Eu estava com uma roupa diferente. Um vestido grego, azul elétrico, com o colar de Apolo e o de Zeus, meu anel e a corrente de prata no pulso. Eu estava com uma sandália de couro, no estilo grego. Meu cabelo estava trançado.

                Uma jovem, com um rosto atemporal, com cabelos castanhos, cacheados, presos numa longa trança, com o que parecia ser estrelas, um vestido em estilo grego, azul escuro com decote V. Ela usava um colar com todos os planetas do sistema solar. Mais o Sol e a Lua. Saturno, Plutão, Netuno, Mercúrio.

                Ela flutuou para perto de mim, deixando um rastro de brilho. Seus olhos eram de um azul profundo, porém rebelde. Ela se sentou.

                -Quem é você?- perguntei.

                -Não é uma surpresa que não me reconheça. Sou Urânia, a musa da Astronomia.

                -Hum, que, hã, legal. O que eu estou fazendo aqui?

                -Nós estamos cansadas de ser todas comportadinhas e de louvar aos deuses. Nós queremos reconhecimento, queremos ser as esposas deles.

                -Mas eles já estão, tecnicamente comprometidos.

                -Por isso, temos um plano, contra as deusas.

                -Tá, e o que eu tenho a ver com isso?

                -Você está indo resgatá-la.

                -Onde estão meus amigos?

                -O filho de Hades, a de Atena, o de Poseidon e a de...

                Uma jovem com um rosto majestoso e atemporal, com coroa de louros e ornada de grinaldas, com cabelos lisos e castanho claro, usando um vestido grego e branco entrou.

                -Urânia, não fale mais nada.

                -Sim, Calíope.

                -Vá cuidar do plano com Polímnia.

                -Sim, Calíope.

                -Bem, Urânia já deve ter contado o plano. Bem, revelarei a ti, pois não sairá viva daqui.

                Ótimo, não vou sair viva daqui.