(Capitulo anterior)

“– Oi, moça bonita. – Me cumprimentou educadamente e eu sorri. – Bem que o John me falou que você era linda - Corei levemente. - O Bieber vai com certeza adorar te conhecer. – Scooter falou e sorriu, piscando para meu pai, fazendo ele o fuzilar com o olhar.

Espera... QUEM?!"

– John. Andrew. Campbell. – Falei pausadamente, respirando fundo e puxando-o para longe do Scooter. – COMO VOCÊ OUSOU NÃO ME CONTAR ESSE “PEQUENO” DETALHE? – Gritei num sussurro. É, gritei sussurrando. Fiz questão de dar bastante ênfase no pequeno, para ele sentir o sarcasmo.

– Se eu falasse você não viria mesmo. – Disse tranquilamente, dando de ombros, como se fosse normal.

Virei de costas, contando até 10 e sorrindo amarelo para o Scooter.

– Ok, em casa acertamos as contas. – Sai andando fuzilando Mary com o olhar, depositando toda raiva do mundo. Scooter me olhou meio confuso e eu sorri meio sem jeito.

Entramos na casa e uau... Que casa. Era tão linda que até perdi a raiva que estava.

A pequena sala de entrada tinha um tapeto vermelho-indiano redondo gigante, com uma mesa em marrom-rútilo encostada à parede, seguido de um enorme espelho na mesma parede, aproveitei para ver como eu estava, já que iria conhecer o Justin Bieber. Tudo bem, não sou fã nem nunca ouvi falar muito nele, mas cara, é o Justin Bieber!

– Nicolle? – Meu pai me chamou, virando e entrando em uma porta. Apressei-me até ele.

Do lado oposto estava a sala, com a decoração em diferentes tons de beges, e um pequeno pontinho loirinho com roupas cor de rosas. Uma garotinha linda, que abriu um imenso sorriso logo que sua atenção me atingiu, correndo até mim.

– Oi. – Ela disse fofa, sorrindo ainda. Acredito que ela tinha uns 3 para 4 aninhos.

– Oi, princesinha! – Sorri para ela me abaixando, para ficar do seu tamanho. Ela me olhou e abriu um sorriso tortinho, me mostrando sua boneca. – Como é seu nome? – Perguntei a olhando.

– Jazmyn. – Sorriu envergonhada. – E o seu? – Perguntou olhando para sua boneca.

– Nicolle. – Sorri e ela me olhou de novo, começando a brincar com uma mexa do meu cabelo.

– Onde está sua mamãe?

– Lááá no hotel! – Apontou para fora da casa, a olhei surpresa.

– Mas quem está aqui com você? – Perguntei confusa.

– Ela está comigo. – Ouvi uma voz rouca e grossa, vindo de trás de nós duas. Olhei, nossa... Era Justin.

Ele estava muito diferente de quando o vi pela ultima vez na televisão, bem mudado. Rosto mais aperfeiçoado, costas mais largas, estava mais alto e com uma voz bem mais grossa, sem contar aquele corte de cabelo que o deixou tão mais homem e... Mais sexy.

Me levantei rápido e arrumei meu vestido, fazendo Justin me seguir com o olhar. Ele estava com uma cara um pouco abatida, mas sorrindo.

– Oi Justin, nem tinha te visto aí. – Falei meio sem jeito, sorrindo fraco e o olhando. E ele me olhou também, e que olhada.

– Tudo bem – Depois de um longe tempo falou, sorrindo. Estava quase ficando sem graça. – Acho que ela gostou de você.

– Sério? Que fofa! – Falei e olhei para Jazmyn, que estava sorrindo para mim e para ele.

– É difícil ela conversar com alguém. – Olhei surpresa para ele, já que ela tinha falado comigo logo de primeira. – Vem, acho melhor você ir lá para mesa, dona Pattie tá querendo te conhecer. – Olhou para mim e piscou, fazendo um sinal com a cabeça para que eu o acompanhasse e virou as costas. O acompanhei meio atordoada, tentando colocar as idéias no lugar.

Senti alguma coisa pequenininha se envolvendo com as minhas mãos, era a mãozinha da Jazmyn. Sorri quando a percebi e ela olhou com aquele olhar fofinho novamente para mim.

– Essa é a Nicolle, Pattie. – John olhou para mim logo que entrei na sala, falando à mulher de longos e lisos cabelos castanho, com um par de olhos azuis perfeitos, que estava sorrindo encantada para mim. Retribui o sorriso, me sentei ao seu lado e puxei uma cadeira para Jazmyn.

– Você é tão linda quanto seu pai falou. – Pattie falou gentilmente e eu fiquei sem graça, abaixando meu rosto.

Não sei receber elogios, não, não e não!

– Obrigada. – Falei fraco e levantei meu rosto.

– Então Justin, pensou no assunto? – Meu pai falou olhando sério para Justin, que lançou um olhar para Mary, que olhou para Scooter, que olhou para Pattie e que voltou a olhar para John.

– Pensei e... – Agora todos focaram seus olhares para ele, na espera de uma resposta. E eu aqui vegetando. – E eu topo! – Terminou sorrindo, fazendo Mary bater palmas com as mãos.

– Err... Oi, eu estou aqui. – Falei e estralei no ar, já que era a única fora do assunto. Eu e a Jazzy (acho que já posso a chamar assim), mas ela estava brincando, então nem vale.

Eles caíram na gargalhada. Nem foi tão engraçado assim, na verdade nem teve graça.

– Na hora certa você vai saber. – Scooter olhou para mim e Pattie piscou. Olhei para Justin que estava mordendo seus lábios enquanto olhava para meu decote. Safado!

Me arrumei na cadeira no intuito dele se tocar. Olhei para John, que desviou o olhar para não precisar falar.

– Não vão me falar mesmo, não é? – Perguntei séria, todos negaram, incluindo Justin que até pouco tempo estava comendo meus seios com o olhar.

Olhei para cima na esperança de ouvir alguém dizendo algo a respeito, mas eles desviaram de assunto, que me fez negar levemente com a cabeça, já que uma das coisas que eu mais odeio é que escondam algo de mim, fazendo Justin rir fraco olhando para mim.

Durante o jantar eles falaram de tudo, menos de negócio. Isso tava ficando muito estranho, estranho até demais.

Apesar de todo esse mistério sobre o tal “assunto”, o jantar foi muito legal. O Justin não se comportou momento algum como um popstar super famoso, pelo contrário, estava solto até demais e me flertava em toda oportunidade que tinha.

Depois do jantar John foi para o escritório terminar de resolver as coisas do tal assunto, junto com Braun porque não podiam resolver ali na mesa, ou seja: não podiam resolver na minha frente.

Pattie carregou Jazmyn para a cama, já que a pequena tinha dormido no seu colo e Mary a acompanhou, me deixando sozinha com Justin lá na mesa.

– Então, Justin... – Comecei com uma voz fofa. - Qual é a desse assunto que vocês tanto tão escondendo? - Perguntei ainda com a voz fofa.

Sim, quando eu quero pedir algo, eu me dou de fofa, só que nesse caso eu estava realmente curiosa.

– Não adianta insistir Nicolle, dei minha palavra para seu pai. – Me olhou sério e eu olhei feio pra ele, que o fez rir logo em seguida.

– The way you move is like a full on rainstorm... – Meu celular começou a tocar, o peguei rápido da bolsa. Número desconhecido.

– Espera só um pouco Justin, preciso ir atender. – Ele concordou com a cabeça e eu me levantei, me distanciado da mesa.

– Alô? – Perguntei e ninguém respondeu, fazia muito barulho e a ligação estava péssima.

– Oi, vadia. – Ouvi aquela voz novamente e fiquei em choque, paralisada, sem esboçar qualquer reação. Senti minhas pernas amoleceram, quase me fazendo cair.

– M-mar-marcos? – Mal consegui falar, meu corpo começou a tremer e eu deixei o celular cair, senti tudo girando e ficando preto. Só me lembro de ter sentido alguém me segurando antes deu cair no chão e apagar.