- Você é bem maluca, sabia? – disse o azulado depositando um beijo nos lábios da rosada.

- Nhaa eu não exagerei tanto assim – murmurou a mais jovem fazendo um biquinho. – Eu não tenho culpa se aquele piano era simplesmente magnífico – continuou mostrando o brilho em seu olhar.

O azulado apenas suspirou.

- Você vai me deixar louco – sussurrou o rapaz beijando mais uma vez a garota.

Esta apenas sorriu e logo retribuiu o beijo  já envolvendo os braços ao redor do pescoço do azulado enquanto o mesmo a conduzia lentamente para a cama.

- Você não esta pensando em....? – começou ela já sendo interrompida por outro beijo.

- Eu não estou pensando... apenas agindo... – murmurou ele deitando-a na cama, afastando-se e tirando a camisa para logo deitar-se sobre a garota e voltar a beijá-la ferozmente.

- Ronan... – sussurrou a mesma enquanto ele desabotoava sua camisa e descia depositando beijos suaves na pele desta fazendo-a se arrepiar.

Logo ele subiu voltando a beijar a boca da garota. Amy apenas envolveu as pernas na cintura do rapaz fazendo assim com que sua saia subisse a altura da cintura deixando suas coxas grosas à mostra.

Antes que o casal pudesse continuar sua seção romântica alguém pigarreou a porta do quarto que, ao que o azulado lembrava-se, estava fechada ate pouco tempo.

O olhar do casal apaixonado foi para a porta onde se podia ver o ruivo, Jin, escorado nesta. Este mostrava total indiferença quanto ao que a rosada e o azulado estavam fazendo.

- J-Jin!? – surpreendeu-se Amy.

O azulado apenas deixou-se cair ao lado da rosada enquanto a mesma esticava-se em seu lugar.

- Nhaa na melhor parte – comentou-a.

O ruivo apenas bufou no lugar onde se encontrava e apenas virou-se soltando um comentário seco.

- Todos estão no lago só falta vocês... – e foi embora.

- Já estamos indo – disse Ronan.

Logo o ruivo seguiu seu caminho para fora da casa. Ele sabia que não devia ter se oferecido para ir chamá-los... ele sabia que sentiria uma imensa dor no peito, sabia que, mais uma vez, seu coração seria partido por Amy, mas ele ainda sim foi.

Por que ela não podia amá-lo ao invés de o azulado? Por que? Era o que ele sempre se perguntava.

Lire sempre lhe falava que ela amava ele, que estava apenas se iludindo com Ronan. Mas a loira também afirmava que a rosada era uma garota muito materialista e fútil, e ao fim de tudo colocava riqueza e beleza acima de tudo.

O rapaz suspirou em derrota. Ele era três vezes mais rico que o azulado e em questão de beleza... ele se achava bonito, mas... mas a verdade é que ele não sabia o quão ela o achava bonito.

Passou a mão pelos cabelos avermelhados em uma tentativa falha de expulsar toda a sua frustração.

Saiu do casarão velho pisando duro e batendo a porta. Caminhou ate o píer e sentou-se ao fim deste deixando os pés molharem-se na água do lago que tremeluzia a cada vez que um de seus amigos pulavam de uma arvore para dentro do mesmo, ou então toda vez que a ruiva mergulhava em uma tentativa falha de afogar Sieghart.

- Algum problema? – perguntou Mari emergindo da água próxima ao ruivo.

- Problema nenhum – murmurou o rapaz afastando-se um pouco enquanto a azulada apenas subia e sentava-se ao lado deste.

Por um breve momento o rapaz deixou-se envolver pela beleza do corpo da garota sendo que este era extremamente perfeito e agora estava exposto devido ao pequeno biquíni negro que esta usava.

- Jin? – chamou a mesma corando de leve.

- D-Desculpe – sussurrou ele desviando o olhar e voltando a fixá-lo no ponto onde seus amigos faziam briga de galo.

Ambos mantiveram o silencio desconfortável por alguns minutos. Mas logo a azulada pronunciou-se.

- Você ta assim por causa da... – antes que a frase pudesse ter sido completa o rapaz coloca a mão sobre a boca da garota impedindo-a de completa-la. Ele apenas levou o dedo aos lábios em pedido de silencio antes de apontar para onde Amy aproximava-se atrás de si.

O rapaz apenas ergueu-se de seu lugar já tirando a camiseta e entregando a mesma para Mari, por fim este apenas jogou-se na água ignorando os chamados da rosada.

- Ãn? Será que eu disse algo? – perguntou a rosada sentando-se no local onde a pouco o ruivo estava.

- Quem sabe – sussurrou Mari erguendo-se de seu lugar e indo para o casarão velho levando consigo a camiseta do rapaz.

Um pouco afastado dali no centro do lago a ruiva boiava tranquilamente.

- Elesis... – esta ouviu sussurrarem seu nome e logo uma risada masculina ecoou por sua mente.

A garota tentou ficar de pé, mas ao notar estar em uma área funda de mais esta tentou nadar de volta para a margem. Para a infelicidade da ruiva algo envolveu seu pé e puxou-a para baixo.

Elesis soltou um grito agudo e logo começou a debater-se pedindo socorro. O esforço que a garota fazia era monumental e logo o cansaço a dominou fazendo assim com que esta deixa-se ser levada para o fundo.

Seus amigos desesperados logo se prontiveram a ir salva-la apesar de ser estranho esta se afogar já que a mesma havia sido campeã estadual por cinco vezes seguidas nos campeonatos de natação ao qual sua escola participava.

O moreno foi o primeiro a alcançá-la e logo este respirou profundamente antes de mergulhar.

Um minuto... dois minutos... três minutos e nada...

Mas para a surpresa de todos Sieghart havia conseguido traze-la para a superfície e logo o restante de seus amigos haviam chegado para ajuda tanto a ruiva, agora desacordada, quanto o moreno tonto por ter prendido a respiração por muito tempo.

No momento em que chegaram a margem Lass, que havia feito curso básico de primeiros socorros, ajudou a garota aplicando o socorro sem perder tempo.

Ao fim do dia todos já estavam mais calmos, exceto pela ruiva, que, apesar de todos acharem mais que impossível, tinha plena certeza que escutou seu nome ser chamado antes de esta ‘afogar-se’.

- Eu sei que escutei alguém me chamar – murmurou ela para si mesma. – Eu sei...

- Acredito em você... – disse o azulado sentando-se ao lado da ruiva que apenas encarou-o seriamente. – Depois que cheguei nessa casa aconteceram algumas coisas estranhas... – murmurou ele por fim soltando um suspiro.

Os olhos da garota arregalaram-se assim que esta sentiu um calafrio percorrer-lhe a espinha.

Uma risada sinistra ecoou pela sala, agora ocupada apenas pela ruiva e pelo azulado. Ambos engoliram em seco e se encolheram em seus lugares no sofá frente a lareira acesa.

- V-Você o-ouviu? – perguntou ela hesitante.

- Sim... – sussurrou ele em resposta.

Uma brisa gelada correu pela sala e logo o fogo da lareira diminuiu. Em questão de minutos estes foram surpreendidos por uma faca que havia feito barulho ao ser jogada no quadro antigo que havia sobre a laje, preso nesta havia um bilhete...

O unico fator estranho era: todos os seus amigos estavam dormindo em seus respectivos quartos.