Ops Desculpe! escrita por Emmy Black Potter


Capítulo 9
Primeiras aulas do dia - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Por algum motivo, não estou conseguindo postar o capítulo inteiro, somente "parte um e dois", então, vai ter de ser assim, espero que não haja problemas!



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Sentamos logo nas primeiras carteiras, sob os olhares dos alunos da Corvinal – graças a Deus não era com a Sonserina Nojenta!

- Temos aula de DCAT com o Remo – cochichei rapidamente para Harry, vendo Lupin entrar na sala.

         Ele parou na frente da sala, sorrindo como habitual, e disse:

- Bom dia turma.

         Os alunos disseram em coro: - Bom dia, professor Lupin.

         Eu sorri marota e falei numa voz divertida:

- Bom dia, tio Aluado.

         Os Corvinais e Grifinórios riram. É claro que Lupin não era meu tio, mas era meu “tio postiço”, e ele parecia satisfeito com isso.

- Como todos esses anos estamos nos preparando para combater as Trevas – a sala assumiu um ar pesado – hoje iremos lidar com um feitiço um tanto avançado.

         Olhei de esguelha para Harry, sabia que estava com sua varinha, mas provavelmente não iria usá-la. Isso causaria muita surpresa entre os alunos, principalmente quando os Sonserinos notassem, e contassem para os pais, e os pais para Voldemort – atraindo, assim, a atenção do Voldinho para Harry Potter.

         E isso, definitivamente, não era bom.

- Iremos aprender como combater dementadores – falou Remo – Alguém pode me dizer o feitiço...?

         Hermione, como sempre, ergueu tanto a mão que quase levantou da cadeira.

- Srta. Granger?

- O patrono – respondeu prontamente.

         Lupin assentiu: - Cinco pontos para a Grifinória. O patrono é o único feitiço que espanta dementadores, alimentando-os com felicidade, ao invés da sua.

         Tio Remo pegou sua varinha e disse:

- Expecto Patronum! – e um lobo prateado irrompeu de sua varinha. Uivou, antes de voltar para dentro. – É muito complicado lançar um patrono, um patrono corpóreo mais ainda. Não espero que consigam logo de primeira.

         Ele olhou para mim. Ah, não! Remo não pediria... Mas ele fez:

- Srta. Black, você poderia fazer a gentileza de nos mostrar seu patrono? – perguntou, sorrindo.

         Era como se Remo pudesse ler meus pensamentos e saber que eu não queria ir lá. Bosta de dragão!

- Claro – falei, trêmula.

         Eu nunca tinha aprendido a lançar um patrono, exatamente um patrono. O que Universo fazia era praticamente isso, mas era quando ele queria sair.

         Eu só sabia a teoria! Droga, choraminguei mentalmente.

- Expecto Patronum! – da minha varinha saiu um borrão, uma fênix.

         Era prateada – o que me surpreendeu, pois eu não via essa cor em minha aura há um século! Minha fênix piou, e sumiu para dentro de minha varinha.

- Muito bom – elogiou Remo, enquanto eu voltava a me sentar – Para lançar um Patrono, é necessário pensar na sua lembrança mais feliz, do contrário, não fará efeito. Em geral, os patronos mostram a forma de sua alma, que no caso, também poderia mostrar sua forma animaga, mas isso é só uma curiosidade.

         Com um movimento de varinha, as carteiras tinham sumido e todos estavam de pé na sala.

- Vamos, tentem fazer um Patrono. O nome do feitiço é “Expecto Patronum” – falou Lupin.

POV’s Autora:

         Os alunos começaram a tentar conjurar um patrono, mas logo descobriram que era complicado. Muitos ficavam animados ao ver fiapos prateados saindo da ponta de sua varinha, mas eram só isso, fiapos.

         Harry não se sentia muito confiante. Não tinha muitas lembranças felizes, só para começar, já não tinha memória e não é como se ele tivesse sido hiper feliz em Harmony.

         Ele viu Neville, desajeitadamente, tentar conjurar um patrono, mas só faíscas saíram, mas ele não pareceu desanimar.

         Rony tinha feito fumaça prateada sair de sua varinha e já comentava animado que parecia um tigre – isso fez Harry rir, pois era simplesmente fumaça.

         Susana tinha uma grande evolução, seu patrono certamente estava tomando forma, e parecia um mico, daqueles pequenos e que gosta de fazer palhaçada – Alicia achou que isso combinava bem com a amiga.

- Vamos, Harry, tenta! – incentivava Alicia, vendo que o moreno só observava os outros.

- Não sei não, Al, não me sinto muito confiante disso – ele dizia, meio encabulado.

         Ela deu um empurrão em suas costas, como se dissesse “Faça!”, ele simplesmente riu, mas pegou a varinha e, para sua surpresa, aquela sensação de aquecer seus dedos percorreu novamente suas mãos.

- Mas... Espera – pediu ele, vendo que os amigos olhavam para ele com expectativa – Eu não tenho lembranças felizes.

         Sorrindo, brincou: - Desmemoriado, lembram?

- Bom, mesmo sem memória, você ainda é o mesmo maroto – comentou Su, sorrindo.

         Harry deu um sorriso amarelo como resposta.

- Concentre-se em algo qualquer – sugeriu Alicia, com olhos pidões, ela ainda incentivava.

         Ele suspirou, se concentrou. Estava tentando fazer com que algo lhe viesse a cabeça, algo feliz. E percebeu como era complicado.

         Uma voz apareceu em sua cabeça, era infantil, doce e meiga, mas um tanto falsamente chorosa, e ele imaginou um sorriso. Não vai me dizer “oi”, Pontas?

         Olhando de esguelha, reparou que parecia muito a voz de Alicia, mas era difícil saber, pois ainda era muito infantil.

- Expecto Patronum! – uma fênix branca irrompeu de sua varinha, e isso pareceu atrair a atenção dos alunos.

         A fênix parecia muito sólida e real, tanto que quando cantou, deu-se para ouvir. Seu brilho era inconfundível, não era prata como um patrono deveria ser, mas sim branco. E brilhava tanto que alguns colocaram a mão na frente dos olhos.

         Algum tempo depois, ela some. Remo sorri, orgulhoso do “sobrinho”.

- Muito bom, Sr. Potter – falou o professor – cinqüenta pontos para a Grifinória.

         Nesse instante o sinal toca e os alunos saem comentando. Tinha sido uma boa aula de DCAT e todos se sentiam animados a conseguir executar logo o patrono, para verem suas formas.

         Alicia rapidamente juntou os seus materiais, olhando para Harry, que fazia o mesmo – ele tinha ganhado de Dumbledore, provavelmente, pois tinha tudo que seria necessário numa cadeira ao lado de sua cama no dormitório.

         Ela ainda ficava encantada que, mesmo não se lembrando de Aura, ele conseguia ser poderoso.

- Vai ficar encarando ele, ou vamos para aula de Transfiguração? – cochichou uma voz maliciosa no ouvido da ruiva.

         Alicia corou até o último fio de cabelo quando viu a cara de Susana.

- Merlin, você tem pensamentos bem obscenos quando quer, Susaninha – brincou.

- E você também, Lyzinha – respondeu, as gargalhadas, Susana.

         Balançando a cabeça, acompanharam os amigos.

         A aula de Transfiguração foi simples, eles somente copiaram umas coisas que a Profª Minerva tinha passado no quadro, a teoria para animar bonecos – e parecia, estranhamente, divertida.

         Apesar do olhar severo de Minerva McGonagall, Alicia sabia que atrás dela se escondia uma professora brincalhona e preocupada. Afinal, quantas vezes ela já não tinha ido na Mansão dos Potter e conversado com Pontas e Alicia? Sorrindo, ainda por cima!

         Eles tiveram um intervalo entre a aula de Transfiguração e o almoço, e Alicia aproveitou isso para levar Harry até o obelisco que ele tinha no lago.

         Os amigos – Rony, Hermione, Neville e Susana (Gina ainda tinha aula) – compreenderam que eram um momento para deixá-los a sós e para explicações.

         Harry via como as pessoas olhavam curiosas para ele, enquanto passavam pelo grande castelo em direção ao lago, mas ele tentava ignorar, conversando com sua nova, ou velha, amiga.

- Na verdade – contava Al – aqueles dois brigam desde sempre, sabe. Mas, se amam demais, dá para ver. Só são idiotas demais para não perceberem isso.

         Nisso ela dá um bufo delicado e fala: - Hermione é muito orgulhosa e cabeça-dura, e Rony, bom, ele não é alguém que exale inteligência, não é mesmo? – termina marota.

         Mas Harry só ri, entretanto, para imediatamente ao ver o olhar triste de Alicia pousar sobre uma estátua.

         Era um obelisco pequeno. Um garotinho, não devia ter mais que dez ou onze anos, encarava a grande escola, com um olhar um tanto sonhador. Ele era pequeno e um tanto magricela.

         A estátua era de mármore branco e bem detalhada. O garoto sentava-se abraçado aos joelhos, a cabeça apoiada nos dois braços. Podia-se ver que ele tinha um cabelo rebelde, por mais que fosse feito de pedra. Uma fina marca em forma de raio cobria sua testa, e instintivamente ele levou a mão em sua cicatriz. Era igual, sabia disso.

         Alicia andou até o pequeno obelisco, e sentou-se, as costas contra as costas do menino, as suas costas, praticamente.

- Quando você morreu – começou ela, pesarosa – pedi para fazerem algo especial. Tio Dumby, digo, o Prof. Dumbledore deixou fazerem um obelisco seus aqui, porque eu sabia que você estava animado para vir a Hogwarts.

“É uma homenagem a você, entende? Muitos bruxos e bruxas ficaram chocados quando você morreu”.

         Harry sentiu sua testa franzir, confuso.

- Como assim? – sentou-se na grama e perguntou, um tanto tímido – Al, você... Ahn... Você poderia me contar meu passado, desde o início?

         A ruiva sorriu, parecendo ter esperanças.

- Talvez... – ela disse baixinho – Talvez você se lembre se eu falar, não é mesmo?   

         Harry não sentia-se muito confiante disso, sua cabeça estava em branco sobre tudo, mas assentiu, enquanto ouvia Alicia começar a falar.

         A garota, por sua vez, contava tudo que conseguia lembrar, sem omitir nada. Desde Lord Voldemort o perseguindo – apesar de não saber o porquê quando Harry perguntara – até sua morte.

         Contou das experiências que tinham tido, as brincadeiras, as festas, as datas importantes...

- Ah, feliz aniversário atrasado – disse, sorrindo, o moreno.

         Alicia corou. De repente, lembrou-se que suas amigas ainda não tinham lhe dado seus presentes, por causa de toda correria na noite anterior, iria perguntar a elas.

         Terminou de contar e Harry levantou-se, sorriu e agradeceu.

- Vamos almoçar? Estou com um pouco de fome, você não, Al? – perguntou, sorrindo.

         Parecia mais fácil, agora, que sabia de tudo.

         E, extremamente feliz, a ruiva concordou. E caminharam em direção ao Salão Principal, para um almoço sem dúvidas.


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