Casalzinho Meigo: Rola ou não Rola? escrita por Laris Neal


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Continuação da história ^^



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- Eu... Eu não sabia. – balbuciou Liv.

- É... – os olhos de Elliot estavam cheios de lágrimas. – Eu não podia te fazer sofrer mais ainda Liv! Eu morria por você, lembra?

- Sim Honney. – seus olhos estavam cheios de lágrimas. Todos prestavam uma enorme atenção nos dois, não perdendo nenhuma vírgula do que diziam, nem uma piscada que davam.

John e Casey falavam alternadamente, e agora era a vez da Casey:

 

- “O cara apertou novamente o botão, Elliot tinha lágrimas nos olhos. Não poderia, não conseguiria apertar.

- Não! Por favor! Solte-a!

- Eu quero que você aperte o botão! – Ell pensava o mais rápido que podia, tinha que dar alguma desculpa alguma idéia...

- Foi por causa da sua família, não foi?

- O que?

- O médico errou e matou sua esposa e o seu filho.

- Ele... Ele seguia todo mundo, seguia os padrões... Ele, poderia ter feito...

- Se ele tivesse tentado... Não seguido todo mundo, poderia a ter salvado. – ele tentava de todas as maneiras.

- Sim! E é por isso que você passou no teste.

- O que?

- É isso mesmo. Eu mandei você apertar o botão, mas você não o fez. Por ela. Não há bomba nenhuma na porta, e esse é um controle de porta automática comum. O grito é gravado. – ele ligou a luz do ambiente em que Liv estava, e ela continuava intacta. Elliot sentiu um enorme alivio, precisava vê-la. – Pode ir.

Ele saiu correndo e abriu a porta.

- O que houve? – perguntou Liv.

- Você está bem?

- Sim.

- Tem certeza?

- Melhor agora.”

 

- Por isso que você estava tão desesperado...

- Claro! Eu nunca poderia ter apertado aquele botão, ter causado sua dor.

Liv o olhava e ele concluiu:

- Mais do que já causei.

- Ell... Eu... Obrigada.

Todos os olhavam surpresos, com lágrimas nos olhos, sem saberem o que dizer. Liv olhou á sua volta, e todos estavam sem saberem o que dizer:

- Era isso que vocês faziam aqui?

- Conversavam sobre nós? – Ell disse.

- Mais ou menos. – comentou Fin, e John continuou:

- Nós estávamos contando as situações que foram mais emocionantes, sobre vocês. Já que vocês nunca contam.

- E então? Mais alguma para comentar? – disse Elliot irônico.

- Sim. – disse Casey. – O dia em que você ficou parcialmente cego.

Liv endureceu.

- Naquele dia, até comigo a Liv brigou! Para deixar você em paz! Ela estava com med o de te perder!

- É verdade Liv?

- Sim Ell. Eu não poderia ter te perdido. E você sabe disso. Que eu quase morri de desespero quando te segurei nos braços. Fiquei com medo de nunca mais poder trabalhar contigo, de te perder. Eu não suportaria.

- Eu sei. – ele disse sem tirar os olhos dos dela. O silêncio reinou por alguns segundos. Os dois olharam para todos, e depois olharam-se olhos nos olhos. Sabiam o que diriam. Cúmplices. Já que todos queriam tanto saber sobre eles, eles diriam.

- Alguma coisa a mais que vocês querem saber? – disse Elliot.

- Ainda há um episódio que podemos contar, se vocês quiserem. – disse Liv.

- Um último. Ao qual dói lembrar. Mas que os curiosos de plantão amam. – Ell falou. Como ninguém disse nada, Liv continuou:

- Provavelmente vocês já devem ter falado sobre ele, pela visão de vocês. Mas agora contaremos pela nossa visão. Sim, Fault.

Todos se ajeitaram, sem perdê-los de vista. Eles continuaram, mas olhando-se olhos nos olhos. Ell começou:

- Eu estava uma pilha naquele dia. Guitano seqüestrou as duas crianças. Nós nada podíamos fazer, senão procurá-lo.

- A Squad estava muito agitada. O capitão nos mandou para a casa das crianças. O clima estava tenso. Percebemos que ele iria agir na estação. Fomos para lá. Começamos disfarçados. O Guitano chegou á estação.

- Eu havia mandado o cara da guarita fingir que estava tudo normal, mas ele desesperou-se e ficou olhando para mim assustado. Guitano percebeu.

- Eu também percebi. Ele saiu correndo, e eu e Elliot saímos atrás. Separamos-nos. Quando ouvimos gritos e todo mundo correndo.

- Eu a vi passando pela porta com a arma na mão. Saí correndo atrás dela.

- Eu consegui chegar perto dele, mas ele estava com uma refém, e a faca apontada para ela. Era muita gente, não poderia atirar.

- A cena toda passava vagarosamente por mim. E no meio da multidão, eu vi o garoto sozinho. E do outro lado, Liv com o Guitano.

- Eu não sabia o que fazer, quando ele foi mais rápido e deu uma facada no meu pescoço. Eu caí no chão, sangrando e ele saiu correndo, largando a moça.

- Eu via o menino parado lá. Seria fácil correr e pegá-lo. Mas... Ao mesmo tempo Lliv estava caída no chão sangrando. Eu tinha que escolher. E eu a escolhi. Corria te ela, gritando: “Oh My God! Não! Liv, Liv! Você está bem?”

- Ele me segurou. “Onde está o Guitano? Eu estou bem! Vá Honney! Vá Honney!”.

- Eu saí correndo, mas Guitano já havia pegado o garoto e subido a escada rolante. Saí correndo no meio da população, e chegando lá em cima, Fin veio falar comigo. Umas pessoas estavam em roda, e no meio, o menino estava no chão, morto, com uma poça de sangue em volta. Eu estava frustrado. Em saber que... Se... Se eu tivesse escolhido o menino, ele estaria vivo.

- Eu subi onde eles estavam, com a mão no pescoço. Fin viu o ferimento e me deu um guardanapo para estancar o sangue. Os paramédicos chegaram e deram pontos.

 

- Tentamos trabalhar, mas eu estava muito nervoso.

- Ele não falava comigo direito. Quebrou o vidro do carro de alguém, para pegar uns papéis. Eu gritei: “Que diabos você está fazendo?”

- E eu disse: “Esse é o carro dele.”

- Ele abriu a porta e começou a fuçar lá dentro. E eu: “E daí?”

- Eu comecei a conversar e a pegar os papéis.

- E eu: “Como você sabe que é o carro dele?”

- “Aqui está a agenda dele” eu disse.

- Voltamos para a Squad. E começamos a interrogar um sujeito.

- Mas ele não dava espaço para eu falar, sempre me cortando. Eu o olhava sem entender, espantada.

- Eu saí da sala de interrogatório andando rápido, e Liv veio atrás de mim.

- Eu disse: “Hey!”, mas ele não parou. Eu gritei de novo “Hey!”.

- “Não há nada para dizer” eu disse.

- E eu emendei: “Se isso é a única coisa que você tem que me dizer, porque senão, diga-me!”

- Eu parei de costas para ela. Vire-me de frente e me aproximei dizendo: “Por que você não atirou no Guitano?”

- E eu respondi: “Ele estava usando a criança como escudo”.

- “Como você deixou ele chegar tão perto?”

- “Havia muitos inocentes em volta, eu não poderia atirar.”

- “Bom, agora o menino está morto.”

- “Então é minha culpa?” eu disse indignada.

- “Eu não posso mais fazer isso.” – eu me virei e sai andando. “Eu não posso. Eu olho para você e penso que você deveria estar bem.”

- Eu comecei a andar também, cheia de raiva. “Seu filho da mãe, você sabe que não é verdade!

- Eu me virei para ela, cheio de raiva também. “Eu só quero ter certeza que da próxima vez você fará seu trabalho e eu não terei que resgatá-la.”

- “Ok já chega! É o suficiente!” O cap disse, vindo até nós para parar a briga. “Não sei se vocês ainda se lembram, mas temos uma menina para salvar. Essa é a ultima vez que direi, senão vocês serão suspensos”.

- Nós paramos de discutir e fomos fazer nosso trabalho.

Eles falavam mais para si mesmos do que para os outros. Ell continuou:

- Em uma parte da tarde eu fui á casa do Huang. Precisava falar com alguém. Ele me disse que ficara sabendo do que ocorrera, e que fora algo terrível. Ele disse “Você sabe que em situações como essa...” E eu o cortei. Não queria o ouvir dizer que não havia nada que eu poderia fazer. Mas ele disse: “Eu ia dizer que nessas horas não há uma boa escolha. Cada escolha torna-se um sacrifício.” Eu não queria admitir, e disse que não era verdade. Ele disse: “Você teve que escolher entre salvar o menino ou salvar Olívia.” E eu retruquei frustrado: “Mas ela não precisava de mim.” Ao qual ele respondeu: “Você não sabia disso.”


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Notas finais do capítulo

Reviews please *-*



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