Amor Inesperado escrita por Bruninha


Capítulo 16
16° Capítulo: No Hospital


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, mais um capitulo para voces!



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_ _ (22h38min) _ Cativeiro

Cascão avistou a comilona amarrada, e sem pensar duas vezes já ia pular a janela, mas foi impedido por seu amigo, Cebola.

– Me solta, cara!

Cebola apontou para frente, e avistou um homem fumando de costas. Ele então entendeu o motivo e voltou a se abaixar. Cascão estava louco para entrar e tirar Magali dali.

– Me ajuda aqui com essas caixas, João. – diz outro homem aparecendo na porta.

O cara obedece e sai do quarto, dando a chance dos garotos entrarem.

– Magali! Magali! – sussurra o sujinho ainda na janela. Cascão não entende o motivo pelo qual ela não respondia, por isso pulou a janela seguida de Cebola e correu até ela.

Quando deram de frente com a garota, ela estava com a cabeça baixa. Cascão levantou o seu queixo, e arregalou os olhos ao ver o estado em que a comilona se encontrava.

Até Cebola se assustou.

Magali estava desmaiada, sangrava aos montes pela boca e pior... havia um olho roxo.

– Me ajuda aqui! – diz o sujinho enquanto tirava o lenço da boca de Magali.

Enquanto Cebola desamarrava os braços dela, ouviram-se passos de volta para o quarto.

– Ai não... – diz o careca.

– Fica aqui, eu tive uma ideia! – sussurra.

– Cascão não me deixa aqui! – sussurra de volta.

Cascão sai do quarto, e Cebola ainda tremendo, tira Magali da cadeira, e a carrega.

Já com um dos pés pra fora da janela...

– Ora, ora... O que é isso? – diz um homem barrigudo. – O super herói venho salvar a moçinha? – ele alisa a sua barba rindo.

Cascão de repente aparece atrás dele e lhe dar uma paulada, que cai desacordado.

– Rápido, rápido, vamos sair daqui! – diz Cascão correndo em direção à janela.

Infelizmente, um dos homens os avista saindo pelos fundos e correm atrás deles. Deixando-os sem saída.

– E agora Cascão? – pergunta Cebola, nervoso.

– Devolve a garota! – diz um enquanto se aproximava.

– Nunca! – diz Cascão.

– Quem é você? O namoradinho dela?

– Sou por quê?! – responde alterado, e dando graças a Deus por Magali não ouvir aquilo.

– Nada... – diz rindo. – Só que o namoradinho vai ter que devolver a garota se não quiser se machucar. – diz apontando a arma em sua direção.

Cascão engoliu em seco e virou-se para Cebola.

– Corre...

– Mas e você...?

– Só corre!

Cebola não questionou e fez o que o amigo mandou. Saiu correndo, e o homem apontou a arma para as costas do garoto.

Foi ai que Cascão empurrou o braço do cara, fazendo disparar para cima. Eles brigam pela arma, e o sujinho finalmente consegue tirar das mãos dele, jogando longe, sem querer.

O homem grita pelo seu bando, e Cascão foge.

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Ainda correndo, Cebola avista o carro de Seu Carlito se aproximando. Os homens que estavam esperando por ele, perceberam a presença de um garoto correndo com a menina que eles haviam sequestrado, nos braços. Saíram do carro imediatamente.

Cebola tentou se esconder, mas foi inútil, eles já tinham lhe visto. Carlito notou que os homens que estava lhe esperando, começaram a correr em direção oposta.

Cebola tentou proteger Magali de todas as formas possíveis, e felizmente conseguiu correr em alcançar o carro do pai de Magali.

– Abre o carro, abre o carro!

Carlito faz o que ele pede, e o garoto entra no carro.

– Minha filha! Cebola... O que você? – pergunta ele sem entender o motivo dele estar ali.

– Depois eu explico. – diz ofegante. – Temos que salvar o Cascão, ele ainda está lá!

Os dois homens que estavam seguindo Cebola voltaram para o carro quando viram que ele tinha conseguido fugir. E começaram a dirigir em direção a eles.

Cebola ligava para a policia, enquanto Magali ainda continuava desacordada, seu pai viu o estrago que eles tinham lhe feito por isso sua mão suava ainda mais.

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Dirigindo em alta velocidade, eles avistam Cascão tentando fugir de um dos caras que lhe seguia.

– Olha ele ali! – grita Cebola contente, por seu amigo estar vivo.

Eles tentam dar sinal a Cascão para que ele corresse em direção ao carro. Foi o que ele fez. Os tiros começaram a ficar cada vez mais constantes, por isso, temiam que conseguissem atingir Cascão.

Carlito rapidamente parou o carro quando Cascão começou a se aproximar e ele finalmente conseguiu entrar na parte de trás, onde Magali estava deitada.

Com a respiração extremamente ofegante ele pôs a cabeça para cima, aliviado.

– Valeu gente... Achei que ia morrer hoje.

– Eu não iria deixar! – diz Cebola sorrindo.

Cascão segurou na mão do amigo.

– Você está bem Cascão? – pergunta Carlito voltando a dirigir.

– Eu acho que sim...

Ouviram-se o som da policia, e suspiraram aliviados.

– Graças... – diz Cebola.

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A policia conseguiu alcançar os sequestradores, que até então estavam seguindo o carro de Seu Carlito. Eles foram diretamente para o hospital, e ligaram para Dona Lili, que foi com Mônica para lá, às pressas.

Cascão e Cebola estavam encostados na parede, em frente o quarto que Magali estava.

– Nossa... Que noite... – suspira Cascão feliz por ter acabado tudo bem.

– Nem me fala... – Cebola olha no relógio e viu que já eram quatro da manhã.

– Por que não vai pra casa?

– Eu vou, até saber como ela está...

– Valeu por tudo, cara. – diz abraçando-o.

Cebola sorri de volta para ele.

– E o jantar com a Mônica?

– Er... Acabou por conta da sua ligação... Pelo menos foi por uma boa causa.

Dentro do quarto...

– Ai minha filhinha... – chora Dona Lili, enquanto alisava o seu cabelo. – Nunca mais eu vou tirar os olhos de você, agora.

– Aqueles homens vão pagar por tudo que a fizeram passar, hoje. – diz Carlito de braços cruzados.

– Graças a Deus, ela está bem... – diz Mônica sentada na beira da cama.

Magali ainda estava desacordada, os médicos disseram que ela havia levado um soco muito forte, e isso afeitou a região da cabeça. Mas que iria despertar em breve, por enquanto, ela iria continuar dormindo.

Cascão bateu na porta, sem graça e perguntou se podia entrar.

– Claro Cascão! – responde Lili, sorrindo.

– Como ela está? – pergunta se aproximando.

– Continua dormindo... Mas segundo o medico, bem. – respondeu Mônica.

O doutor que estava cuidando de Magali entrou no quarto e pediu para que os pais lhe acompanhassem até a sua sala para dar umas receitas de alguns remédios.

– Vocês foram uns heróis hoje... – diz Mônica olhando para Magali.

– Não sou herói... – diz ele envergonhado. – Mas teria feito tudo de novo por essa magrela.

Mônica ri e olha para o garoto.

– Você gosta dela, não gosta?

– Q-que tipo de pergunta é essa agora, Mônica?

– Uma pergunta normal, ué? Se você gosta da Magail…

– Claro que eu gosto... – diz sentando em uma cadeira perto da cama – Assim como eu gosto de você também.

– Sei...

Cebola aparece dentro do quarto, com um copo de agua na mão.

– E ai? Como ela ta?

– Bem. – diz Mônica, abraçando-o de lado. – Tô muito orgulhosa de você. – sorri.

Cebola ri envergonhado, e Cascão ergue uma das sobrancelhas, percebendo o clima.

– Er... A-a sua mãe acabou de me ligar.

– Ai! A mamãe, esqueci de ligar pra ela dando noticias da Magali. Ela deve estar preocupada.

– Pode ir pra casa Mônica, eu fico aqui, enquanto os pais dela não vem.

– Tudo bem, mas qualquer coisa, você me liga e eu venho correndo. – Cascão afirma com a cabeça e ela se vira para Cebola. – Você vem comigo?

– Claro... – responde sorrindo.

– Então tá... tchau Cascão. – diz soltando um beijo no ar.

O sujinho acena e os dois saem do quarto, deixando Cascão e Magali sozinhos.

Ele se levanta lentamente da cadeira onde estava, e se senta na ponta da cama da garota, começando a enrolar as suas mechas nos dedos.

Apesar dos curativos que tinha no rosto, devidos aos ferimentos, ela continuava linda.

Cascão não percebeu na hora, mas seu coração começou a disparar, só por ele está olhando para ela. Estava hipnotizado com tanta beleza. Começou então a novamente ter aqueles pensamentos entranhos que só ocorria quando estava próximo à comilona. Aquilo que sentia por ela já ia além da amizade. Pois até Mônica percebeu.

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Após uns minutos, Seu Carlito novamente entrou no quarto, e viu Cascão sentado na cadeira, segurando a mão de Magali enquanto cochilava.

Ele riu baixinho e se aproximou do garoto, que levantou a cabeça assustado ao ouvir um barulho.

– Vai pra casa, Cascão... Você precisa dormir.

– Não posso ficar aqui até ela acordar?

– Acho melhor você ir descansar... Onde foi um dia tanto quanto cansativo pra todos nós.

– É, eu sei... – diz olhando pra Magali.

– Eu nem te agradeci pelo que você fez hoje pela minha filha. – diz sentando na ponta da cama.

– Não precisa agradecer... Eu fiz o que tinha que fazer.

– De maneira impulsiva, é verdade. – riu. – Mas salvou a minha filha, isso que importa.

– É... – diz abrindo um sorriso.

– De qualquer forma, você foi um herói.

Cascão riu tímido, mas sem tirar os olhos da garota.

– Cadê a Dona Lili?

– Voltou pra casa pra buscar umas roupas pra Magali... Você também devia ir pra casa, seus pais estão muito preocupados.

– Eu sei. – diz pegando o celular que já tinha mais de cem ligações de sua mãe.

– Mais tarde ela já vai estar em casa, e você pode ir até lá.

– Tudo bem então. – diz se levantando. – Se acontecer qualquer coisa, você me avisa?

– Claro!

Cascão e Seu Carlito dão um aperto de mão, em seguida um abraço. Ele dá um ultima olhada em Magali e lhe dá um beijo em sua testa...

– (Fica bem...) – sussurra.

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O sujinho volta pra casa, e ao pôr os pés da sala, é vitima de um grande discurso pelos seus pais, que não sabia o que tinha acontecido, mas ficaram preocupados pela demora do garoto em casa.

Depois de pelo menos meia hora de bronca, tomou um banho, e deitou na cama, mas foi impossível pegar no sono. Os últimos acontecimentos não saiam de sua cabeça.


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