Talking To The Moon escrita por juliamoura


Capítulo 6
Matheus, shopping e... QUEM?!


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha bonita! Estou aqui novamente para a felicidade(ou não) de vocês, hehe. Leiam as notas finais, só para esclarecer umas coisinhas.



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(Capítulo Anterior)

"– Se precisar de uma amiga, estarei sempre aqui. – Falou e foi caminhando pra sua casa, que ficava atrás da nossa.

A Maddi foi a primeira garota que tentou me ajudar. Acho que até minha primeira amiga, amiga que passa segurança que vai estar do meu lado, independente do tamanho do problema.

Acho que seremos grandes amigas."



Quatro meses depois...

– Eu não vou. – Falei seca e um pouco irritada. John estava me irritando com essa insistência.

Te prometo que vai ser rápido. – Pela inúmera vez tentou me convencer, e ainda por cima via celular, coisa que eu odeio. Revirei os olhos e sai do restaurante rápido, procurando a chave do meu carro.

– Pai, depois a gente se fala – Falei ainda procurando a chave na bolsa, ela tinha sumido! – Amo você. – Desliguei.

Fui caminhando pelas imensas e movimentadas ruas de Atlanta, procurando a infeliz chave.

– Isso que dá ser desorganizada, Nicolle. – Murmurei pra mim mesma. – Ai! – Gritei depois de ter trombado com alguém bem forte, quase caindo no chão. – Não olha por onde anda não?! – Perguntei irritada, já que praticamente minha bolsa toda caiu no chão.

– Desculpa. – Falou num tom fraco.

– Matheus, você por aqui? – Perguntei e franzi o cenho, depois que levantei e o reconheci.

– Oi, Nicolle. – Falou ainda fraquinho, com a voz abatida.

Oxe!

– Tá tudo bem? – O olhei preocupada.

– É... Está sim. – Tentou sorrir fraco e passou as mãos no cabelo.

– Não, não está tudo bem – Falei e peguei o celular para ver as horas, eram 13:30 ainda, dava tempo dele me contar. Olhei para ele novamente, pra que ele começasse a falar. Ele estava mordendo o lábio inferior, olhando para cima. – Não adianta, ajoelhou agora reza! – Ele riu pelo nariz, suspirou derrotado, no modo que deu para perceber que eu venci.

– Não é para rir da minha cara e nem me chamar de gay, entendeu? – Sorriu e eu ri, concordando com a cabeça.

Ele era dois anos mais novo que eu e mais alto. Maravilha.

– Tôgostandodeumagarotamaisnãoseiseelaestágostandodemim. – Ele falou tudo junto me fazendo olhar para ele com uma cara super estranha.

– Por favor, fale minha língua. – Ele riu e jogou a cabeça pra trás visivelmente sem graça.

– Eu to gostando de uma garota, mas eu não sei se ela tá gostando de mim. E to com medo. – Falou agora calmo e devagar, ainda meio sem jeito. Ri de ver ele levemente corado.

– Falei que não era pra rir. – Me repreendeu, ri mais um pouquinho.

– Quem é ela? – Olhei para ele ainda sorrindo. Ele me olhou confuso e abaixou o olhar.

Meu corpo estremeceu em pensar na possibilidade de ser eu. Respirei fundo e segurei a respiração, olhando para o lado para disfarçar. Claro que não era eu, imagine... Nem tem como ser eu, para de viajar, Nicolle.

– Maddi. – Falou e eu soltei o ar com toda a força do mundo, que alivio. – Acho que você não conhece.

– Que nome?! – Perguntei assustada ao compreender o que ele acabara de falar.

– Maddi, Maddi Jane. – Meus olhos quase saltaram para fora e minha boca ficou aberta em um perfeito “O” hora que eu ouvi nome da minha melhor amiga.

– Maddi Jane?! – Perguntei surpresa. - Uma garota mais ou menos da minha altura, cabelos um pouco para baixo dos ombros e olhos cor de mel? – Perguntei abobada e ele concordou, me olhando sem entender.

– Sim. – Ele riu por ver minha cara. – Vai me dizer que... Você a conhece?! – Agora foi e vez dele de me olhar surpreso.

– Ela é minha melhor amiga! – Olhamos um para o outro assustados e rimos.

Mas é claro que é ela! Uma vez ela me disse que achava que tava gostando de um garoto da sua escola, que era mais alto que ela e tinha os olhos azuis, só não me falou o nome.

– Acho que alguém já me falou de você... – Falei e pisquei para ele, que fez seu sorriso ficar grandão.

– Jura? – Ele sorria feito bobo, me fazendo rir. Concordei com a cabeça e ele fingiu coçar o pescoço, olhando para baixo. Alguma coisa tava vibrando na minha bolsa. Peguei meu celular. – Só um minuto, Matheus. – Dei as costas para ele e atendi o celular. Era Mary.

– To chegando aí, beijo! – Falou e desligou. Doida mesmo!

Guardei o celular e voltei a conversar com o Matheus.

– Não era nada de mais. – Falei e ele começou a me olhar fixadamente, ficando paralisado. – Matheus, tá tudo bem? – Perguntei de novo olhando pra ele e percebi que ele não tirava os olhos de alguma coisa atrás de mim. Olhei para trás e era Maddi junto com a Mary. Lancei um olhar e um sorriso safado, ele riu envergonhado olhando para baixo.

– Oi, Mary! – A puxei pra longe, piscando para Maddi. – Oi, Maddi. Tchau, Maddi! – Falei afobada.

– Matheus? – Maddi perguntou assustada e o cumprimentou. Ele olhou para mim confuso e ela me fuzilou com os olhos quando sai de perto deles. Só pisquei para ele e ele sorriu.

– Que isso garota? – Mary olhou confusa para trás, enquanto percebeu que eu estava levando ela para longe deles.

– Só estou ajudando meus amigos. – Pisquei, ela entendeu e respondeu com sorriso.

– Te chamei para gente ir ao shopping, comprar sua roupa para o jantar. – Meu sorriso desapareceu hora que ouvi a palavra “jantar”.

– Até você, Mary? – Revirei os olhos. – Já chega meu pai ficar insistindo e insistindo para ir nessa... – Respirei fundo, iria dizer coisa que não devia. – Nesse jantar. - Ela riu, colocando o braço sobre meus ombros.

– Vai ser rápido amorzinho, eu odeio ir nesses jantares também, mas é necessário! – Falou rindo.

– Vocês vieram como? – Perguntei quando não vi seu carro.

– De taxi, já que alguém aqui já tirou carta e tem o seu próprio carro. – Soltei um sorrisão e ela riu.

Sim, em quatro meses muitas coisas mudaram, e uma delas era que eu tinha meu próprio carro. Morar aqui é outras coisas!

– Vamos ir chamar a Maddi, precisamos comprar as roupas.

– NÃO! – Quase gritei. – Deixa ela lá... – Insisti com uma cara fofa, e ela me olhou desaprovando.

– Nicolle, ela tem 15 anos e está com um garoto que ela nunca viu na vida, e...

– Eles já conhecem e um gosta do outro. – A olhei séria. Mary levantou as sobrancelhas. – Depois te explico tudo. - Peguei o meu celular e mandei uma mensagem para a Maddi.

“Não precisa me agradecer, haha. Fiquem conversando, ele tem muitas coisas pra falar com você, e eu acho que você pra ele. Vou ao shopping com a Mary e as quatro eu passo te pegar. Juízo, hein! ;)”

Mandei a mensagem e ela olhou pra trás, sorrindo como resposta.

– Pronto, agora podemos ir. – Mary balançou a cabeça e saímos em direção ao shopping.


-   -     -

– E esse? – Sai do provador cansada, com a maior cara de animação.

– Muito cheio. – Respondeu e joguei minha cabeça para trás.

– Mary, eu já experimentei umas 200 roupas diferentes e nenhuma tá boa pra você! – A olhei brava. Já ia dar 4 horas e nada dela se resolver.

– Espera um pouco. – Falou e saiu correndo em direção a um vestido preto que viu do outro lado da loja. Voltou rápido e me entregou. – Vai vestindo esse que eu vou pegar o sapato. Peguei da sua mão e entrei no provador.

Uma coisa que não saia da minha cabeça é eles estavam insistindo muito para eu ir nesse jantar. Tipo, teve tantos outros e eles nunca me chamaram para ir, por que esse eu tenho que ir? Estranho...

– Pronto. – Mary passou um par de sapatos rosa por cima da porta do provador.

– Uau... – O peguei na mão e o coloquei. Ajeitei meu cabelo antes de sair, me olhei no espelho e gostei do que vi.

– Perfeito! – Seus olhos brilharam logo que eu saí e eu sorri, como um obrigado.

– Então é esse? – Perguntei feliz por acabar com aquilo.

– Com certeza! – Falou e saímos para pagar.


-   -   -

– Então foi isso, Nic! – Maddi se jogou na cama, sorrindo feito boba.

– Ai meu Deus, minha melhor amiga tá apaixonada! – Apertei suas bochechas e ela riu.

– Ele é... perfeito. – Falou e fechou os olhos.

– Você já repetiu isso umas 20 vezes. – Olhei pra ela com cara de tédio e ela riu.

– Mas ele é! – Revirei os olhos e fui pegar uma toalha.

– Mad, pare de falar do Matheus um pouco e me ajude a achar um brinco que combine com o vestido. – Falei brava brincando, e entrei no banheiro pra ir pro banho.

– Tá bom... – Se levantou da cama em direção a minha caixinha de jóias. - Nic, sabe de uma coisa? – Perguntou e eu pus minha cabeça para fora do banheiro.

– Que foi, meu anjo?

– O Matheus é perfeito... – A olhei brava e mostrei a língua, ela riu meio que suspirando. Entrei de vez no banheiro e me despi, liguei o chuveiro e fiquei por lá.

Não sei por que, mas lembrei da minha mãe. Amanhã faria quatro meses. Quatro meses sem ela. Levantei o rosto e deixei a água cair sobre ele. Terminei meu banho e me enrolei na toalha.

– Mad? – Sai à procura dela no quarto e a vi na sacada. – Curtindo o vento? – Me olhou e riu.

– Vá colocar sua roupa, já deixei tudo em cima da cama. – Me olhou de relance e eu fui colocá-la.

Coloquei o vestido e o sapato, fui em direção ao enorme espelho e me olhei em todos os ângulos. Estava me sentindo linda, coisa que há muito tempo não acontecia.

– Minha amiga é muito gata, fala sério! – Maddi chegou e eu ri fraco envergonhada.

– Boba – Falei e ela me jogou um beijo no ar. - Só falta secar o cabelo e...

– A maquiagem, claro! – Falou voando para cima de mim.

– E a maquiagem, claro. – Repeti, rindo.


-   -   -

– Uau, minha filha está...

– Linda! – Mary terminou a frase do John, eu ri descendo a escada, ficando sem graça. Como sempre, né.

(roupa)

– Você tá linda mesmo, amiga – Maddi desceu a escada rápido, me depositando um estralado beijo na bochecha. – Bom jantar. – Sorri e terminei de descer as escadas.

– Vou com meu carro ou vou com vocês? – Perguntei para não ficar sem assunto ali.

– Você quem escolhe. – John falou e abriu a porta.

– Então vou com o meu. – Sorri e sai correndo em direção a Maddi com meu "pequeno" salto, lhe dando um abraço. – Eu queria te levar, só que né.

– Relaxa amiga, marquei de sair com o Matheus. – Sorriu para mim e eu a olhei com um sorriso torto.

– Juízo, hein! – Pisquei e dei as costas, fechando a porta.

Entrei no meu carro e fui seguindo meu pai. Resolvi ligar o rádio e estava passando Love Me.

– Esse Justin Bieber me persegue! – Falei alto para mim mesma.


“Love me, love me

Say that you love me.

Fool me, fool me

Oh, how you do me!


Kiss me, kiss me

Say that you miss me.

Tell me what I wanna hear,

Tell me you love me”


Eles pararam o carro em frente a uma casa muito, muito linda. Espera, achei que o jantar seria em um restaurante... Mas tudo bem.

Estacionaram o carro e fiz o mesmo.

– Vocês não me falaram que ia ser numa casa! – Sai do carro e fui atrás deles.

– E você não faz ideia na casa de quem. – Mary me lançou um olhar e riu, não entendi.

Fomos andando até porta e John apertou a campainha.

– Ei, Scooter! – Meu pai cumprimentou o cara que aparentava ter uns 30 anos.

– Oi, Scooter! – Mary o cumprimentou gentil e lhe deu um beijo no rosto.

– Oi, moça bonita. – Me cumprimentou educadamente e eu sorri. – Bem que o John me falou que você era linda - Corei levemente. - Bieber vai com certeza adorar te conhecer. – Scooter falou e sorriu, piscando para meu pai, fazendo ele o fuzilar com o olhar.

Espera... QUEM?!




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Notas finais do capítulo

Bom gente, acho que você já viram/ouviram falar da Maddi Jane, ela é um cantora muito fofa que posta covers no youtube e tals, e eu sou fã e a amo muito e então resolvi colocar ela como a melhor amiga da Nic *-* Bom, acho que era isso. O próximo capítulo promete! Hehehe.