Manus Life - Segunda Temporada escrita por Apiolho


Capítulo 14
Depois de um, vem muitos.


Notas iniciais do capítulo

QUERIDO LEITOR,

OI GENTE, MAIS UM CAPÍTULO. ESTE VAI COMEÇAR UM NOVA FASE, MEIO DÍFICIL. VAI MELHORAR EM ALGUNS PONTOS, MAS PIORAR EM OUTROS.

BEIJINHOS E OBRIGADA,



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CAPÍTULO TREZE - DEPOIS DE UM, VEM MUITOS.


"A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande."

(Roger Bussy - Rabutin)

            _Manu... Eu preciso falar contigo. _sussurrou, encurralando-me entre a pia e ele.

            _É urgente? Porque..._retruquei, mas ele não me deixou terminar.

            _Sim, e muito. _completou, nervosamente.

            _Então, fale-me.

            Ele foi em direção a porta e a trancou. Dava para ver que o assunto era urgente, pois sua expressão dizia isto. Não sei o porquê deles sempre fazerem isso, mas ele me encurralou novamente. Passou a mão em meus cabelos e suspirou.

            _Primeiro, você promete que me perdoará? Não importando as circunstâncias? _questionou, cada vez mais preocupado.

            _Sim, Hélio, tu és meu amigo acima de tudo. _sussurrei, acalmando-o.

            _Oh céus, tu és um anjo. _começou, olhando para os pés. Algo o preocupava, deixando-me nervosa. _Eu não devia, mas eu menti. Falei calunias, só para me aproximar de ti. Há um mês, um homem havia me feito uma proposta. Algo que eu não pude recusar, mas era uma missão de espião. Eu tinha que vigiá-la e descobrir se seus pais haviam mesmo roubado a empresa, mas eu fugi de meu foco ao lhe ver. Seus olhos me prendiam, hipnotizavam-me. Virei sua presa, e me arrependi. Agora estou te contando, porque irei embora deste lugar. Eu avisei ao homem que não iria mais aceitar o emprego de jornalista, pois eu me apaixonei por minha caça. Adeus, Manu.

            Ele estava se afastando, de verdade. Já havia passado da porta e estava indo para o corredor, eu queria impedi-lo. Queria detê-lo, mas o impactos de sua declaração me deixaram paralisada. Cai em desespero, pois nunca mais o veria. Não me importava se ele havia aceitado de começo, porque tinha se arrependido. Lembrei-me do que os dois haviam me avisado, porém em não tinha escutado.

            Atravessei o camarim correndo, mesmo com a orientadora me chamando. Na verdade ela berrava, mas aos poucos a voz dela foi sumindo. Eu só queria alcançá-lo, dizer que eu não me importava com isto. E o pior é que ele iria abandonar a peça. Afastar-se de mim, algo egoísta de sua parte.

            Foi tão rápido, a última frase ainda estava matutando em minha cabeça. "Pois eu me apaixonei pela minha caça." Parecia algo surreal naquele instante, mas parecia ser sincero. Corri muito, mesmo quando as minhas pernas imploravam para que eu parasse. Eu não era acostumada a ser atleta, porém a situação pedia para que eu fosse. Sorri ao vê-lo caminhando no festival.

            Passei pelo meio das pessoas, até alcançá-lo. Toquei em seu ombro, e o mesmo virou assustado. Fiquei um tempo me recuperando, logo voltei ao normal. Sua expressão era perplexa, mas logo sorriu. Ele tirou a mão de seus ombros e me pegou pelo queixo, obrigando-me a olhar para o mesmo.

            _O quer você quer aqui, Manuella? Ferir-me? Pois..._comentou, mas dessa vez foi a minha hora de lhe cortar.

            _Não, eu nunca iria brigar contigo. Eu prometi que iria te perdoar, e o fiz. _comentei, antes de por o dedo em sua boca. Calando o mesmo.

            _Então... O que você veio me dizer?_questionou.

            Sua voz saiu abafada, por causa do obstáculo que se encontrava em seus lábios. Tirei o dedo, corada. Fiquei um tempo parada olhando para seus olhos, pretos como a noite. Eram tão penetrantes do qual parecia, que eu nem precisaria contar o que estava me atormentando. Parecia, acima de tudo, que já havia lido a minha mente.

            _Você nem se despediu direito, Hélio. Aliás, você é muito egoísta por fazer isto. distanciar-se de mim e principalmente, abandonar a peça. Eu vim para lhe pedir... que você fique até depois da apresentação, por favor. _comentei, a mão em seu ombro, o sacudindo.

            _Eu não posso, sinto muito, mas não posso. _sussurrou, virando-se para trás.

            _Por quê...? _questionei, a voz falha.

            _Ia doer muito se eu visse você e o Matthew se beijando, principalmente saber que retribuiria. _declarou, agora olhando diretamente para mim.      

            Fraquejei, pois não sabia o que dizer. Eu tinha me esquecido deste pequeno detalhe, algo que eu ainda não estava preparada para fazer. Nunca estaria. O pior é que todo mundo havia concordado, até a Bianca. Olhei para ele, o tom de voz fraco, e sussurrei:

            _Eu não vou retribuir, prometo. _olhando-o com doçura.

            _Queria que isto fosse verdade, mas no momento não é a razão que responde por ti. _comentou, deixando-me irritada. de verdade.

            _Isto não importa, você não pode abandonar a peça deste jeito! Com toda a certeza a orientadora vai ir até o fim do mundo para te achar, e quando o fizer; vai te matar. Droga! Quem é você? Como pode ser tão egoísta? Não percebes que é algo, que todos batalhamos para acontecer? Tu não podes estragar tudo, Hélio. _confessei, sentia meu rosto queimar pela raiva.

            _Droga! És maravilhosa. Agora entendo o porquê de eu te amar tanto. _declarou, antes de me por contra a parede e me beijar.

            Um simples beijo, algo singelo e carinhoso. Ele não me forçou a nada, esperando que eu cedesse. Pôs a mão em minha cintura, acariciando-a. Automaticamente, parei a minha mão em seu pescoço. Logo, afastou-se; deixando um vazio em meu peito. Eu sabia, ele queria apenas que eu correspondesse.

            _Vamos? A platéia deve estar nos esperando... _começou, olhando para o relógio. _Tens dez minutos para se arrumar, Manu.

            Não entendi o porquê dele se recuperar antes de mim, puxando-me para a multidão. Logo, chegamos. As meninas me ajudaram a colocar a roupa, depois de um tempo subimos ao palco. O local estava lotado, deixando-me nervosa. Matthew chegou ao meu lado, passando a mão em meu cabelo. Virando meu corpo, obrigando-me a olhá-lo.

            _Confia em mim, Manu? _começou, a doçura em sua voz deixou-me arrepiada.

            _Confio, e muito. _respondi sem pensar, não tinha controle sobre mim neste momento.

            _Então, deixe-me beijá-la na hora. Por favor, pois eu sei que você planejou não fazê-lo. Todos querem ver este momento, e tu não iras estragar isso.  _confessou, a expressão dura.

            Como ele sabia? Acho que ele me segue em todo lugar, ou lê pensamentos. Não! Aqui não é história de vampiros, e eu não sou a Bela. O mesmo não me salvou de algum acidente, ou seja, não estamos vivendo um romance.

            _Como você sabe...? _questionei, com dificuldade.

            _Pela expressão que fez naquele dia, está seria a única saída. Eu não deixaria, porque é algo tão simples. Já fizemos isto, Manu, mais um nunca faria diferença. _confessou, maroto.

            É tão estúpido, tão medíocre. Por que eu o amava? Logo, percebi o porquê; ao ver o belo sorriso se formar em seu rosto. Algo encantador, que eu me mataria para ganhar um. Passou a mão em meu cabelo, agarrando a minha cintura. Aproximou-se rapidamente, roubando um rápido beijo.

            _Agora está mais preparada, Manu, adeus.  _finalizou, saindo logo em seguida.

            Quis socá-lo, ao ver o sorriso de satisfação brotar em sua face. Por ter algo que conseguiu com facilidade. Fui para trás da cortina, olhando pela fresta da mesma. A mulher que anunciaria, já estava no palco.

            _Senhoras e senhores, com vocês... _ela continuou, mas eu não ouvi o resto. Não dava, pois estava muito nervosa.

            Logo, as palmas foram ouvidas. Lucêncio e Trânio entraram, seguido de todos. As cenas foram se passando, a vez do beijo havia chegado.

           

~*~

            (Entram, em um carroça)

            _Marido, vamos ver como tudo isto vai acabar.

            _Vamos, Quetinha; mas primeiro, dá-me um beijo.

            _Como! No meio da rua?

            _Como! Estás com vergonha de mim?

            _De ti por Deus que não, mas de beijar-te.

            _Então voltamos já. Rapaz, vira o cavalo.

            _Não; dou-te um beijo; dou. Fiquemos; Já não falo.

                        Aproximou-se rapidamente, dando um beijo. Logo, tornou-se algo demorado. Explorou minha boca na primeira chance. Eu não queria fazer isto, mas acabou acontecendo. Hélio tinha razão, eu não responderia por mim. Parei minhas mãos em sua nuca e aproximei nossos corpos. Quando paramos, estávamos ofegantes. Deu para notar que todos estavam pasmos, mas batendo palmas.

            _Não estas bem assim? Para se entrar na linha nunca é tarde demais, ensina-me Quetinha. _finalizou, terminando a cena.

~*~

   

         Hélio estava no camarim, a expressão dura. Estava irritado, deu para notar. Passei por ele, e o toquei. Olhei-o com tristeza, pois não queria que o mesmo partisse.

            _Precisa mesmo ir? _comecei, sussurrando. Parecia que não era verdade, que iria vê-lo novamente.

            _Sim, pois o homem vai atrás de mim. Tenho que partir, sinto muito. _comentou, dando-me um último selinho.

            Estava irritando o tanto que ele havia me beijado, mas eu não me importava naquele momento. Acompanhei-o até a porta, depois do mesmo se despedir de todos. Paramos, continuei o olhando demoradamente. Querendo gravar em minha mente, o que não mais veria.

            _Seja muito feliz, é só isto o que desejo. Por favor, não sofras tanto. Nós sabemos que você não merece, mas sim ele. _respondeu, afastando-se.

            _Você também, meu grande amigo... _sussurrei baixo, deixando cair a primeira lágrima desde o choque.

            Ele havia sumido em um carro, devia ser o pai dele. Corri para dentro, não querendo mais ver a sua partida. A dor estava me corroendo, mas sabia que ia passar. Fiquei uma boa parte do tempo com a Nath e James, porém ela notou a minha tristeza.

            _Hei, não fique triste. É algo natural, algo da vida. _completou, afagando meu cabelo.

            _Tentarei não ficar abalada, prometo. _disse, tentando sorrir.

            Logo, os dois foram embora. Eu fiquei um pouco no festival, porque Jared ainda estava na casa da Raissa. Parei em uma barraca que vendia maçã do amor, pois eu amava a mesma. Courtney parou do meu lado, e disse ao me ver:

            _Desculpe por tudo que fiz a você. Não era por mal, mas eu odiava a atenção que ele dava para a sua feiosa. Matthew só falava de ti e isto me irritava muito. Só espero que me perdoes por isso. _comentou, sendo sincera.

            _Não se preocupes, Courtney, já passou. _confessei verdadeiramente.

            Estranhei ela ter feito isto neste momento, mas tentei não ligar. Afastou-se aliviada, indo em direção a sua irmã. Todos estavam lá, desde primos até seus pais. Dei um aceno para a rosa e a mesma correspondeu.

            Depois de um longo tempo, fui em direção a um beco ao ouvir uma vozes. Fiquei intrigada ao escutar o que diziam, doida para ter uma câmera. O pior, era descobrir quem era o dono da voz. Algo, que mudaria a história de minha família.


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Notas finais do capítulo

*AS FALAS SÃO DA PEÇA, MAS O BEIJO EU QUE RETRATEI.

E AI, GOSTARAM? REVIEWS? POR FAVOR...

KISSES E OBRIGADA! *-*



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