A Vida de Annabeth Chase escrita por indeterminado


Capítulo 39
Capítulo 39 - Contando pro meu pai


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu! Como o prometido, fiquei feliz com os comentários então aqui esta o capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/138763/chapter/39

Cheguei em casa e coloquei a Mel no berço, desci novamente até a sala para pegar nossas malas, eu paguei um táxi, pois meu carro esta aqui no apartamento.

Resolvi fazer um lanche, estava com fome, não gosto nem um pouco da comida do hospital.

Depois de comer eu ouvi batidas na porta, provavelmente era o meu pai e eu acertei, quando eu abri a porta ele veio me abraçando e perguntando:

_ Você está bem?

_ Estou sim – Falei sorrindo ainda o abraçando

_ O que você tinha era uma doença? – Perguntou ele

_ Não é doença, mas é incurável e para sempre – Falei sorrindo

_ O que você tem? – Perguntou ele preocupado

_ Acho melhor mostrar do que falar – Respondi o puxando pela mão para o segundo andar onde se encontrava o quarto da Mel e o meu

_ Por que esta me puxando? – Perguntou ele

_ Eu preciso te contar uma coisa – Falei

_ O que? – Perguntou ele

_ Eu realmente tinha alguma coisa em mim, não era uma doença, mas ficou por 10 meses em mim – Falei e ele demorou alguns minutos para entender

_ Você é.........., eu sou vovô? – Perguntou se confundindo com as palavras

Eu sorri

_ É isso aí, eu sou mãe – Falei e os olhos do meu pai brilharam e este me abraçou

_ Calma – Falei retribuindo o abraço

_ É menino ou menina? – Perguntou ele

_ É uma menina chamada Melody – Respondi

_ Lindo nome, posso conhecê-la? – Perguntou ele

Fiz que sim com a cabeça e abri a porta do quarto da Mel

Ele entrou e foi direto para o berço

_ Ela é linda – Falou ele enquanto olhava minha filha

_ Eu sei – Falei

_ Posso saber quem é o pai? – Perguntou ele

_ É o infeliz do meu marido – Falei

_ Você casou? – Perguntou ele assustado

_ Sim, mas eu fugi um dia depois do casamento – Falei

_ Por que se casou então? – Perguntou

_ Por que eu estava bêbada – Respondi e ele riu

_ Só você para aprontar uma dessas – Ele riu mais ainda

_ Nem sempre fui assim – Falei e ele riu mais ainda

_ Ai que você se engana, você sempre foi doidinha, fala o que pensa e age contra tudo e contra todos se achar que o motivo vale a pena – Falou ele voltando a olhar minha filha

_ Coitada dela, vai ter problemas com homens – Falou ele

_ Não se preocupe, eu vou tirar os homens de perto dela – Falei

_ Acho que você me interpretou mal, ela é que vai ter que tirar muitos homens de perto de você – Falou ele rindo.

_ Eu tenho mais juízo que todos os deuses e humanos juntos – Falei

_ E como que é que você sabe disso? – Perguntou ele

_ Fácil, eu tenho muito juízo por que nunca usei – Falei rindo

_ Nisso nós concordamos – Falou meu pai

Minha filha se mexeu no berço e nós decidimos descer para a sala para não acordá-la

_ Só me responde uma coisa – Falou meu pai

_ O que? – Perguntei

_ O pai desta criança sabe que ela existe? – Perguntou ele

_ Não – Respondi

_ Sua mãe sabe desta criança? – Perguntou ele novamente

_ Não – Respondi novamente

_ Por que você não contou? – Insistiu ele

_ Eu não quero que minha filha cresça num mundo como os dos deuses, eu quero que ela cresça num mundo normal – Falei

_ Tenho que admitir que eu teria feito o mesmo por você – Falou ele e eu sorri

Depois de muito conversar começamos a falar sobre onde eu viveria

_ Você já escolheu a casa que vai morar? – Perguntou ele

_ Vou morar num apartamento – Falei

_ Não vai não – Falou ele firme

_ Por que não? – Perguntei

_ Porque, criar uma criança comum num apartamento já é muito difícil, imagina criar uma semi-deusa – Falou ele

_ Eu morei num apartamento desde quando nasci – Falei

_ Eu me arrependo profundamente de te fazer crescer num apartamento – Falou ele

_ Por que? – Perguntei

_ Você aprendeu a andar rápido, mas por nós morarmos num apartamento, você caiu do segundo andar, por sorte o segurança do apartamento conseguiu te pegar – Falou ele

_ Como eu não sabia disso? – Perguntei

_ Por que eu não contei isso para ninguém – Respondeu ele

_ Mas por que manter segredo? – Insisti

_ Como eu ia explicar o fato de você andar com apenas um ano, e ainda por cima conseguir subir numa janela – Respondeu ele

_ Nisso você tem razão – Falei desviando meu olhar do dele, encarando a parede que estava ao meu lado

_ Annabeth você tem uma tatuagem? – Perguntou ele

_ Tenho, fiz há alguns meses – Falei apontando a borboleta no meu pescoço

_ Achei que o símbolo da sua mãe era uma coruja – Falou ele observando o desenho

_ É uma coruja, mas eu fiz uma borboleta, pois sou como ela – Falei

_ Como assim? – Perguntou ele sem entender minha analogia

_ Eu nasci diferente e estranha, mas um dia eu me transformei – Falei

_ Isso faz sentido, principalmente quando se é uma semi-deusa que não envelhece – Falou ele

_ Pai eu não sou mais semi-deusa, agora eu sou deusa – Falei

_ Não acredito – Exclamou ele

_ Os deuses vieram com uma historinha de presente aos dois heróis que salvaram o Olimpo, disseram que se eu não virasse deusa o mundo acabaria, depois me obrigaram a me transformar – Falei

_ Então você é uma deusa menor? – Perguntou ele

_ Não pai, eu sou uma deusa olimpiana – Respondi

_ Olimpiana que tem o trono fixo no Olimpo? – Perguntou ele ainda de olhos arregalados

_ Sim pai, foi por isso que eu fugi, minha mãe tentava me controlar, mentiu pra mim e ainda esperava que tudo ficasse bem – Falei deixando a tristeza e a raiva transpassar pela minha voz

_ Calma – Falou ele me abraçando

_ Quando você sai de viagem por 2 anos, você espera uma festa surpresa, mas não, eu cheguei em casa e realmente iria ter uma festa, que pra mim era surpresa, iria acontecer o casamento da minha mãe – Falei

_ Com que sua mãe casou? – Perguntou meu pai ainda me abraçando

_ Com a pessoa que ela dizia mais odiar – Respondi

_ Poseídon – Falou ele acertando na mosca, eu apenas acenei positivamente com a cabeça

_ E você e o Percy? – Perguntou ele

_ Eu não, espera aí, como você sabe? – Perguntei

_ Quando você fugiu, eu liguei para o Quíron e perguntei por você, ele me respondeu que você não estava lá, então eu sai para procurá-la na delegacia, quando cheguei lá me falaram que um garoto também estava te procurando, me passaram o numero dele – Explicou ele

_ Que mais? – Perguntei

_ Depois de uma semana que você foi embora, eu liguei para ele e quem atendeu foi a Sally, ela me contou que ele ainda estava te procurando mesmo depois de saber que você tinha feito a busca policial parar, pouco depois ele foi internado, ele não comia, não dormia, ele só sabia chorar e chamar por você – Falou ele

_ Eu não sabia disso – Falei me sentindo mal,  mas me lembrei de tudo o que ele me fez passar, cada lágrima que derramei por ele.

_ Nós perguntamos por que ele estava daquele jeito e ele só falava “A culpa é toda minha”, ele só voltou a comer quando a Sally falou que este precisava se alimentar para sair do hospital e te procurar – Falou ele

_ Hum – Respondi

_ Mas o que aconteceu? – Perguntou

_ Ele me traiu, estávamos namorando escondido, e então marcamos de nos encontrar. E quando cheguei lá, ele estava com outra – Respondi fria

_ Mas e se ele não tivesse a intenção, e se ele foi agarrado? – Perguntou, pra falar a verdade eu não tinha cogitado esta hipótese, pode parecer estranho, mas nunca olhei por este ângulo.

_ Mesmo assim, ninguém beija sozinho – Falei dando uma desculpa para fugir da culpa que me atingia, meu pai concordou comigo

Ele me contou coisas horríveis, coisas que ele passou pra me encontrar, ou então, a investigação que ele liderou pelos EUA inteiro para me encontrar.

Eu me sentia culpada por tudo o que aconteceu com ele, eu não entendo se ele gostava tanto de mim, por que ele me traiu? Não intendo, se realmente ele tivesse sido agarrado, eu cometi a maior injustiça da minha vida. Mas também não justifica ele ter correspondido o beijo daquela vadia. Por que ele faria algo assim. Era uma filha de Afrodite, poderia ter o agarrado e que homem consegue suportar os encantos de alguém tão linda como a filha de Afrodite.

Pouco tempo depois meu pai foi embora, ele voltaria para o país onde esta morando, ele só veio resolver algumas coisas.

Pov Percy

Minha vida perdeu sentido desde o novo sumiço de Annie, ontem tive a reunião com ela, bem não exatamente ela, já que ela mandou um robô. De verdade eu não entendo, estávamos bem, os deuses nos aceitaram e tudo corria nos conformes. Primeiro ela fugiu para o mundo humano, voltou, mas tinha que ser no dia do casamento dos nossos pais? Ela ficou revoltada, e admito que eu também, apesar de ter presenciado o nascimento do Alex e tudo mais que se passou em dois anos, não consegui apenas esquecer tudo que já passei por entre os dedos de Atena. Ela me ameaçava de morte por chegar perto de Annie e agora estava casada com meu pai, que era seu maior inimigo.

Minha mente estava cheia, desde ontem estou agitado, primeiro vi a Annie grávida, pensei que fosse de um humano, que ela tinha me traído ou sei lá o que, mas ontem eu senti algo diferente muito forte. Não era dor, era uma felicidade, dormi sorrindo.

Mas o mais estranho foi o sonho, primeiro eu vi a Annie em trabalho de parto, mas o sonho mudou rápido.

De repente eu estava deitado com o rosto coberto, eu sorria bobamente como se tudo estivesse perfeito, senti algo se movendo ao meu lado e me aprecei a dizer:

_ Bom dia – Falei com a voz meio rouca

_ Percy? – A voz dela perguntou, descobri a cabeça olhando-a. Ela estava perfeita, vestida apenas com uma lingerie, mostrando suas curvas. Meu olhar passou pelo seu corpo, senti um calor nascer dentro de mim. Eu queria perguntar o que ela fazia ali, ou até mesmo o que eu fazia ali, mas o sorriso em meu rosto não permitia.

_ Vamos amor levante – Ela disse com a voz suave

_ Temos mesmo que voltar pro Olimpo? – Perguntei olhando novamente para ela.

_ Claro que sim – Respondeu ela

Neste segundo a porta foi aberta num estrondo. Uma menina de cabelos castanhos meio aloirados, olhos azuis esverdeados levemente cinza. Era uma menina perfeita, ela sorria, não consegui deixar de sorrir de volta, seus olhos demonstravam a felicidade que ela senti.

Foi aí que eu acordei, mas não demorei muito pra entender do que se tratava, Annabeth acabou de ter um filho, ou melhor, uma filha, uma linda menina que também é minha.

Saltei da cama num salto pronto para me tele transportar para o Olimpo, aos poucos desisti desta ideia, se eu contasse sobre minha filha, teria que contar sobre meu casamento e isso seria ruim.

Bufei pelos meus pensamentos, estava de mãos atadas, sabia que tinha uma filha, e rodaria o mundo para encontra-la, mas sei também que a mãe dela não a deixaria fácil, senão qualquer deus poderia localiza-la.

De mãos atadas, é assim que me sentia no momento. Tudo que eu preciso é me encontrar e me acertar com Annabeth, que é o que eu mais quero, e então poder tomar minha menininha nos braços e lhe chamar de filha.

Confio minha vida a Annabeth, sei que ela vai voltar, ou vai ser trazida a força, mas ela não será injusta de jogar minha pequena contra mim!

Respirei fundo disposto a esperar o tempo que for necessário, e assim eu comecei a fazer, esperar até que meu amor retorne aos meus braços com meu bebê


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigado aos comentários! Amo os ler e responder! Espero mais neste capítulo! Beijos...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Vida de Annabeth Chase" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.