A Deusa Perdida. escrita por Kei


Capítulo 41
Capítulo 44


Notas iniciais do capítulo

Desculpa por não postar antes, mas eu estou em época de provas. U.U'



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Entramos, lá era bem luxuoso. Haviam quatro poltronas mais o lugar para o piloto e o copiloto. Sentei no lugar de copiloto para ajudar Annabeth. Ela me ensinou dirigir o negócio, eu dirigi nas primeiras duas horas, ela estava muito cansada. Peguei o microfone e falei:

                -Atenção passageiros, se olharem a janela a direita verão mar e a sua esquerda mais mar.

                Estava muito chato ficar lá na frente. Fiquei só indo para frente, sem saber para onde ir. O Sol batia em meu rosto, os sapatos eram desconfortáveis. Eu abri uma espécie de janela. O vento bateu em meu rosto, me refrescando. Meu novo cabelo curto era mais confortável, porque não ficava caindo no meu olho, embora minha franja não sofrera nenhuma modificação. A água do mar aera clara em alguns pontos e escuros em outros revelando a profundidade da água.

                Annabeth entrou na cabine. Ela disse que era o turno dela. Eu fui para a parte de trás. Eu me sentei e me acomodei, a cadeira era confortável, a temperatura estava boa. Logo acabei dormindo.

                Sim, eu estava na ilha de Polifemo. Sim, eu vi novamente Luke. Seu rosto estava vermelho de raiva. Seu cabelo estava meio gosmento não sei explicar.

                -Por que você não vai mais rápido? Ele está com ela.

                -Ugh! O que é isso no seu... corpo inteiro?

                -Nem me pergunte. O maldito daquele ciclope me usou como...

                -Como?

                -... Lenço de nariz.

                -Espere- ele se virou para trás- Ande logo! Ele as pegou! Ele está com elas! Se você não for logo buscá-las eu não sei o que...

                O meu sonho mudou. Uma mulher com cabelos sujos, oleosos e despenteados. Usando uma túnica em farrapos, rasgada estava acorrentada a uma rocha. Com vista para o mar. De baixo da sujeira pude perceber que seus cabelos eram ruivos. Seus olhos suplicantes olhavam para mim. Não. Não. Não pode ser ela. Mas sim, com certeza é ela. Se você tirasse as duas toneladas de sujeira, penteasse os cabelos, veria Afrodite.

                -Afrodite?

                -Sim, eu sei. Meu estado é péssimo.

                -...

                -Meu cabelo está oleoso demais! E eu quebrei minha unha!

                -Você está acorrentada!

                -Claro! Obra daquelas musas! Você acredita que lãs querem roubar meu Ares? Mas eu não deixei isso barato! Elas estão com muitas espinhas agora! Muhuhuhahahahaha! Mas a minha situação não é das melhores.

                -Está bem. Mas porque me chamou?

                -Ah! Para salvá-las, você vai precisar de um sacrifício de sangue...

                A imagem se dissolveu em uma névoa densa. Eu abri os olhos. Eu estava com a cabeça apoiada no ombro de Nico. Eu tirei meu sapato de três metros e meio de altura. Era muito grande! Tinha quinze centímetros! QUINZE!

                Annabeth estava lá. Eu perguntei quanto tempo ela estava pilotando o helicóptero. Becky entrou e disse que havia visto uma coisa pela janela. Ela me mostrou, era uma ilha, muito distante. No horizonte. No encontro entre o céu e o mar. Mandei Annabeth descansar. Ela assentiu e foi para a sala. Nico entrou e se sentou ao meu lado.

                A presença dele me deixou meio desconfortável. Aquele vestido não ajudava em nada.O tanque de combustível estava ficando vazio. Eu olhei preocupada para Nico. Ele estava perdido em pensamentos. Seu rosto fez uma expressão de confusão, depois dor e por fim alegre.

                De repente o helicóptero começou a cair. Girava em círculos. Eu me desesperei! Procurei por todos os lados paraquedas. Não é possível. Só quatro. Só quatro. Um de nós não ia sobreviver. Eu dei os paraquedas para cada um dos meus amigos.

                -Nico - entreguei a ele.

                -Annabeth - entreguei a ela.

                -Percy - entreguei a ele.

                -Becky - entreguei a ela.

                -Mas e você?

                -Eu... vou ficar aqui. Agora, vão!

                -Eu não vou me machucar na água -disse Percy.

                -Só que aquilo são corais.

                Eu os empurrei. Eles abriram os paraquedas. Eu pulei. Tudo pareceu em câmera lenta. Vi meus amigos caírem em segurança. De repente uma dor insuportável percorreu meu corpo. Cada centímetro do meu corpo parecia estar sendo esmagado por um rolo compressor.

                A dor passou. Eu vi tudo preto e por fim desmaiei.

                Eu abri os olhos. Estava numa caverna. Então era assim o Campo de Asfódelos. Úmido, frio, escuro e com o canto de pássaros ao fundo. Olhei ao lado. Era Nico. Eu estava apenas de biquíni.

                -AAAAAAAAAAAAAAH!- gritei.

                -Calma, calma.

                -Cadê minha roupa?

                Ele apontou para um monte de roupas encharcadas com uma bolsa toda molhada.

                -Quem me vestiu?

                -Ninguém. Você estava com biquíni por baixo daquela roupa.

                -Onde está Becky? E Percy? E Annabeth?

                -Eu não sei. Depois que caímos no mar, Percy sumiu, junto de Annabeth e Becky, bem ela sumiu do nada.

                -O que você recuperou?

                -Consegui pegar só a minha e a sua bolsa.

                Peguei minha bolsa. Tem que estar aqui em algum lugar, não! Meu livro molhou! Na hora que encostei ele secou, voltou ao normal. Peguei meu iPod, ele secou também! Eu até liguei e ele funcionou! Continuei procurando. Atrás do meu diário estava lá! O que eu precisava. Um dracma. Só falta o arco-íris.

                Coloquei um vestido preto. Fiquei descalça. Estava sentada na praia quando vejo uma caverna cheia de neve. Mas lá era calor! Saquei Mysteriódis. Entrei e vi uma caverna congelada. Fria, com neve. Ela não parecia ser funda. No fundo encontrei Becky dormindo em cima da neve. Como se a neve não fizesse nenhuma diferença para ela. Eu a chacoalhei. Ela acordou.

                -Onde estamos?

                -Eu não sei. Não tenho ideia de onde estamos. Vamos, Nico está aqui perto.

                Quando saímos vi Percy carregando Annabeth no colo. Ela estava com alguns arranhões. Nós nos aproximamos, ele disse que eles caíram perto demais dos corais e que ela se arranhou e desmaiou. Eu coloquei um short e uma camiseta do Acampamento

                Levei Becky, Percy e Annabeth para o lugar que Nico estava. Percy sacudiu a cabeça. Ele disse que estávamos bem próximos da ilha de Polifemo. Pegamos nossas malas e fomos nadando. Sim. Era muito cansativo.

                Ondas me acertavam, mas persisti e continuei a nadar. Depois de um tempo, quando minhas forças estavam esgotadas, avistamos uma ilha. Isso me animou. Não estava tão longe. Nadamos até lá.

                Era uma ilha cheia de plantas mortas, secas. Haviam ossos de carneiros, ossos humanos. Haviam poucas árvores, mas as que estavam lá eram pretas, parecendo mãos. Sim, aquilo irradiava uma aura maligna. Agora só falta aquela musiquinha de terror. A areia era preta, escura. A grama era seca, pisoteada e espetava meus pés descalços.

                -Acho que mudou alguma coisa aqui- disse Percy.

                -Não, jura?- disse Annabeth.

                -É lá?- perguntou Becky.

                -Sim.

                Havia uma caverna enorme, lá de dentro pude ouvir gritos femininos, horrorizados.

                Entrei correndo. Lá dentro vi uma mulher de vinte e poucos anos, cabelos castanhos e ondulados, olhos verdes, vestido rasgado, com o que parece ser uma estampa floral. Ela encarava ma porta com nojo.

                A outra mulher parecia mais severa, tinha cabelos castanhos presos numa trança, trançado com palha e um vestido verde.

                Elas estavam presas em uma cela suja e úmida. Eu corri em direção a cela. Mas uma luz branca tomou conta da minha visão. Urânia estava falando comigo.

                -Juliet?

                -O que você quer?

                -Hum, te ajudar?

                -Por que eu deveria confiar em você?


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Notas finais do capítulo

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