Bill parou um pouco para pensar, e disse:



    - Por que se mudou do Brasil?


    
    - Ah. - eu suspirei - Meu pai é empresário, acha que é mais fácil administrar os negócios por aqui, já que a maioria de suas lojas ficam aqui na Alemanha.



    - E está se adaptando bem? - ele continuou, interessado.



    - Sim. - eu respondi - Já morei por aqui dos 11 aos 14 anos de idade.


   
    Bill ficou pensativo, e depois disse:



    - Sua vez agora. Pergunte o que quiser.



    - Hum, como é sua vida? Com quem mora?



    Bill riu, e disse:



    -  Ah, minha vida é normal. Moro com minha mãe Simone, meu padrasto Gordon e meu irmão Tom.



    - Ah, sim. O que garoto que fica nos provocando. - eu respondi, fazendo uma careta ao me lembrar de Tom. - Ele é meio idiota.



    - Meio não, completamente! - respondeu Bill, rindo - Apesar de tudo, ele é muito gente boa, divertido e engraçado também.



    - Sabe, fiquei surpresa ao saber que você e ele são gêmeos idênticos, não se parecem em nada!



    - Bom, se olhar bem para nossos rostos, pode perceber que somos parecidos sim. -  disse Bill, sorrindo. - Mas, como descobriu que somos gêmeos? Não mencionei isso em momento algum...



    - Aria me contou. - eu falei, olhando fixamente em seus olhos verdes amendoados -  Confesso que fiquei curiosa com você desde o primeiro dia de aula, então perguntei algumas coisas para ela.



    Bill sorriu, e disse:



    - Você se interessou por mim?



    Encarei ele por alguns segundos, e respondi envergonhada:



    - Não exatamente, eu apenas...



     Bill me calou com um beijo demorado. Não reagi, e nem me preocupei se alguém entraria naquela sala no momento em que estávamos nos beijando. Apenas pensei "foda-se", e respondi ao beijo me curvando e agarrando com força sua nuca, enquanto a acariciava.



    Bill desceu suas mãos até o meu quadril, fazendo nossos corpos se colarem. Eu o queria cada vez mais, só não sabia se aquilo era certo naquele momento. Saí da realidade na hora em que ele começou a arranhar indecentemente minhas costas, então apenas me entreguei à ele. Bill me dava beijos apaixonados, e descia-os até meu pescoço, fazendo eu delirar, literalmente. Até que eu não aguentei, e desci minhas mãos que estavam em seu pescoço até seu quadril, deslizando-as lentamente por suas costas.


    Forcei a blusa dele para cima, e ele logo entendeu o recado. Não perdeu tempo e livrou-se logo dela. Reparei que Bill tinha diversas tatuagens, e aquilo só me deixou com mais vontade de poder tocá-lo, e conhecê-lo mais ainda. Até que ele se levantou, sem separar seus lábios dos meus, e me pegou no colo. Entrelacei minhas pernas por sua cintura e ele me colocou em cima de uma carteira, e continuou me beijando desde os meus lábios até meu pescoço. Era inacreditável, eu estava completamente envolvida por ele, e não tinha mais noção de nada do que acontecia. Queria apenas ele, e nada mais. Queria sentir ele dentro de mim.
   


    Me curvei para trás, a fim de que ele tirasse minha blusa, e finalmente abrí os olhos. E me assustei. Vi a sala da detenção, com a porta entreaberta e me dei conta da loucura que Bill e eu estávamos prestes a cometer. Virei-me para ele, e disse, soltando um muxoxo:



    - Não, Bill... Aqui não... Estamos na sala de detenção.



    Acho que Bill estava fora de si também, e quando eu pronunciei aquelas palavras, ele voltou a realidade. Vi seu rosto corar, e aquela imagem de um Bill sexy e sedutor havia desaparecido por completo de minha mente. Ele estava diferente de segundo atrás. Estava um pouco envergonhado, mas muito fofo também. Vestiu sua camisa apressado, e sussurrou:



    - Me desculpe... Não sei o que deu em mim.



    - Não se desculpe. - eu disse, sorrindo - Eu adorei cada segundo. - e depois dei um selinho rápido nele.



    Bill abriu um sorriso largo, e me pegou no colo novamente, me tirando de cima da carteira e me colocando no chão. Era óbvio que eu conseguiria descer sozinha, mas eu não iria perder a oportunidade de ser carregada no colo pelo Kaulitz, não é mesmo?



    Conversamos durante horas, até o tempo da detenção finalmente terminar. O velho zelador apareceu por lá novamente, nos avisando que a detenção havia chegado ao fim.



    Na saída, Bill me perguntou:



    - Quer carona? Posso te levar de carro.



    - Não, obrigada.



    - Ah, o que é isso? Só uma carona, Anna! Deixa de frescura. - ele disse, rodopiando pelos corredores do colégio como uma criança idiota de 5 anos.  



    - Não, - eu disse, dando risada. - é sério. Gosto de ir a pé para casa, e é pertinho.



    - Ah, tudo bem então. - ele sorriu de lado.



    Chegamos no portão de saída, e eu andei apressada pela calçada para chegar logo em casa, enquanto acompanhava Bill entrar em seu Audi preto. Até que ouvi ele gritar:



    - Hey! - eu me virei rapidamente para trás. - Não me esqueci de sexta, ouviu Srta. Anna? - ele disse, abrindo um sorriso indecente, e piscando para mim.



    Soltei uma risada e acenei para Bill, enquanto andava pensando nele, somente nele, e nada mais.