Amor Inesperado escrita por Bruninha


Capítulo 31
31° Capítulo: Sem Energia




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_ _ (06h17min) _ _ Quarto da Magali

Na manhã seguinte Magali abriu os olhos, virou pro lado e desligou o despertador. Ela estava sem a menor vontade de ir a escola, mas contra a sua vontade se levantou e foi até o banheiro. Durante o banho deu para ela refletir tudo, sobre o que a sua mãe disse, sobre o que a Monica disse... Depois foi até o guarda-roupa e pegou seu uniforme da escola e vestiu. Deixou o cabelo como sempre fica, pegando sua mochila em seguida.

Tomou café, sem a mínima vontade, mas seus pais estavam de olho, ela não estava autorizada a perder nenhuma das refeições. Depois de comer, calçou os tênis e se despediu dos pais, ao virar a maçaneta sua mãe lhe deu uma piscadela, fazendo ela dar um meio sorriso.

Assim que entrou ao colégio começou a chover forte. Havia trovoadas e relâmpagos. Deu graças a Deus por ter chegado a tempo sem se molhar.

Quando entrou na sala, estava Mônica em sua carteira, lhe esperando.

– Ai Magali até que enfim!

– Foi mal a demora... – disse colocando a mochila em cima de sua mesa.

– E ai? Como foi? Me conta!

– Calma... Vamos lá no corredor, aqui tem muita gente – Magali puxou a amiga até fora da sala.

– Então..?

– Eu consegui... Terminei tudo – diz baixando o olhar.

Mônica abriu um grande sorriso e abraçou a amiga.

– Finalmente! Agora sim!

– Mas não pense você que foi fácil... Eu tive que pensar muito antes de me decidir.

– Eu sei amiga... – fez carinho em seu cabelo. – Eu imagino, mas uma hora ia acabar tendo que acontecer. Você evitou esperar mais, o que foi bom.

– Eu espero... – Magali encostou a cabeça na parede, enquanto Mônica tentou consola-la.

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Ao entrar na sala e vê Cascão conversando com os meninos, o coração de Magali dispara, e ela sente um frio na barriga.

Se lembrou do beijo que eles deram dois dias atrás na praça, e tentou desviar o olhar, se sentando.

Mônica foi até Cebola para cumprimenta-lo com um beijo, até o careca perceber o desanimo da comilona ali na frente.

– O que ela tem?

– Terminou com o Quim... – diz suspirando com pena da amiga.

– Como é?! – Cascão que ouviu tudo, pareceu chocado.

– Fala baixo, bobão! – diz batendo em seu ombro. – Ela não quer ninguém fique sabendo ainda...

– M-mas perai... Ela terminou com ele por quê?

– Ahm... – Mônica não sabia se podia contar, por isso tentou inventar uma mentira. – Ela... Ela não me contou.

– Ah conta outra Môica, ela te conta tudo! – diz o sujinho que parecia bastante interessado no assunto.

– Será que ele traiu ela? – perguntou Cebola, pensativo.

– Não! O Quim nunca faria uma coisas dessas!

– Tudo é possivel... – Cascão foi se sentar, e ao olhar pra comilona de novo, abre um sorriso, fazendo seu coração disparar. Tinha uma pontinha de esperança de que ela tivesse terminado por sua causa.

O professor entrou na sala e todos foram se sentar.

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Magali passou a aula toda quieta só – tentando - prestar atenção no que o professor dizia. Já que era a única coisa que podia lhe distrair naquele momento.

Normalmente ela ficava trocando bilhetinhos com Mônica e com as meninas, mas hoje ela nem mexeu o pescoço. Além de Monica, todos estranharam o comportamento dela. Ela era a nerd da sala, mas nem por isso era a mais quieta.

Sua mudança, fez até o professor estranhar.

– Aconteceu alguma coisa Magali?

– Hã? – tirou os olhos do livro ao ouvir seu nome.

– Tá tudo bem?

– Tá tudo ótimo professor, por que não estaria? – riu, sem graça.

– Por que você sempre participa das aulas... Hoje está tão queita.

– Só estou com um pouco de dor de cabeça...

– Não quer ir pra enfermaria?

– Não professor, não precisa – sorriu amarelo.

– Está bem então… - O professor de ciências voltou para o quadro, e Magali continuou quieta. Fazendo Mônica ficar mais preocupada ainda.

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No intervalo...

– Oi amiga – diz seguindo a amiga, que estava indo se sentar no banco. Pois não estava com fome.

– Agente já se viu hoje, Mônica...

– Ai! Que mal humor!

– Não estou de mal humor amiga... – diz se sentando.

– Ainda é o lance com o Quim?

– Ele nem veio à aula hoje, você acredita?

– Uma hora ele vai ter que aceitar esse término, Magá. E vai voltar ao normal, você vai ver...

– Não sei não... Eu acho que eu vou na casa dele quando acabar a aula.

– Ah mas não vai mesmo, tá louca?!

– Por que não? Eu não posso deixar o Quim daquele jeito…

– Você só vai piorar ainda mais a situação se for atrás dele. Deixa ele lá, quieto, no canto dele. Ele precisa desse tempo pra superar...

– Será que vai demorar muito? – perguntou aflita.

– Magali, esquece ele por um tempo! Vai ser melhor...

A comilona fecha os olhos e suspira. Mônica lhe dá um abraço de consolo, como sempre fazia, quando ela estava mal.

– Agora muda essa carinha, por que tem um montão de garotas que o Quim vai poder se interessar quando ele te esquecer...

Magali abre um meio sorriso e assente com a cabeça.

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Mônica obrigou a comilona a ir lanchar juntas, mas ao chegar na cantina várias pessoas ficaram sabendo que ela e Quim tinham terminado, por isso a encheram de perguntas. Principalmente Denise, que foi a primeira a ficar sabendo e saiu contando pra todo mundo. Mônica não quis deixar Magali naquela situação, pois estava lhe fazendo mal.

– Vai pra sala, quando eu acabar de comer eu vou pra lá – cochichou a dentuça.

Magali sai de lá as pressas, deixando todo mundo curioso.

Ao entrar na sala, ela se senta no seu lugar e apoia seu queixo em uma das mãos.

Cascão viu a garota sozinha e se aproximou dela, sentando na cadeira a frente.

– E ai...

–Oi Cascão... – diz forçando um sorriso.

– Não vai lanchar?

– Sem fome...

– Er... A Mônica me contou sobre você e o Quim...

Magali balança a cabeça, mas não responde.

– Foi isso que você foi fazer naquele dia?

– É…

– Imaginei... Você tá legal?

– Mais ou menos... Um término nunca é fácil...

– Se isso te serve de consolo... Eu e a Cascuda também não estamos no de mar de flores não...

– Por quê?

Ele apenas nega com a cabeça.

– Não sei...

– Que pena...

– É...

Eles ficaram um tempo calados, sem ter mais o que dizer naquele momento.

A chuva começou a engrossar, surgindo uma forte trovoada. Magali e Cascão ficaram uns minutos em silêncio, só olhando a chuva cair. Até que bateu o sinal e os alunos começaram a entrar. Cascão alisou a cabeça de Magali sussurrando um “fica bem”, e voltou pro seu lugar.

Monica e Cebola entram com as camisas todas amassadas e cabelos bagunçados, fazendo Magali rir.

– É... Parece que o intervalo de vocês dois, foi bem... Como dizer?... Interessante. – diz quando Mônica se senta.

– Digamos que sim – riu de volta.

O professor entrou na sala e já chegou falando...

– Trabalho em dupla! Eu escolho os pares!

A sala fez um grande um coral de “Ahhhhhh”

– Por quê? – perguntou uma das alunas

– Porque eu quero... Vou começar por isso comecem a se arrastar as suas cadeiras.

– (Aff, eu odeio esse professor!) – cochichou Mônica para Magali.

– (Então somos duas!)

– Monica e Denise! Aninha e Cebola!

– Eiii! –Monica protestou. – Não vou me sentar com essa fofoqueira!

– Muito menos eu com essa dentuça!

– Do que você me chamou?

– Quer que eu repita darling?

– Quietas! Vai ser vocês duas e ponto. Agora me deixem continuar...

Monica foi bufando de raiva com a sua cadeira, até a Denise, pois ela se recusou a sair de seu lugar.

– Xaveco e Cascão! Cascuda e Franja! Marina e Nimbús!

Os alunos começaram a se mover, faltando apenas Magali. Ela não estava ligando muito com quem ia cair por isso continuou escrevendo alguma coisa no caderno.

– Magali e Do Contra.

Ouvindo seu par, Magali ergueu uma das sobrancelhas meio surpresa, mas deu de ombro e quando já ia até ele, o garoto apareceu atrás dela com a sua cadeira.

Magali sorriu e quem não gostou muito daquela dupla foram Cascão e Mônica.

– E ai DC – diz abrindo o livro.

– Fala Magá!

Mônica não tirava os olhos dos dois, fazendo Cebola ficar enciumado.

– Mônica, dá pra prestar atenção no que o professor tá dizendo? – diz o garoto, que estava ao seu lado.

– E-eu estou Cê… Eu hein!

– Monica, você não está incomodada, está?

– N-não Cebola!

– Então tira os olhos deles dois!

– Eu não estou olhando pra eles!

– Virou vesga agora e eu não to sabendo?

Mônica e Cebola começaram uma tremenda discussão no meio da sala, deixando o professor irritado.

Ele bate com força o livro na mesa, e de repente a luz se apaga. Deixando a sala escura. Também pelo fato de estar chovendo muito.

– Xii... – Magali começou a rir baixo.

– O senhor fez a luz acabar professor – diz alguém no fundo.

– Eu mesmo não!

– Foi sim com o seu stress – diz Denise.

– Aqui nunca faltou luz... Que estranho... – diz o professor pensativo.

– Tá trovejando a beça lá fora...

– Eu sei, mas eu vou na sala vizinha pra ver se lá também está faltando.

— (Aff,professor burro, se faltou luz aqui, faltou lá também.) – diz Magali para DC que estava na sua frente.

O professor volta um segundo depois.

– Pessoal, lá também faltou... Mas eu continuo achando que foi a lâmpada, que não deve ter sido trocada

– Professor... Faltou luz na cidade toda não ta vendo não? – Cascão apontou pra janela.

– É melhor troca-la, já deve estar gasta.

– Gente, como é que ele virou professor? – pergunta Marina rindo

– Ei eu ouvi isso, moçinha! Do Contra e Magali, por favor, vão pegar uma lâmpada nova no deposito de limpeza... Mas só tomem cuidado pra não tropeçar em nada quando estiverem lá dentro.

– Ah, não! – questionou Cascão.

– Eu vou com ele! – Mônica se levantou.

– Qual foi Monica?! – diz Cebola se alterando.

– Qual foi o que, Cebola?

– Não vai me dizer agora que não pode deixar os dois sozinhos!

– Não viaja Cebola! E-eu só acho que três pessoas juntas, podem achar mais rápido.

– Pois EU acho que duas pessoas já está de bom tamanho.

– Então a Magali fica e eu vou!

– NÃO VAI NÃO!

Novamente uma briga começou, deixando o professor sem paciência. Ele foi até a carteira e sentou exausto.

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Do Contra e Magali já estavam do lado de fora a tempos.

– Odeio essas brigas... – diz Magali suspirando.

– Então somos dois.

Eles chegaram no quartinho onde tinha o material de limpeza e entraram. Estava completamente escuro e não conseguiram enxergar nada.

– Essa é boa... Como vamos achar essa lâmpada agora? – pergunta Do Contra.

– Perai... – Magali tirou o celular do bolso e acendeu a luz que tinha nele.

– Agora sim...

Eles continuaram procurando com a ajuda do celular, mas estava difícil.

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Enquanto isso... Na briga!

– Pela milésima vez Cebola, eu NÃO estou com ciúmes da Magali com o DC!

– Sei... - diz cruzando os braços.

– Você as vezes tem cada ideia que... – Mônica vira para o lado e a sua amiga já não estava mais na sala – Magali? Ela sumiu!

– Ei, o DC também!

– Esqueceram que eu mandei eles pegaram as lâmpadas? – diz o professor massageado a cabeça.

– E-eu vou atrás dela! – diz Cascão indo em direção a porta.

– Ei eu vou com você! – diz Mônica indo seguindo o sujinho.

– Claro, vai ser se seu “namoradinho” não esta aprontando alguma coisa né? – Cebola foi atrás dela.

– Ei, eu vou com vocês! Não quero perder nadinha! – diz Denise indo também.

Magali e Do Contra ainda estavam procurando as lâmpadas até Magali conseguir enxergar elas lá em cima de uma prateleira, alta.

– Ei, DC eu encontrei!

– Onde?

– Ali em cima!

– Você consegue alcançar?

– Não... E você?

– Deixa eu tentar! – o garoto tentou, mas era muito alto.

– Faz escadinha pra eu subir, então. – sugeriu Magali.

–Tudo bem.

Magali subiu nas mãos de Do Contra, e se apoiou no seu ombro.

– Não me deixa cair!

– Claro que não né, Magali!

Magali conseguiu quase alcançar uma das caixinhas, mas os dois se desequilibraram e acabaram caindo com tudo no chão.

A comilona já ia se levantar de cima do garoto, mas um brilho extremamente forte a faz fechar os olhos. A luz tinha voltado.

Mônica, Cebola, Cascão e Denise apareceram do lado de fora, chocados com a cena que viram.

– Oh.My.Gosh! – diz Denise com um sorriso na orelha.

Monica e Cascão ficaram de boca aberta.

– O que é isso? – perguntou a dentuça saindo do choque.

– Ai,ainda bem que vocês chegaram – diz se levantando. – Eu o DC estávamos tentando...

– Se agarrar? – Cascão perguntou indignado, cruzando os braços.

– Que?! Como assim? Logico que não! – diz Magali estranhando o seu jeito.

– Não precisa explicar, eu já entendi! – dizendo isso, saiu às pressas dali.

– Espera ai Cascão! Não é nada do que você ta pensando! – diz Magali correndo atrás dele.

Monica só continuou olhando para o DC e Cebola olhando pra ela, estava fervendo de raiva, porque ele sabia que o que ela estava sentindo era muitos ciúmes de Do Contra Denise apenas seguiu rindo baixinho.

– Vai ficar ai parada? A luz já voltou vamos pra sala?! – perguntou Cebola, puxando Mônica.

Do Contra sorriu contente com a reação de Mônica. Ela nunca havia sentido ciúmes dele.


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