O loiro mordeu o lábio fortemente ainda mantendo sua arma erguida enquanto buscava alguma mudança no local.

Nada...

Um riso baixo ecoou pelo cômodo fazendo ambos os rapazes ficarem tensos.

Era apenas um fantasma, não seria nada demais para Lupus, se ele estivesse em melhores condições - claro. Mas ainda havia o fato de Zero estar ali, o mesmo sequer possuía algum treinamento contra fantasmas, mas como era o único vivo tinha de ajudar o loiro.

Suspirou logo notando que estava mais frio que anteriormente.

- M-Mas q-que drog-ga é essa...? – escutou-se a voz de Zero e logo o olhar do loiro foi-se para onde o rapaz encontrava-se caído apontando para algum ponto à frente.

Lupus apenas se dirigiu ao local rapidamente e, assim que parou frente ao ‘parceiro’ pode notar apenas uma ondulação no ar. A mesma era vista através da ala dois da cozinha onde ficava a mesa de jantar.

Ambos piscaram por um momento e logo puderam ver uma figura de cabelos alaranjados parada sentada sob um banco algo enquanto mantinha-se meio deitado sobre o balcão observando tediosamente um prato vazio.

- R-Ryan... – murmurou o mais jovem erguendo-se, mas logo teve o braço segurado pelo loiro que negou com a cabeça fazendo-o ficar parado apenas observando o desenrolar da cena.

Após alguns segundos pode-se ver uma figura de cabelos azulados, passar pelos rapazes e logo adentrar no cômodo em passos silenciosos.

Mari seguiu para perto de Ryan e, assim que este pôs-se de pé, a jovem cravou um punha em suas costas e logo puxou-o para cima dividindo a coluna do jovem. Logo a azulada puxou sua arma e virou-se saindo dali deixando para trás o corpo de seu ex-amigo.

Antes de sair do cômodo a azulada virou-se para jogar uma ultima olhada sobre seu feito e, assim que o fez, apenas por este movimento e loiro pode ver uma pequena caveira negra tatuada no pescoço da garota antes de toda a cena desfazer-se.

- Droga! – praguejou Lupus socando a parede próxima. – Maldito demônio – murmurou irritado.

*

- Hm... – gemeu a rosada apenas rolando sobre a cama e logo puxando um lençol para cobrir-se mais devido ao frio que lhe atingia a pele.

Parou no mesmo instante em que deu-se conta de que, na verdade, fora nocauteada por um fantasma.

Praguejou algo baixinho já sentando-se rapidamente sobre o leito macio.

Onde estava? Esta era uma das muitas perguntas que rondavam sua mente. Ignorou suas perguntas e logo trincou os dentes enquanto sentia ainda mais frio.

Assim que mexeu-se melhor sobre a cama pode dar por falta de suas vestes.

Sentiu seu rosto esquentar perante o pensamento de que alguém lhe deixara nua. Quem seria tal insolente? E melhor, onde ela estava?

Desviou-se de seus pensamentos assim que escutou uma risada ecoar pelo cômodo.

Puxou o lençol para por sobre si logo levando suas orbes esverdeadas para de encontro com o ser sentado sobre a grande poltrona de couro que havia no canto do aposento. Como só dera pela presença dele naquele momento?

- Você...

- A senhorita possui um corpo tentador Von Crimson – informou o ser lambendo o lábio superior perante o prazer de ter tido a bela visão do corpo da jovem.

A rosada trincou os dentes.

- O que quer comigo demônio sarnento? – indagou-a friamente.

- Ora, ora... – murmurou-o erguendo-se lentamente e, assim que o fez, em um piscar de olhos encontrava-se sentando ao lado da jovem acariciando a bochecha da mesma. – Esta na hora de eu ter um pouco mais de diversão – disse-o por fim sorrindo de forma maléfica antes de empurrar Rey para trás e segurar os braços na mesma a cabeceira da cama enquanto tomava seus lábios rosados em um beijo feroz.

Inicialmente a rosada não teve reação, mas logo começou a debater-se nos braços da criatura cuja garra, que possuía força sobre-humana, apenas a segurava firme.

A caçadora apenas tentava ignorar os gemidos proclamando palavrões para a criatura que apenas ria da atitude da garota. Não havia mais escapatória para a menina.

Após alguns minutos se divertindo o demônio se afastou, não teria por que torturá-la mais naquele momento, afinal teria muitos séculos para assim o fazer.

Logo a criatura saiu do cômodo deixando para trás a jovem completamente despida agarrada aos lençóis aos prantos enquanto implorava para que a matassem logo.