Friends By Fate 2 - Enemies By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 40
Problemas esperam... Ou não


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o mais novo capítulo!

Espero que gostem...



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Eles chegaram quase ao mesmo tempo, mas Rita e Vinícius tiveram alguns minutos a mais para correrem até a fronteira do Acampamento Meio-Sangue.

- Empurrem! – Exclamou Clarisse, liderando o ataque do chalé de Ares. Os campistas estavam na frente de um monstro enorme feito de metal. Ele tinha o formato de um leão e atacava sem piedade qualquer um que aparecesse na frente, com o intuito de entrar no acampamento e causar estragos bem maiores.

- Vamos ajudar! – Exclamou Rita correndo até lá e sacando sua faca. Vinícius arregalou os olhos para o monstro um pouco incerto se poderia mesmo fazer alguma coisa (ou se gostaria de fazer alguma coisa).

- Ahm... Eles estão cuidando disso. Deixa com os filhos de Ares. – Disse Vinícius tentando dar meia volta e se mandar de lá, mas Rita parou para puxá-lo junto – Rita, não!

Vinícius tentou protestar, mas não teve jeito. Eles acabaram parando perto da barreira que os campistas do chalé 5 estavam montando, e tentaram pensar em um modo de ajudá-los.

- Eu tento acertar ele por trás, enquanto você tenta derrubá-lo com eles. – Sugeriu Rita, tomando coragem e correndo até o monstro.

- É, né?! Eu não tenho como dizer não mesmo! – Reclamou ele, mas no fundo estava feliz por não ter que ser ele a pessoa a chegar perto do monstro.

Vinícius observou enquanto Rita corria, sem ser notada, para trás da fera. Os campistas ainda montavam uma barreira, mas aquilo não ia ajudar por muito tempo. Pela aparência deles, parecia que estavam naquela batalha por horas.

Vinícius teve uma idéia ao notar que o monstro estava perto de algumas árvores. O filho de Dionísio esticou os braços, e sorriu triunfante com seu próprio plano.

- Ataque das videiras! – Exclamou Vinícius como se aquilo fosse um vídeo game.

Embora fosse um grito estranho, funcionou para que as videiras nascessem bem rápido e puxassem o monstro para trás com força. Rita aproveitou o momento, e pulou no pescoço da fera, enquanto os campistas de Ares, felizes e sedentos de sangue, tentava perfurar o monstro com suas lanças.

Levaram no máximo uns 20 minutos para completar o trabalho, já que com o monstro paralisado, eles não tinham que se preocupar com possíveis ataques.

- Ufa... – Bufou Clarisse, e então olhou para Vinícius e Rita sem entender – Espera... Vocês são os da profecia. O que estão fazendo aqui?!

A filha de Ares ajeitou seu elmo, que agora estava completamente arrebentado, e foi para perto dos dois semideuses.

- Conseguiram achá-los? – Perguntou Clarisse.

- Não. – Admitiu Rita – Nós achamos que isso é um plano de Cronos. Ele pode estar nos manipulando para irmos atrás dos meio-sangues perdidos. Nós sabemos que o Acampamento vai estar sobre ataque, então achamos que seriamos mais úteis aqui.

- Ah, acharam é? – Resmungou Clarisse, mas ela não fez mais nenhum comentário. Até mesmo ela podia notar que eles estavam mesmo sobre ataque, e que aquilo poderia ser um possível plano de Cronos – Certo... Voltem para junto dos seus irmãos. Ajudem eles em qualquer coisa. Nós vamos precisar da ajudar de cada pessoa aqui.

A filha de Ares lançou um olhar feroz que servia como indireta para Vinícius. Ele revirou os olhos.

- Adoram pegar no meu pé, mano... Eu ajudei, você não viu?! – Resmungou ele.

- Continue assim, então. – Rebateu ela – Agora, vão logo.

Rita e Vinícius saíram de lá, e foram para o centro da formação em U dos chalés.

- Rita? Vinícius? – Perguntou Bia franzindo o cenho – Ei! Aqui!

Eles dois olharam em direção á praia e notaram que Bia e Natália estavam indo direto para eles. Assim que os quatro estavam juntos, Rita abraçou as amigas, feliz por vê-las vivas.

- O que aconteceu? Vocês não deviam estar procurando os meio-sangues? – Perguntou Bia.

- Nós achamos que isso pode ser um plano de Cronos. – Contou Rita, e os olhos de Bia brilharam.

- Sim! Eu pensei nisso! – Bia olhou para os dois lados e pegou da sua mochila um mapa que tinha ganho de sua mãe na primeira missão que fora – Prestem atenção nisso. Cronos está formando exércitos, e eles já estão bem grandes. Ele os dividiu em cada canto do país e está prestes a mandá-los, todos juntos, para o Acampamento. Ele quer destruir todos nós.

- Como vocês sabem disso? – Perguntou Vinícius. Bia parecia uma estrategista, com aquele mapa apontando todas as direções.

- Nós achamos um deles. Eles tomaram uma biblioteca. – Contou Natália.

- Tomaram a biblioteca! Era a biblioteca da minha mãe! – Exclamou Bia furiosa – Esses malditos! Podem danificar todos os preciosos livros! Eles são uns...! Uns...! Pecadores!

- Ok... Mas... Onde está a Mariana? – Perguntou Rita um pouco preocupada por sua ausência, mas ao ver a cara fechada de Bia e Natália, ficou mais é confusa.

- Sabe o que aconteceu? Você sabe?! – Perguntou Bia com raiva – O pai da Mariana tornou Amanda, Nina e Rodrigo os três traidores da profecia! Agora eles vão morrer, e a Mariana e ele estão pouco se lixando!

- O que? Por que ele fez isso? – Perguntou Vinícius – Tipo... Ah, eu estou entediado. Vou fazer os outros virarem traidores e morrerem.

- Mais ou menos assim. – Comentou Natália – Tá. Não assim porque ele não é lesado que nem você, mas foi quase. Hermes nos deu um mapa falso, e nos fez perder tempo. Ares quis se vingar, aí descontou isso no grupo deles. Só que agora eles estão muito ferrados, e ele e a Mariana só ficam falando que antes eles do que nós, e que eles mereceram e blá blá blá.

- Por isso nós deixamos eles e voltamos para cá. – Contou Bia cruzando os braços – O que Ares fez foi injusto! Agora nunca mais veremos o Rodrigo, a Nina nem a Amanda!

Os quatros se sentiram mal por isso, mas sua tristeza foi cortada por uma tosse forte. Aquilo estragou todo o momento, de modo que só podia ter vindo de uma pessoa.

- Desculpa. Prendeu alguma coisa na minha garganta. – Disse Dionísio sem ligar muito – Mas então, Bennie. Você conseguiu ver o exército de Cronos, não? Fale com os seus irmãos do chalé e bole um plano logo, porque esse lugar miserável não vai agüentar muito mais.

Vinícius olhou para ele por um segundo.

- Você está preso aqui. – Comentou ele.

- E daí? – Falou Dionísio.

- Daí que... Deve adorar se esse lugar for destruído. Aí você vai estar livre. – Concluiu Vinícius.

Dionísio e ele ficaram parados se encarando por alguns minutos, até que o Deus do vinho deu alguns tapinhas no ombro de Bia.

- Pensando bem... Demore o tempo que quiser com seus amigos. – Disse ele e foi embora. Bia, Natália, Rita e Vinícius ficaram olhando uns para os outros por alguns minutos.

- Tá... Né... Acho melhor nós irmos falar com o pessoal agora. Sobre o plano e tudo mais. – Disse Bia devagar.

- Onde está a Bruna? – Perguntou Natália.

- Ela nos largou para ficar com as caçadoras. Nós dissemos que íamos procurar em outro lugar, e ela falou que não ia com a gente. – Contou Vinícius.

- Argh! Aquelas caçadoras são horríveis! Todas metidas só porque andam por aí com a Ártemis e sabem caçar nas florestas! Elas se acham as demais por causa disso. Ninguém merece. – Resmungou Rita irritada ao lembrar do jeito que fora tratada por elas.

- Ela deixou vocês?! Que horror! Traidora... – Disse Bia surpresa.

- Acho melhor irmos agora. Nós conversamos depois. – Disse Natália correndo em direção a um grupo de campistas que lutavam contra alguns monstro perto do lago. Rita e Vinícius a acompanharam, enquanto Bia ia para o chalé 6 conversar com seus irmãos sobre seus planos.

- O que vamos fazer agora? – Perguntou Nina. As duas acharam uma caverna que julgavam ser segura e sentaram-se no chão – Nós temos que tirar eles de lá. Temos que, de algum jeito, pegar o povo todo que caiu no buraco.

- Eu não sei se nós duas conseguiríamos trazer todos eles de volta. E também... Não é isso que Cronos quer? Que todos os meio-sangues da profecia juntem-se ao exército deles? – Disse Amanda insegura – Acho que isso é uma armadilha.

- Eles disseram que convenceriam eles a ajudarem nos planos e tudo mais. – Comentou Nina pensativa – Acha que eles vão fazer o que? Tipo... Lavagem cerebral?

Amanda deu de ombros sem saber.

- Sei lá. Esse pessoal é muito estranho. Sabem muito mais do que nós sobre mitologia, e não me assustaria se eles tivessem alguma mágica de controle mental.

- Temos que dar o fora desse lugar então. Antes que nós sejamos os próximos. – Disse Nina olhando em volta – Mas... Amandinha... Você acha que eles estão vivos, não é? Eles... Não morreram, certo?

Nina queria uma confirmação. Amanda olhou para ela um pouco triste ao pensar nessa possibilidade.

- Acho que eles estão vivos. Estão bem... Por enquanto. – Disse ela – Devem manter eles como prisioneiros de guerra. Mas é melhor nós não pensarmos nisso. Nina... Se nos pegarem... Digo... Se o exército de Cronos nos pegar, ninguém vai ter idéia de onde nós estamos. Temos que dar o fora daqui o mais rápido possível e voltar com bastante ajuda.

- Podíamos falar com o Hades. – Comentou Nina, mas então mudou de idéia – Ah, não. Esquece. Nenhum Deus nos ajudou em 16 anos. Duvido que eles mudem de atitude agora.

- Podíamos tentar. – Comentou Amanda.

- Não. Quer saber? Acho que o melhor que podemos fazer é pedir ajuda para gente que nem nós. Vamos para o Acampamento Meio-Sangue, e vamos juntar um grupo para resgatá-los. – Nina se levantou de repente, e Amanda fez o mesmo. Ela estava parecendo uma líder de verdade, pela primeira vez em toda a sua vida.

A filha de Zeus foi até a entrada da caverna e viu que o caminho estava limpo. Nenhum monstro estava a vista.

- Amandinha... Use os seus poderes de filha de Hermes e nos tire daqui com aquele teletransporte. – Disse Nina virando-se.

- O que? Mas para onde eu iria? – Perguntou Amanda.

- Qualquer lugar lá encima. – Apontou Nina para o teto.

- Uma coisa é se transportar para um ponto na sua frente. Alguns metros, talvez um quilômetro. Mas outra coisa muito diferente é ir para algum lugar longe desse jeito. Lá encima não é pertinho. – Explicou Amanda – E eu vou ter que levar nós duas.

- Tente pelo menos. Senão nunca sairemos daqui. – Insistiu Nina odiando cada vez mais o Mundo Inferior.

- Ok... Mas lembre-se de que eu vou tentar. Não me culpe se nós nem mesmo sairmos do lugar. – Disse Amanda ajeitando sua mochila e segurando a mão de Nina – Para qual lugar?

- Não sei. – Respondeu Nina. Amanda olhou para o chão, e falou em um tom meio desanimado.

- Sabe... Se eu fosse mãe, e se o meu filho fosse para o inferno, caísse em um buraco, e fosse capturado por um exército inimigo... Eu gostaria que alguém me informasse. – Disse Amanda olhando para Nina. Ela tentou não rir com o jeito que as coisas aconteceram. Nossa... Era uma loucura mesmo, não?

- Está dizendo que acha melhor nós falarmos com os Deuses? – Perguntou Nina – É... Acho que é mesmo. Eles tem que saber o que aconteceu aqui embaixo. E também devem saber sobre o ataque do exército de Cronos.

- Então... É para New York? – Perguntou Amanda insegura. Era um percurso bem longe. Muito mais longe do que se ela fosse só para Los Angeles que ficava logo acima das cabeças delas, mas achava melhor arriscar de qualquer jeito.

- É isso aí. – Afirmou Nina.

- Lembre-se de fechar os olhos, Nina. Senão vai acabar vomitando. – Disse Amanda. Nina fechou os olhos com força, e a filha de Hermes fez o mesmo.

Por alguns minutos, nenhuma delas disse nada. Amanda pensou com clareza em um ponto em New York, e desejou mentalmente que seu pai a ajudasse na viagem. Apostava que ele não conseguia ouvi-la, mas não custava tentar.

- Posso abrir os olhos agora? – Perguntou Nina tensa.

Amanda não respondeu.

- Amandinha? – Perguntou Nina.

- Zzzz... – Nina ouviu.

- Amanda?! – Perguntou Nina sem entender. Ela resolveu arriscar e abrir os olhos para ver que barulho era aquele. Para a sua sorte, elas já estavam em New York. Amanda tinha levado as duas até o Central Park.

A julgar pelos portões fechados, e pelo céu escurecendo, ela pode ver que o dia já estava no fim. Eles deviam ter passado mais tempo do que notaram no Mundo Inferior.

- Zzzzzz... – O barulho se fez novamente. Nina olhou para o lado e notou o que era.

A filha de Hermes estava jogada em um banco de madeira, completamente apagada. Amanda roncava, e parecia que estava em um sono muito profundo.

- Deve ter sido cansativo mesmo. – Comentou Nina. Ela não podia culpar Amanda. A filha de Zeus também estava se sentindo acabada.

Olhou para suas próprias roupas e viu que estavam rasgadas e sujas de terra. Suas mão estavam imundas, e ainda não se sentia acostumada em ser uma pessoa novamente.

O tempo que passara como um hamster foi horrível. Ela foi para perto de Amanda e a ajeitou no banco, já que seu pescoço estava completamente torto. A filha de Hermes parecia que nunca iria acordar.

- Ai ai... Valeu, Amandinha. Ainda bem que saímos daquele inferno.

- Zzzzz... Ovos verdes... Com presunto. – Falou Amanda enquanto dormia.

Nina se controlou para não rir daquela frase sem sentido.

- É. É. Ovos verdes com presunto. – Confirmou Nina.

A filha de Zeus deitou-se no outro banco de madeira que ficava logo ao lado daquele, e dormiu também. Um pequeno cochilo não faria mal. Elas ainda teriam tempo de ir até o Olimpo. Os Deuses não sairiam correndo daquele lugar mesmo.

Nina dormiu tranqüila. Precisava de uma boa noite de sono, já que passaram demais indo de um lado para o outro. Se não recarregassem as energias nunca conseguiriam enfrentar todo o caminho que tinham pela frente até Long Island.

Fossem lá quais fossem os problemas que apareceriam... Eles podiam esperar umas horas, não é?

Não. Não podiam.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam?

Está mais que na cara que Amanda e Nina vão ter uns problemas agora, né? O que será que vai acontecer?

Veremos... Espero por reviews.