Amor Inesperado escrita por Bruninha


Capítulo 20
20° Capítulo: Cascão + Magali = Problema




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Quando Magali acordou no dia seguinte, se sentiu com disposição a ir à escola, mesmo que seus pais não tenham gostado muito da ideia já que preferiam que ela ficasse pelo menos mais um dia descansando, ela achou melhor sair, pois não aguentava ficar muito tempo dentro do quarto.

Na escola, todos os alunos da sala ficaram preocupadas quando souberam do que tinham acontecido, e foram enchendo ela de perguntas. Felizmente Mônica chegou a tempo.

_ _ (07h04min) _ Pátio da Escola

– Já que você está melhor, eu queria te convidar pra ir no cinema comigo e com o Cê hoje.

– E ficar segurando vela? Nem morta!

– Claro que não né Magali, agente chamou o Cascão também.

– E-ele também vai?

– Vai... Quer dizer, não sei, o Cebola ficou de falar com ele.

– Não vai fazer a menor diferença, vai ficar nós dois de vela.

– Deixa reclamar Magá, eu quis chamar vocês dois, porque faz um tempão que não saímos nós quatro juntos.

– Ai...Tá bom, Mônica. Eu vou. – A dentuça abriu um sorriso. – Mas se vocês começarem a se agarrar na minha frente eu...

– Hahaha isso não acontecer, prometo!

– Acho bom...

As duas deram risadas e voltaram pra sala.

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Mônica entrou primeiro, e quando Magali já ia pôr os pés lá dentro, alguém puxou o seu braço.

– Ei! Me solta! – diz a comilona ao ser arrastada por Cascão – Tá maluco?

– Agente precisa conversar! – diz em tom sério.

– Precisamos não! – diz ela irritada. – E a primeira aula é de biologia, não posso faltar.

– É rápido.

– Você pode esperar até o intervalo, não pode? – diz se virando para voltar, mas ele impede.

– Tem que ser agora, Magali!

– Não!

Ele não deu ouvidos, e a puxou para um lugar afastado. Os alunos já estavam começando a entrar em suas salas, por isso os corredores estavam ficando vazios.

– Cascão, você é surdo?! Eu tenho que voltar pra sala! O sinal já bateu! – diz se soltando do garoto.

Ela olhou para ele e viu que ele estava bem sério. Por isso engoliu em seco, já imaginando o por quê.

– F-fala logo o que você quer! – diz colocando uma mecha atrás da orelha.

Cascão não respondeu, continuou olhando para a garota de forma estranha. Ele estava suando, principalmente nas mãos. Magali começou a ficar nervosa, ele só ficava daquele jeito quando estava prestes a...

Cascão segurou as duas mãos de Magali e a empurrou em frente a os armários. Pressionou os lábios nos dela com vontade, e apertou a sua cintura.

Eles estavam no meio do corredor, mas já não tinha nenhum aluno à vista.

Magali como sempre retribuiu, mas desta vez o beijo não demorou muito, pois ela sabia o quão era arriscado e por isso empurrou o garoto.

– Era... – diz ofegante. – Sobre isso que eu queria falar...

Magali olhou para ele com raiva, e limpou a boca com as costas das mãos.

– Até agora você não disse nada...

– Magali – ele foi se aproximando mas a garota coloca uma mão na frente, pra ele não chegar mais perto.

– Cascão, você está me fazendo perder o primeiro horário, se você não disser agora o que você quer, eu vou voltar! – diz nervosa.

– Eu... – ele tentava achar a melhor maneira de dizer aquilo, mas não saia nada.

– Anda logo! – diz batendo os pés no chão.

– Eu tô apaixonado! É isso! – diz por impulso.

– Que...?

Magali fica paralisada olhando para o garoto. As palavras que ele tinha acabado de dizer, ainda não estavam fazendo sentido na sua cabeça.

– Q-quero dizer... – ele se arrependeu na hora de ter dito aquilo, ao ver a expressão da garota.

– O-o que você disse...?

– E-eu? Eu não disse nada…

– Disse sim... Disse que estava...

– Não disse não!

– Claro que disse! Eu ouvi!

– Ouviu errado! Eu não disse isso!

– E o que você disse então? – cruzou os braços.

– Eu não disse o que você está pensando que eu disse!

Magali começou a achar que estava ficando maluca. Colocou uma das mãos na cabeça achando que o murro que levou tinha sido forte o suficiente pra a fazer ouvir coisas.

– Então você não disse o que eu acho que você disse...?

– Com certeza eu não disse isso... – olhou para o lado envergonhado.

– Ah vamos parar com isso!

– Você que começou!

– Mas eu ouvi você dizer que estava... Apaixonado.

– Não...

– SIM!

– Tudo bem... Ahm... Eu falei que estava apaixonado sim... Mas... Pelo seu tênis! Isso! Seu tênis!

– M-meu tênis? – diz olhando para os pés.

– É isso ai… - riu nervoso. – Achei daora, o-onde você comprou?

Magali fechou os olhos, começando a ficar com muita, muita raiva mesmo. Cascão percebeu e ficou com medo.

– Você me arrastou até aqui, me fez perder a primeira aula, me deu um BEIJO, só pra dizer que você está apaixonado pelo meu TÊNIS?! – gritou!

– Shhhh! Não grita! – olhou para os lado, com medo de alguém ouvir e aparecer do lado de fora.

– Você é mesmo um babaca! Eu nem sei porque ainda insisto!

Magali sai andando até a sala com passos acelerados, saindo fumaça pela orelha. Cascão se sentindo um idiota, bateu sua cabeça diversas vezes nos armários.

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– Desculpa professor, tive que resolver um problema... – diz entrando na sala.

– Tudo bem, pode entrar.

Em seguida, Cascão também entra.

– E você senhor Cascão? Onde estava? – diz tirando os óculos.

– Também tive que resolver um problema... – ele olhou pra Magali, que estava com ódio no olhar.

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O resto da aula passou com um clima bem tenso, quando tocou o sinal para o intervalo, Magali foi à primeira sair.

Mas Cascão puxou o braço dela quando estava quase entrando na cantina.

– Ah não! De novo? O que você quer desta vez? E me solta, por favor? Já está ficando repetitivo esse negocio.

– Quer ficar quieta? Eu só quero conversar.

– Pra que? Pra elogiar a minha meia? – perguntou irônica.

– Magali eu queria te pedir desculpa pelo beijo... E por ter te arrastado daquele jeito. – A garota revira os olhos, mas ele continua. – Eu sei que estou sendo um pouco persistente com você esses dias, eu também não sei o que é.

– Aham, é só isso?

– É… - diz soltando o braço dela.

– Então tchau!

Magali dá as costas ao sujinho, que suspira. Chegando lá, ela pega o seu lanche vai se sentar na mesa em que Mônica e Cebola estavam comendo.

– Que foi Magali? – perguntou Mônica.

– Acabou a comida? – riu Cebola.

– Ha-ha... Ô Mônica, diz pro seu “namoradinho” ai calar a boca?

– Para Cebola! Não ta vendo que ela ta estressada! Conta ai amiga o que foi?

– Você acredita que o idiota do Cascão veio me pedir desculpa?

– Desculpa pelo o que?

– Me fez perder a primeira aula dizendo que queria conversar, mas a conversa dele era elogiar os meus tênis! – diz irritada.

– Que estranho... – diz Mônica.

Magali apoiou seu queixo em uma das mãos, e olhou para o prato.

– É, eu também acho, ele está muito esquisito esses dias. Deu agora pra ficar me arrastando para todos os lugares. Eu tenho pena da Cascuda porque sinceramente. Eu nem sei como ela aguenta até hoje namorar com aquele garoto... Ele é tão sem noção que...

Magali olha para os dois, e vê que eles não só não estavam prestando atenção em nada do que estava falando, como também estavam se agarrando na frente dela. Ali no meio de toda a cantina.

– Ai eu mereço... – Magali se levanta da mesa e vai se sentar em outro lugar. Cascão apenas a assistia de longe, chateado.

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Na saída da aula, Magali voltava pra casa sozinha, pois continuava de mal com Cascão e ele também foi obrigado a levar Cascuda pra casa, já que eles não passavam mais tanto tempo assim juntos.

Mônica a avista de longe e pula em seu pescoço.

– Oi amiga!

A garota ignora a dentuça e continua andando.

– Ah, eu não acredito! Você ainda ta chateada comigo?

Magali deu uma risadinha.

– Não amiga, eu to brincando... Mas vocês também né? Eu sei que começaram a namorar faz poucos dias, mas manera na agarração pelo menos na frente dos outros.

– Ai amiga, você precisava ver a cara da Irene quando eu e o Cê chegamos de mãos dadas – sorriu contente. – Foi tão boa que eu estava louca pra tirar uma foto.

– Eu vi, não só ela, mas como toda a escola.

– Nem ligo – disse dando de ombros. – O importante é que o Cebola é um fofo e eu estou muito feliz! Graças a você! – disse abraçando-a.

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No dia seguinte, a segunda aula estava vaga, pois o professor estava doente, e não pôde aparecer. Como não tinha nada pra fazer, já que Mônica e Cebola foram namorar, se sentou no banco. Fechou os olhos sentindo o vento passar pelo seu rosto.

Ela ficou pensando em como sua relação com Cascão tinha mudado desde o dia que resolveu pedir a sua ajuda para juntar Mônica e Cebola. Não que ela estivesse arrependida, muito pelo contrario. Ela via o quão feliz Mônica estava, e isso a fazia ficar feliz também. Seu plano com o sujinho havia sido um sucesso, mas por outro lado se não fosse por ele, talvez ela não estivesse sentindo coisas estranhas por ele, nem ele por ela. E talvez nunca tivesse traído seu namorado, nem a sua amiga, Cascuda.

Uma sombra lhe tirou dos pensamentos, e ela olhou para trás. Ao ver quem era se virou novamente, e suspirou nervosa.

– Você não me deixa em paz né, garoto? Parece chiclete...

– Pra sua informação, eu só vim aqui porque o Cebola foi com a dentuça namorar.

– Ah é? E você só tem ele de amigo?

– Ahm... Não mas…

Os dois ficaram em silêncio, olhando pra frente, até Cascão resolver baixar a guarda.

– Posso? – perguntou apontando para ao lado dela.

– Vai adiantar se eu disser não?

– Nem vai – riu se sentando.

Ela continuou calada e voltou a olhar pro nada.

– Er... O que você acha da gente fazer alguma coisa?

Ela virou a cabeça para ele, mas não respondeu.

– Tipo... Nem é toda vez que agente tem aula vaga, então agente tem que aproveitar né?

– Olha, como eu ainda estou fula da vida com você, eu certamente diria não se não estivesse entediada.

– Beleza – diz abrindo um sorriso – Vamos... Brincar?

– Brincar? – perguntou rindo.

– É pow, faz um tempo que agente não brinca... Tô com nostalgia...

– Sei – diz sem parar de rir.

– E ai vamos?

– Brincar de que, Cascão? Pega-pega? Esconde-esconde? – diz cruzando os braços.

– Não exatamente... Mas eu estava pensando em algo assim...

– Tipo...?

Ele sorriu malicioso para ela.

– Perai, eu conheço esse olhar...

Ele ergeu uma das sobrancelhas e ela começou a rir.

– Você não faria... – diz virando a cabeça pra frente.

Cascão ficou quieto, e por isso começou a se afastar.

– Faria?

O garoto continua sorrindo, ela se levanta pra correr.

– Faria!

Cascão foi atrás dela, enquanto ela tentava fugir, correndo pelo pátio da escola.

– Cocegas não Cascão, por favor! – diz ela ficando atrás de um banco.

– Cocegas sim!

Magali voltou a correr, e Cascão também. Infelizmente ele consegue alcança-la e os dois caem na grama, o garoto faz o prometido. Eles dão bastante risadas, fazendo Magali esquecer completamente do beijo e da briga que eles tiveram.

– Cascão para! – Magali tentava levantar da grama, onde tinha caído com ele, mas ele não libera e a puxa pela camisa. O que faz que ela caia novamente, só que desta vez em cima dele.

Os dois começam a desmanchar o sorriso e respiram ofegantes um olhando para o outro.

Aquele clima estava novamente prestes a acontecer, quando viram duas sombras em cima deles.

– Magali?

– Cascão?

Eles caem em si, e levantam a cabeça lentamente.

– Ai não…– dizem os dois ao mesmo tempo, ao ver quem eram.


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