Ops Desculpe! escrita por Emmy Black Potter
Hermione prontamente ergueu a mão e Lene sinalizou que ela podia falar.
- São seres que não podem ser visto pelos olhos da maioria das pessoas, mas podem ser sentidos e ouvidos – explicou a morena rapidamente.
- Dez pontos para a Grifinória – disse Marlene simplesmente – Como a Srta. Granger disse, os seres ilusitórios não podem ser vistos pela maioria das pessoas. Alguns tem certas exceções de como são vistos, e outros outras exceções.
As palavras de Marlene iam aparecendo magicamente no quadro negro atrás dela.
- O Testrálio é um bom exemplo de um ser ilusitório. Podem ser vistos, somente, pelas pessoas que já viram a morte, ou seja, que já viram alguém morrer na sua frente.
Alicia olhou de esguelha para Harry, será que ela conseguiria ver um testrálio? Mas o amigo não tinha morrido de verdade...
- Outro exemplo é o Geaglet. Só podem ser vistos por pessoas que tem um certo nível de mágica, ou seja, pessoas poderosas. Uma curiosidade, é que, há alguns séculos atrás, as pessoas usavam Geaglets para medirem seus níveis de magia.
Marlene caminhou até o canto da sala e arrastou uma mesinha com rodinhas até a frente da sala. Em cima, havia uma caixa de vidro coberta por um pano vermelho.
- Aqui dentro tem um Geaglet, vou tirar um pano, quem puder ver imediatamente erga a mão, quem não conseguir se concentre, se não conseguir, bom, não tem níveis de magia muito altos – terminou Lene, e tirou o pano de cima do vidro.
Harry por instinto ergueu a mão e Alicia também, eles continuaram olhando bobamente o bicho estranho que tinha ali. Ele tinha o tamanho de um poodle, mas estava andando sobre duas patas.
Ele tinha uma cara de quem bateu contra uma parede, chifres pontudos saiam de sua cabeça e ele tinha enormes garras em seus finos dedos – o que lembrava muito um grindylow. No meio de suas costas saiam dois rabos, que faziam um loop e terminavam pontudos.
Os alunos aos poucos foram erguendo as mãos, quase todos ergueram, exceto dois Lufos mirrados que Harry não sabia quem eram.
- Os Geaglets parecem inofensivos, mas são criaturas das trevas, por isso não são mais usados como medidor de magia – explicou Marlene – Eles costumam viver no escuro e odeiam serem perturbados. Estão vendo as garras e os chifres? Sim, são mortais e uma picada com seus dentes e você ganha um bom veneno de presente...
Ela parecia querer acrescentar algo, mas o sinal bateu, indicando o fim da aula.
- Quero trinta e cinco centímetros para a próxima aula sobre informações de Geaglets – finalizou a professora, arrumando o material.
O grupo de Grifinórios começou a guardar os materiais na mochila, conversando sem pressa. Quando todos os alunos, menos o grupo de Grifinórios, tinham saído, Marlene disse, sorrindo:
- Então, Harry, sou uma boa professora? – perguntou ela. Sua voz era calma e quase divertida, mas ela estava em pânico por dentro, e sabia por que.
Tinha dado aulas pra sua filha e pros amigos dela – que os considerava filhos também – mas nunca para seu afilhado. E ela tinha chorado tanto quanto Alicia quando ele morrera. E saber se ele gostava de sua aula, era quase como dizer que gostava dela.
Mas Harry sorriu, como que para tranqüilizá-la, como se ele tivesse ouvido sua guerra mental:
- Foi excelente, madrinha – sua voz era sincera e um tanto lenta, como se quisesse que ela entendesse bem.
Marlene sentiu os olhos marejarem e virou-se para apanhar seus livros e não a verem chorando. O grupo de Grifinórios sorriu entre si, fingindo não ver, e saíram da sala.
Estavam indo deixar suas mochilas na Torre para poder ir jantar no Salão Principal.
Entretanto, seus caminhos foram barrados – por Sonserinos, quem mais?
- Ora, ora – praticamente sibilou Zabine – se não é o “Grupo de Ouro”.
Harry arqueou uma sobrancelha – Grupo de Ouro? Então, era isso que as cobras pensavam?
O moreno não precisaria de mais dias pra chegar a conclusão de que os Sonserinos se achavam melhores, superiores. Só não paravam para pensar que também havia os próprios “sangues-ruins” em sua casa.
O grupo que os abordara não era muito grande. Porém, era maior que o de Grifinórios – como se isso preocupasse o moreno... – Harry reparou que o tal Malfoy não estava lá... Qual era seu “mistério”?
- Melhor isso do que “Trupe de Cobrinhas Idiotas” – retrucou, sem perder a compostura, Alicia.
Os Sonserinos torceram a cara.
- Principalmente você, Parkinson – sorriu com ironia Hermione, para a garota que Harry achava que tinha cara de vaca, na aula de Duelos.
Ele estava cada vez mais surpreso, Hermione não parecia ser o tipo de pessoa que “retrucava ou xingava”.
- Cale a boca, sangue-ruim – devolveu, indignada, Pansy.
Neville e Susana seguraram Rony, que parecia querer cortar o pescoço da garota.
- E vejam só – zombou Zabine, que parecia “o líder” -, Harry Potter está de volta, não é agradável, gente?
Os Sonserinos acabaram-se de rir, com escárnio e amargura – não era nem um pouco parecido com o riso inocente de Alicia que ele ouvira em sua cabeça.
- Fique preparado, Potter, assim que avisarmos, o Lorde das Trevas virá atrás de você – sorriu irônico, Zabine. Um dos brutamontes ao seu lado resmungou o que parecia um breve ‘sim’.
Mas Harry só riu, achando graça. O olharam como se ele fosse louco. Mas ele falou numa voz tão fria e confiante que fez os Sonserinos gelarem:
- Pouco me importa o que Lord Idiotice vai fazer em relação a mim – zombou o moreno, ainda rindo – Sinceramente, pouco me importa se ele vai aparecer aqui e me matar, além do que, ele não teve muito sucesso da ultima vez, ou teve? E, sabe, quem deveria se preparar é você, Blásio Zabine, pois ande um dedo fora da linha, e vão ser seus membros que vão estar fora de você.
O Sonserino engoliu seco, mas só arqueou as sobrancelhas como se dissesse “quero ver”.
Harry pouco se importou virou para a garota chamada Parkinson e disse com a mesma frieza:
- Parkinson, gosta de seus olhos? – a pergunta era um tanto estranha, considerando a situação, mas a menina estava tão apavorada que respondeu bobamente.
- Mas é claro – e vendo o que dissera completou: - Só meus olhos valem mais do que um sangue-ruim.
Harry riu: - Se gosta deles, então é melhor calar a boca e parar de falar mal dos meus amigos, antes que eles, misteriosamente, saiam de seu rosto e parem em minhas mãos, esmagados.
A Sonserina engoliu auditivelmente, cagando-se de medo.
- Veremos, Potter, veremos – Zabine parecia satisfeito que sua voz não tivesse tremido.
Os Sonserinos viraram-lhe as costas, indo embora.
Harry trocou um rápido olhar com Alicia, assentindo, fizeram uma mágica sem varinha mesmo.
Faíscas verdes e pretas voaram em direção ao grupo de Sonserinos, acertando-os de surpresa. Seus corpos começaram a mudar, e quando tudo acabou, o grupo de Grifinórios cagou-se de rir.
Estavam de frente para macacos, aqueles miquinhos pequenos que se viam em zoológicos, presos em jaulas e com pessoas olhando para eles. Era quase jogar na cara deles que eles não eram superiores.
Os micos começaram a fazer barulhos, e logo muitas pessoas que iam passando para o Salão Principal viam o estardalhaço. Logo entenderam do que se tratava, pois além terem virado macacos, havia uma placa prateada em escritos verdes: “Sonserinos não são mais como antigamente. Cobras pareciam antiquadas para eles, então, decidiram mudar”.
E, a medida que as pessoas liam, elas riam, os que mais riam eram os Grifinórios – o que mais tinha ali também, porque era o caminho da Torre da Grifinória.
A confusão chamou a atenção de professores – Snape, que tinha sua cara torcida em desagrado, Minerva que parecia horrorizada, Marlene e Lílian que pareciam entre rir e brigar, Remo parecia se conter a todo custo, mas deixara risadas escapar.
Tiago e Sirius estavam chegando do Quartel de Aurores e iam em direção ao Salão, mas com todo o estardalhaço, foram em direção aquilo (adoravam confusões) e cagaram-se de rir ao ver tudo.
Os professores dispersaram os alunos, e transformaram os Sonserinos de volta, que ficaram “para dar explicações”.
- O que foi isso?! – horrorizou-se Minerva.
- Foram eles, professora, - berrou, chorando falsamente de medo, Pansy, sendo consolada por Nott – os Grifinórios. Estávamos passando somente, e eles fizeram isso.
Snape deu o que mais parecia próximo de um sorriso.
- Sugiro detenções por todo o ano, Minerva, e cem pontos de cada um – e, sorrindo mais, acrescentou, pouco ligando em baixar a voz: - Tinha que ser filho do Potter.
Tiago ia praticamente se jogar para cima de Snape, mas Sirius o segurou. Só que ninguém segurou a língua de Harry:
- Não acho que seja o caso, professor Snape – retrucou Harry, sua raiva não transparecia em sua voz – estávamos meramente conversando sobre assuntos banais a adultos.
- E o que seria? – Severo perguntou desagradado.
- Não sei, como o dia estava bonito, como jantar ia ser bom... – Harry deu uma pausa dramática – como o Lord Voldemort ia me matar quando me visse. Como eu disse assuntos banais.
E deu de ombros, sorrindo. Lílian ofegou, tão horrorizada quanto Minerva tinha ficado ao ver os Sonserinos transfigurados em macacos. Tiago a enlaçou pela cintura, fuzilando com os olhos o grupo de ‘verdinhos’. Remo, Sirius e Lene os imitaram, pouco ligando se eram professores ou não.
Minerva estava impaciente e Snape não parecia mais tão confiante quanto antes.
- Expliquem-me melhor essa história, o que foi, exatamente que aconteceu? – ela perguntou primeiro para Blásio.
O Sonserino, num tom dramático e falsamente apavorado explicou:
- Estávamos passando para ir ao Salão Principal, professora McGonagall, quando o grupo de G-Grifinórios – Zabine fingiu gaguejar em medo – começou a nos xingar, Potter abertamente nos ameaçou de nos matar, professora! – exasperou-se – E, depois, ele e Black nos transformaram em macacos, sendo que nada tínhamos feito.
Severo Snape sorriu, com tanto escárnio quanto os adolescentes tinham sorrido para os Grifinórios antes – mas ele era, afinal, um Sonserino também.
- E você, Sr. Potter? – perguntou Minerva. Quem olhasse mais a fundo, perceberia que ela não estava sendo brava com Harry, estava preocupada. Porque Minerva McGonagall conhecia o estilo dos Sonserinos e filhos de Comensais.
Arrogantes e prepotentes, pouco se lixavam para as aulas e pouco ligavam para notas.
- Íamos guardar nossas mochilas na Torre, professora – começou Harry, numa voz calma e normal, sem o exagerado fingimento de Blásio – quando os senhores e a senhorita ali chegaram – quase tinha um toque de ironia aí – e nos xingaram de “Grupo de Ouro”.
Harry tomou um pouco de ar e continuou, ainda pacifico:
- Xingaram Hermione de sangue-ruim, falaram ser superiores só por serem o que são, então, transformamos eles em macacos, o que não foi difícil, já que bom, era como eles estavam agindo – concluiu.
O que fez a seguir espantou todos, adultos e adolescentes. Harry simplesmente apareceu na frente de Zabine, que quase molhou as calças. O moreno já não mais tinha aquela postura calma e seus olhos ardiam, e, o estranho, suas íris estavam num tom branco que emanava puro poder.
- Olhe aqui, Zabine – começou numa voz cortante Harry – falei educadamente com a professora, porque diferente de você ela merece, mas não terei saco algum com você, fui claro?
O Sonserino só assentiu bobamente.
- E suas chances de tentar mentir são tão patéticas quantos Voldemort – continuou o moreno – e xingue meus amigos ou qualquer um de sangue-ruim e outras coisas mais, e você estará no inferno, arrumando o quarto que reservei para Lord Idiotice, entendeu?
Mas o Sonserino só fazia acenar positivamente. Harry virou-se para Pansy, ainda furioso.
- E você, sua vaca, seus olhos valem tanto quanto vermes, então, xingue Hermione de alguma coisa, e não serão somente seus olhos que ficarão fora de seu corpo.
Harry, tão de repente quanto chegara a frente dos Sonserinos, voltou ao seu lugar – silencioso, sutil e rapidamente. O moreno parou ao lado de Alicia, que lhe lançou um discreto sorriso.
Minerva suspirou e disse:
- Pois bem, os senhores e a senhorita – ela falou para os Sonserinos – estarão em detenção com o Filch por duas semanas – Minerva virou para Alicia e Harry – vocês ficarão esta noite e amanhã de detenção com a Profª Lílian.
Snape, obviamente, mostrou-se indignado a isso – que Potter e Black tivessem se livrado disso com tanta facilidade, mas ele não pode discutir, quem tinha começado tudo foram eles, a culpa era dos macac... Quer dizer, dos Sonserinos!
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