Jardim da Inocência escrita por BloodyMary


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Então ne gente, eu não consegui os 15 reviews, e fiquei triste... Tipo, agora a fic vai ser movida por reviews. E olha gente o capítulo tá tão emocionante... Só espero que gostem.



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Aqui em Atlanta está nevando, cancelaram as aulas. Eu e Chaz estamos muito bem. A não ser pelo vazio que sinto dentro de mim... Agora é 7.00AM. Pelo fato das aulas terem sido canceladas, todos estão dormindo. Todos menos eu. Sinto-me tão amada, mas é como se simplesmente passasse pelo meu corpo, mas não ficando... Preciso tomar um ar. Neve.  Saio do quarto. Tudo vazio. Deserto, um deserto branco sem sinal de vida. Sei que não estou vestida para a ocasião [http://www.polyvore.com/cgi/profile?id=2384401 ] mas, eu preciso. Deito-me na neve. Meus cabelos negros se espalham de lado. Logo sinto minha pele ter uma leve camada de gelo. Não estou protegida. E corro sério riscos de saúde. Mas e daí? Esse vazio que sinto, Deus me ajude, por favor, porque sozinha não consigo. Imediatamente vem em minha cabeça o que papai costumava dizer em sua igreja, “Tudo posso Naquele que me fortalece, FP 4.15 || Se o Senhor é por nós, quem será contra nós?” Não consigo mover meus dedos, não consigo me mover. Sinto meus olhos pesando, a nevasca em meu rosto, me chamando para um sono. Um profundo sono.

[3 horas e meia, mas ou menos por ai, é o que me dizem que passou...]

-ANNE, ANNE, MEU AMOR ACORDA, SOCORRO, ALGUÉM. -Chaz, se desesperou. Por mim.

-AIMEUDEUS CHAZ O QUE ACONTECEU AQUI? –disse Jéssica gritando.

-ME AJUDA A LEVAR ELA PARA A ENFERMARIA. Parece que ela está aqui há muito tempo, eu só vi um pedaço de tecido verde, e praticamente a desenterrei. Não to conseguido sentir o pulso dela. Nem uma pessoa bem agasalhada conseguiria ficar tanto tempo na neve assim. ELA TÁ LOUCA JÉSSICA- Chaz estava praticamente chorando, me carregando no colo até a enfermaria.

-Ei, o que está acontecendo aqui? –disse uma senhora loira, preocupada.

-HIPOTERMIA. NÃO CONSIGO SENTIR OS SINAIS VITAIS DELA. - Chaz gritava. Do túnel escuro que eu estava sentada, eu podia ouvir seus gritos bem de longe, me chamando. Será isso uma experiência quase morte?

-Deite-a na cama. Fique calmo garoto. -ela tentou o tranqüilizar. Ela começou a fazer uma massagem em meu tórax. [para que não pensem o pior, eu estava com o sutiã]. Chaz segurou em minha mão, enquanto ela tentava me reanimar com a massagem. Estou em um túnel, sentindo uma luz vinda em minha direção. Agora é como se eu estivesse debaixo de um rio, tentando subir, mas não conseguindo, até que vejo dois braços me puxando para fora. Os braços de Chaz. Respiro fundo, tento pegar a maior quantidade de ar que consigo. Ele entra queimando em meus pulmões, abro meus olhos, eles ardem.

-ELA RESPONDEU, ELA RESPONDEU- disse a senhora gritando.

-ANNE, ANNE VOCÊ ESTÁ BEM?- vi lágrimas descendo nos olhos de Chaz, Jéssica, olhava aflita para nós, tentando ver algo.

-On..Onde eu... Estou?

-Na enfermaria. O que te deu para se aventurar na neve? –ele parecia bravo, emocionado e preocupado.

-Nada, eu só, adormeci lá... –eu disse, eu não queria dizer a verdade. Por favor, raciocinem comigo. Eu não menti. Eu simplesmente ocultei parte da história.

-Ela só pegou uma gripe leve, sorte dela. Melhor ficar no quarto por um bom tempo. Já está de alta. Só uma coisinha. Evite lugares abafados e frios. Chegando ao quarto não tome banho. Espere uns 45 minutos, para que não tenha um choque de temperatura.

-Ok.... –disse meio tonta. Nunca. Nunca esquecerei minha experiência quase morte.

Fomos para, o quarto. Fiquei deitada na cama debaixo do edredom por quase uma hora. Depois tomei um banho, e então me vestir. Apropriadamente. http://www.polyvore.com/cgi/set?id=30354883&.locale=pt-br . Todos iam sair. Eu também iria. Mas por causa desta gripe eu não vou mais. Chaz quis ficar. Eu disse a ele que não, não queria ser o peso, o motivo dele não se divertir. Estou aqui, tomando chocolate quente, debaixo do edredom, assistindo TV, quando batem na porta. Quem será? Jéssica esqueceu o rímel? Não pude deixar de sorrir ao pensar nisso. Abro a porta. A não...

-Tudo bem? –era Justin. Com um buquê de rosas vermelhas que me lembravam as rosas que ele me dera há muito tempo atrás. O que ele quer?

-Não. E estou pior agora com a sua presença. –fechei a porta. Melhor, teria fechado se ele não tivesse colocado o pé, impedindo tal ato. Abro a porta, com cara de insatisfação.

-O que você quer?

-Primeiro, pedir desculpas. Desde o começo te trato mal. E você está me fazendo perceber como consegui acabar com minha vida em apenas 2 anos. – 2 anos... isso me lembra o que pensei quando estava vindo para cá...

-Me perdoe. Eu gosto de você Anne. Gosto muito. Você está me ajudando a mudar... -ele continuou. Abri a porta. De repente tudo que entalou em minha garganta desde os meus 13 anos veio à tona, pedindo para sair. Não podia dizer tudo isso com ele parado na porta do meu quarto. Tenho educação. Ele entra fica de frente para mim e estendo o buquê em minha direção. Quando percebe que não faço nada a não ser encará-lo seriamente ele desiste da idéia, colocando o buque sob a cama.

-Justin. Você vai ficar calado e ouvir tudo o que eu disser. Tudo o que eu sempre quis dizer. –puxei uma cadeira sentando me nela, ficando de frente a ele, agora sentado em minha cama.- Você certamente não se lembra de um show que fez em Smyma, à 5 anos atrás. Lembro que você cantava a música One Less Lonely Girl para uma garota chamada em seu palco e dava à ela um buque de flores como este –apontei para o buque- Pois é Justin. Em Smyma, eu fui esta garota. Me sentei no banco, você me deu as flores, cantou olhando no fundo dos meus olhos, e acariciou meu rosto. Meu pai não me permitiu ir ao seu show, ele disse que isso me faria mal. Devia ter ouvido ele. Realmente me fez. Guardei o buque de flores debaixo da minha cama. Elas secaram, mas mesmo assim, eu ainda tinha a esperança de que você voltasse a Smyma e me tirasse dali. Minha única esperança. A primeira que tive em minha vida, você a destruiu. –ele tenta falar algo, mas eu faço um gesto para que ele continue calado. - Justin, sou filha única, minha mãe morreu no meu parto, nunca tive amigos, e sempre fui a “Patinha feia” da escola. Terrível o dia, em que pesquisando noticias suas li uma que me quebrou ao meio. Nela dizia: “Justin Bieber é preso por usar drogas e abusar de uma fã”. No mesmo dia queimei as flores que guardava, e disse que nunca mais saberia de você ou coisa parecida. E agora você reaparece, me trazendo velhas e péssimas lembranças, e bem, depois de ter me machucado tanto, tanto, e agora só porque eu estou gripada você me pergunta se estou bem. Ok. –digo mostrando o polegar e forçando um sorriso. [http://media.tumblr.com/tumblr_lgd6gbWZwN1qe7izf.gif] Está tudo ótimo. -sinto algumas lágrimas em meus olhos, olho para cima na tentativa de fazê-las voltarem de onde saíram, mas é em vão.

-Me desculpa, por favor, Anne, me perdoe. –ele chorava. Desde quando ele tem lágrimas? Ele tem pedra no lugar de coração. Não consigo me segurar. Estamos chorando. E muito. Meus braços são mais fortes do que eu. Eles O abraçam, e ele imediatamente devolve o abraço. Estamos abraçados, e chorando. Meu rosto está enterrado em seu moletom, seu cheiro me encanta, e seus cabelos estão ao lado do meu rosto...

(Fim de Capítulo) 


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Notas finais do capítulo

Só irei postar o capitulo 9 quando tiver com 20 reviews. Obrigada por lerem, =D Bejos ;*