Take My Hand And Never Be Afraid Again. escrita por biamcr_


Capítulo 4
Comentários constrangedores.




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A aula naquele dia demorou a passar, foi um total inferno. Quando finalmente ouvi o sinal da saída, nem pensei em ir pra casa, a primeira coisa na minha cabeça era ir para a casa dos Way.
– Ah, Gerard está? – Perguntei à sua mãe assim que ela abriu a porta.
– Olá, Frank – Respondeu ela, simpática como sempre – Ele está no quarto, quer entrar? Eu estava mesmo indo falar com a sua mãe sobre certa ligação que recebi da escola. – Ela parecia desapontada ao falar isso.
– Ah sim. – Respondi como se não soubesse de nada e entrei. A casa dele era parecida com a minha até. Fui subindo as escolas e cheguei à um corredor, fui andando até achar um quarto com a porta entre aberta. Ele estava lá, deitado.
– Hm, Gee? – Perguntei, enquanto entrava.
– Ah, olá, Frank. – Respondeu ele, levantando da cama.
– Você... está bem? – Ele parecia um pouco abatido, não estava sorrindo e não estava muito animado.
– Estou sim. Só um pouco cansado, fui dormir tarde noite passada. Sabia que eu posso te ver da minha janela? – Finalmente, ele sorriu. O sorriso que eu amava, que fazia uma felicidade imensa tomar conta do meu corpo. Que me fazia sorrir junto.
– Já percebi isso faz alguns dias. – Sentei-me ao seu lado – Ouvi que foi suspenso. Gee, a culpa foi minha, me desculpa, eu achei que não aconteceria. Digo, já fugi de lá muitas vezes e nunca aconteceu comigo. – Sorri sem graça.
– A culpa não foi toda sua, eu concordei em ir lá com você. Mas então, temos a tarde toda livre hoje, hein? Que tal fazermos algo?
– Sua mãe não se importa?
– Acho que não. Vamos. – Ele levantou e eu o segui. Chegamos à sala e minha nossas mães estavam lá, conversando.
– Vão à algum lugar? – Minha mãe perguntou, como se quisesse saber quem nos deu permissão de sair.
– Vamos andar por aí, tudo bem pra vocês? – Perguntou Gee, sorrindo.
– Na verdade, não, Gee. – Respondeu Donna. – Queremos falar com vocês, sentem-se. Sentamos, curiosos e acho que falo por nós dois quando digo que com medo também. – Gerard, você mal entrou na escola e já foi suspenso por fugir de lá – Ela continuou – e o diretor me informou que você estava junto, Frank, onde andavam?
– Hm, num lugar perto da escola. Mas eu juro que não estávamos fazendo nada demais! É sério, mãe, deixa a gente sair agora pra conversar, sim? Juro que não vamos voltar tarde.
– Eu sei que o amor na adolescência é contagiante mas... – Minha mãe começou, mas Donna mandou-lhe um olhar de censura enquanto eu ficava extremamente vermelho e Gee abaixava a cabeça, constrangido – Vão. Mas voltem antes do escurecer. Eu e Donna precisamos conversar.
– Eu concordo com Linda. Vão, conversem, e nós ficaremos aqui. Mas antes do escurecer, sim? – Perguntou ela. Concordamos com a cabeça e saímos.
– Hm, Frank, você... gosta de mim? – Perguntou Gee, que ainda parecia constrangido, enquanto saíamos.
– Ah, bom... – “Para de ler a minha mente, Way!”, pensei. – Já disse que é impossível não gosta de você, lembra? Você é uma ótima pessoa, um ótimo amigo. – Respondi, apenas enlouquecendo com a possibilidade de Gerard saber o que se passava na minha mente.
– Não, Frank, você não entendeu. Gostar em outro sentido, sabe? – Paralisei, meu coração parou naquele mesmo minuto.
– Não, claro que não. Não liga pras coisas que a minha mãe diz, Gee. Ela quer me jogar pra cima de todo mundo e, às vezes, acaba sendo um pouco desagradável. – Gee fitava o chão com um interesse incomum, e pareceu um pouco mal com a minha resposta. Nesse momento, quase não resisti ao impulso de abraçá-lo.
 – Ah, sim. Sei como é. – Ele respondeu sem jeito e aquele silêncio constrangedor voltou enquanto eu me xingava em pensamentos. Por que eu não disse a verdade? Por que eu não disse o que eu realmente sinto por ele? Era uma das minhas únicas chances de fazer isso! – Hm, Frank, aonde vamos agora?
– Que tal o parque? Ou você está a fim de andar pelo resto da cidade?
– O parque parece perfeito. – Ele sorriu timidamente, mas parecia perdido em pensamentos.
Chegamos ao parque e, dessa vez, não sentamos nos balanços, eu sentei em baixo de uma árvore e Gee sentou-se ao meu lado.
– Sabe, Frank, o amor dói. Eu já me apaixonei várias vezes e ainda tenho lembranças de como dói ter um coração quebrado apenas por não ter coragem suficiente ao ponto de se, hm, revelar. Mas a cada vez que eu me apaixono, a cada vez que o meu coração é quebrado, parece doer mais. – OK, Gerard, você conseguiu de vez! Conseguiu me fazer chorar. Dessa vez, não resisti ao impulso e abracei-o.
– Eu, bom, nunca me apaixonei de verdade. Só uma vez. E tenho que concordar com você, dói. Dói muito saber que aquela pessoa está tão perto de você, mas, ao mesmo tempo, tão longe...
– Você tem razão, Frank. E... – Ele me olhou bem nos olhos. Seus olhos verdes cruzaram-se com os meus. – Você está chorando? Oh, meu Deus, Frank, me desculpe, eu... – Beijei-o. Não conseguiria agüentar por mais tempo. Mas não foi um beijo quente como eu pensava em fazer há alguns dias, foi um beijo romântico, apaixonado e calmo. Eu não queria que aquele momento acabasse, não mesmo. Mas infelizmente acabou, e não graças à mim. Gerard parou o beijo e me olhava assustado. – Acho que... preciso ir, Frank. Conversamos amanhã na aula, sim? – Ele se foi.


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