Amor Inesperado escrita por Bruninha


Capítulo 47
47° Capítulo: Colando


Notas iniciais do capítulo

Oii, fiz a prova, aff...

Mas eu passei :D!! Pelo menos eu acho que passei, rsrs!!

Bom, fiz outro!

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/137349/chapter/47

_ _ (09h24min) _ _ Quarto da Mônica

Magali foi a primeira a acordar. Ela se levantou sem fazer barulho algum, e foi ao banheiro se arrumar para ir embora.

Antes de sair, escreveu o bilhetinho para as meninas colocando em frente ao espelho, e fechou a porta.

Chegou em casa, e seu pai estava lavando o carro.

– Oi filha! Chegou cedo – disse enquanto esfregava o vidro.

– É, eu resolvi voltar pra casa logo..

– Aconteceu alguma coisa? – perguntou preocupado. – Parece triste...

– Não pai... Eu tô bem…

– Tudo bem, sua mãe está lá dentro preparando o almoço.

Ela balança a cabeça e seu pai a chama.

– Oi – diz com a mão na maçaneta.

– Não quer me ajudar? – apontou pro carro.

– Deixa pra outro dia pai... – Magali entrou em casa desanimada, fazendo seu pai estranhar.

–--------------------------------------------------------XXXXX------------------------------------------------------

O sábado seguiu, e Magali não fez nada além de... Não fazer nada.

Mônica ligou pra ela, mas ela não quis atender, pois sabia que ela ia ficar fazendo varias perguntas que ela não estava afim de responder. Queria ficar quieta, na dela... Continuando sem fazer nada.

Mais tarde, a campainha tocou e como Magali estava na sala vendo TV, foi atender.

– Mônica?! – diz surpresa. – E... que cara essa?

– Magali, por acaso você é surda ou o que? – diz entrando dentro da casa.

– Por quê? – pergunta fechando a porta.

– Eu te liguei vinte vezes hoje e nada de você atender.

– Ah... – coçou a cabeça. – Foi mal... É que eu sabia que ia ficar me enchendo de perguntas por eu ter saído sem dizer nada... Por isso.

– Se você sabia por que foi embora do nada? Ficamos preocupadas!

– Desculpa Mô… - ela se senta no sofá abaixando o volume da televisão. – Afinal, por que você está tão nervosa? Alguma coisa o Cebola?

– Pior! Bem pior! – diz ela se sentando ao lado dela.

Magali não estava entendendo nada e ficou esperando ela contar o que tinha acontecido.

– Respira fundo... – pediu.

– Pra que?

– Respira!

Magali obedece à garota, mesmo achando tudo aquilo estranho. Mônica fez o mesmo e começou…

– O Cascão amiga... Está pensando em voltar com a Cascuda... – a dentuça fechou os olhos, esperando um grito. Mas não aconteceu nada disso, muito pelo contrario. Continuou em silêncio e Mônica abriu um dos olhos pra ver se ela tinha escutado o que disse.

Magali seguia encarando a amiga sem nenhuma expressão no rosto, deixando a dentuça sem saber o que estava pensando, ou sentindo.

– Magali? – estalou o dedo em frente ao rosto da garota, pra ver se estava viva.

– O que?

– Não vai dizer nada?

– Dizer o que?

– Magali, você ouviu alguma palavra do que eu acabei de dizer?

– Ouvi.

– E...?

– E o que?

– Magali!

– Monica, você estar esperando eu fazer um escândalo é isso?

– Bom... É! – diz como se fosse obvio.

Magali começou a rir e se levantou, caminhando até a cozinha. Mônica não estava entendendo. Não era para ela ter esse tipo reação.

– Magali você ta bem?

– Estou ótima – disse pegando uma maça na fruteira.

– Eu acabei de te falar que o Cascão está pensando em voltar com a Cascuda e é isso que você faz? Come uma maça?

– O que você quer que eu faça?

– Qualquer coisa! – bateu o pé no chão. – Menos ficar aqui parada.

– Mônica... Eu acho que... Vai ser melhor assim...

– Melhor?! Melhor pra quem?!

– Pra todo mundo...

– Magali... – Mônica jogou o cabelo pra trás começando a se estressar. – O Cascão não gosta da Cascuda, ele gosta de VOCÊ, e você gosta dele então por que... Ah quer saber? Eu não vou ficar repetindo isso varias vezes, porque não sou disco arranhado.

– Obrigado – disse ignorando o fato de sua amiga estar irritada com ela.

– Eu não sei mais o que fazer com você, garota... Parece até que gosta de sofrer pelos cantos.

– O Cascão desistiu de mim, Mônica... – diz baixando o olhar.

– Como assim?

– Foi o que ele disse ontem... Disse que estava cansado de me esperar... Que era pra eu esquece-lo.

– Com toda razão né? Eu já sabia que um dia o Cascão não ia se cansar dessa brincadeira e pular fora! Nenhum garoto merece isso, Magali... Ele tá sofrendo por sua causa!

– Eu sei... Eu também fiquei muito mal quando ele disse aquelas coisas... É por isso que voltei pra casa, precisava ficar sozinha...

– Tá vendo? Se MEXE, Magali! Vai acabar perdendo o garoto da sua vida por causa de uma frescura?

Magali não responde e joga a maça (quase inteira), no lixo, voltando pra sala.

– Ouviu o que eu falei?

– Ouvi Mônica…

– E então?

Ela continua calada e a dentuça suspira.

– Bom... Eu tentei... Depois não diga que eu não te avisei... – Mônica caminha em direção à porta e vai embora.

Magali joga a cabeça pra cima, sem conseguir mais prestar atenção na TV, e pensa...

– Então ele vai voltar com a Cascuda...? – ficou intensamente triste, mas achou que fosse melhor assim. Desse jeito ele esquecia de vez ela e parava de sofrer.

–--------------------------------------------------------XXXXX------------------------------------------------------

Cebola entra no quarto de Cascão e o encontra sentado na janela, com uma cara de enterro.

– Ainda pensando na Magali?

– E tem outra coisa pra pensar...?

– Na prova de biologia por exemplo...

– Amanhã tem prova?!

– Amanhã é domingo, bocó! – diz sentando na cama.

Cascão volta a se encostar na janela, aliviado.

– Eu contei pra Mônica...

– Contou o que?

– Que você tá… Pensando em voltar com Cascuda.

Cascão deu de ombros, sem tirar os olhos da rua.

– Ela com certeza vai falar pra Magali.

– Foi por isso que foi correndo contar não foi, seu fofoqueiro? – perguntou lhe jogando algum objeto.

– Au! – se defendeu com o braço. – Claro né? Quem sabe assim ela toma juízo e fica com você...

– Como se fosse possível. Aquela lá é teimosa que nem sua namorada...

– Então você vai mesmo esquecer ela?

– Ô! E tem outro jeito? Eu não posso simplesmente forçar ela ficar comigo…

– Enfim... To aqui pra o que precisar... – diz se levantando para dar uma batidinha em seu ombro.

– Valeu careca!

– Bom, eu tenho que ir com a Monica no cinema. Mais tarde eu passo aqui.

– Falou...

– Tchau!

– Tchau.

– Ah, só uma coisa! – Cebola se vira novamente – Cada ato tem suas consequências, e se você voltar com a Cascuda, ainda pensando da Magali vai haver MUITAS consequências! Pense nisso...

Cebola vai embora, enquanto Cascão tentava resolver o que ia fazer com a sua vida.

–--------------------------------------------------------XXXXX------------------------------------------------------

Magali e Cascão passaram o sábado e o domingo inteiro pensando um no outro. E toda vez que Cascão passava o dia deprimido ele ia estudar, mas não era o caso de Magali. Ela não conseguia estudar por ficar pensando em uma coisa só durante tanto tempo.

Na manhã seguinte, a comilona estava chegando no portão, quando viu Cascão entrar. Ela não chamou, mas o seguiu, tocando no seu ombro.

O sujinho olhou pra trás e ao vê-la sua expressão mudou de normal, para séria.

– O que você quer?

– Eu preciso falar com você...

– Tem que ser agora? – perguntou tentando parecer impaciente.

– É.

Ele suspira e assente. Os dois vão para o corredor que ficava perto de suas salas e chegando lá, Magali abaixou a cabeça, enquanto ele cruzou os braços.

– Eu fiquei sabendo... Que você está pensando em voltar com a Cascuda... – engoliu em seco.

– Ah é...? – respondeu nem um pouco surpreso, mas com a esperança de que ela tivesse se decidido.

– Eu só queria te dizer que... Eu fico feliz.

– Como é?!

Ela afirma com a cabeça, já esperando por aquela reação.

– É isso mesmo! Eu fiquei feliz porque eu sei que agora vai ser a sua chance de me esquecer de vez.

Ele olhou para os lados, sorrindo e nervoso, sem acreditar no que estava ouvindo.

– Era isso que você queria me dizer?!

– Era – respondeu sem olhar pra ele.

– Você realmente... É inacreditável... – Cascão estava com tanta raiva naquele momento, mas tentou se acalmar.

– Eu sei que você está com raiva, mas é pro seu próprio bem... Afinal eu não vou ficar com você e...

– Pro meu próprio bem?! - aquilo foi a gota d água. – Magali... – respirou fundo. – Faz um favor pra mim... ME ESQUECE!

Magali se assustou com aquele grito, e ficou olhando ele ir embora, mais uma vez arrependida por ter dito algo que não devia.

–--------------------------------------------------------XXXXX------------------------------------------------------

Cascão chegou na sala bufando de ódio, e Magali logo depois dele com a cabeça baixa. Mônica e Cebola deduziram que eles brigaram outra vez, mas decidiram não falar nada.

O professor de biologia entrou, avisando que iria entrar as provas, após a chamada.

Em seguida, ele começou a entregar o papel para todos os alunos e quando Magali foi ver... Tinham três paginas?! Não só ela, mas como todo mundo ficou indignado.

– Ah não professor, é sério isso? – perguntou Xaveco erguendo o papel.

– Sério sim. Qual o problema, até aparece que nunca fizeram uma prova com três folhas...

– E não mesmo...

– Podem começar... – ele pegou o relógio no bolso. – Agora!

Começou a prova e eles tinham exatamente uma hora para acabar.

Magali escreveu o seu nome e a data.

Ela lia tudo calmamente, e as primeiras dez questões conseguiu responder sem nem piscar, mas as três ultimas ela não sabia responder!

Espera... Magali nunca teve dificuldades nas provas, principalmente nas de biologia. Suas mãos começaram a suar, o que ela ia fazer? Não podia entregar em branco.

Se desesperou, já prestes a ter um troço, quando um papel caiu em seu pé. Ela olhou para trás, mas não deu pra saber quem jogou, até olhar pro sujinho... Ele estava coçando a cabeça nervoso, por isso ela desconfiou que tivesse sido ele. Achou estranho, pois ele estava com raiva dela, mas decidiu pegar o papel.

Quando abriu... Havia as respostas que ela precisava pra acabar a prova e... Era a letra de Cascão. Ela não entendeu. Ele que tinha escrito aquilo pra ela?

Ela hesitou colar, já que nunca tinha feito aquilo na vida, mas seu tempo estava acabando e só faltavam dez minutos. A garota então arriscou e tentou o máximo que pode ser discreta. Olhou para a sua perna, onde estava o papel e gravou a primeira a resposta.

Sucesso, ela conseguiu uma sem erros, faltavam agora mais duas.

Nesta hora o professor que estava limpando os óculos, voltou com seu olhar fixo para a sala. Ela sabia que não ia conseguir pescar com o professor ali olhando pra ela, e já estava quase desistindo quando seu anjo da guarda levanta a mão e o chama.

– O que é Cascão?

– Er... Dá pro senhor me ajudar aqui numa pergunta…?

A comilona continuava com a na cola mão olhando pro Cascão. O professor chegou até a sua mesa e ele olhou para Magali.

Ela notou que era só uma estratégia para terminar de colar, e sem pensar mais começou a copiar o que estava escrito no papel

– Ah, Cascão! É pra você escrever os nomes do ciclo do tempo, só isso.

O professor já ia se virar, mas Magali ainda tinha acabado por isso Cascão puxou seu braço.

– O que é dessa vez?

– V-você não me explicou tudo!

– O quer que eu faça? Dê a resposta?

– Até que não seria má idéia...

– O que?!

– Er... É que eu to dificuldade nessa também...

– Qual – chegou mais perto para enxergar.

– E-essa aqui... – Cascão olhou para Magali e ela finalmente acabou.

– Você não sabe essa? É tão fácil.

– Ah olha só, é verdade... Valeu ai professor!

O professor revirou os olhos e deu as costas para Cascão. Quando olhou pra frente viu que Magali estava nervosa e suava.

Aproximou-se dela, e ela tentou esconder a cola na sua perna.

Mas... Ele percebeu.

– Algum problema Magali?

– N-n-não? P-por que a pergunta?

– Já terminou a prova?

– A-ainda não!

– Levante-se, por favor!

O medo de Magali aumentou, fazendo Cascão bater com a mão na testa.

– L-levantar pra que? – todos os alunos começaram a olhar pra ela.

– Eu quero ver uma coisa...

Começou a se levantar bem devagar, virando-se com as duas mãos para trás.

O professor viu que não tinha nada em cima da carteira, nem em baixo.

Como Cebola estava sentando atrás dela, disfarçadamente tirou o papel da mão dela, e colocou uma borracha no lugar.

O professor olhou pra garota desconfiado, pois ela estava muito estranha. Viu que ela estava com as duas mãos pra trás e ergueu o pescoço.

– O que está escondendo?

– N-nada...

– Deixa eu ver as suas mãos!

Ela engoliu em seco e as mostrou. Em uma mão estava vazia, e na outra havia uma borracha.

Ele pegou a borracha e olhou nos dois lados pra ver se não tinha uma coisa escrita. Mas o que tinha ali era “M&C Forever”

Ele mostrou a borracha pra ela.

– Está namorando com o Cebolinha? – perguntou meio surpreso, pois até então achava que ela namorava Quim, o seu aluno da sala B.

Ela arregalou os olhos paralisada, não só ela como Mônica, Cebola Cascão, e o resto da sala.

– Não! Claro que não! – respondeu como se fosse um absurdo.

– Com quem é então?

– Ah, professor, que coisa! Isso não é dá sua conta! – diz a garota se irritando com tanta intromissão, mas em seguida percebe que foi grossa com o professor dela– Q-quero dizer... E-eu não namoro com o Cebola, quem namora é a Mônica – apontou pra amiga.

Ele olhou desconfiado para a garota mais uma vez, e em seguida devolveu a borracha.

– Tudo bem, pode continuar...

Ela soltou um grande suspiro de alivio e voltou a se sentar. Se virou discretamente para Cascão que a estava olhando ainda sério, ela não liga por ele ainda estar bravo e lhe abre um sorriso meigo, como forma de agradecimento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Inesperado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.