Destinys Surprises escrita por Anandika, asmasen


Capítulo 3
Por que essas coisas só acontecem comigo?


Notas iniciais do capítulo

Alguns esclarecimentos:
Esta primeira fase terá 5 capitulos. Começa em 1996 e termina em 1999.
A paixonite de Edward por Milla é algo passageiro e não vai durar muito não... Ele vai ter algumas surpresinhas kkkk
Esta fase do colégio, não veremos muito Edward e Bella juntos. Mas os momentos deles serão "intensos" kkkkkk
Estes capitulos servem como apresentação da história, dos personagens, nos seus traços psicologicos e para dar rumo a toda a trama a ser desenvolvida.
Ela é muito importante para o que vem depois, acreditem!!!



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Mais de um mês se passou desde que começaram as minhas aulas e tudo estava correndo bem. Tinha me adaptado perfeitamente a nova escola, já conhecia todos os meus novos colegas e estava empolgado com as novas disciplinas que estava aprendendo.

A minha antiga turma logo se juntou com os novos alunos e era interessante ver as novas amizades se formando e todos convivendo em paz.

Estava começando o período de provas, então eu estava estudando muito, para me sair bem e continuar a ter boas notas como tive em todo o meu período escolar. Á tarde, depois das aulas, me reunia com a minha turminha para estudar e em uma destas tardes, enquanto eu arrumava meus pertences no armário da escola e me preparava para ir para casa, Milla se aproximou de mim com um sorriso tímido.

- Oi Edward. Queria falar com você.

Me virei, colocando minha mochila nas costas.

- Diga Milla – sorri para ela

- Eu queria saber se você podia me ajudar com a prova de álgebra. – ela me falou tímida – Eu sou péssima nesta disciplina.

Esta era a minha chance de me aproximar dela. Ficaríamos um tempo sozinhos, sem a interferência dos nossos amigos e assim eu poderia conversar com ela em paz.

- É claro eu te ajudo – respondi empolgado – O dia que você quiser.

Ela abriu um sorriso luminoso e me abraçou.

- Obrigada Edward! Pode ser amanhã depois da aula, na biblioteca?

- Claro... – sorri - combinado então.

- Te vejo amanhã – ela me deu outro abraço e saiu.

Permaneci parado, olhando Milla se afastar parecendo um bobo.

Eu precisava de um plano para o dia seguinte e só Emmett poderia me ajudar. Quando cheguei em casa, liguei para ele para pedir conselhos de como agir com Milla no dia seguinte.

Depois dele me chamar de maricas umas 10 vezes, ele resolveu me ajudar e me disse que eu tentasse conversar com ela, descobrir se ela gostava de mim e se eu notasse que ela gostava, era para eu atacar ela, sem dó nem piedade. É claro que esta ultima parte não faria nem sob tortura.

No dia seguinte, acordei tão animado para ir à aula que até minha mãe notou a minha empolgação.

- Por que tanta alegria filho? – ela perguntou enquanto tomávamos café da manhã.

Dei um sorriso tímido e passei a mão por meus cabelos.

- Por nada mãe – abaixei os olhos para meu prato. – Só estou feliz com meu desempenho nas provas.

- Isso é bom filho – ela sorriu.

Cheguei na escola cedo e me sentei em uma das mesinhas do pátio para esperar o começo das aulas. John chegou logo depois e se juntou a mim.

- Cara, tá sabendo da festa de aniversário da Zoé? – perguntou, jogando a mochila na mesa.

Zoé, uma das nossas novas colegas, estava completando 16 anos e daria uma grande festa no próximo final de semana. A turma toda estava muito empolgada com isso e não se falava em outro assunto durante os intervalos das aulas.

- Estou sim. Será que seremos convidados?

John me deu um tapinha no braço.

- É claro que sim Edward – ele riu – Ela hoje irá distribuir os convites com a turma e nós vamos, não é?

-Sim iremos, se formos convidados – respondi com um sorriso. – Vamos, a aula já vai começar.

Durante o intervalo das aulas, Zoé distribuiu convites para toda a turma e anunciou que fazia questão da nossa presença. A empolgação aumento e durante o horário do almoço não se falava em outra coisa. A minha turminha combinou de ir junta para a festa e decidimos que nos encontraríamos na casa de Norah e que o pai dela nos levaria até a casa de Zoé.

Milla passou todo o período de aula me olhando e sorrindo tímida para mim e quando acabou a nossa ultima aula, ela me chamou.

- Está tudo certo Edward? – perguntou tímida.

-É claro que sim! – me aproximei – Vamos lá!

Segurei sua mão e andei para a biblioteca. O local estava bastante cheio de grupos de alunos que estavam estudando para as provas. Escolhi uma mesa no cantinho e abri meus livros.

- Quais são suas dúvidas?  – perguntei timidamente, fazendo com que ela soltasse um longo suspiro.

- Tudo Edward... Sou péssima em contas.

Era ela tão fofinha. Os olhinhos azuis brilhantes, o cabelo preso em um rabo de cavalo frouxo, a carinha envergonhada. Faria de tudo para aproveitar a minha tarde com ela a sós e tentar descobrir se ela gostava de mim.

- Então, vamos começar do básico. – abri meu caderno de anotações e comecei a explicar alguns fundamentos básicos da álgebra.

Milla passou a tarde atenta às minhas explicações, sempre fazendo perguntas e resolvendo os exercícios que eu copiava para ela. Vez ou outra eu soltava um sorrisinho para ela, ou tocava sua mão de leve, o que a fazia corar envergonhada.

A tarde foi proveitosa. Expliquei o máximo que pude de álgebra para ela e fiquei atento as suas reações quando eu tentava me aproximar. Ela se comportou muito bem, nunca tentando se afastar de mim e eu não tentei maiores aproximações.

- Pronto! Acho que você está pronta para a sua prova – falei, perto das 5 da tarde.

Ela me lançou um sorriso genuíno e começou a arrumar seus pertences, enquanto eu a observava.

- Obrigada Edward – ela alisou minha mão – Você é um anjo!

...

O dia da festa de Zoé chegou e eu estava animado para isto. Na ultima semana, não se falava de outra coisa na escola que não fosse esta festa. As meninas faziam planos do que vestir e a cada dia, mais pessoas diziam que iriam a festa. Até os veteranos foram convidados.

A nossa empolgação só foi quebrada pelas provas que aconteceram durante aquela semana. Milla veio me agradecer por ter feito uma boa prova de álgebra e me perguntou se eu iria à festa.

Nesta noite eu não a deixaria escapar. Já estava decidido que chamaria Milla para conversar e abriria todo o jogo com ela.

O dia passou em um borrão, estudei um pouco, falei com meu pai ao telefone, sai para comprar o presente da aniversariante com a minha mãe e perto das 7 da noite, me arrumei para ir à festa.

Quando cheguei  à casa de Zoé com os meus amigos, fiquei impressionado com  o tamanho da festa. Os jardins da casa dela foram transformados em um grande salão de festas, com pufes espalhados, luzes psicodélicas, artistas fazendo performances no portão de entrada, grandes mesas com petiscos, bartenders fazendo drinques e no canto, uma grande boate.

- Cara, que festa... -  John falou olhando para todos os lados.

As meninas reviraram os olhos e riram juntas.

- Fica quieto John! – Laura deu um tapa na cabeça dele – Não nos faz passar vergonha!

Falamos com a aniversariante e depois fomos nos sentar em um dos sofás do jardim para observar o movimento.

A maior parte dos nossos colegas já tinham chegado e alguns continuavam a chegar.

- Que festa legal, não é gente? – Milla comentou, chamando minha atenção para ela.

Ela estava lindinha em um vestidinho rosa claro e sapatilhas, o cabelo preso com uma presilha de laço e a boquinha rosa. Parecia uma bonequinha.

- Muito... – sussurrei, olhando fixamente para ela.

Todos conversavam entre si, mas eu estava calado, olhando para o nada. Estava tentando reunir coragem para falar com Milla.

E hoje era o dia perfeito. Meu plano era despistar o pessoal e levá-la para um lugar calmo para conversarmos. E era isto que eu iria fazer.

Depois de um tempo, as meninas começaram a se movimentar e levantaram todas juntas do sofá.

- Vamos dar uma volta pela festa e ver a movimentação? – Norah propôs animadinha, seguida por Milla e Laura.

Eu, Louis e John nos olhamos, demos uma risadinha e levantamos com elas.

- Vamos sim! – John falou.

Começamos a rodar pela festa juntos. Vimos vários grupinhos da nossa escola, paramos para falar com algumas pessoas, outras ignoramos. Quando chegamos a boate, as meninas resolveram dançar um pouco e John resolveu ficar com elas. Eu e Louis fomos comer algo, pois dança, definitivamente não era o nosso forte.

Para a minha sorte, Louis resolveu ir ao banheiro e no mesmo instante, vi Milla passar sozinha para a mesa dos drinks.

- Milla – segurei seu braço – Preciso falar com você.

Ela me olhou assustada.

- Agora? – falou tímida.

Afirmei com a cabeça e ela sorriu.

- Está certo... Pode falar.

Eu segurei sua mão e falei em seu ouvido.

- Queria conversar em paz. Vamos no quintal?

Ela abaixou a cabeça e soltou a mão da minha.

- Vamos então... – ela começou a andar na minha frente em direção a parte do fundo da casa.

Eu a segui, olhando para todos os lados para ver se não tinha ninguém nos observando. Ela parou perto de uma arvore e me olhou curiosa.

- Pode me dizer o que você quer Edward – ela cruzou os braços, com uma face serena pra mim.

- Milla, eu gosto de você... – soltei sem pensar. – Mas não só como amiga e sim de um jeito diferente. Eu gosto de estar perto de você.

Ela arregalou os olhos e ficou me fitando, meio em choque.

- Eu também gosto de você Edward – ela sussurrou tímida-  É sempre diferente quando estou com você.

Resolvi seguir os conselhos de Emmett e abri meu maior sorriso me aproximando dela, lhe dando um abraço apertado.

- Milla... – dei um beijo na sua bochecha – Você não sabe com estou feliz em ouvir isso.

Em um ato de coragem que não era tipo meu, peguei seu rosto entre minhas mãos e aproximei minha boca da sua.

- Edward... – Milla falou baixinho, colocando a mão no meu rosto e me afastando dela – Não faz isso...

Parei e dei uns passos para trás. Estava passando do limite do aceitável, mas eu queria continuar.

- O que foi? – mirei seus olhos assustados -Milla, entenda que eu gosto muito de você – declarei meio tímido, olhando em seu rostinho lindo e segurando suas mãos – E queria muito ficar com você... É só você me aceitar.

Ela me mirou com os olhinhos brilhantes, apertando as minhas mãos entre as suas com força.

- É que eu nunca beijei ninguém... – ela sussurrou, olhando para o chão.

Por isso eu já esperava e estava até preparado. Não que eu tivesse muita experiência neste assunto, mas eu já tinha beijado algumas vezes durante as minhas férias na casa do meu pai, nas festinhas que eu ia com Emmett, então eu tinha que ajudá-la nesta descoberta, se ela quisesse.

- Milla, eu também não tenho muita experiência... – me aproximei mais e passei as costas da minha mão em sua bochecha – Mas se você quiser, podemos tentar...

Ela me olhou assustada e não falou nada. Eu vi a confusão passar pelos seus lindos olhos azuis.

Eu não iria desistir. Eu queria e, ao que parece, ela também queria.

- Milla... – sussurrei me aproximando dela – Posso?

Ela fechou os olhos e fez que sim com a cabeça.

- Confie em mim...  – sussurrei perto do seu ouvido e beijei da bochecha até o cantinho dos seus lábios.

Milla suspirou, apertando ainda mais seus olhos e eu fechei os meus, colocando suas mãos em minha cintura e segurando sua nuca, para então lhe beijar.

Dei vários selinhos em seus lábios e senti Milla ficar tensa em meus braços. Ela não se mexia e suas mãos continuaram estáticas onde eu tinha as colocado. Desviei os beijos para sua bochecha e para a ponta do seu nariz. Não queria forçá-la a nada que ela não quisesse.

Me afastei e ela abriu os olhos, me olhando chorosa, com o rostinho todo vermelho.

- O que foi? – perguntei preocupado – Não gostou?

 -Não é isso... – ela abaixou a cabeça – Foi diferente...

Eu a abracei forte, deixando que ela chorasse em meu ombro.

- Não quero que você faça nada que você não queria Milla... – falei em seu ouvido – Me diz o que você está pensando?

Ela se separou de mim e me fitou envergonhada.

- Edward, eu também gosto muito de você, mas acho que ainda não estou pronta para namorar, não agora – ela falou baixinho, mirando os seus sapatos. – E eu sei que você quer isso...

- Entendo... – sussurrei decepcionado. – Vamos dar um tempo então...

Eu não esperava esta reação dela e o medo me invadiu. Eu não queria perder a amizade dela, e não queria que ficássemos brigados. Eu estava tentando agradá-la, mas na minha ânsia de conseguir o que queria, acabei avançando mais do que devia.

Como ela não esboçou nenhuma reação, mirei em seus olhos e voltei a falar.

- Milla, me promete que nada vai mudar entre nos dois, por favor. – quase implorei a ela.

Ela abriu um sorriso luminoso e beijou minha bochecha.

- Prometo sim... Mas não queria que você falasse a ninguém o que aconteceu aqui, está certo?

Assenti com a cabeça.

 - É melhor voltarmos antes que sintam a nossa falta – falei, segurando sua mão e a levando de volta para a festa.

 Quando entramos na sala da casa de Zoé, soltei a mão de Milla e ela correu para as amigas, que estavam sentadas em um sofá, eu resolvi procurar Louis e John pelo meio da festa, que estava cada vez mais cheia.

- E aí cara, estava te procurando – John puxou meu braço e eu parei.

Ele estava no jardim da casa, sentado em uma poltrona, junto com uma colega nossa que conhecemos na nova escola.

 Fiz um aceno com a cabeça para a menina, que eu não lembrava o nome.

 - Eu também estava te procurando – respondi impaciente – Você viu Louis?

John riu e falou baixinho.

- Deve está babando atrás de Bella, lá na pista de dança.

- Então vou procurá-lo, tchau! – acenei para eles dois e sai em direção à Boate montada no jardim.

Realmente, Louis estava lá, sentado em um sofá, sozinho, com uma cara lerda, olhando as pessoas que dançavam animadas, entre elas Bella e a sua turminha.

Me sentei no sofá, ao seu lado e ele me olhou curioso.

- Onde você estava Edward? – ele perguntou – Te procurei a festa inteira e não te encontrei em nenhum lugar.

- Eu estava resolvendo um problema... – falei aborrecido

Eu estava muito frustrado com tudo o que tinha acontecido. Não esperava ser rejeitado por Milla e esta era a razão do meu aborrecimento. Fiz uma careta.

Louis deu um sorrisinho fraco e voltou a falar.

- E que cara feia é esta?

Tinha prometido a Milla que não contaria o nosso encontro a ninguém, mas eu precisava desabafar a minha frustração e eu confiava em Louis.

- Vou te contar a verdade – suspirei – Mas você está proibido de comentar o que eu te falar aqui, está entendido cara?

- Desde quando eu sou uma menininha fofoqueira? – falou indignado – Pode falar Edward.

- Vou te contar, mas se alguém souber, eu te mato! – ameacei.

- Pode contar seu maricas – ele se aborreceu.

- Eu me declarei a Milla, dei um beijo nela e depois ela me rejeitou – falei de uma só vez. – Era isso que eu estava resolvendo.

Louis arregalou os olhos, ficando estático.

- A Milla? – ele balançou a cabeça incrédulo – Por que Edward?

- Por que? – me irritei – Por que eu gosto dela e achei que ela também gostasse de mim, mas agora vi que não, mesmo ela dizendo que sim.

Louis deu uma risadinha e balançou a cabeça outra vez.

- Não estou entendendo nada – ele falou – Quer me explicar isso direito? Você e Milla?

Suspirei pesadamente e contei toda a história, do começo até a hora que ela disse que gostava de mim, mas não estava pronta para assumir um namoro. Louis só balançava a cabeça em apoio e quando terminei de falar ele deu seu veredicto.

- É cara... a situação é complicada. – ele me olhou triste – Depois, com calma você conversa com ela. – ele levantou do sofá e me puxou – Agora vamos achar algo para comer e beber e você esquece isso.

Só concordei e fomos até a grande mesa que estava armada no jardim da casa e nos servimos de alguns salgadinhos e refrigerante, enquanto nos divertíamos com a movimentação do pessoal que conversava animados. Vi Milla, Norah e Laura passarem para o mesmo quintal que eu estava a um tempo atrás somente com Milla. Quando ela me viu, falou alguma coisa a Norah que me olhou e riu, Laura fez o mesmo. Elas desviaram o olhar rapidamente e seguiram seu caminho.

Eu tinha certeza que ela tinha contado as amigas sobre o nosso beijo e isto me deixou mais aborrecido ainda. Não queria ser motivo de piada em nosso grupinho, como Louis era e se esta história caísse nos ouvidos de Laura, eu tinha certeza que ela não deixaria isso por menos e me perturbaria por um bom tempo.

- Lá vai Milla com as meninas... – apontei para ela – Tenho certeza que na segunda-feira eu serei a piada da turma...

- Relaxa cara – Louis deu um soco em meu braço – Vamos voltar à pista de dança e ver as gatinhas de lá.

Gatinhas? Só Louis mesmo, Pensei. Ele queria era ficar olhando para Bella com aquela cara de cão sem dono que ele fazia quando ela estava por perto.

Andamos no meio da festa até a boate e logo avistamos a turminha de Bella, dançando descontraída com uns garotos e garotas do último ano do colégio.

Louis parou e seu rosto perdeu a cor.

- Aquela é...é a Bella? – ele gaguejou, apontando para uma menina, que estava agarrada no pescoço de um dos garotos mais velhos.

Eu parei no lado dele e analisei a cena. Sim era ela que dançava, jogando os cabelos e rebolando, no meio da pista de dança, abraçada a um dos veteranos. Mirei ainda mais eles dois e foi nesta hora que o garoto segurou o rosto de Bella e a beijou com vontade.

Louis pegou a minha mão e me puxou para fora da festa.

- Vamos Edward, não temos mais nada o que fazer aqui – falou em um tom triste.

Então, fomos os dois para as nossas casas, sentindo o peso do desprezo e da decepção.

...

Dois meses se passaram desde a festa de Zoé e já estávamos no meio do semestre letivo.

A minha vida transcorria sem problemas. Eu continuava a estudar muito para tirar boas notas, a sair com os meus amigos e passei o ultimo feriado na Flórida com meu pai.

Louis continuava desolado por causa do namoro de Bella com o veterano. Ele agora só vivia cabisbaixo, pouco conversava e toda vez que Bella passava ele ficava olhando para ela com cara de cachorro pidão. Eu e John o chamamos para uma conversa e dissemos que não adiantava ele ficar daquela maneira por uma menina que nem sabia que ele existia.

John agora estava de ‘namorico’ com a nossa colega que ele conheceu na festa de Zoé. Seu nome é Julie e ela é muito legal.

É claro que as meninas, ciumentas, não gostaram muito dela e vivem inventando defeitos e a excluído nas conversas.

Eu e Milla, depois de passarmos uns dias estranhos um com o outro, agora estamos bem e continuamos amigos como antes.

Logo depois do episodio na festa, eu a chamei para uma conversa. Estava com medo de que ela tivesse comentado com as meninas sobre o que tinha acontecido, mas ela me garantiu que não tinha contado nada a ninguém e que aquela noite ficaria só entre nós dois.

Era sexta-feira e sempre neste dia, tínhamos a temida aula de educação física. Este era o dia da semana que alem de ter que jogar esportes que eu não tinha a menor intimidade, eu tinha que conviver com os garotos do último ano.

Depois de três meses jogando squash, agora estávamos treinando handball e nesta manhã, como as meninas não tiveram aula de dança, elas estavam nas arquibancadas nos assistindo jogar.

O jogo começou e logo depois eu peguei a bola e sai correndo para o gol. As meninas gritavam o meu nome empolgadas da arquibancada e quando me virei para olhá-las, esbarrei em um dos meninos do ultimo ano que jogava no time adversário.

- Qual é cara... – um dos grandões do ultimo ano me empurrou – Tá cego, é?

- Desculpa... foi sem querer – falei baixinho e me afastei dele.

Os outros meninos vieram para perto dele e me rodearam.

- Tá fugindo...Está com medo? – outro grandão me encarou e meus colegas vieram me apoiar.

Depois deste momento, a quadra virou uma grande confusão. Nossas turmas começaram a brigar entre si, as meninas desceram das arquibancadas correndo para nos ajudar e o treinador começou a gritar como um louco para que nós parássemos de brigar.

Eram tapas, gritos, gente correndo, meninas se metendo no meio da briga, alem dos gritos desesperados do treinador por ajuda. Eu tentei sair da quadra para buscar ajuda, mas na hora que eu consegui me afastar, o mesmo garoto com quem eu tinha esbarrado me pegou pela camisa e me derrubou no chão.

- Vai fugir mariquinha? – ele colocou o pé sobre meu peito.

Já tinha fechado meus olhos e estava esperando pela sessão de pancadas, quando ouvi uma voz familiar perto de mim.

- Larga ele Marcus! – uma vozinha feminina gritou – Ele não fez nada com você...

Era Bella que veio me socorrer e evitar que ele me batesse?

- Não se mete em minha briga Isabella – ele olhou para ela furioso.

Ela deu um empurrão nele e me deu a mão para que eu levantasse do chão.

- Me meto sim! – ela gritou, com o dedo na cara dele – O Cullen não fez nada demais e eu vi. – ela olhou para mim e sorriu – Eu vi que ele estava apenas jogando.

- Não se mete Isabella – o grandão voltou a ameaçar – E você seu maricas – ele apontou para mim – Vai se ver comigo mais tarde.

Neste momento, o diretor adentrou a quadra com mais alguns professores e deu fim a confusão.

O treinador veio até o canto onde eu estava parado com Bella e o tal Marcus e nos chamou. Bella deu um sorriso para mim e saiu junto com as outras meninas.

Me reuni com meus colegas, enquanto o treinador nos dava um sermão e contava ao diretor o que tinha acontecido. Os meninos do ultimo ano foram levados para a diretoria e a minha turma liberada.

Assisti as ultimas aulas do dia com a imagem da cara aborrecida e estressada de Bella em minha mente. Eu precisava muito falar com ela e agradecer o que ela tinha feito por mim.

Quando acabou a ultima aula, ela saiu rapidamente da sala, jogando a mochila nas costas e olhando para o relógio.

- Bella! – gritei seu nome correndo atrás dela, que já estava no portão de saída do colégio – Quero falar com você!

Ela se virou e sorriu para mim, parando junto ao seu carro.

- Diga Cullen

Eu corei envergonhado. A metade da escola agora nos olhava de canto e dava risadinhas. Será que eles achavam, que eu estava a fim de Bella?

- Só queria te agradecer por você ter me salvado daquele brutamonte. Muito obrigado! – estendi a mão para ela.

Ela pegou minha mão e apertou com força. Uma onda de eletricidade me invadiu.

- De nada Cullen, não fiz mais do que a minha obrigação.

- Muito obrigado mesmo! – voltei a falar – você é muito legal.

- Você que é muito legal. – ela se aproximou e deu um beijo em minha bochecha. – Até amanhã e se cuide!

Bella entrou no carro, onde seu motorista já a esperava e acenou um adeus para mim.

Fiquei parado, parecendo um bobo, vendo seu carro se afastar, com a mão na bochecha, sentindo uma sensação estranha de eletricidade.

Eu ainda não acreditava na reação dela... Que menina louca!

Olhei para trás e vi meus colegas parados, olhando aquela cena admirados.

Andei até eles devagar, analisando suas reações. John e Louis tinham as bocas abertas e os olhos arregalados. Milla, Norah e Laura fofocavam apontando para mim.

Definitivamente, agora eu teria muito o que explicar.


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Notas finais do capítulo

Esta Milla é songamonga, hein???
Toda lerda.
Aproveita minha filha, que Edward não será seu por muito tempo kkkkk
E Dona Bellinha salvado Edward dos brutamontes?
Que coisa mais cuti-cuti!!!
Pra mim a melhor parte: A cara boba de Edward quando ganha o beijo de Bella...
ai, ai...
Bjusss e até o próximo: “Eu não sei de nada.”
Ahhh se vcs me amam, comentem outra vez , ok??? **crise de carência**


Notas da maluca beta Alais
Gente que é Edward todo empolgado e levando toco?
Definitivamente Milla vc é burra ...
Mas tbm Edward, q bobinho vc nerd demais aiai ai kkkkkkkkkk
E sentiram o beijo que fofoooo, *suspira*