Minutos depois os dois estavam na parte de trás da casa noturna.

-Que tal? -perguntou abrindo os braços, como ser estivesse mostrando o lugar.

-Perfeito. E então? O que você quer?

-Isso. -respondeu beijando ele furiosamente.

Segundos depois o ar faltou aos dois, e eles se separaram, antes Lilian deu uma pequena mordida no lábio dele...

-O que foi isso?-James perguntou chocado, chupando as pequenas gostas de sangue que sair do ferimento.

-Um beijo. -Lily falou inocentemente.

-Eu sei que foi um beijo...

-Então para que perguntou? -perguntou cortando ele.

-Eu quero saber o porquê do beijo.

-Bem, isso é o que acontece quando uma pessoa está afim da outra. -respondeu sorrido maliciosamente.

-Eu achei que você me odiasse! -exclamou surpreso.

-E odeio.

-En... Então para que me beijou?-perguntou sem entender nada.

-Porque eu queria saber se ainda sentia algo por você. Porque depois daquele dia eu não consegui te esquecer, e eu queria saber se era por causa da traição, ou porque eu ainda sou apaixonada por você. -respondeu despejando tudo.

-E ai? Você ainda sente algo por mim?-perguntou esperançoso.

-Sim, mas isso não vai me incomodar por mais muito tempo. - respondeu tirando a adaga que havia pegando na casa noturna, discretamente sem James ver.

-O que você quer dizer com isso?

-Nada. -E o beijou logo em seguida. Passou os braços pelas costas dele, e num golpe só o apunhalou.

 -Lilian... -James tentou falar. -Por quê? -Sussurrou ele.

-Você pergunta por quê? Porque eu ainda te amo! E odeio isso! Você achou que eu iria simplesmente esquecer? Achou que eu iria voltar para você depois de tudo que você me fez? Você sabe como eu fiquei quando eu vi você com a garota que queria me ferrar desde que eu entrei naquela escola? Sabe como eu senti quando, por sua causa, eu pedir o filho que eu estava esperado? Não, você não sabe. Você não sabe de nada!

-Fi... Filho? -Gaguejou.

-Sim, filho! Eu fui lá naquele maldito dia dizer para você que estava grávida! E olha o que eu encontro o meu namorado, pai do meu filho, na cama, com outra! -retrucou se desprendendo dele com nojo e arrancando a adaga de suas costas, ele caiu ajoelhado no chão sujo.

-E... Eu não sabia.

-Não sabia porque é um idiota, arrogante! E prepotente, não posso esquecer. Bem, o papo está ótimo, mas acho que já está na hora de acabamos com isso. -Falou se reaproximando dele.

-O que você vai fazer?

-Só acelerar a sua morte. -Segundos depois ela o perfurou com a adaga de novo, só que dessa vez pela frente, no coração.

A ruiva começou a chorar, e caiu ajoelhada no chão.

-Eu não acredito que fiz isso, não acredito. -Ficou falando repetitivamente. - Calma Lily, calma, isso foi o que você sempre quis. Agora você tem que sair daqui, sem deixar provas. -foi se levantando, e pegando a adaga sem olhar para o corpo morto de James.

-Lily? James? -Perguntou a voz de Sirius atrás da porta da saída de emergência. Segundos depois a mesma ser abriu. - Lily? JAMES! -Gritou ao ver o corpo morto do amigo, com a ruiva ao seu lado.

- O que você faz aqui?-Perguntou nervosa, tentando esconder a adaga.

-Eu que te pergunto! O que houve com o James? -Se abaixou ao lado do amigo, e checou o seu pulso, inexistente.

-Você não deveria te vindo aqui. -Ela sussurrou.

-O que foi que houve aqui Lilian?! Pode me explicar!-Falou ser levantado, e chacoalhado a ruiva.

-Você não deveria te vindo. -Ela voltou a sussurra.

-DÁ PARA VOCÊ ME EXPLICAR POR QUE O MEU MELHOR AMIGO ESTÁ MORTO?-Falou completamente irado, chacoalhado a ruiva mais fortemente.

-Sinto muito por isso Six. -Falou passando uma mão pelo rosto dele, enquanto a outra, que estava com a adaga, ia para as suas costas. Num impulso só ela cravou a adaga no moreno.- Isso era só para o James. -Sussurrou para o amigo, enquanto o mesmo caia no chão.

-Lily, por que?-Foi a ultima frase que ele falou, antes de perder para sempre a consciência.

Minutos ser passaram, e a ruiva continuo ajoelhada ao lado daquele que um dia foi o seu melhor amigo...

Antes de amanhecer, ela fugiu, levando consigo a única prova do crime, além dela mesma.

As vezes tememos a morte.Outras vezes a abraçamos sem medo.Outras vezes,nós é que servimos de instrumento para ela.E um dos seus maiores instrumentos,é a vingança,a simples e pura vingança.