Amor Inesperado escrita por Bruninha


Capítulo 8
8° Capítulo: A Procura do Lugar Perfeito


Notas iniciais do capítulo

Mais um prôces!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/137349/chapter/8

— _ (12h16min) _ Estacionamento da Escola

— Então você entendeu?

— Não! – responde Cascão negando com a cabeça.

— Qual parte você não entendeu, garoto? – pergunta Magali sem paciência.

— To-das!

— Aff! – resmunga ela. – Foca em mim! – diz com as duas mãos no ombro dele. – Nós vamos arrumar um lugar bem romântico, onde a Mônica e o Cê possam jantar juntos. Vamos mandar também um cartão, sem a assinatura dos dois, mas de um “admirador secreto”. A Mô adora esses tipos de coisas, vai aceitar na hora.

— Sim, essa parte eu entendi. Mas quem vai pagar esse belo jantar, hein moça? – pergunta erguendo uma das sobrancelhas.

— Eu e você, oras...

— Como?!

— O que quê tem?

— Tem que eu estou liso!

— Eu sei que você consegue dar um jeito...

— Posso pelo menos dá minha opinião?

— Não! Vem comigo! – ela puxa ele pelo braço, nem esperando a resposta do garoto, que estava inconformado até então. Magali poderia ser bem mais mandona que Mônica se quisesse.

—--------------------------------------------------------XXXXX------------------------------------------------------

Horas rodando pela cidade, Magali e Cascão tentam achar de todo jeito um restaurante romântico, de preferencia com uma vista bonita.

— Magali, na boa... Tô cansadão, vamos parar um pouquinho, vai? – diz o sujinho se sentando em um dos bancos que estavam ao seu lado.

— Cascão, com essa sua moleza não vamos achar esse lugar nunca!

— Talvez porque nem exista! Já parou pra pensar nisso? – diz esticando as pernas.

— É claro que existe. A gente só não procurou direito...

— Porque agente não arruma qualquer restaurante desses? Ou em uma sorveteria?

— Você já viu sorveteria ser um lugar romântico pra alguém?

— A Cascuda se amarra quando eu levo ela pra tomar um sorvete...

— Só que não é o caso...

— Quer saber? Eu vou pra casa, não acho que relacionamento daqueles dois valha tanto assim o meu esforço... – diz ele se levantando pra ir embora.

— Eu não acredito que você vai abandonar o barco a essa altura! – Magali para em sua frente impedindo-o de ir.

— Magali dá um tempo! Se eles quisessem ficar juntos, já teriam ficado há muito tempo! Eles só fazem brigar. Eu não precisei bolar nenhum ‘plano infalível’ pra conquistar a Cascuda não. Que eu saiba nem você.

— Acontece que eles são teimosos, e muito orgulhosos! Como amigos é o nosso dever... – Cascão interrompe Magali lhe dando as costas.

— Seu dever, não meu! Cansei dessa brincadeira eu tô fora! – diz ele em tom incrivelmente irritado, sabe lá por que.

— Tá bom! Pode ir! – responde ela do mesmo modo.

Magali e Cascão brigaram tanto, que nem perceberam que estavam de frente para o local que eles estavam tanto querendo encontrar.

A comilona olhou para o lado de braços cruzados e magoada com seu amigo, mas a sua expressão facial mudou repentinamente ao ler uma placa que dizia.

‘Encontros Românticos’

Ela abriu um sorriso tão grande e grita o sujinho...

— Cascão, volta aqui!!

Ele nem ia dar ouvidos, mas não queria deixar a garota sozinha no meio da rua, por isso se virou para ela, que não estava olhando pra ele e sim para o lado. Ele fez o mesmo e acabou abrindo um sorriso também ao ler aquilo.

— Parece que a minha parada pra descansar serviu pra alguma coisa. – diz ele caminhando até ela.

— Nem fala... Vamos? – ele assente com a cabeça e os dois entram.

—--------------------------------------------------------XXXXX------------------------------------------------------

Entrando na loja, uma mulher sorridente que estava atrás do balcão foi logo cumprimentando-os.

— Olá! Meu nome é Dalva, o que desejam?

— Oi... Er... Meu nome é Magali, esse é o Cascão – diz ela apontando pra ele. – Nós viemos para...

— Ah sim, claro! A promoção! – a mulher foi logo tratando de explicar para o dois. – o ‘Nuit Au Clair’ está em promoção hoje, vocês devem ter vindo por isso, certo?

Os dois se entreolharam por alguns segundos confusos, mas decidiram não desmentir.

— Aham, claro! – diz Magali.

— Bom, vocês estão com sorte, hoje é o ultimo dia, e a partir de amanhã o preço volta ao normal. Para que horas vai ser?

— Acho que umas seis horas tá bom. – responde Magali.

— Seis horas? – pergunta a mulher confusa.

— Algum problema?

— Não, imagina… mas é que geralmente as pessoas decidem usar um motel lá pelas nove, dez...

!!!!!!

— Como assim, motel??!! – pergunta Magali chocada.

— Ué, não foi pra isso que vocês vieram? Pedir um quarto por causa da promoção?

— C-claro que não! Que ideia é essa? – diz Cascão irritado.

— Bom, é onde vocês estão agora... – diz a moça apontando para cima dela onde estava escrito bem grande ‘MOTEL’.

Magali e Cascão coraram na hora! Aquilo não era pra estar acontecendo. De maneira nenhuma.

— M-mas lá fora está escrito “Encontros Românticos”! Não motel!

— A verdade é que, – a moça tentou explicar – cada motel precisa de um nome, não é?

—--------------------------------------------------------XXXXX------------------------------------------------------

Saindo daquele lugar, extremamente constrangidos, ambos não conseguiam dizer uma só palavra. Algumas pessoas que os viram sair daquele lugar, começaram a cochichar entre si. Talvez pelo fato dos dois serem jovens de mais para estar em um lugar assim.

— Que vergonha... – diz Magali com a mão na testa sentando no mesmo banco que Cascão havia sentado minutos antes.

— Nem me fala... – diz ele fazendo o mesmo.

— É i-na-cre-di-ta-vel! Eu SÓ passo vergonha perto de você!

— Como assim, SÓ passa vergonha perto de mim? – pergunta Cascão ofendido. – Que eu saiba, eu não te forcei a entrar ai não.

— Mas por culpa sua nós tivemos que parar, e eu acabei achando que esse lugar fosse outra coisa.

— Ah claro, tudo é culpa minha agora!

— Olha, eu só quero esquecer que um dia isso aconteceu! – diz se levantando. – Vamos pra casa!

— Ah mas não vamos mesmo! – diz ele se levantando também.

— O que?!

— Agora é questão de honra! EU vou achar um lugar, e você vai ficar me devendo essa!

— Agora não é hora pra competição, Cascão, já não basta o que a gente passou agora.

— Eu não vou abrir mão disso! – diz sorrindo.

Magali não consegue terminar a discussão, pois é puxada por Cascão... Mais um vez.

—--------------------------------------------------------XXXXX------------------------------------------------------

Depois de vinte minutos andando, eles encontram o restaurante, tanto quanto chique. Cascão hesita em entrar, por achar que fosse caro, mas era tarde demais. Magali já havia pondo os pés lá dentro.

Entrando lá, eles olham em volta e percebem que se aquele lugar não fosse romântico o suficiente para Mônica e Cebola se acertarem, já não sabiam mais o que fazer.

— Parabéns, Cascão você achou! – diz Magali contente.

— Se eu não tiver que gastar os olhos da cara aqui, já serve.

Magali não da ouvidos ao garoto, e vai falar com um homem que parecia ser o que fazia as reservas.

— Oi! Boa tarde...Eu queria saber qual é um preço de um jantar aqui.

— Estamos em promoção... – o homem começa a dizer.

— Está tudo em promoção, agora? – sussurra Cascão, e em seguida é atingido na barriga pelo cotovelo de Magali. – Au!

— Então quanto sai mais ao menos?

— Cerca de trinta reais eu suponho. – responde ele.

— Ótimo! – diz a garota abrindo ainda mais seu sorriso! – Muito obrigado!

Magali sai do restaurante juntamente com Cascão que estava incrédulo ao ouvir o valor daquele preço.

Já do lado de fora, ela comemora.

— Finalmente arranjamos um lugar para aqueles dois! Desta vez não tem erro!

O sujinho ainda não estava raciocinando direito, era muito dinheiro, segundo ele.

— Magali, você ouviu o que ele disse?!

— Ai Cas... tudo bem que é um pouquinho caro, mas...

— Um POUQUINHO? Isso é três meses a minha mesada!

— Você só ganha dez reais? – pergunta ela querendo rir.

— É... Eu poderia ganhar mais... Se eu...

— Se você...?

— Deixa pra lá, vamos arrumar outro jeito de juntar eles! De um jeito mais barato desta vez tá?

— Se você o QUE, Cascão?!

— Magali, desiste... Isso não vai dar certo, vai por mim!

— Se você o que? FALA! – exclama batendo os pés no chão, já perdendo a pasciencia.

— Eu vou ter que arrumar meu quarto!

— Só isso?

— Só isso? Que tipo de pergunta é essa?

— Esperai... Quanto é que você tem ai contigo?

— Dez. Ganhei ontem!

— Se você arrumar o seu quarto, quanto você vai ganhar...?

— Uns vinte, eu acho...

— Eu tenho trinta e cinco aqui! Se conseguimos os seus vinte, vamos ter dinheiro o suficiente pra esse jantar.

— Eu não vou arrumar meu quarto não! Muito menos gastar meu dinheiro à toa

— Cascão não vai ser à toa, é por uma boa causa... Uma ótima causa, na verdade. E você sabe disso porque você quer juntar aqueles dois tanto quanto eu... Eu sei que você falou tudo àquilo de boca pra fora... Eu te conheço.

Cascão olhou para baixo, pensativo.

— Por favor, vai... – pediu com aquela carinha de inocente que só ela sabia fazer. – Eles são muito cabeças-duras, nunca vão ficar juntos se não dermos uma mãozinha.

— O braço você quer dizer.

— Cascão...

O sujinho então respira fundo ao se sentir derrotado por causa aquela voizinha meiga.

— Você sabe mesmo conseguir o quer né? – Magali sorri e o abraça como forma de agradecimento. – Mas tem uma condição...

— Qual? – pergunta se afastando dele.

Cascão sorri maliciosamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Inesperado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.