A ruiva abriu os olhos preguiçosamente enquanto escuta o celular tocar de forma incessante.

Gemeu baixinho remexendo-se na cama tentando ao máximo não acordar o moreno que dividia a cama consigo.

– Alô...? – murmurou de forma sonolenta.

Do outro lado da linha pode ouvir a voz afoita de Amy falando algo sobre uma casa, o Ronan e uma festa.

– Ta... eu e o Sieg vamos – murmurou-a logo abrindo um bocejo e desligando o aparelho.

– O que aquela idiota queria? – indagou o moreno ainda de olhos fechados.

– Ronan... Festa... E uma casa bem grande e velha.... – afirmou-a erguendo-se.

– Eu to fora – afirmou o imortal sentando-se e esfregando os olhos.

– A gente vai sim – afirmou a ruiva convicta. – Meu sonho foi uma predição...

– I dai...? – perguntou desinteressado.

– Ele envolve morte, sangue e nosso ritual – ela sorriu para o rapaz logo virando-se para o mesmo. - Você sabe que minhas visões nunca erram...

– É... – murmurou-o desviando o olhar.

– Não se preocupe – murmurou-a caminhando para perto da cama e subindo na mesma logo parando sentada sobre o colo do moreno. Com delicadeza puxou a face do moreno fazendo o mesmo encarar a si. – Tudo sairá perfeito... – sussurrou-a unido seus lábios ao do rapaz jogando sobre o mesmo um feitiço silencioso.

A ruiva não toleraria que o moreno fosse contra o plano ao qual bolaram a séculos.

– Você esta comigo, certo? – murmurou-a após afastar seus lábios dos de seu amante.

– Sim – murmurou-o convicto. – Sempre estarei ao seu lado.

– Você é uma pessoa muito cruel ruivinha – afirmou aquela voz preenchendo o cômodo.

A jovem riu internamente logo erguendo o próprio corpo para deparar-se com a figura imponente do demônio Dio.

Elesis pouco ligava para o fato de estar completamente nua esta apenas deixou sua risada cínica preencher o cômodo.

– Por que acha isso? – indagou-a enquanto passava a unha sobre o peito desnudo do moreno ao qual ainda encontrava-se sentada sobre.

– Francamente, jogar um feitiço no cara que você “ama” apenas para ele não pensar em largar o plano... nem eu iria tão baixo ruivinha – afirmou-o com um sorriso.

Ela fez bico, mas logo sorriu.

– Tem razão. Você iria ainda mais baixo, certo? – ele sorriu e apenas piscou o olho para ela. – E então, o que fará? – indagou-o após uns minutos de silêncio.

– Ora, nos vamos para aquele lugar – disse-a. – Os escolhidos estão indo para lá por vontade própria sem contar que sua pequena caçadora ira para lá também.

O demônio sorriu.

– Em breve seremos Deuses – afirmou-a convicta lambendo o lábio superior.

xXx

Agora não havia volta.

O mundo entrara em colapso.

As trevas tomavam os céus.

Criaturas oriundas rastejavam-se pela terra.

Não havia sol. Não havia lua.

Apenas as trevas.

Apenas o mal.

Apenas a dor.

Apenas o ódio por um Deus que vos abandonaram.

~ Fim ~