Gatah em Chamas escrita por tucci


Capítulo 5
Starbucks


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, minha vida está mais corrida do que a da Gisele Bündchen!
Uma desculpa especial para a Isa: desculpe o atraso na fic!



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O dia passou incrivelmente devagar. Ignorei os olhares das piriguetes inconformadas durante o resto do dia. A Erika agia como se nada tivesse acontecido. Isso é bom ou ruim?
Quando acabou a aula, percorri os corredores em meio de milhões de olhares intrigados e curiosos, de todas as idades. Pelo jeito, as fofocas se espalhavam rapidamente no Kington! Caralho, hein...
Olhei para trás e, surpresa, peguei o Tom olhando para a minha bunda! Virei para frente de novo, fingindo que não tinha percebido nada e continuei andando. Abri um sorriso malicioso, decidindo que ia pegá-lo na festa, definitivamente. E quem sabe no quarto.

- Mãe! - Avistei o Dodge da minha mãe ao longe. Estava ansiosa para vê-la, para perguntar se, pelo menos nesse ano, ela ia me deixar ir na festa Kington. Já estava na hora!
- Oi filha! Entra aí... - ela me cumprimentou. - Foi tudo bem na escola?
- Sim... - Por onde começar? - Mãe, lembra daquela festa da escola ano passado? - perguntei, como quem não quer nada.
- Ah, claro que lembro! Você fez tanta picuinha por causa dessa festa! - recordou ela. Após um momento, ela olhou desconfiada para mim. - Por quê?
- Então, é que, sabe...? Vai ter de novo na escola... Possoirporfavor? - soltei tudo rapidamente no final, rezando para ela deixar e lançando um olhar de cachorrinho abandonado.
Ela ficou pensativa por um tempo e, com medo de ela não deixar, comecei a reclamar.
- Mãe! Aquele ano você disse que eu era muito nova e blá blá blá, e agora eu tenho catorze anos! Olha pra mim e diga sinceramente: eu sou nova para ir numa festa? Numa festa de escola?! Ah mãe, pelo... - minha mãe me interrompeu antes de eu terminar o desabafo.
- Primeiro de tudo, Gatah: eu disse que não?
Olhei totalmente agradecida pra ela e dei um sorriso deslumbrante.
- Sério? Eu posso ir mesmo?
Ela sorriu gentilmente antes de responder.
- Mas é claro, né filha? Como você mesma disse, você já tem catorze anos!
- Katy, você é a melhor mãe do mundo!
Dei um abraço nela e beijei-a mil vezes no rosto, agradecendo a cada segundo.
- Calma filha! Eu pretendo chegar viva em casa! - disse ela entre risos.

Naquela noite, fui pra cama totalmente feliz e aliviada. Tinha soltado tudo o que estava preso na garganta para aquelas piriguetes traíras e minha mãe tinha deixado eu ir na festa, onde eu ia pegar o gostosão do Tom. Tudo parecia estar no seu lugar.

Acordei no dia seguinte com o telefone tocando às nove da manhã.
- Alô... - disse com uma voz carregada de sono. Estava parcialmente consciente da conversa. A outra parte ainda estava dormindo profundamente.
- Senhorita Agatah? - perguntou uma voz feminina.
- Sim... - respondi, esfregando os olhos tentando acordar.
- Hoje, já que é quinta-feira e véspera do primeiro dia da festa Kington, estamos ligando para avisá-la de que não haverá aula, por conta dos preparativos da festa - falou a secretária, quase automaticamente. A cada palavra que ela pronunciava, eu ficava mais animada. Acordei instantaneamente.
- Obrigado por avisar! - agradeci.
Logo quando a mulher desligou, uma mensagem da Rose chegou no meu celular.
"Shopping hoje à tarde? Estou necessitada de roupas! Às 14h, no Starbucks do Shopping Well"
Sorri ao me lembrar de que eu precisava de roupas também.
"Combinado. Também estou necessitada! A gente se vê. Beijos" respondi.
Me espreguicei demoradamente antes de levantar. Fui até a sala, onde minha mãe estava assistindo American Idol.
- Mãe, advinha: hoje não tem aula!
- Que folga! - disse ela.
- Eles vão fazer os preparativos da festa - expliquei. - Ah, e falando na festa, hoje à tarde eu vou no shopping com as meninas e comprar roupas para a festa. Ahm, você pode me levar? É aqui do lado, no Well!
- Posso sim. Que horas?
- Ah, por volta das duas da tarde.
- Tá combinado então - disse ela, sorrindo.

Tomei banho demoradamente, e me perguntei se a Rose convidara o Tom. Eu estava rezando.
Depois de algum tempo me arrumando e me empanturrando de perfume, já eram quase duas horas.
- Bora mãe!
- Já tá pronta, filha? Vamos, então.
Logo quando entrei no carro, coloquei o som da rádio no último volume e cantei que nem uma retardada Peacock da Katy Perry.
Um tempo depois, eu já estava tomando uma Coca Cola no Starbucks esperando o pessoal. Uma coisa boa de chegar antes dos amigos: você pode reparar que o garçom é um gato, por exemplo. Alto, com cabelos loiros bagunçados, olhos verdes como esmeraldas e pele branca como neve. Quando ele perguntou o que eu queria, eu quase falei "I wanna see your peacock", porque era o que eu queria mesmo. Mas me controlei e pedi só uma Coca Cola e fiquei sorrindo que nem uma idiota para ele.
Estava tão concentrada no garçom gostosão que tomei um susto quando a Rosalie chegou.
- Oi Agatah! Chegou faz muito tempo?
- Não muito - respondi. - Mas com um garçom desses aí ninguém se importa! - Sorri e mandei uma piscadela para o garçom, que apenas e balançou a cabeça rindo.
- Uau! Será que ele tem namorada? - perguntou Rose, esperançosa.
- Ah, nem vem! Ele é meu! - respondi.
Eu continuei contemplando-o até a Rose levantar a mão, chamando o garçom.
- O que as senhoritas querem? - perguntou ele, com um sorriso irônico no rosto. Sua voz era tão doce, tão perfeita!
- Eu? Seu telefone - pediu Rose.
Ele riu e disse que só depois do trabalho. A Rose resmungou e pediu uma Coca Cola também.
- Tão lindo... - suspirei.
- Oi gente! - ouvi uma voz melodiosa nos chamar.
- Alice! - exclamei.
- Ué, onde está todo mundo?
- Ainda não chegaram - falou Rose. - Bando de atrasildos!
- Edward! - exclamou Alice subitamente, olhando para o garçom gostosão.
- Você conhece ele? - sibilei para ela. Deuses!
Edward olhou surpreso para a nossa mesa.
- Ele é meu irmão! - respondeu Alice.
Olhei desesperada para a Rose, que também estava de queixo caído.
Edward dirigiu-se a nossa mesa olhando pra gente intrigado e achando graça.
- Alice? Você não deveria estar na escola? - perguntou ele preocupado.
- Preparativos para a festa - respondeu ela, feliz. - Você vai na festa, né?
- Vou sim. - Ele olhou para nós, sorrindo. - Elas são suas amigas?
- Sim. Essa é a Agatah e essa é a Rosalie - apresentou ela. Nós sorrimos e murmuramos "oi", meio sem graça.
Ele sorriu para nós e, antes que pudesse dizer qualquer coisa, o chefe do restaurante cutucou-o por trás.
- E o trabalho, garoto? - disse ele bravo.
- Ah, estava atendendo as meninas! - respondeu Edward, piscando para nós.
- Aquela mesa adiante está esperando o pedido faz horas!
- Já estou indo, Grabe.
Grabe olhou nervoso para Edward, que foi buscar o pedido. Edward sorriu para nós e falou silenciosamente "desculpa" apenas mexendo os lábios. Alice fez um gesto com a mão, como "deixa pra lá" e sorrimos de volta.
- Meninas, quem é esse garçom? - perguntou uma voz familiar sonhadoramente.
Nós três nos viramos e vimos a Bella secando o Edward.
Alice deu sua risada melodiosa.
- Ele é o Edward - falou ela.
- O irmão dela - revelou Rose, com um leve tom emburrado na voz.
- Seu irmão? - Bella ficou meio sem jeito. - Ah, esse é o Edward. Ahm, desculpe por, sabe,,,?
- Não! Não se importe, Bella! Todo mundo acha isso, e a vida é dele... Se vocês estiverem interessadas, não se preocupem comigo, ok? - disse Alice.
- Alice, não sei o que dizer... Você é demais, sabia? - falou Bella. Elas começaram a conversar sobre sapatos.
Rose olhou-me esperançosa.
- Não vale a pena, irmão da amiga! - sussurrei.
Nós ficamos com um ar de desanimação.
- Pelo menos você ainda tem uma esperança: o Damon! - tentei animá-la.
Ela deu um sorriso cansado.
- E você o Tom! - falou ela abrindo um sorriso malicioso.
Eu corei contra a minha vontade e sorri envergonhada. É claro que eu tinha o Tom, mas o Edward era um pouco mais... Ele era diferente, como uma diversão à parte. Mas eu ainda preferia, com certeza, o velho Tom.
Senti um calafrio percorrer a minha espinha quando uma mão passou na minha bunda. Quem foi o safado?
Falando nele...
- Oi - sussurrou Tom em meu ouvido, com seu hálito frio.
Olhei para ele e sorri maliciosamente.
- Oi, senhor safado - respondi.
- Tom! - disse Rose. - Você falou que vinha mais tarde…
- É para isso que serve a chave do Porsche do meu pai - disse ele, sorrindo maliciosamente e exibindo uma chave cromada escrito "Porsche Turbo".
Olhei perplexa para ele, literalmente de queixo caído.
- Um… Porsche? Desde quando…?
Na verdade, um Porsche sempre foi meu sonho de consumo.
Rose também estava tão perplexa quanto eu.
- Ah, meu pai tem sorte nos negócios. E, como eu sei dirigir e ninguém estava em casa, só iam chegar mais tarde, eu resolvi, sabe, pegar emprestado - explicou ele, como se não fosse nada de mais.
- E quando seu pai chegar e ver que seu Porsche sumiu? - perguntou Rose.
- Ele nem vai sentir falta, acredite. No meio de tantos carros… Meu pai tem uma pequena queda por carros, sabe?
Olhei meio desesperada para Rose, lançando um olhar tipo "O pai dele é Bill Gates ou o quê?"
Olhei para os lados e vi o Edward olhando nervoso para o Tom. Seria ciúmes? Ah inferno…
- Tom! Você chegou! - disse Bella - Vamos às compras então?


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Notas finais do capítulo

Sentindo falta de reviews...