-Você acha que as estatuetas do Oscar vão nos derrotar?- eu disse.

                As estatuetas cresceram e ficaram do tamanho de pessoas. A primeira correu e as outras a seguiram. Transformei Mysteriódis em espada e peguei meu escudo. Duas vieram para cima de mim. Elas eram rápidas. Golpeei uma no “braço” mas minha espada produziu só faíscas... Bati com o escudo na cabeça dele. Ela ficou deformada, como se um elefante tivesse a pisoteada.

                Bati novamente, só que dessa vez nas pernas. Ela caiu e não conseguiu se levantar novamente. Tive um ideia. Guardei meu escudo e peguei a espada dourada do Oscar caído. O outro Oscar me atacou, peguei e passei Mysteriódis para a mão esquerda. Com a mão direita ataquei o Oscar com a lâmina de ouro. A cabeça do monstro/Oscar/estatueta/coisa sem nome caiu. Peguei a espada. Elas se fundiram, virando uma só.

                Nico estava com problemas. Quatro estatuetas batalhavam com ele. Mysteriódis virou um anel novamente. Cortei duas cabeças. Ótimo, faltam só duas. De repente um Oscar me desferiu um golpe na minha perna. Eu tombei pra frente me apoiando em Nico. Brandi minha espada de ouro recém adquirida. As espadas das estatuetas caídas se fundiam com a minha de ouro. Ótimo. Todas as estatuetas atacando Nico foram destruídas.

                Eu me apoiei em Nico, mas quando olhei para trás um Oscar vinha correndo para Nico. Eu troquei de lugar com ele. A espada me acertou. Foi só um corte, cortei a cabeça dele e a espada veio para a minha. Olhei ao redor. Todas as estatuetas foram derrotadas. As espadas foram para a minha. A minha espada virou uma maçã dourada e literalmente pulou para minha pulseira.

                A pulseira que Apolo me dera. Agora tinha quatro pingentes. De um Sol, de um Caduceu, de uma Coruja e de uma Maçã Dourada. Avançamos em direção as musas e Éris. Eu corri em direção as deusas. Éris entrou na minha frente. Ela estalou os dedos e eu e ela estávamos presas numa cúpula dourada. Eu não via nada do lado de fora.

                Eu saquei Mysteriódis. Ela sacou um chicote de ouro, eu acho. Vamos dizer que Ella tinha muita vantagem. Ela era uma deusa, o chicote tem maior alcance, dói muito, ela tem mais habilidade que eu, ela era muito mais rápida que eu.

                Ela me chicoteou, mas eu pulei para o lado. Saquei meu escudo. Ele me protegia, mas me deixava mais devagar. Eu cheguei mais perto e a ataquei, acabei por fazer um corte no braço dela. Ela ficou irritada e chicoteou meu escudo. Transformei Mysteriódis numa lança comprida.

                Ela chicoteou minha perna. Começou a arder e sangrar muito. O lado bom, o chicote tinha se enrolado na minha coxa.  O lado mau, ela estava me puxando. Eu parti o chicote, ela deu ombros e sacou duas espadas douradas. Mysteriódis virou uma espada também.

                Eu dei uma rasteira nela, ela conseguiu me acertar nas costas. Não fui muito fundo. Eu joguei Mysteriódis. Ela ficou presa, minha espada prendeu o vestido.  Eu vi minha pulseira e uma ideia surgiu.

                Arranquei o pingente de Sol, um arco dourado apareceu com uma aljava cheia de flechas. Atirei uma flecha. E outra. Ela estava toda dourada, parecia uma versão feminina do Oscar. Ela estalou os dedos. Eu virei o rosto e vi pelo canto do olho uma luz vermelha bem forte.

                A cúpula sumiu. Olhei a procura de meus amigos. As musas estavam desmaiadas, com exceção de Calíope, que ria maldosamente.

                -Vocês nunca a libertarão. É preciso de um sacrifício de sangue muito grande, capaz de matar uma pessoa. O sangue deve ser somente de uma pessoa.