci a maior parte deles, e grande parte dos que perdi foram para não deixar o tio muito triste.

- Tio, posso ir à casa de banho? – uma ideia surgiu-me, e era altura de a fazer.

- Claro. É ao fundo do corredor à direita.

- Obrigado, tio. Vou ter depois com vocês.

Fui na direcção à casa de banho, mas rapidamente mudei de direcção e segui o rasto do Edward, e consegui dar com o quarto dele. Agora era altura de o chatear.

Eu não conseguia chegar a muitos dos muitos CDs dele, mas ao que consegui chegar, fiz uma troca de caixas. Ele quando quisesse ouvir aquelas músicas, ia ter um ataque. Lembrei-me que tinha visto na sala de jogos um frasco cheio de berlindes, fui a grande velocidade busca-los. Coloquei-os debaixo das cobertas da cama, eu tinha ouvido que eles não dormiam, mas se têm cama, devem usa-las, e quando o fizer, vai-se passar. Sou genial, não sou? A mamã diz muitas vezes que eu sou muito inteligente e criativo. Eu só estou a utilizar a criatividade para me ver livre dele. Mas é melhor descer antes que venham me procurar.

Quando desci, o Edizinho já ia para subir, respirei fundo, foi por muito pouco. Sentei-me ao lado do vô e ele começou-me a contar histórias sobre soldados, ele contava muito bem histórias, e depois fazia sentir algumas coisas como se fossemos nós, aquilo era fantástico.

- Vô, depois contas mais? – perguntei.

- Claro – ele não era muito falador, mas eu gostava dele.

- Lucas, queres ir comigo conhecer o jardim? – perguntou o Edy.

- NÃO GOSTO DE TI – gritei, será que ele não percebia?

- Não me conheces.

- Tu queres tirar a mamã do papá, eu não deixo.

- A Bella me ama, ela só está confusa. Nós vamos ser uma família.

- EU JÁ TENHO UMA FAMÍLIA. – porque ele me queria tirar do papá? Eu adoro-o, ele é o melhor pai do mundo.

- Tu és meu filho, e eu só quero poder te conhecer. Por favor. – disse ele. Ele parecia triste, mas se o papá ficasse sem a mamã iria ser pior.

- Eu não quero.

- Não podemos ser pelo menos amigos? – implorou ele. Eu até podia dar uma oportunidade a ele, mas será que ele é de confiança?

- Se eu te der o dedo, vais querer a mão? – a mamã às vezes dizia-nos isso.

- Eu juro que vou tentar não forçar.

- Uma oportunidade, um passo em falso e acabou-se.

- Tudo bem, Lucas – acabei por dizer, mas não quer dizer que lhe vá facilitar a vida.

POV Edward

O meu filho era sem dúvida difícil, teimoso como só a mãe. Ela tinha razão, eu não posso forçar nada. Eu não quero perder o meu filho. Mas isso vai complicar as coisas, porque tenho de ser muito cuidadoso, mas ter a minha família junto a mim, vale tudo, até aguentar o Damon.