Beatrice    permanece  apreensiva, sua  frio, pois  controlar  seus  sentimentos  estava difícil, a  vontade  de  se  entregar  totalmente  àquele   homem  invadia  todo seu  ser, cada  segundo  parecia  eternidade  para  ela.

Até  que  Alucard  volta  com  as  xícaras, sorri  e  entrega  a  dela, porém  Beatrice, sem  jeito, quase  derrama  o  chá, Alucard  a  ajuda  a  pegar  a  xícara, até  que as  mãos dos  dois  se  tocam.

Beatrice  cora  e  meio   agitada, diz:

-Me  desculpe, me  desculpe, eu  sou  uma  idiota.

Alucard  coloca  a  mão  no  rosto  dela  e  a  olhando  nos  olhos, elogia:

-Não, você  é  uma  mulher  maravilhosa.

Beatrice  sente  o  coração  palpitar  mais  forte  e  quase  não  conseguia  falar.

Alucard, gentilmente, propõe:

-Relaxe  um  pouco  e  tome  o  chá, fará  bem  a  você.

Beatrice  sorri  e  se  sentando, consente:

-Certo, farei  o  que   está  dizendo, Alucard.

Alucard  se  senta  novamente  em  frente  a  ela  e  pergunta:

-Gosta  de  música  clássica?

Beatrice  se  espanta  e  finalmente  responde:

-Ah, sim, gosto  muito.

Alucard  sorri  e  diz:

-Que  bom, música  clássica  é ótima  para  relaxar.

Beatrice, envergonhada, concorda:

-Sim, tem  toda  razão.

Alucard  coloca  a  música  pra  tocar. Era  um  som  tão  bonito, parecia  o  som  da  Idade  Média  em  pleno  século  XXI, isso  deixava  Beatrice  maravilhada  e  aos  poucos, o  nervosismo  dela  ia  passando, ao  mesmo  tempo  que  ela  ouvia  a  música  e   tomava  o  chá.

Alucard  sorri   e  fala:

-Pelo  visto  está  gostando  da  música.

Beatrice, mais  relaxada, diz:

-Sim, é  algo  tão  mágico, nunca  havia  ouvido  música  assim, é   maravilhoso, Alucard.

Alucard a  olha  novamente  nos  olhos  e  se  aproximando  dela, elogia:

-Maravilhosa  é  você, Beatrice.

Beatrice  sente  as  palpitações  cada  vez  mais  fortes, mas  ao mesmo  tempo  estava  tão  envolvida  naquele  momento  que  não  havia  espaço  para mais  nada, ela  apenas  declara:

-Você  está  me  fazendo  muito  feliz  hoje.

Alucard  sorri  e  pergunta:

-Mesmo?

Beatrice  declara:

-Sim, desde  lá  no  café...Na hora da  entrevista...Agora...

Alucard, tocando  no  rosto  dela  com  as  pontas  dos  dedos  pergunta:

-Agora  também?

Beatrice, completamente  envolvida, responde:

-Sim.

Alucard  retira  os  óculos  dela  e  pede:

-Deixe-me  ver  a  bela  mulher  que  você  é.

Beatrice, emocionada, consente:

-Está  bem, só  espero que  eu  não  te  decepcione.

Alucard, continuando  a  tocar  o   rosto  dela, elogia:

-De  modo  algum, você  é  linda  demais, Beatrice.

Beatrice  sorri  e  elogia:

-Obrigada, mas quem  é  lindo  é  você, belíssimo  mesmo.

Alucard, se  acomodando  melhor  ao  lado  dela, brinca:

-Bom, parece  que  a  entrevista  terminou, não  é?

Beatrice  se  espanta  e  agitada, diz:

-Oh  céus, eu  serei  despedida, que  péssima  jornalista  eu  sou.

Alucard  segura  gentilmente  as  mãos  dela  e  a  olhando  nos  olhos, fala:

-Não  é  péssima, já  disse, você  é  uma  mulher  incrível.

Beatrice, num  ímpeto, o  abraça  e  agradece;

-Obrigada  por  essas   palavras tão  lindas.

Alucard  retribui  o  abraço  e   acariciando  os  cabelos  dela, elogia:

-Mas  não  são  mais  lindas  do  que  você, minha  querida, seus  cabelos  são  maravilhosos.

Beatrice, mais  emocionada  do  que  nunca, brinca:

-Ai, só  eu  mesma, a  jornalista  se  envolvendo  com  o  entrevistado.

Alucard  sorri  a olhando  nos  olhos,  pergunta:

-Há  algo  de  mal  nisso?

Beatrice  sorri  e  responde:

-Creio  que  não.

Alucard  sorri  e  diz:

-Nem  para  mim.

Os  dois  ficam  cada   vez  mais  próximos, até  que  trocam  um  caloroso  beijo, era  algo  mágico  que  envolvia  os  dois  por  completo.

Até  que  os  dois  param, Beatrice  sorri   e  brinca:

-Ai  céus, o que  você  vai  pensar? Que  a  jornalista  aqui  faz  isso  com  todos  os  entrevistados.

Alucard, a  tocando  no  rosto, bem  sério, diz:

-Eu  jamais  pensaria  isso  de  você, não  do  modo  como  a  vi  hoje.

Beatrice, curiosa, pergunta:

-E  como  você  me  vê?

Alucard, colando  seu  corpo  ao  dela, responde:

-Vejo    sua  alma, posso  vê-la  exatamente  como  é.

Beatrice, completamente  acomodada  ao  sofá  declara:

-E  eu  também, desde  quando  o  vi  lá  no  café, senti  algo  especial  por  você, seja  Genya, Adrian  ou  Alucard, você  me  transmite  paz  e  doçura, algo  que  nunca  senti  antes.

Alucard  declara:

-Você   também, Beatrice  querida, as  lutas  muitas  vezes  me  fizeram  ríspido, achei  que  tivesse  perdido  meus  sentimentos  por  completo.

Beatrice  acaricia  os  cabelos  dele  e  declara:

-Não, você  não   perdeu, você  é  doce  e  gentil, estar  aqui  com  você  é incrível, poderia  ficar  aqui  pra  sempre.

Alucard  propõe:

-Então  fique.

Beatrice  sente  o  coração  palpitar  mais  forte, até  que   os  badalos  dos  relógio  anunciam  meia  noite, Beatrice  se  espanta  e  diz:

-Está  tarde, fiquei  tempo  demais, qualquer    táxi  que  eu  pegar  agora  cobrará  uma  fortuna.

Alucard  sorri  e  fala:

-Não  precisará  pegar    táxi  algum.

Beatrice  se  espanta  e  pergunta:

-Não?

Eles  olham  para  fora  e  vêem  que  caía  um  temporal  daqueles   que  saía  arrastando  tudo.

Alucard  propõe:

-Melhor  passar  a  noite  aqui.

Beatrice  se  espanta  e  diz:

-Passar  a  noite...Eu  e  você....

Alucard   sorri   e  pergunta:

-Há  algo  de  mal  nisso?

Beatrice, meio  encabulada, responde:

-Acho  que  não.

Alucard  garante:

-Não  farei  nada  que  você  não  queira, fique  tranqüila.

Beatrice, bem  próxima  a  ele, agradece:

-Muito  obrigada.

Alucard   propõe:

-E  você  pode  usar  o  meu  quarto.

Beatrice  se  espanta  e  pergunta:

-Mas  e  você?

Alucard  responde:

-Eu  durmo  aqui  na  sala.

Beatrice, agitada, diz:

-Eu  não  concordo  com  isso, não  é justo, a  visita  aqui  sou  eu.

Alucard, tocando  nos  cabelos  dela, fala:

-Não, você  é  minha  convidada.

Beatrice  discorda:

-Não  vou  dormir  no  quarto  e  te  deixar  aqui, dormiremos  os  dois  aqui na  sala  então.

Alucard  a pega  no  colo.

Beatrice, espantada, pergunta:

-O  que  está  fazendo?

Alucard sorri  e   responde:

-Pra  cama, querida, deve   descansar.

Beatrice, tímida, nada  fala.

Alucard  a  coloca  na  cama, sorri   e  diz:

-Pronto, agora  fique  aí, ficarei  bem  lá  na  sala.

Beatrice, o  puxando  pelo  braço, pede:

-Espere...eu...

Alucard  acaba  caindo  por  cima  dela, até  que  a  olha  por  baixo  de  si, sorri  e  pergunta:

-Você  o  quê?

Beatrice  o  olha  nos  olhos  e  sem  jeito, balbucia:

-Eu...eu...

Continua...