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Terminei minha missão ao Norte, pois parece que
havia acontecendo transformações de vampiros de sangue puro com alguns
mestiços, causando grande confusão. Cheguei tarde à mansão Helsing troquei de
roupa, coloquei uma mais formal e esperei a Sra. Integra para o baile que teria.

- Tudo bem policial? – perguntou  Alucard atormentando meus pensamentos
novamente.

Respirei fundo e respondi.

- Sim, porque não haveria.

-Hum, o modo que me tratou ontem, não diria que foi
uma cortesia. – disse sarcástico.

- Como se o senhor incomodasse com isso. –
retruquei.

- Que delicia, está brincando comigo Celas?

Foi minha vez de sorrir.

- Nem que eu quisesse conseguiria, tenho a
impressão. – falei apertando o lábio e descendo a enorme escada que dava para o
salão central.

Logo venho uma risada gostosa.

- Talvez. – falou malicioso.

- O que sugere?

- Hum... Você me parece mudada garota.

Dei um sorriso fraco.

- Talvez. – respondi arrumando o charmoso chapéu.

- Vejo isso depois menina. – e saiu da minha mente.

Soltei um suspiro e virei o rosto pra admirar o
salão. Que por sinal estava magnifico, senhora Integra obtinha um bom gosto
tinha vários convidados, a música tocava alguns lordes, condes ou senhoritas
dançavam ao meio, os mordomos passavam com as bebidas de vários sabores e nos
cantos algumas mesas com petiscos. É era uma bela noite mesmo.

 ____Que bom
que resolveu aparecer Alucard. – disse Integra com uma taça de vinho na mão.

Olhei para ela e logo um rubor me venho à face,
acontecia toda a vez que havia.

 ____Me
desculpe... Senhora. – tentei controlar minha voz.

 ____Só se me
der à honra de dançar comigo. – estendeu a mão.

Aceitei e a conduzi para o meio do salão. Viramos de
frente um para o outro e podia jurar que a vi sorrindo por um minuto.

 ____Como foi
sua missão no Norte de London?

 ____Interessante. – Imaginei o que o mestre
teria dito, seja o que for era melhor agir como ele, não seria difícil, mas
também nem fácil. Pensou.

 ____Parece
que foi bem então.

 ____ De
certo, mas alguma coisa?

 ____Sim, bem
que poderia aparecer ao meu quarto hoje à noite. – disse me fitando atentamente.

Engoli seco e respondi parecendo calmo.

 _____Para...?

Ela apertou seus dedos em meu ombro e sorriu maliciosa. Arqueei uma sobrancelha, desde quando meu mestre fazia visitas noturnas para Integra?

 _____Entendo não obrigado. Estou pouco sem vontade.

Integra levantou a sobrancelha de modo interrogativo
e me analisou.

Droga! Ela me descobriu, pensei.

 _____Gostaria de rever os fatos de hoje, deixa pra próxima Milady. – sorrio irônico.

____Está bem. – responde por fim, sorrindo também...

O resto da dança foi mais calmo, procurava evitar perguntas que me arrependesse mais tarde. Depois de tentar enganar todos, fui para o jardim da mansão e pensei em tudo que havia acontecido.

____Como está? – pergunta uma voz que conhecia bem. Claro era a sua!

- E era da sua conta isso?

 ____Nada mestre.

____Será?

- sim, já disse.

_____Foi o que disse.

_____Você não deveria descontrolar suas emoções assim, pode ser algo ruim para um vampiro como eu. – falou soltando um circulo de fumaça do cigarro.

 Olhei para ele e não reconheci aquela expressão em mim, sempre parecia suave e normal, mas aquela estava mais como sensual e divertida. Ai, mesmo estando no corpo dele a personalidade era a mesma.

 _____Não sabia que era amante da senhora Helsing. – disse por fim.

Alucard me olhou profundamente tanto que pensei que podia ver minha alma e riu.

O.O – isso foi estranho.

 ____Do... Que o senhor está rindo? – sem entender nada na sua atitude repentina.

E volta a me encarar.

____Está com ciúmes menina? – provocando.

____Eu... Eu... Não.  - gaguejei.

Seu sorriso de sarcasmo aumentou mais ainda e aproximou-se de mim lentamente.

 ____Não é o que está parecendo policial.

Dei um passo pra trás e respondi.

____Você está tendo um caso com ela ñ é?

 ____Sim e não. – disse me analisando de cima a baixo, bem eu diria praticamente devorando-me com os olhos.

O.O – sem entender mais nada.

____Tínhamos um caso, não temos mais, porém a Sra. ainda acha que devo lhe obrigações. Se é que me entende querida. – falou passando a língua no lábio de modo provocante.

Engoli seco e tentei acalmar minhas emoções.

 _____Por que não mais?

Ele chegou mais perto o suficiente para me prender contra parede.

 _____O que vc acha bebê? – me olhou maliciosamente.

____Alucard. - com a respiração acelerada.

Colocou sua mão no meu peito, cariciando com o dedo
com movimentos leves e inclinou pra frente chegando a ficar perto da minha boca e disse:

____O que? – rindo.

Fitei-o mais ainda e não reconheci. Não era o mestre e antes que me tratava como uma criança ele parecia mais um homem com desejo. Fiquei ali parada sem saber o que dizer ou menos falar.

 ____Não pense em nada querida, somente sinta. – falou com seu ar autoritário.

____Tá. – falei meio incerta.

Alucard segurou meu rosto, abaixei um pouco para
ele, devido meu tamanho, colei meus lábios no dele e ele me beijou. Foi uma explosão de sentimento, um tanto luxuria e desejo ardente ao mesmo tempo.
Alucard pressionou sua boca mais forte contra minha e desceu ate meu pescoço dando uma mordida, sugando meu sangue. Aquilo que senti não chegava nem perto do beijo agora pouco trocado, era puro êxtase, fechei os olhos e deixei me envolver pelo seu calor. Comecei a ver suas memorias repentinas e seus egredos.

____Mestre?

 Ele se virou pra mim com a boca escorrendo sangue.

 ____Não diga nada, não agora. Esse vai ser o nosso segredo.

 ____Sim. – respondi sorrindo pra ele. Este seria nosso segredo.

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