Casalzinho Meigo: Rola ou não Rola? escrita por Laris Neal


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Sorry por demorar para atualizar, mas está ai mais um cap da história *-*



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Liv prestava muita atenção as suas palavras. Ela não soubera daquela conversa. Ell continuou:

- Eu... Eu não conseguia enxergar, admitir que eu errara. Eu comecei a dizer: “Quem me dera se eu não...” E o Huang perguntou, me incentivando a falar: “Não o que?”. “Não se importar tanto?” ele voltou a dizer: “Elliot, é o que faz de você um bom parceiro.”

Eu não podia admitir que a culpa fora só minha, então disse: “Ela me fez desviar.” Ao qual ele retrucou: “Como? Como que ela te fez fazer alguma coisa?”. Eu parei, analisando suas palavras. E era verdade. “Ela, não. Foi minha escolha.” Eu disse. Eu tive que admitir, mas ainda sim, aquilo não corrigia o erro. “A culpa foi minha, eu fui o responsável por ele.” Eu disse, ainda sem acreditar totalmente. Me dirigi para a porta e esbocei um “obrigado” e abri a porta, para sair dali o mais rápido possível. Ele me chamou ainda, mas eu não voltei atrás. Precisava sair dali.

Liv o olhava indignada, e disse por fim:

- Você...

- Sim Liv, me desculpe. Eu achava que a culpa era sua. Não queria acreditar que a escolha fora puramente e simplesmente minha.

- É. Depois disso continuamos trabalhando normal, até que achamos o local aonde Guitano estaria. Um armazém perdido em algum lugar.

- Fomos para lá, só nós dois, mas avisamos por rádio o resto da policia. Entramos no local armados, em silêncio, em prontidão para alguma eventual surpresa, mas estava tudo quieto.

- Nos comunicamos por sinais, dizendo que cada um ia para um lado, fomos andando até uma parte juntos, e sentimos cheiro de cigarros. Nos separamos finalmente.

 

Eu odeio sentimentos como este
Eu estou tão cansado dessa penosa luta
Eu estou adormecido e tudo que eu sonho
É levantado para você”

 

Eles se olhavam olhos nos olhos. Os cor de chocolate aprofundando-se nos imensos azuis da cor do mar. Liv continuou:

- Eu fui para um lado, com a arma apontada caso precisasse. Começei a andar pelo armazén quieto e escuro, sempre atenta. Até que ouvi tiros e me preocupei. Encostei-me na parede atrás de mim. Eu precisava fazer alguma coisa. Reuní toda a minha coragem e começei a correr, quando as paredes, minha proteção, acabaram, eu me joguei no chão evitando que os tiros me atingissem, e já fiquei deitada com a arma apontada.

Elliot disse o que lhe havia acontecido:

- Eu estava andando também atrás dele, quando Guitano me atingiu com a arma na cabeça, eu tentei reagir, por isso os tiros. Quando Liv caí deitada mais para frente, ele havia jogado minha arma no chão e eme fazia de refém, com sua arma apontada na minha cabeça.

- Eu gritei: “Abaixe a arma! Solte sua arma agora! Abaixe! Abaixe!”.

- Mas ele continuava com a arma na minha cabeça, me chacoalhando e dizendo que iria atirar. E eu dizia: “Atira!”

- Eu gritava: “Não seja um idiota Guitano!”.

- Eu não podia deixar que ela cometesse o mesmo erro que eu, então retrucava: “Atire, não pense duas vezes Olívia”.

- E Guitano gritava: “Você me ouve, ele vai morrer!”.

- “Atira nele!” eu gritava para ela. Eu achava que ela tinha que atirar.

- Mas Guitano estava se cansando desse disquemedisque, e disse: “Cala a boca! Todo mundo quieto!”. Eu ainda deitada no chão com a arma apontada, tentava me manter calma. “Victor, não há como sair daqui.” Eu disse.

- Ele irritou-se e mandou novamente todo se calarem.

  

“Diga-me que você ouvirá
Seu toque é o que está me faltando
E o que mais eu oculto, eu realizo
Eu estou lentamente perdendo Você”

 

- Eu fui levantando-me devagar e dizendo: “Você sabe o que acontecerá se não baixar essa arma. Muitas pessoas já morreram.”

- Eu a chamava: “Olívia.”

- E eu continuava falando com Guitano: “E eu sei que você não quer morrer”. “Você poderia ter atirado no Detetive Stabler. E em seguida, gostaria de o ter matado, mas você não fez isso.” Eu dizia tentando ganhar tempo. Tinha que enrrolá-lo de alguma mandeira. “Você não o fez porque estava sendo esperto.”

- “Você só tem uma chance! Não pode perdê-la” Eu dizia ainda com a arma apontada na minha cabeça. Não podia deixar que ela cometesse os mesmos erros que eu cometi. Mas ela parecia nem me ouvir.

- “Onde está a Rebeca, Victor? Ela está viva?” eu o ignorava. Guitanno respondeu, gritando:

- “Não vou responder nada até você largar a arma, sua cadela!”.

- “Atira!” eu gritei.

- “Cala a boca Elliot!” eu gritei de volta. Ele estava tirando minha concentração, e aquilo era tudo o que eu não precisava naquele momento.

- Ele levantou-me dizendo: “Um movimento e ele morre!”.

- “E depois?” eu tentava parecer calma, apesar de quase estar entrando em colapo. “Você acha que realmente você consegue sair daqui? Porque isso não vai acontecer. Agora, você escolhe.” Eu dizia medindo as palavras, com a arma ainda apontada para ele. Guitano olhava desesperado para os lados, tentando achar uma saída. “Morto ou vivo.”

- Guitano disse: “Eu vou, ou ele.” Eu olhava suplicante para ela. Mas Liv parecia intransponível.

- “Victor, diga onde está a Rebeca e terminamos logo com isso.” Ele me olhou com um sorrisinho ironico na cara.

- E disse: “Morto.”

- Ele continuou me encarando, eu sorri mais de nervoso do que de ironia, e ele correspondeu.

- Guitano disse ainda me segurando: “Eu usei seu corpo sangrando e ela seca. Quer ouvir com ela gritou?”

- Eu podia sentir o prazer em sua voz em me dizer aquilo.

“Comatoso
Eu nunca irei levantar sem uma overdose de Você

Eu não quero viver
Eu não quero respirar
A menos que eu sinta Você do meu lado”

 

- “Como ela implorou por sua mãe?” Guitano continuava a dizer com aquele prazer na voz.

- “Pare!” eu não podia mais ficar ouvindo aquilo.

- “Ela era uma prostituta barata.” – Elliot repetia as falas de Victor.

- “Uma verdadeira puta.” Eu tinha nojo dessas palavras, nojo dele. – Liv disse.

- “Eu estou olhando para um homem morto!” eu disse e me virei para encará-lo.

- “Qualquer passo á mais e vocês verão seus cérebros passarem por vocês!” Ele disse isso se mechendo rápido com Elliot, andando com a arma apontada.

- “Olívia, não há qualquer razão para você deixar esse saco de lixo vivo. Puxe o gatilho agora mesmo!” nós nos olhávamos nos olhos.

- Eu o olhava indecisa, não poderia atirar. Ele me olhava nos olhos.

- Como ela não tomava atitude, eu voltei a gritar: “Olívia, puxe!”.

- Eu ajeitei a arma na mão, ainda olhando-o.

- “Atire!” eu não aguentava mais aquela espera.

- Eu não podia atirar, estava muito indecisa.

- Guitano voltou a falar, dessa vez ele estava preocupado e agitado: “Você sabe... Você conhece aquela menininha. É possível que ela não esteja morta. Ela poderia ser assassinada nesse edifício, ou em qualquer lugar, não? Ou em algum outro lugar, á 15 metros de distancia daqui. Você realmente não sabe.” Ele falava desesperado, quase que perdendo o controle da situação.

- “Você é um mentiroso.” Eu disse, com lágrimas nos olhos e ainda com a arma apontada.

- “Sim, bem, esse é o ponto.” Ele voltou a dizer.

- “Diga onde ela está Victor.” Eu não podia mais continuar nessa brincadeira.

- “Ela está aqui! Ela ainda não está morta, de mais a mais ele a mataria aqui! A menos que ele goste de mortos. Você gostou do doente Victor? Gosta de cadáveres?” Eu disse virando para fitá-lo, ainda com a arma apontada na minha cabeça.

 

 

 

 


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