The New Hero escrita por Plpl12


Capítulo 2
O Oráculo


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pelos dois meses sem nenhum capítulo. Foi mal. Tive alguns prolemas pessoais



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  Depois que passamos por um grande pinheiro, Jack nos apresentou o Acampamento Meio-Sangue. Uma grande área com um enorme bosque, no qual um rio atravessava, a plantação de morangos cuidada pelas ninfas e sátiros que ali moravam e uma praia com areia dourada pelo sol da tarde.

James não estranhou nada. Não sei por que. Ele fora rapidamente até meu apartamento e, como soube previamente, só teria um baú para guardar minhas coisas, ele somente trouxe duas camisetas, dois shorts, duas calças jeans, três pares de tênis, um casaco e roupa de baixo.

Jack nos levou até um grande salão, com uma lareira no meio. Ele nos guiou entre ele até uma sala iluminada, com uma escrivaninha, um armário e um conjunto de três poltronas. Um homem com uma barba abundante e pele branca estava sentado numa cadeira de rodas atrás da escrivaninha.

-Seja bem-vindo jovem semideus. Sou Quíron, coordenador deste acampamento. -falou com uma voz calma o homem - A pouco você fora anunciado, coisa que não acontece muito por aqui. Daniel você é filho de Atena.

-Como o senhor sabe meu nome?-perguntei surpreso

-Você está sendo observado há muito tempo. Devo dizer que estou impressionado com a vitória de você e de Violet sobre a Quimera. Pelo visto valeu a pena termos colocado James a tanto tempo de olhos neste semideus.

-Peraí! James é um sátiro?-perguntei ainda mais surpreso que antes

-Sim. Há três anos ele foi designado para proteger você e sua família. Mas voltando ao assunto, Jack irá mostrar os seus respectivos chalés. O chefe do acampamento, Senhor D, voltou ao Olimpo para uma reunião, mas daqui a alguns dias ele voltará. Depois que ele voltar, partirei em uma missão. Qualquer problema fale com ele.

-Obrigado. Vamos crianças - chamou Jack

Ele nos levou até a área dos chalés. Eram ao todo 12, formando um semicírculo. Ele me levou até um chalé cinza, que tinha o número 6 com uma coruja no topo. Havia alguns garotos e garotas saindo dele, com espadas e escudos. Eu segurei a porta e entrei. Pelo visto Jack tinha levado Violet até seu chalé.

-Olá, novato. Sou Annabeth Chase, líder do chalé de Atena e, pelo visto, sua irmã. -falou uma garota loira de olhos cinza, um pouco mais nova que eu.

-Prazer, sou Daniel Daves. Você sabe onde eu poderia me ajeitar?

-Ali há um lugar vago - ela apontou para um beliche, onde eu me ajeitei na cama de baixo. Lá havia dos baús. Peguei um deles e ajeitei minhas poucas coisas lá dentro. Após isso, saí em direção ao chalé de Apolo.

O chalé era completamente dourado, feito o sol. Pedi a um garoto mais novo, de cabelos castanhos e olhos negros, que chamasse Violet, a nova garota. Logo ela apareceu na porta.

-Ei, onde fica a área de treinamento?

-Fica perto do saguão onde nós fomos. Quer que eu te leve lá?-falou ela com um sorriso.

-Não. Eu procuro. -falei.

Depois de uns 30 minutos, 25 nos quais fiquei perdido, cheguei a arena. Lá, encontrei um garoto loiro, de aproximadamente 16 anos, treinando. Ele executava os movimentos com perfeição. Ele vestia uma camiseta laranja e jeans azul. Pelo visto todo mundo tinha uma camiseta daquela, menos eu.

-Com licença. Queria falar com o treinador.

-Sou o mesmo.

-Prazer. Daniel- falei apertando sua mão-Eu queria treinar um pouco. Acabei de chegar e não queria me sentir como se não soubesse nada.

-Prazer. Sou Luke, filho de Hermes. Estou com alguma folga e sei o que é não saber de nada disso. Posso te ensinar alguns movimentos básicos, mas os mais complexos só amanhã no treinamento.

-Obrigado

Treinamos por algumas horas. Luke me ensinou, basicamente, a como atacar e defender com a espada e fazer um impulso com o escudo para desequilibrar o adversário. Quando acabamos, falei obrigado mais uma vez e saí.

Voltei para meu chalé e encontrei, sobre minha cama, uma camiseta laranja. No meio dela estava escrito “Acampamento Meio-Sangue”. Guardei-a. Peguei roupa de baixo e um short leve e tomei um banho rápido e frio. Deitei na minha cama e dormi.

Lutava com a Quimera novamente. Estava de volta ao metrô de Nova York, mas não havia ninguém. Somente Violet, que estava desmaiada no chão ao meu lado, com um filete de sangue escorrendo pela cabeça e indo até seu pescoço. O monstro atacava e meu escudo absorvia a pancada, mas mesmo assim eu começava a sangrar.

Decidi fugir. Peguei Violet, a segurei pelas costas e saí correndo. Avançávamo-nos vagarosamente, e a Quimera chegava mais perto cada vez mais. Aumentei a velocidade da corrida, mal conseguindo respirar entre as passadas, porém a plataforma não tinha fim. A quimera já tinha nos alcançado. Ela saltou e ia direto às minhas costas...

Acordei no meio da noite, suado. Todos ao meu lado dormiam calmamente, entretidos por Morfeu, com seus mirabolantes sonhos. Ainda era madrugada, o sol já aparecia pelo horizonte. Olhei no meu relógio de pulso, que marcava quatro e meio da manhã. Tentei dormir novamente, mas não consegui. Então, sem fazer nenhum barulho, coloquei minha nova camiseta laranja e um jeans e saí.

Fui até perto das plantações de morango e do bosque, sentei em uma pedra grande e aguardei o amanhecer. Quando meu relógio marcou seis horas, decidi voltar ao chalé. Levantei-me, mas ouvi um estranho barulho. Um farfalhar de folhas que vinha de trás de um arbusto. Saquei minha espada. Nela estava entalhado Επίθεση. As letras se misturaram, formando a palavra “ataque”. Mesmo sabendo apenas movimentos básicos, teria que servir para alguma coisa aquele treinamento com Luke.

Entrei atrás do arbusto e encontrei Violet, que se assustara com minha espada apontada para ela.

-Calma - falou ela assustada – Só estava aqui te observando para ver se você faria alguma coisa.

-Há quanto tempo está aqui? – perguntei, transformando minha espada em anel, novamente

-Uns quinze minutos. Ninguém tinha acordado. Por aqui se acorda às sete e meia. Tive um pesadelo e não consegui voltar a dormir. Dei um passeio e te encontrei aqui, pensando.

-Ok. Vamos voltar. Vão dar por nossa falta. – falei, dando a mão para ela se levantar.

Caminhamos calmamente até a área dos chalés. Entrei silenciosamente lá e arrumei minha cama. No meu apartamento havia uma empregada, mas eu arrumava minha cama e coisas. Meu pai não queria que eu fosse um garoto preguiçoso.

Em menos de meia hora eu estava pronto. Annabeth, que acordara durante meu passeio, pelo visto, também aguardava os outros, já acordados, a se aprontar para o café, que era servido às oito e meia.

-E aí Annabeth, dormiu bem?

-Dormi. Obrigada por perguntar. Onde você estava?

-Dei um passeio por aí.

Conversamos sobre alguma coisa e uma trombeta tocou. Meus irmãos rapidamente saíram e se arrumaram na frente de porta do enorme saguão, em fila indiana, em ordem de antiguidade no acampamento. Os chalés de Apolo e de Afrodite também estavam formando suas filas. Fiquei em último lugar, atrás de um garoto de 10 anos chamado Paul. Após todos os chalés entrarem, segui os meu até a mesa 6, que tinha uma toalha cinza clara, com detalhes em cinza escuro.

Ninfas trouxeram em bandejas de prata pão, torradas com geléias de morango, panquecas amanteigadas e uma seleção de morango incrível! Eu logo me servi com um pouco de tudo, mas Annabeth me puxou de lado antes que eu desse uma garfada numa panqueca.

-Daniel, primeiro tem que ir até aquela fogueira – ela apontou para o meio do saguão, onde vários campistas jogavam um pouco de sua comida no fogo – e jogar nossa melhor parte de alimento, como o morango mais vermelho, a panqueca mais amanteigada, oferecendo isso aos deuses. Eles gostam do cheiro

-Obrigado por falar – agradeci levantando e parando no último lugar da fila. Quando chegou minha vez, joguei minha melhor torrada. Depois voltei para meu lugar.

-Você vai beber alguma coisa? – perguntou Annabeth

-Vou, mas não sei como fazer isto.

-Fácil. É só falar com seu copo e sua bebida que ela irá aparecer no seu copo

-Ok. Suco de laranja.

Logo que falei, meu copo se encheu com a substância laranja. E deliciei naquele café da manhã. Fora o melhor de muito tempo. Depois disso, segui meus companheiros de volta ao chalé, pois Annabeth me disse que iríamos receber nossa nota do dia de organização do chalé.

Duas filhas de Afrodite estavam dando a nota. Uma era morena e a outra era loira. A loira era um ou dois anos mais velha que eu. Pelo visto também era a conselheira chefa de Afrodite.

         Nossa nota foi 9,5, já que alguns livros estavam jogados embaixo das camas, mas estava ótimo. Ás nove, fomos à arena para treinarmos. Primeiramente treinamos com espadas de madeira. Eu fiz par com uma garota, Clary, mais velha que eu. A garota tinha olhos verdes claros e cabelos escuros. Não parecia muito habilidosa em luta corporal.

         - As duplas duelarão aqui na frente. O ganhador vai se lavar quinze minutos mais cedo. Os perdedores, quinze minutos mais tarde. O golpe do ganhador tem que ser no lado esquerdo ou direito do tórax. Eu e Annabeth vamos mostrar como se faz.

         Annabeth se levantou e lutou contra Luke por cinco minutos, até que o garoto achou um ponto fraco no lado esquerdo do seu tórax e acertou a espada de madeira nas costelas dela.

         Ela não se machucou, já que nos usávamos coletes de proteção. Depois de umas duas duplas, sendo que Annabeth ganhou de um garoto mais velho. Ela mostrava o motivo de ela ser líder de Atena. A outra dupla não foi muito emocionante, mas o garoto ganhou de outro.

-Daniel, Clary, vamos lá - Luke esperou que nos posicionássemos a dois metros e deu a ordem de início da luta

         Clary logo começou com um arco na minha esquerda. No treinamento de ontem, Luke havia me ensinado a defender com a espada no lado oposto a mão que você segura a sua arma. Eu passei meu braço esquerdo sobre o peito e impedi o ataque. Eu revidei dando uma estocada na direita, mas ela se moveu e eu errei. Tentei um arco na esquerda, mas ela fez a mesma coisa.

         Pelo visto ela só esquivava, não defendia com a arma. Agora, dei uma rápida estocada na direita, e, quando ela esquivou para a esquerda, fiz um arco forte e atingi seu tórax.

         -Parabéns por sua vitória, Daniel. – elogiou Luke – Pessoal Daniel ganhou, pois ele fez o essencial: descobriu a fraqueza do adversário e usou-a para a sua vitória. Quero que tentem repetir o que ele fez.

         Mais duas duplas se apresentaram, e o treinamento acabou para os ganhadores. Os perdedores foram obrigados a correr em volta da arena, que tinha mais ou menos o tamanho de um campo de futebol.

         Os ganhadores rapidamente tomaram banho e descansaram para sua próxima atividade: Arco e flecha, com o líder de Apolo, Michael Yew. Após vinte minutos, os perdedores, que incluíam Clary, entraram nos banheiros. A garota me olhou com uma cara de que ia me esganar... Pelo visto minha irmã não teve uma primeira impressão boa de mim.

         Após meia hora fomos para nosso treinamento. Ele duraria até as duas e nós almoçaríamos. Fomos até uma parte próxima da arena, onde o garoto nos esperava com vários arcos de madeira e flechas finas e leves, organizadas em aljavas com uma dúzia cada.

         -Prazeres novatos. Sou Michael Yew e vou ser seu instrutor de arco e flecha durante este verão. Hoje nós iremos treinar a pontaria a curta distância, que é de mais ou menos de 5 a 10 metros. Alguma pergunta? – ninguém levantou a mão. – Então vamos começar. Eu quero primeiro vocês três – o filho de Apolo apontou para mim, Clary e Paul.

         Eu tinha observado o modo que Violet atirava as flechas contra a Quimera e tentei imitá-la. Eu consegui acertar o alvo nove vezes, das minhas doze. Uma delas passou especialmente perto do alvo em vermelho, ficando a poucos centímetros do ponto. Clary nem chegou perto. Das doze flechas, atingiram a placa circular somente três, e foram bem longe do alvo. Paul acertou todas as flechas no alvo de madeira, e seis acertaram bem perto do alvo principal.

         -Ótimo, Paul, como sempre, e você novato, onde aprendeu a atirar assim? – perguntou o instrutor

         -Minha amiga, Violet, lutou contra uma Quimera, lá em Nova York, minha cidade. Ela atirava flechas muito bem contra o bicho, e eu tentei imitá-la.

         -Entendi. Clary, quando você vai aprender a fazer alguma coisa direito, sua desajeitada.

         -Ah, vá se ferrar, você e seus malditos arcos, seu idiotas.

         Clary saiu andando com esse comentário agressivo. Depois de todo o resto terminar o treinamento, esperamos por trinta minutos a trombeta tocar, anunciando o almoço. No meio do caminho eu encontrei Violet, que saia do treinamento de esgrima.

         -E aí? Gostou do Acampamento? –perguntou ela, que cheirava a xampu, já que tinha acabado de tomar banho

         -Aqui é muito legal. Por enquanto eu me saí bem em esgrima e arco e flecha. Mas tem uma garota, Clary, que não foi com a minha cara.

         -Normal. Sempre tem alguém que não vai coma nossa cara...

         Quando Violet percebeu que eu não estava mais lá, já era tarde demais. Algumas filhas de Afrodite me agarraram e me puxaram para perto das quadras. Violet veio em meu socorro, mas eu consegui escapar antes que elas fizessem alguma coisa mais...

         Passaram-se duas semanas. Quíron há algum tempo, tinha saído para uma missão em New York, junto com um sátiro chamado Grover. Tinham ido resgatar um menino que estava sendo perseguido por algum monstro dentro do colégio dele.  O Senhor D, ou melhor, Dionísio havia voltado da sua reunião no Olimpo. Ele era grosso, rude e chato. Parece um professor. Nesse tempo, treinei também Equitação com Pegasus, onde eu não fui muito bem. Minha professora, Silena, falou que só preciso de mais treino. Eu fiquei com a minha camiseta queimada por causa da Parede de Escalada. Um pouco de magma caiu nela e saí correndo para o rio. E pulei dentro dele. Funcionou, pelo menos. Mas no que eu sou melhor é atletismo. A minha escola, na qual estou desde os três anos, tem um grupo de atletismo ótimo, e eu sou o líder dele.

         Estava tendo minha aula de arco e flecha, quando Violet apareceu no meio dela, pedindo para que eu a acompanhasse. Eu protestei, mas mesmo assim eu a segui pelo Acampamento, até a Casa Grande, onde Senhor D nos esperava na porta.

         Ele resmungou alguma coisa e nos mandou subir para o Sótão. Eu e Violet não contestamos e subimos rapidamente as escadas de madeira velha, que rangia a cada passada que nós dávamos. Abrimos o alçapão que fora indicada por Senhor D, que dava no lugar de destino

         Assustados com o ambiente novo, nós entramos vagarosamente na pequena sala. Tinha vários potes com coisas que eu não sei e nem quero imaginar o que eram. Um cheiro de podridão tomava o ar a nossa volta. Sentada num sofá apodrecido, uma múmia jazia, sozinha. Depois de quinze minutos ali, em pé, esperando o nada, resolvemos ir embora. Porém, quando abrimos a porta, uma fumaça verde saiu da boca escancarada do corpo e se espalhou pela sala. Uma voz sussurrou:

         -Eu sou o espírito de Delfos, representante de Febo Apolo, A luz do Olimpo. Aproximem-se, vocês que buscam, e perguntem.

         Eu olhei nos olhos de minha parceira. Ela, com um movimento de cabeça, assinalou que eu deveria perguntar ao Oráculo.  

         - Qual é o nosso destino, ó Grande Oráculo?

         A fumaça começara a se mexer. Começou a adquirir a forma de nossa velha conhecida, e recém morta, a Quimera. Logo que se formou, começou a recitar sua previsão.

A Morte os chamará para uma missão

Precisarão de sorte no caminho que seguirão

Monstros os perseguirão nesta jornada

Até que ela esteja acabada

No Norte é onde devem procurá-lo

É o filho da Morte. Vocês terão que encontrá-lo

A mais recém-chegada filha de Afrodite os acompanhará

E um amor entre eles florescerá

Mas esta missão terá muito perigo

Então sempre fique perto de um amigo

          Depois dessa poesia da Quimera, sua cabeça de leão e seu corpo de bode se desfizeram, voltando para a boca da múmia. Eu e Amanda ficamos estáticos no lugar. Olhávamos um para o outro, esperando alguma iniciativa do parceiro. Eu tomei a primeira atitude. Peguei-a pela mão e a puxei para fora. Simplesmente abri o alçapão e nós pulamos. Não havia tempo para descer a escada. Corremos até chegar ao Senhor D, que nos esperava.

         - E então? – perguntou, nem se movendo de onde estava ignorando nossa cara de preocupação.

         - Quem é a filha mais nova de Afrodite? – perguntei, rapidamente

         - É uma garota chamada de Lilian Hope. Ela chegou há alguns meses, pouco depois de você, Violet. Pensei que a conhecesse. – falou Dionísio - Qual é a Profecia? – nós repetimos a profecia a ele. O Senhor D. ouviu nosso relato atentamente, o que ele não fazia muito. Pelo menos era o que os outros campistas falavam.

         - Não ando com as filhas de Afrodite.  – Violet olhou o seu relógio de pulso laranja – É meio dia. Daqui á meia hora a trombeta tocará. Podemos ir para lá agora.

         - Vamos – falei, saindo correndo, deixando Violet para trás

         - Esse Dino e essa Camélia ainda aprontarão muito... – comentou alto o Senhor D

         - O nome dele é Daniel e o meu é Violet! – gritou minha companheira, ouvindo os nomes de forma errada, enquanto ainda tentava me alcançar.

         *        *        *

         Chegamos ao refeitório faltando ainda 10 minutos para começar o almoço. Os filhos de Afrodite, basicamente três meninos e sete meninas, já esperavam em fila. Nós já fomos direto à última, que seria Lilian.

         -Com licença. Você é a Lilian?

         - Sou sim – respondeu a garota, de nossa idade. Ela tinha cabelos de um tom castanho. Só que muito claro, fazendo parecer loiro. Os olhos eram um tom de mel praticamente dourado. Era uma das garotas mais bonitas que eu já havia visto. Mas, particularmente, achava Violet mais bonita.

         O estranho é que a voz de Lilian me hipnotizava. Eu só queria viajar na falas delas, fazer tudo o que ela me pedisse. Fiquei olhando pro nada, somente escutando a voz dela, quando Violet me empurrou e eu caí, sentado na grama. Algumas filhas de Afrodite começaram a dar risinhos.

         - Acorda Danny. Preste atenção na nossa tarefa. – falou irritada Violet – Lilian...

         - Pode me chamar de Lily – interrompeu a semideusa

         - Ok. Lily, agora pouco o Oráculo nos falou de uma profecia. Ela envolve você, eu e meu amigo pateta ali. – ela apontou para mim, enquanto eu me levantava e sorria de canto. As outras garotas de Afrodite deram mais risinhos. – Dizia que A Morte nos chamará para uma missão. Sairemos em missão amanhã de manhã.

         - A Profecia falava mais alguma coisa de mim? – perguntou Lily

         Eu juro que eu tentei calar a boca quando Violet fez aquele olhar “Cala a boca ou eu te mato”, mas eu não consegui fazer isto. Era como se ela mandasse em mim. Meu corpo não me obedecia.

         - Fala que você se apaixonará pelo filho da Morte – falei, mas logo que percebi, tapei a boca com ambas as mãos. Eu iria apanhar tanto de Violet que eu nem queria imaginar!

         - Obrigada, Danny. – falou Lily, antes que as suas irmãs dessem mais risadinhas ainda. Uma delas, Silena, não ria como as outras. Só ficava observando o chalé de Hermes, que estranhamente chegou cedo, especialmente para meu instrutor, Luke. Do chalé de Hefesto, que vinha junto com o de Hermes, o líder, se não me engano, Charles Beckendorf, olhava-os com ciúme. Pelo visto, até os meios-sangues tinham seus triângulos amorosos. – Então é um sim. Amanhã nos encontraremos na saída do Acampamento, as seis. Avisarei o Senhor D sobre nossa saída após o almoço.

         - Hein? Mas...

         - Fique em silêncio, Violet. – sussurrei, puxando-a para um canto afastado dos demais. – Ela aceitou, não? Então deixe isto quieto. Se começarmos a falar, talvez ela mude de ideia. Amanhã sairemos e pronto. Está ok para você?

         -Está ok para mim – ironizou Violet. Eu sorri. Ela seria uma ótima companhia nesta missão. – Mas vamos logo para o almoço – falou ela,

         Dirigimos-nos para nossas respectivas filas. Éramos os últimos das nossas filas, que estavam juntas, então continuamos a conversar. Nesse meio tempo, as filhas de Afrodite, excluindo Silena e Lily, olhavam-nos com olhos e sorrisos marotos, dando mais risadinhas. Aquilo estava nos irritando.

         O decorrer do dia foi o mesmo de sempre, até a após o jantar, na Fogueira...


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Notas finais do capítulo

Gostaram do climinha de suspense? Ou não? De qualquer jeito, mandem reviews (aprendi a escrever[finalmente]^.^)