Por Hillit            Eu SABIA que aquilo iria acontecer. Eu sabia também que não podia evitar. Ela iria saber de algum jeito, por isso, não fiquei nervosa com o acontecido, mas fiquei surpresa com o cara de mãos dadas com ela. Era ele o tal de Strify do jatinho. Por que ela saiu do hotel e deu um beijo no tal cara? Provavelmente para provocar ciúmes, mas eles pareciam estar íntimos. Não só eu, mas Bill também notou isso. Layla saiu do hotel feito um foguete com o tal de Strify, que parecia ser gente boa por sinal e deveria não estar entendendo absolutamente NADA do que se passava ali. Mesmo assim, a seguiu.        Logo depois disso, voltei o olhar para Bill que estava com a cabeça baixa e uma das mãos na testa. Me aproximei fazendo ele olhar para mim e perguntei       -Você a ama mesmo? - aquela frase saiu fria como gelo, meus olhos estavam fixos e frios também       -Olha, Hillit, me desculpe. Me desculpe por ter entrado na sua vida. Me desculpe por estragar tudo e fazer da sua vida uma bagunça... Eu poderia ficar me desculpando por toda eternidade, mas não seria o suficiente...       -Eu te fiz uma pergunta, Bill. - manti o tom de voz frio       -Bem... -ele respirou fundo e continuou- Eu gosto de Layla e acho ela uma garota simpática e inteligente, mas ela não me faz sentir o que você me faz. Senti uma atração por ela, não vou negar. Mas você...Você me tornou um obcesivo. Me fez sentir uma coisa inexplicável, uma coisa que me assustou e fez eu me afastar de você. Cometi um erro atrás do outro e o maior deles foi pedi-la em namoro. Depois percebi que eu tinha que estar com você a qualquer custo. É a única coisa que eu queria na vida, e ainda quero...Fui egoísta e não pensei em consequências e agora você perdeu sua melhor amiga. Eu disse que a amava porque fiquei nervoso sem saber o que dizer. Queria amenizar a situação. Você tem todo o direito de me odiar. Entendo se não quiser acreditar em mim. - ele abaixou a cabeça novamente e deixou escorrer uma lágrima depois virou as costas.       -Bill espere! - sussurrei fazendo-o voltar a minha direção.Dei-lhe um abraço bem forte.       Senti a sinceridade em seus olhos enquanto ele falava. Assim que o abracei, ele não se conteve e caiu no choro, e eu também. Ficamos uns minutos naquele estado. Então, me afastei um pouco para que pudesse olhar para ele. Enxuguei algumas lágrimas que ainda molhavam o rosto dele e disse:       -Layla deve estar pensando em mil formas de nos matar, mas sinto que podemos resolver isso.       -Hm... Queria ter a mesma certeza que você. O que faremos agora? Vamos atrás dela?       -Não, agora não. Ela provavelmente vai voltar à Paris e ela não pode ir sem levar as coisas dela, afinal, até mesmo a mala que ela estava quando voltou foi levada ao quarto pelo carregador. Vamos subir e esperar ela voltar. Ela está muito nervosa e não vai nos ouvir.       -Tem razão. -dei uma pausa.       -Quem era aquele cara com ela? - Bill perguntou com um olhar perturbado.
      -O amigo do jatinho.       Bill desviou o olhar e ficou pensativo, mas logo voltou a olhar para mim. Parecia que ele queria dizer alguma coisa, mas desistiu.       Então, subimos até o quarto e ficamos lá. Eu nem acreditava que ele estava comigo e que eu não tinha mais que esconder meus sentimentos.       Já era noite e ficamos na cama conversando até que Bill me abraçou e caímos no sono.       Aproximadamente umas 23hs, ouvimos batidas na porta. Era Layla, como eu tinha previsto...