Gatah em Chamas escrita por tucci


Capítulo 10
A Casa


Notas iniciais do capítulo

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Eu suspirei profundamente antes de me sentar de novo. 
Limpei os últimos vestígios de lágrimas no meu rosto que
denunciavam o meu choro inevitável, o choro que esclarecia
os meus receios de perder o meu Tom…
— Vamos embora, então? - perguntei com a voz ainda um
pouco embargada.
— Se você quiser… Garçom! - chamou Tom, gesticulando
para ele.
— Sim? - perguntou o garçom, formalmente. — Sou o filho da Stephanie Eagle - apresentou-se Tom,
estendendo-lhe a mão. Ele olhou assustado para a sua
mão e apertou-a, hesitante.
— C-claro, senhor Tom - gaguejou ele, aparentemente
honrado e surpreso. - É um prazer servi-lo. - O garçom
retomou a sua postura elegante e formal e pigarreou.
— O que desejam?
— A conta, por favor. — Ah, receio não será necessário. A própria senhora
Eagle afirmou que não é preciso o pagamento da sua
família. Imagino que essa moça é a sua acompanhante,
não? - perguntou ele sorrindo para mim.
— Claro. Podemos ir, então? — Com certeza. Au revoir, madame - despediu-se ele,
gentilmente me ajudando a levantar.
— Gracié - agradeci igualmente em francês. Saímos da mesa e eu segurei na mão do Tom, o que,
incrivelmente, não me causou nenhum desconforto.
Na verdade, eu estava feliz por estar com o Tom. A
presença dele era agradável. Agradável até demais;
era prazerosa.
Nós fomos até o seu Porsche, e eu nem me lembro
de ter se encontrado com a Erika… também já nem
fazia muita diferença.
O Tom abriu a porta do Porsche e gesticulou pedindo
para eu entrar.
Sorri para ele enquanto entrava. — Obrigado, cavalheiro. — As damas sempre primeiro - disse ele enquanto batia
delicadamente a porta. Eu continuei sorrindo comigo
mesma quando o acompanhava com os olhos, enquanto
ele dava a volta para entrar no carro.
— Você sabe dirigir mesmo à noite? - perguntei levantando
uma sobrancelha.
— À noite melhor ainda senhorita. Quer uma demonstração
da potência desse carrinho aqui? - disse ele sorrindo
maliciosamente para mim, enquanto dava leve batidinhas
afetuosas no carro.
Eu levantei ainda mais uma das minhas sobrancelhas. — Demonstração? Em resposta, ele ligou a Porsche arrancando-lhe um rugido
ensurdecedor, que ecoou pela cidade já adormecida.
— Vamos correr um pouquinho, é melhor você se segurar -
avisou ele com sarcasmo na voz.
Ele arrancou a Porsche do lugar e após alguns segundos
estávamos na pista, que à essa altura da noite já estava
totalmente deserta.
Eu prendi a minha respiração enquanto o velocímetro da
Porsche aumentava numa velocidade assustadora. Em
questão segundos, estávamos a 120km/h.
Eu soltei todo o ar preso em meus pulmões de uma vez. — Você é louco?! - gritei para ele conseguir me ouvir; o som
do motor incrivelmente potente da Porsche era ensurdecedor.
— Sim - respondeu ele sorrindo para mim enquanto o vento
batia em seus cabelos, bagunçando-os.
Eu engoli em seco. — Diminua a velocidade! - berrei. Ao olhar novamente no
velocímetro, ele marcava 150km/h. Eu arfei e arregalei os olhos.
Está bem — rendeu-se ele um pouco decepcionado. Eu senti um imenso alívio ao ver que já estávamos a 50km/h.Meu Deus — disse pausadamente.Isso não foi nada comparado ao que essa daqui já correu.Imagino, do jeito que você é louco — zombei. Ele riu pelo nariz.Não exatamente louco, apenas gosto de me divertir —
disse ele dando de ombros.
Eu sorri. É claro. Eu amava aquele seu jeito desencanado.
Tirando o fato de colocar a vida dele em risco, é claro.
Onde você mora? — perguntei ao ver que quase não
reconhecia aquelas bandas.
No Jardim Sul.No Jardim Sul?! — repeti surpreendida. Era um dos bairros
mais prezados de todo o Brasil! Eu já devia imaginar, é claro.
Depois de tudo o que eu descobrira sobre ele…
Tanto faz — disse ele, indiferente. — Ah, vamos passar na
locadora para alugar o filme?
É verdade! É logo ali. Ele estacionou a Porsche, o que fez atrair algumas
atenções para nós.
Merda, você só tem 16 anos! Como vamos passar
despercebidos? — perguntei.
O pessoal aqui nos conhece. O risco é mínimo. Eu saí um pouco apreensiva do carro, e os poucos
passantes olhavam curiosos para os donos do Porsche.
Senhor Tom! — cumprimentou alegremente o moço
da locadora. Ele era alto e já tinha os cabelos um pouco
grisalhos, apesar do seu imenso bom humor.
Obrigado, senhor Riddle. Ah, esta deve ser a sua namorada! — disse ele pegando
e beijando a minha mão. Eu corei instantaneamente. —
Senhora…?
Agatah. Agatah Angel — respondi ainda envergonhada.Lindo nome! E… ao que devo o prazer de recebê-los?Um filme do Harry Potter — respondi.Boa escolha! E qual seria?A câmara secreta. O senhor me levou tagarelando sobre Harry Potter até
uma sessão da locadora e eu lancei um olhar de desculpas
ao Tom, que ficara na recepção nos aguardando. Ao me
virar novamente, eu gelei.
O Edward Cullen estava bem na minha frente. Inferno.Agatah? — perguntou ele sorrindo para mim.É, sou eu — respondi xingando mentalmente. Maldita
coincidência! — Você é o Edward, não? Irmão da Alice?
Vocês se conhecem? — perguntou o Riddle, nos olhando
confuso.
Claro! Nos encontramos ainda hoje no shopping! — disse
ele sorrindo. Meu Deus, como o sorriso dele era… perfeito.
E seus lábios? Que vontade de… Inferno, você tem namorado
Agatah! E ele está…
Tudo bem aqui? — perguntou Tom olhando para mim.Ah, claro — respondi. — Está tudo bem. Eu só encontrei o…
irmão da Alice - disse o apresentando.
Senti uma leve tensão no ar. Inferno.Ah… sou Tom, prazer — disse ele estendendo-lhe a mão.
— Namorado da Agatah - acrescentou propositalmente,
dando um sorriso frio. Eu revirei os olhos e o Edward
levantou uma sobrancelha.
Edward Cullen. — Pude ver uma força desnecessária
no aperto de mão dos dois.
Ahm, vamos Tom? — perguntei tentando soar normal,
apesar de eu estar nervosa. Queria sair daquele inferno
o quanto antes.
Claro — quase rosnou ele ainda olhando friamente para
o Edward, que sustentava o olhar firmemente. Enfim ele
desviou o olhar para o senhor Riddle. — Já pegou o filme?
Claro, sr. Eagle!Vamos então — disse ele lançando um último olhar ao
Edward.
Ah, Agatah, você vai na festa amanhã? — perguntou
Edward sorrindo para mim e ignorando o meu namorado.
É claro — respondi com um sorriso antes de me virar e
sair com o filme da locadora, com os braços do Tom
possessivamente em volta da minha cintura.
O Tom abriu a porta do carro para mim silenciosamente. Quando ele entrou, eu levantei uma sobrancelha
olhando-o achando graça.
Ciúmes? — perguntei sarcasticamente. Ele ligou o carro.Tenho ciúme de você desde que e conheci, Agatah.
Não espere muita tolerância minha em relação à isso.
Fique sabendo desde já.
Eu ri.Ciumento. Curte adrenalina. Safado. Conheço. Ele riu comigo e a tensão se desfez num instante. O Tom era perfeito. Qualquer defeito não importava;
era apenas uma característica que complementava o
meu namorado. O meu Tom ciumento, romântico, safado,
cavalheiro, aventureiro...
E aquele senhor Riddle? Uma figura — riu-se Tom me
acordando da minha viagem mental.
Verdade — respondi. — Foi impressão minha ou aquilo
toda aquela cordialidade foi porque…
Eu sou filho do Jason Mars e da Stephanie Eagle? É, foi
por causa disso mesmo… fazer o quê.
Eu fitei a noite escura e silenciosa pelo vidro da minha janela,
até chegarmos à sua casa.
Já chegamos? — perguntei surpresa.Sim. Eu saí do carro e olhei ansiosa para a casa do Tom.Meu Deus — disse pausadamente fitando perplexa
a casa.
A casa… a casa era resumidamente perfeita, como o
meu namorado. Mesmo de noite eu podia ver seus
imensos vidros espalhados pelas paredes brancas,
que revelavam uma extensa mobília toda de madeira
reluzente no interior da casa, aparentemente enorme.
Dois coqueiros altos iluminados por baixo erguiam-se
na entrada, com uma porta de madeira. A casa brincava
com várias formas; havia um cômodo quadrado no último
andar e uma sala totalmente retangular na lateral.
Tinha uma extensa parte florestada ao redor, e um quintal
se estendia na parte de trás da casa.
Uau — disse ainda perplexa.Bem-vinda — disse sorrindo. Ele pegou a minha mão e
nos levou até a porta de madeira, que brilhava intensamente.
Ao abrir a porta, a vista era ainda mais impressionante
do que de fora, por mais inacreditável que seja.
Tudo ali dentro era de bom gosto e dava uma impressão
de confoto. Havia um lindo piano de cauda no canto da
sala. Um sofá tentador se estendia na parede, e um tapete
aparentemente caro decorava o centro. Na parede de frente
ao sofá, tinha um potente Home Theater em cima de uma
estante também de madeira e um lustre de vidro pendia no
centro da sala.
Demais — sussurrei. O Tom riu e me levou ao cômodo retangular que eu vira no
lado esquerdo da casa.
E era mesmo retangular. Havia apenas um chão lustrado de
madeira e uma gigante janela ocupando a parede que dava
para fora da casa. Bem no centro da sala tinha uma cavidade
também retangular, com um sofá enorme nas laterais e uma
televisão gigante de frente para ele. Um elaborado sistema de
som conectado à TV estava espalhado pela "cratera".
Que legal! — exclamei indo até a cavidade. Aqui é a sala de cinema. Por mim, a parte mais legal da casa. Eu pulei na mini-sala e deitei no sofá, que afundou com o meu
peso.
Delicioso — suspirei. Ele riu e se jogou no sofá ao meu lado.Delicioso demais, principalmente com você ao meu lado. Eu sorri maliciosamente para ele e o abracei, apoiando a
cabeça em seu peito pela milésima vez no dia. Ainda achava
que ele tinha um cheiro maravilhoso. Mal podia acreditar que
ainda naquela manhã eu acordara com a mulher da minha
escola me ligando… parecia fazer séculos depois de tudo o
que aconteceu! E no dia seguinte teria a tão esperada festa
Kington… dios mio.
E seus pais? Onde estão? — perguntei curiosa. Ainda não
vira sinal de vida na casa.
Agatah, já é uma hora da manhã. Provavelmente estão
dormindo… espero. Amanhã eu te apresento a eles.
Ah… está bem então. Vamos assistir ao filme? — Estava
louca para arranjar uma desculpa para poder ficar agarrada
com ele… meu Deus que pensamento Agatah! Mas era verdade,
fazer o quê.
Claro! Deixe-me colocá-lo… — Ele levantou e eu não pude
deixar de observar sua bunda quando se abaixou para colocar
o DVD. Eu sei que eu sou tarada ok?
Ele finalmente voltou e eu estendi os braços para recebê-lo.
Pelo jeito eu já tinha despertado o meu lado safado. Não
adiantava mais lutar contra.
Ele sorriu maliciosamente para mim antes de deitar novamente
ao meu lado.
Começou a épica musiquinha do Harry Potter. Àquela altura
minha mente já estava indo longe usando como cenário aquele
confortável sofá naquela sala escura enquanto estava abraçada
com o meu namorado (muito gostoso pelo visto).
Estávamos deitados um ao lado do outro, e eu estava com o meu
braço e minha cabeça em seu peito. Meu lado safado do inconsciente
deslizou a minha perna na altura de sua cintura, e eu pude sentir nós
dois ficarmos tensos. Até eu me dar conta do que acabara de fazer.
"Inferno" praguejei. "Eu sou namorada dele à apenas algumas horas
e aqui estou eu, com a perna em cima da sua cintura. Para não dizer
partes íntimas né Agatah? Onde eu estou com a cabeça?!" pensava
por um lado.
"Mas Agatah, pense bem: você ~quer~. Você o deseja. Ele também.
Então, qual é o problema? Vocês são namorados, não importa o
tempo!" pensava por outro lado.
"Há! Não importa o tempo! Estou me sentindo uma puta! Dormindo
na casa do Tom no primeiro dia de namoro!" pensava culpada.
Meu combate mental não deixava dúvidas: eu simplesmente não fazia
ideia de o que fazer, de como reagir. Então eu esperaria. O que acontecer,
aconteceu? Ah sei lá. Inferno.
Eu ainda podia senti-lo rígido ao meu lado. Como eu gostaria de ler
mentes agora e poder saber o que ele estava pensando sobre a minha
atitude… Teria ele achado ruim? Muito adiantado da minha parte?
Me achado uma puta? Achara que não fora nada? Ou estaria ele
adorando a minha ação, apesar de não saber como reagir? Ou
então ele não sabia exatamente o que eu queria? Mas nem eu
sabia o que eu queria! Que merda! Eu quero ~ele~! Mas sem
dar impressão de puta! Mas o que o ~Tom~ quer?
Tentando ver qual seria a sua reação para pelo menos saber
o que ele queria, eu beijei-o. Ele retribuiria de alguma forma,
pelo menos para clarear os meus pensamentos…
E ele retribuiu delicadamente. Eu podia escutar o sotaque
britânico do Harry falando com os seus tios Dursley ao fundo,
mas a minha mente estava à mil por hora tentando
desesperadamente saber do Tom.
Nosso beijo evoluiu. Agora eu o beijava de uma forma totalmente
diferente do que já tínhamos experimentado. Era um beijo
completamente sensual, safado, selvagem, como se eu estivesse
o beijando de corpo e alma, nos entregando um ao outro.
E não podia deixar mais claro o nosso desejo. O desejo de um pelo outro.

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Notas finais do capítulo

Leitoras que são minha amigas: por favor não fiquem constrangidas hahaha fanfics são assim mesmo (para quem não lê). Ficou bem leve! Vocês vão ver no próximo capítulo... e tenho certeza de que vocês não perdem por esperar! Um beijo, amo muito vocês!